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31.10.11

Contraf e Dieese finalizam 1º módulo do curso de formação sindical no Sul

Curso está sendo realizado na Escola Sul da CUT, em Florianópolis
A Contraf-CUT, em parceria com o Dieese, finalizou na tarde desta sexta-feira (28) o primeiro módulo do curso de formação sindical, iniciado na segunda (24), voltado para diretores e diretoras de sindicatos de bancários dos estados da região Sul, além de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rondônia.


O curso teve como foco os fundamentos políticos da sociedade atual e do sistema financeiro e o papel do movimento sindical frente a essa realidade. O módulo foi realizado na Escola Sul da CUT, em Florianópolis.


"Foi uma semana de intensa produção e troca de conhecimento sobre a sociedade brasileira, sobre movimento sindical, além de questões mundiais. Com isso buscamos auxiliar dirigentes sindicais a se prepararem para os próximos desafios nas funções de liderança do movimento", avalia William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT.


"Apesar do intenso processo de greve, os dirigentes aceitaram o desafio de participar de um curso de uma semana fora de suas bases. A turma veio com muito fôlego e entusiasmo. Temos a agradecer as entidades que enviaram seus representantes", ressalta William.


Trabalhos

No primeiro dia de curso houve uma discussão sobre a sociedade contemporânea e seus atores e o papel dos movimentos populares. "Fizemos uma análise sobre questões como individualismo, consumismo, o poder da mídia e do capital. Também refletimos sobre o movimento social e popular, nele incluído o movimento sindical", relata William. Além disso, houve a exibição dos filmes "Ilha das Flores" e "De onde vêm as coisas".


No segundo dia, além de atividades que envolveram música, crônicas e debates sobre temas que remetem ao mundo do trabalho, houve discussão sobre o conceito de mais valia, em Marx, e a teoria dos rendimentos marginais decrescentes da escola econômica Neoclássica. "Vimos ainda questões da condição do trabalho nas sociedades antigas, na idade média e na modernidade. A questão do escravo, do servo e do assalariado", conta William. Houve ainda exibição do filme "Eles não usam black tie".


No terceiro dia de formação houve debate sobre estrutura sindical brasileira. "Falamos sobre concepção e prática dos sindicatos. Abordamos temas como correntes políticas, imposto sindical e justiça do trabalho", ressalta William. Houve exibição do filme "Nossos Bravos", sobre a greve de 1917 e os movimentos grevistas do início do século XX.


"Tivemos ainda debate com a participação de Roberto Von der Osten, o Betão, militante histórico da região sul do País e que fez um depoimento de como foram as lutas dos bancários nos anos de ditadura militar e de como se deu a construção da organização nacional da categoria na Central Única dos Trabalhadores", relata.


No quarto dia, os participantes estudaram as origens do sindicalismo no Brasil, as leis trabalhistas e os sindicatos na Era Vargas (1930-45), o sindicalismo no intervalo democrático de 1945 a 1964, depois o duro período do movimento sindical durante a Ditadura Civil-Militar no Brasil entre 1964-1985.


"Vimos ainda algumas greves históricas, a manipulação dos índices inflacionários pelo governo militar e o papel do Dieese em desmascarar os militares e empresários, ouvimos músicas sobre o período da ditadura e analisamos as conquistas da sociedade civil na nova constituição de 1988", relata o dirigente sindical.


No quinto e último dia, os dirigentes estudaram a história do sindicalismo e dos movimentos sociais no período que vai dos 1980 até a atualidade. Analisaram os planos econômicos que foram implementados dos 1980-90, passando pelos planos Verão, Bresser, Collor e Real. "Fizemos uma linha do tempo com eventos mundiais e nacionais dos anos noventa até hoje e que repercutiram no mundo sindical e dos trabalhadores", afirma William.


Calendário

O curso é formado por mais dois módulo. Confira as datas:

- Segundo módulo: 21 a 25 de novembro

- Terceiro módulo: 12 a 16 de novembro


A Contraf-CUT percorreu todas as regiões do país aplicando este curso de formação aos dirigentes bancários dos sindicatos. "Com todas as dificuldades de se montar um curso desse porte, com três módulos de cinco dias, conseguimos oferecer o curso para dirigentes de todas as regiões do país, como havíamos nos comprometido", ressalta William.


Fonte: Contraf-CUT

Por onde ando... agenda de 31/10 a 4/11

Após uma semana de curso em Florianópolis SC, nesta semana estarei em SP.

SEGUNDA-FEIRA
Pela manhã, escrevendo propostas para o planejamento do Sindicato para a gestão 2011/14. Vamos debater em coletivo de banco na parte da tarde.

TERÇA-FEIRA
Estive escrevendo para o planejamento do Sindicato pela manhã e tivemos reunião do coletivo de banco bb até à noite.

QUARTA-FEIRA
Feriado

QUINTA-FEIRA
De manhã escrevendo e à tarde na reunião de planejamento do Sistema Diretivo do Sindicato.
SEXTA-FEIRA
Ausente do movimento (estarei fora de SP)

29.10.11

Companheiro Lula

Querido presidente Lula, desejo-lhe muita energia para vencer o período de tratamento contra a doença que lhe aflige e torço por uma rápida recuperação para que o senhor possa continuar vivendo bem com os seus entes queridos e seguir ajudando o mundo a ser um lugar melhor para se viver.

Abraços do brasileiro William Mendes

1º Encontro Mundial de Blogueiros aprova documento com prioridades de luta

Aconteceu em Foz do Iguaçu no Paraná este importante encontro progressista e democrático de blogueiros e defensores da mídia livre. Assim como ocorreu nos dois encontros nacionais de blogueiros, não pude ir neste também por agendas de trabalho sindical coincidentes ou por questões de cunho pessoal.

Não pude estar neste evento que começou na quinta, pois estava ali perto - em Florianópolis -, coodernando juntamente com o Dieese o curso de formação Sindicato, Sociedade e Sistema Financeiro. Mas tenho tranquilidade em defender as decisões e consensos ali tomados porque aquele fórum busca a democracia participativa de fato.

A matéria abaixo tem como fonte a Carta Maior.


Blogueiros de 23 países aprovam Carta de Foz do Iguaçu



Documento defende luta por liberdade de expressão, contra qualquer tipo de censura ou perseguição política dos poderes públicos e das corporações do setor, por novos marcos regulatórios da comunicação, pelo acesso universal à banda larga de qualidade e contra qualquer tentativa de cerceamento e censura na internet. Próximo encontro já está marcado para novembro de 2012, também em Foz do Iguaçu.

Marcel Gomes

O 1º Encontro Mundial de Blogueiros, realizado em Foz do Iguaçu (Paraná, Brasil), nos dias 27, 28 e 29 de outubro, confirmou a força crescente das chamadas novas mídias, com seus sítios, blogs e redes sociais. Com a presença de 468 ativistas digitais, jornalistas, acadêmicos e estudantes, de 23 países e 17 estados brasileiros, o evento serviu como uma rica troca de experiências e evidenciou que as novas mídias podem ser um instrumento essencial para o fortalecimento e aperfeiçoamento da democracia.

Como principais consensos do encontro – que buscou pontos de unidade, mas preservando e valorizando a diversidade –, os participantes reafirmaram como prioridades:


- A luta pela liberdade de expressão, que não se confunde com a liberdade propalada pelos monopólios midiáticos, que castram a pluralidade informativa. O direito humano à comunicação é hoje uma questão estratégica;


- A luta contra qualquer tipo de censura ou perseguição política dos poderes públicos e das corporações do setor. Neste sentido, os participantes condenam o processo de judicialização da censura e se solidarizam com os atingidos. Na atualidade, o WikiLeaks é um caso exemplar da perseguição imposta pelo governo dos EUA e pelas corporações financeiras e empresariais;


- A luta por novos marcos regulatórios da comunicação, que incentivem os meios públicos e comunitários; impulsionem a diversidade e os veículos alternativos; coíbam os monopólios, a propriedade cruzada e o uso indevido de concessões públicas; e garantam o acesso da sociedade à comunicação democrática e plural. Com estes mesmos objetivos, os Estados nacionais devem ter o papel indutor com suas políticas públicas.


- A luta pelo acesso universal à banda larga de qualidade. A internet é estratégica para o desenvolvimento econômico, para enfrentar os problemas sociais e para a democratização da informação. O Estado deve garantir a universalização deste direito. A internet não pode ficar ao sabor dos monopólios privados.


- A luta contra qualquer tentativa de cerceamento e censura na internet. Pela neutralidade na rede e pelo incentivo aos telecentros e outras mecanismos de inclusão digital. Pelo desenvolvimento independente de tecnologias de informação e incentivo ao software livre. Contra qualquer restrição no acesso à internet, como os impostos hoje pelos EUA no seu processo de bloqueio à Cuba.


Com o objetivo de aprofundar estas reflexões, reforçar o intercâmbio de experiências e fortalecer as novas mídias sociais, os participantes também aprovaram a realização do II Encontro Mundial de Blogueiros, em novembro de 2012, na cidade de Foz do Iguaçu. Para isso, foi constituída uma comissão internacional para enraizar ainda mais este movimento, preservando sua diversidade, e para organizar o próximo encontro.


Fonte: Carta Maior

28.10.11

CURSO SINDICATO, SOCIEDADE E SISTEMA FINANCEIRO


Participantes do curso Sindicato, Sociedade e Sistema Financeiro
 Vencemos o primeiro módulo de nosso curso de formação para dirigentes bancários da região sul do País, que acabou contando com a participação de mais entidades e tivemos seis estados incluídos no curso.

Nesta sexta-feira, vimos a história do sindicalismo e dos movimentos sociais no período que vai dos anos oitenta até a atualidade. Passamos pela luta social contra a ditadura e pela volta da democracia no Brasil.

Estudamos os vários planos econômicos que foram implementados dos anos oitenta aos noventa, passando pelos planos Verão, Bresser, Collor e Real.

Fizemos uma linha do tempo com eventos mundiais e nacionais dos anos noventa até hoje e que repercutiram no mundo sindical e dos trabalhadores.

O grupo fez uma avaliação final do primeiro módulo e todo/as retornam agora às suas bases.

MINHA AVALIAÇÃO
O grupo deste curso é encantador, comprometido e muito participativo. Apesar do cansaço do pós-greve nacional de 21 dias, o/as dirigentes aceiraram o desafio de participar de um curso de uma semana fora de suas bases e distantes da família, e por incrível que pareça, não houve atrasos e o cansaço foi superado com muito ânimo para pensarmos os desafios da categoria bancária para o próximo período.

Valeu e desde já agradecemos muito a todo/as que se envolveram para a realização deste primeiro módulo - entidades sindicais, funcionário/as, Dieese e os próprios participantes.

Próximo módulo será entre os dias 21 a 25 de novembro.

27.10.11

CURSO SINDICATO, SOCIEDADE E SISTEMA FINANCEIRO

Vencemos o quarto dia de nosso curso de formação.

Nesta quinta estudamos as ORIGENS DO SINDICALISMO NO BRASIL, seguindo a programação de ontem.

Vimos as leis trabalhistas e os sindicatos na Era Vargas (1930-45), o sindicalismo no intervalo democrático de 1945 a 1964, depois o duro período do movimento sindical durante a Ditadura Civil-Militar no Brasil entre 1964-1985).

No final do dia começamos o período de 1985 a 1990 no Brasil.

Mestre Carlindo nos mostra história do Salário Mínimo.
Durante os trabalhos, os participantes viram discurso de Getúlio Vargas para discutir um pouco do chamado Trabalhismo. Também usamos jornais do movimento sindical da época, tanto dos pelegos quanto dos progressistas.


Quarta à noite: depois de tanto estudo, o pessoal jantou junto.

Quarta à noite: produzindo conhecimento coletivo... e amizades. 

Na quarta: O "história viva" Betão é cortejado por todo mundo.
 Vimos algumas greves históricas, a manipulação dos índices inflacionários pelo governo militar e o papel do Dieese em desmascarar os milicos e empresários, ouvimos música sobre o período da ditadura e analisamos as conquistas da sociedade civil na nova constituição de 1988.

Foi um excelente dia de trabalho coletivo.

CURSO SINDICATO, SOCIEDADE E SISTEMA FINANCEIRO

O terceiro dia de formação teve um debate durante a parte da manhã sobre a estrutura sindical brasileira com perguntas que refletiram o porquê de haver 7 centrais sindicais mesmo com uma legislação que define nosso modelo formal com unicidade.

Betão fala sobre história dos bancários
Falamos sobre concepção e prática dos sindicatos. Abordamos temas como correntes políticas e imposto sindical e justiça do trabalho.

Vimos um filme do Dieese dos anos 80 chamado "Nossos Bravos" sobre a greve de 1917 e os movimentos grevistas do início do século XX.

Na parte da tarde tivemos um ótimo momento de debate com a participação de Roberto Von Der Hosten - o Betão -, militante histórico da região sul do País e que fez um depoimento de como foram as lutas dos bancários nos anos de ditadura militar e de como se deu a construção da organização nacional dos bancários na Central Única dos Trabalhadores. Falou da construção dos sindicatos CUTistas no Paraná e da militância partidária desde a construção do Partido dos Trabalhadores.

A cada módulo do curso, mais aprendemos com nossas referências históricas

Dia muito bom em termos de partilhamento de conhecimento coletivo. Nesta quinta tem mais!

25.10.11

Curso Sindicato, Sociedade e Sistema Financeiro (II)

Dirigentes de seis Estados participam
do curso de Formação.
O segundo dia do curso foi muito bom. A turma está com uma participação muito boa.

Além de atividades que envolveram música, crônicas e debates sobre vários temas que remetem ao mundo do trabalho, estudamos temas um pouco mais técnicos como MAIS VALIA em Marx e teoria dos rendimentos marginais decrescentes da escola econômica Neoclássica.

Na passagem do Feudalismo para o
Capitalismo, onde mesmo ficavam
os valores iluministas?

Mestre Carlindo fala da teoria dos 


rendimentos decrescentes dos neoclássicos.
Vimos um pouco da questão da condição do trabalho nas sociedades antigas, na idade média e na modernidade. A questão do escravo, do servo e do assalariado.


Lemos um texto de Leo Huberman ao final do dia e começamos a discutir um pouco dos sindicatos para amanhã começarmos a estudar o movimento sindical e a luta dos trabalhadores desde a República Velha até os dias atuais.

A formação sindical é gratificante, 
pois em todos os cursos construímos 
conhecimento coletivo.







Na noite desta terça, o pessoal assistiu ao filme "Eles não usam black tie". Ontem, a turma viu o filme "Germinal".

É isso, amanhã vamos para o terceiro dia de formação.

24.10.11

Curso Sindicato, Sociedade e Sistema Financeiro - Início


O PRIMEIRO DIA DO CURSO foi muito bom. Fizemos uma discussão sobre a sociedade contemporânea e seus atores e o papel dos movimentos populares.

Fizemos uma análise sobre questões como individualismo, consumismo, o poder da mídia e do capital.

Grupos de trabalho.

Grupos de trabalho.
Fizemos grupos de trabalho e no fim do dia lemos um texto do Boaventura "Carta às esquerdas".

Grupos de trabalho.
Também refletimos sobre o movimento social e popular, nele incluído o movimento sindical.

Mestre Carlindo do Dieese.
Com a coordenação pedagógica de nosso mestre Carlindo e do Rodrigo, após leituras e discussões, vimos dois pequenos filmes para pensarmos um pouco essa sociedade que discutimos. "Ilha das Flores" e "De onde vêm as coisas".



Rodrigo do Dieese.

E aqui temos o texto do Boaventura:


Carta às esquerdas

Livre das esquerdas, o capitalismo voltou a mostrar a sua vocação anti-social. Voltou a ser urgente reconstruir as esquerdas para evitar a barbárie. Como recomeçar? Pela aceitação de algumas ideias. A defesa da democracia de alta intensidade é a grande bandeira das esquerdas.


Boaventura de Sousa Santos


Não ponho em causa que haja um futuro para as esquerdas mas o seu futuro não vai ser uma continuação linear do seu passado. Definir o que têm em comum equivale a responder à pergunta: o que é a esquerda? A esquerda é um conjunto de posições políticas que partilham o ideal de que os humanos têm todos o mesmo valor, e são o valor mais alto. Esse ideal é posto em causa sempre que há relações sociais de poder desigual, isto é, de dominação. Neste caso, alguns indivíduos ou grupos satisfazem algumas das suas necessidades, transformando outros indivíduos ou grupos em meios para os seus fins. O capitalismo não é a única fonte de dominação mas é uma fonte importante.

Os diferentes entendimentos deste ideal levaram a diferentes clivagens. As principais resultaram de respostas opostas às seguintes perguntas. Poderá o capitalismo ser reformado de modo a melhorar a sorte dos dominados, ou tal só é possível para além do capitalismo? A luta social deve ser conduzida por uma classe (a classe operária) ou por diferentes classes ou grupos sociais? Deve ser conduzida dentro das instituições democráticas ou fora delas? O Estado é, ele próprio, uma relação de dominação, ou pode ser mobilizado para combater as relações de dominação?

As respostas opostas a estas perguntas estiveram na origem de violentas clivagens. Em nome da esquerda cometeram-se atrocidades contra a esquerda; mas, no seu conjunto, as esquerdas dominaram o século XX (apesar do nazismo, do fascismo e do colonialismo) e o mundo tornou-se mais livre e mais igual graças a elas. Este curto século de todas as esquerdas terminou com a queda do Muro de Berlim. Os últimos trinta anos foram, por um lado, uma gestão de ruínas e de inércias e, por outro, a emergência de novas lutas contra a dominação, com outros atores e linguagens que as esquerdas não puderam entender.

Entretanto, livre das esquerdas, o capitalismo voltou a mostrar a sua vocação anti-social. Voltou a ser urgente reconstruir as esquerdas para evitar a barbárie. Como recomeçar? Pela aceitação das seguintes ideias.

Primeiro, o mundo diversificou-se e a diversidade instalou-se no interior de cada país. A compreensão do mundo é muito mais ampla que a compreensão ocidental do mundo; não há internacionalismo sem interculturalismo.

Segundo, o capitalismo concebe a democracia como um instrumento de acumulação; se for preciso, ele a reduz à irrelevância e, se encontrar outro instrumento mais eficiente, dispensa-a (o caso da China). A defesa da democracia de alta intensidade é a grande bandeira das esquerdas.

Terceiro, o capitalismo é amoral e não entende o conceito de dignidade humana; a defesa desta é uma luta contra o capitalismo e nunca com o capitalismo (no capitalismo, mesmo as esmolas só existem como relações públicas).

Quarto, a experiência do mundo mostra que há imensas realidades não capitalistas, guiadas pela reciprocidade e pelo cooperativismo, à espera de serem valorizadas como o futuro dentro do presente.

Quinto, o século passado revelou que a relação dos humanos com a natureza é uma relação de dominação contra a qual há que lutar; o crescimento econômico não é infinito.

Sexto, a propriedade privada só é um bem social se for uma entre várias formas de propriedade e se todas forem protegidas; há bens comuns da humanidade (como a água e o ar).

Sétimo, o curto século das esquerdas foi suficiente para criar um espírito igualitário entre os humanos que sobressai em todos os inquéritos; este é um patrimônio das esquerdas que estas têm vindo a dilapidar.

Oitavo, o capitalismo precisa de outras formas de dominação para florescer, do racismo ao sexismo e à guerra e todas devem ser combatidas.

Nono, o Estado é um animal estranho, meio anjo meio monstro, mas, sem ele, muitos outros monstros andariam à solta, insaciáveis à cata de anjos indefesos. Melhor Estado, sempre; menos Estado, nunca.

Com estas ideias, vão continuar a ser várias as esquerdas, mas já não é provável que se matem umas às outras e é possível que se unam para travar a barbárie que se aproxima.


Boaventura de Sousa Santos é sociólogo e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal).

Fonte: Carta Maior

Por onde ando... Curso de Formação Sind. Soc. e Sist. financeiro, em Florianópolis SC

Abertura do curso na Escola Sul 
com 16 participantes.
Estou na Escola Sul da CUT em Florianópolis para a 5ª etapa de nosso Curso de Formação Sindicato, Sociedade e Sistema Financeiro, promovido pela Contraf-CUT em parceria com o Dieese.

A gestão da Contraf-CUT se comprometeu neste mandato de 2009 a 2012 a percorrer todas as regiões do País aplicando este curso de formação aos dirigentes bancários dos sindicatos filiados a nós.

Com todas as dificuldades de se montar um curso desse porte, com 3 módulos de 5 dias, conseguimos ter uma turma com dirigentes de vários estados - RS, SC, PR, RO, SP, MS.
 
Boa turma e acredito que teremos uma ótima produção de conhecimento coletivo e sindical nesta semana aqui em Floripa.

21.10.11

Artigo: Greve, instrumento de transformação social

Autor: Artur Henrique - presidente da Central Única dos Trabalhadores


A greve é mais que um direito constitucional e um instrumento legítimo para os trabalhadores cobrarem aumentos salariais, proteção e ampliação de direitos e melhoria das condições de vida em geral.


Um movimento grevista também é um dos principais momentos para elevar a consciência crítica da população. É uma oportunidade de as pessoas se enxergarem como conjunto transformador, e por isso guarda em si potencial de catarse política, de passagem para uma experiência ativa de mudança do mundo social.


Compreendido esse potencial, entende-se porque as greves são tão hostilizadas – embora, e propositalmente, jamais de modo a apontar o verdadeiro temor – pelos patrões em geral e todo o sistema hegemônico de que dispõem.


O que não se pode entender ou mesmo aceitar é que administradores públicos das três esferas de governo, especialmente aqueles que têm origem no movimento sindical e nas lutas sociais, tentem desqualificar a greve ou coloquem-se contra o movimento como se defendessem um princípio.


Acompanhamos em greves recentes e bastante disputadas – como a dos professores em 17 estados brasileiros e a dos Correios – manifestações autoritárias e reacionárias que se prestaram à deseducação política e à desmobilização social.


Nem vamos nos deter mais longamente em reações truculentas como a de alguns governadores e prefeitos que permitiram ou talvez até tenham ordenado a repressão policial sobre os trabalhadores, tamanho o absurdo da conduta.


Porém, não é preciso chegar a tal manifestação antidemocrática para ser igualmente nocivo à organização dos trabalhadores. A ameaça de não negociar com grevistas ou a intenção de negociar separadamente com aqueles que não aderiram à greve é uma tentativa de premiar o medo, a timidez e, principalmente, o individualismo. Ainda que a escolha de participar ou não de uma greve seja um direito legítimo de cada trabalhador e trabalhadora, quando uma autoridade pública acena positivamente para aqueles que optaram pela via solitária, presta desserviço igual à construção da consciência política coletiva e ao sonho de mudar a sociedade.


Quando atitudes como essa partem de companheiros que já foram sindicalistas e que já fizeram greve, deparamo-nos com uma ameaça séria. Claro que não podemos nos deixar levar pela sensação de desalento que tal situação poderia produzir, mas é inevitável um travo de decepção na garganta – sem falar que a conduta desses companheiros serve como justificativa para políticos tradicionalmente avessos às lutas populares.


Devemos lembrar que no Brasil de hoje há ministros e presidentes de estatais que só chegaram lá porque fizeram greves ao longo de suas trajetórias. Esquecer-se disso é jogar contra a proposta de transformação social que tem nos guiado nas últimas décadas. Se queremos construir um novo modelo de desenvolvimento, com ênfase na distribuição de renda, na superação das desigualdades e na afirmação da liberdade, devemos repudiar tal comportamento demonstrado por algumas autoridades públicas nos últimos dias.


Se nosso desejo é que as pessoas que hoje saem da pobreza e começam a ascender socialmente não reproduzam amanhã o mesmo espírito de competição entre iguais do qual já foram e ainda são vítimas, se queremos a solidariedade como princípio e o coletivo como estratégia, nosso caminho é totalmente outro.


Greve não é um objetivo em si


Nada disso quer dizer que a greve seja algo que busquemos como recurso primeiro. Ao contrário. Quando acontece, a greve é resultado de um processo de negociação que fracassou. Em circunstâncias assim, é o último e único recurso de pressão dos trabalhadores, diante da multiplicidade de mecanismos de que dispõem os empregadores – força econômica, domínio dos meios de comunicação e até controle das forças de repressão.


Os mais bem sucedidos processos de negociação, por sua vez, derivam da realização de greves em períodos anteriores que elevaram o grau de consciência política e organizativa de determinados grupos.


Já o fracasso de um processo de negociação não pode ser atribuído a um único ator do processo. Tanto no setor privado quanto no público, os administradores têm entre suas funções básicas a intermediação de conflitos trabalhistas.


Justiça do trabalho


Por isso consideramos inadmissível que a Justiça do Trabalho, como alguns de seus mais destacados representantes fizeram por ocasião da greve nos Correios, atribua aos trabalhadores e seus sindicatos a responsabilidade total pelas paralisações.


Aliás, a chegada de um conflito entre capital e trabalho até a Justiça é o pior cenário de um movimento grevista, pois sinaliza o fracasso completo do processo de diálogo.


Ainda sobre a Justiça do Trabalho, é importante destacar – registre-se que isso não ocorreu no caso dos Correios – a prática cada vez mais recorrente de julgar a conveniência ou o caráter abusivo da greve antes mesmo de considerar a justeza das reivindicações.


Já na Justiça comum, desse modo de avaliar os movimentos grevistas derivam-se os interditos proibitórios, que impedem os trabalhadores de se reunir nas proximidades da empresa em momentos de mobilização. Outro absurdo.


Vivemos no Brasil um momento complicado em relação aos processos de negociação coletiva. Há um vácuo legal para o qual já propusemos, para o setor público, a regulamentação da Convenção 151 do OIT – já ratificada pelo Congresso – e a organização por local de trabalho tanto para o setor privado quanto para o público.


Um dos legados dos anos Lula e Dilma deve ser a ampliação da consciência e participação política do povo, jamais o contrário.


No mundo inteiro



Enquanto isso, os indignados de todo o mundo vão às ruas protestar contra o capitalismo, ainda que de forma fragmentada, com bandeiras múltiplas, reivindicando uma nova forma de gerir o planeta. Todos que acampam, levantam bandeiras e batem bumbo querem dizer, se me permitem o uso de uma frase que os estadunidenses criaram, com sua capacidade toda própria adquirida graças ao cinema e à publicidade: “Você não me deixa sonhar, então eu não deixo você dormir”.


O Brasil, que pleiteia, com justiça, uma posição de comando na diplomacia internacional, bem que poderia dizer ao mundo, durante as cerimônias públicas e nas coletivas de imprensa de fóruns mundiais como o próximo G-20, que não há nada comprovadamente mais eficaz contra a crise do que a organização da classe trabalhadora, ao mesmo tempo responsável pela produção e pelo consumo.


Arrisco-me a dizer ainda que a América Latina, a partir de suas experiências contra-hegemônicas, tem todo o direito de propor aos povos do Hemisfério Norte a desobediência ao sistema financeiro, esse que rouba nossos sonhos.





COMENTÁRIO:
EXCELENTE ESSE ARTIGO DE NOSSO COMPANHEIRO ARTUR, PRESIDENTE DA CUT. RECOMENDO A LEITURA E A DIVULGAÇÃO ENTRE OS BANCÁRIOS COMISSIONADOS DE TODOS OS BANCOS.

CURSO DE FORMAÇÃO SINDICATO, SOCIEDADE E SIST. FINANCEIRO AINDA TEM VAGAS

INFORMO A TODAS AS ENTIDADES SINDICAIS QUE AINDA HÁ VAGAS PARA O CURSO DE FORMAÇÃO SINDICATO, SOCIEDADE E SISTEMA FINANCEIRO, ORGANIZADO PELA CONTRAF-CUT EM PARCERIA COM O DIEESE.

O curso será ministrado na escola Sul, Florianópolis, e o primeiro módulo acontece na semana que vem de 24 a 28 de outubro, com entrada no hotel neste domingo à tarde.

O investimento em cada módulo é de R$ 1.300 reais, incluindo hospedagem, alimentação completa e material do curso.

Entrar em contato com a Contraf-CUT para fazer a inscrição.

William Mendes

20.10.11

Para Contraf-CUT, é preciso acelerar queda da Selic para incentivar emprego

Carlos Cordeiro - crédito Contraf-CUT
A Contraf-CUT considerou muito lento o ritmo da queda da Selic, que foi reduzida nesta quarta-feira, dia 21, de 12% para 11,5% ao ano na reunião do Comitê de Politica Monetária (Copom), em Brasília. "É preciso ousar e acelerar o corte da Selic porque o Brasil ainda mantém o título de campeão mundial dos juros altos, o que freia o emprego, a produção e o desenvolvimento e somente incentiva a entrada de capital especulativo", afirmou o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.



"O patamar elevado da Selic é um problema e deve ser combatido, pois penaliza sobretudo as pessoas mais pobres, que dependem de políticas públicas", destaca. "Trata-se do maior programa de transferência de renda do mundo aos donos de títulos públicos, a chamada bolsa-banqueiro, cujo orçamento da União prevê o repasse da ordem de R$ 240 bilhões em 2011. Isso representa 18 vezes mais do que o orçamento previsto de R$ 13,4 bilhões para o Bolsa Família", compara.


"É uma obrigação do governo eleito pelas forças populares e democráticas deste país acabar com esse nefasto programa de transferência de renda às avessas que está sangrando o povo brasileiro", ressalta Cordeiro.


O presidente da Contraf-CUT defende que, além das metas de inflação, o Banco Central deveria fixar também metas sociais, como o aumento do emprego e da renda dos trabalhadores e a redução das desigualdades sociais do país. "Para isso, é fundamental ampliar o Conselho Monetário Nacional, de forma a contemplar a participação da sociedade civil organizada na discussão dos rumos da economia", propõe.


Cordeiro também cobra do BC medidas para forçar a redução dos juros cobrados pelos bancos dos clientes, que também se encontram entre os maiores do mundo. Isso porque a queda da Selic não está se refletindo em juros menores aos consumidores. "Em agosto, o spread bancário atingiu 27,8% ao ano, percentual mais alto desde maio de 2009", apontou.


"Está na hora de discutir o papel do Banco Central e dos bancos na sociedade brasileira. Por isso, defendemos a realização da 1ª Conferência Nacional sobre o Sistema Financeiro, onde todos possam debater a atuação dos bancos e o acesso ao crédito barato para financiar o desenvolvimento econômico e social do país", concluiu.


Fonte: Contraf-CUT

19.10.11

Trabalhadores anunciam greve de 48 horas contra privatização de aeroportos

Os operários, 1933 - Tarsila do Amaral

Os aeroportuários de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília decidiram fazer uma paralisação de 48 horas, a partir da meia-noite desta quarta-feira (19), em protesto contra o processo de privatização dos terminais. O diretor do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, Marcelo Tavares, disse que a greve trará transtornos aos passageiros, pois o sindicato espera a adesão de 90% dos trabalhadores dos três aeroportos.


"Infelizmente, os usuários dos aeroportos vão sofrer com atrasos. Apenas os trabalhadores em cargo de confiança não deverão participar da greve", disse o diretor da entidade.


Cerca de 3 mil funcionários deverão cruzar os braços nos três aeroportos. Os setores de operações, administração e terminais de carga deverão ser os mais atingidos.


A transferência dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos (Campinas) e Brasília à iniciativa privada deve começar em dezembro. Em agosto, o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, que já está sendo construído na região metropolitana de Natal, foi privatizado.


O governo também estuda transferir para o setor privado a exploração de outros aeroportos internacionais, como Galeão-Tom Jobim, no Rio de Janeiro, e Confins, em Minas Gerais.


"Acreditamos que os aeroportos são estratégicos para o Brasil", disse o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, Francisco Lemos.


Fonte: Agência Brasil

COMENTÁRIO:

QUE TRISTEZA VER O GOVERNO DILMA ROUSSEFF E O PT COMETER O MESMO ERRO DOS GOVERNOS DE SOCIAL DEMOCRACIA E SOCIALISTAS DO HEMISFÉRIO NORTE.

CERTOS ESTÃO OS TRABALHADORES E A CUT E SEUS SINDICATOS EM FAZER O ENFRENTAMENTO COM GREVE E MOBILIZAÇÃO A ESSA CAGADA DO GOVERNO.

bb* ressarce nesta quinta o desconto dos dias de greve de setembro

Diante da aprovação da proposta da Fenaban, que prevê a compensação dos dias parados durante a greve nacional dos bancários, o Banco do Brasil confirmou ao coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do bb, Eduardo Araújo, que o desconto referente aos dias 27, 28, 29 e 30 de setembro será ressarcido nesta quinta-feira, dia 20, junto com o crédito da folha de pagamento deste mês.



Araújo explica que, a exemplo de anos anteriores, o desconto dos dias de greve não foi novidade, pois isso tem sido feito em virtude do formato da folha do bb.


Já os dias de greve de outubro não deverão ser descontados. "O banco vai fazer a reclassificação das ausências referente aos dias de paralisação", esclarece o dirigente sindical.


Fonte: Contraf-CUT


COMENTÁRIO:
*Escrevo bb assim, com minúsculo, devido a pequeneza das atitudes desse banco que pratica cotidianamente o assédio moral e o desrespeito, tanto aos funcionários e sociedade quanto aos sindicatos, representantes dos bancários.

Essa gestão do bb é diminuta nas ações e atitudes! E sobra na retórica e falácia.

Por onde ando... agenda sindical

Nesta semana, finalizamos a greve nacional dos bancários na segunda-feira, na bela assembleia com mais de dois mil bancários do bb.

TERCA-FEIRA
Dia de trabalho na Contraf-CUT - estamos organizando o curso de formação sindical da regiao sul do País, retomando minha agenda da secretaria.

QUARTA-FEIRA
Na Contraf-CUT na parte da tarde.

QUINTA-FEIRA
Contraf-CUT - agenda de formação.

SEXTA-FEIRA
Contraf-CUT - agenda de formação

18.10.11

Contraf-CUT e Dieese promovem curso de formação sindical na região Sul

A Contraf-CUT, em parceria com o Dieese, inicia na próxima segunda-feira (24) a primeira etapa do curso de formação sindical voltada para diretores e diretoras de sindicatos de bancários nos três estados da região Sul. Dividido em três módulos, o curso visa auxiliar os dirigentes sindicais a se prepararem para os próximos desafios nas funções de liderança do movimento. O curso será realizado na Escola Sul da CUT, em Florianópolis.


"Estamos finalizando o compromisso de levar o curso para todas as regiões do país", afirma William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT. "Temos grande expectativa de contar com uma boa participação dos sindicatos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. É um momento promissor, pois várias entidades da região tiveram processos eleitorais recentes e têm dirigentes novos entre seus quadros. Esse curso tem formado dirigentes, que já estão contribuindo bastante no fortalecimento do movimento sindical", sustenta.


O primeiro módulo acontece entre os dias 24 e 28 de outubro e abordará os fundamentos políticos da sociedade atual e do sistema financeiro e o papel do movimento sindical frente a essa realidade. Veja o calendário completo dos módulos:


Primeiro módulo - 24 a 28 de outubro
Segundo módulo - 21 a 25 de novembro
Terceiro módulo - 12 a 16 de novembro

Os participantes serão indicados por suas federações, de acordo com critérios discutidos internamente - observada a cota mínima de 1/3 para gênero, prevista nos estatutos da CUT. São 30 vagas para o curso, divididas entre as três federações da região Sul. Para receber o certificado, o dirigente deverá completar os três módulos com participação mínima de 80% em cada.


O valor da inscrição de cada participante é de R$ 1.300 para cada módulo, incluindo hospedagem e alimentação do aluno por cinco dias. A inscrição deve ser feita pelo e-mail contrafcut@contrafcut.org.br até as 18h desta quinta-feira, dia 20.


Caso haja interesse, dirigentes de sindicatos de estados fora da região Sul também podem encaminhar pedidos de inscrição, mas estará condicionada a existência de vagas remanescentes.


Fonte: Contraf-CUT

Maioria dos bancários aprova propostas da Fenaban, BB e Caixa e encerra greve

Assembleia BB em São Paulo - crédito Seeb SP
Em assembleias realizadas nesta segunda-feira (17), 21º dia de greve nacional, a maioria dos sindicatos de bancários do país aprovou a nova proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), bem como as específicas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. As três propostas foram aceitas em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Bahia, Mato Grosso, Pernambuco, Alagoas, Campinas, Uberaba, Londrina, Criciúma, Blumenau, Teresópolis, Vitória da Conquista, Dourados e Campina Grande, entre outros sindicatos.



Várias assembleias ainda se encontram em andamento. Com isso, os bancários que aprovaram as propostas suspendem as paralisações e retornam ao trabalho nesta terça-feira, dia 18. A greve foi a maior realizada pela categoria nos últimos 20 anos.


Poucas assembleias rejeitaram as propostas do BB e Caixa e permanecem em greve. Os funcionários do Banrisul, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste do Brasil (BNB) continuam paralisados, cobrando avanços nas negociações específicas.


Avaliação

"A aprovação das propostas coroa mais uma campanha vitoriosa dos bancários, em que enfrentamos um cenário econômico e político adverso. Com unidade nacional, força da mobilização e poder de negociação foi possível arrancar conquistas importantes, como aumento real pelo oitavo ano consecutivo, valorização do piso, maior participação nos lucros e avanços nas condições de trabalho e segurança, sem interferência de atores externos", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.


"Foi também uma importante vitória política para a classe trabalhadora, pois o resultado da campanha dos bancários vai servir de parâmetro para outras categorias. Derrotamos a visão equivocada de que salário gera inflação. Garantimos a continuidade do modelo de valorização do trabalho, como forma de fortalecer o desenvolvimento econômico com distribuição de renda", ressalta Cordeiro.


Avanços econômicos e sociais

Com a aceitação da proposta, os bancários conquistam reajuste salarial de 9% (aumento real de 1,5%), valorização do piso da categoria em 12%, que passa para R$ 1.400 (aumento real de 4,3%) e melhorias na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), com aumento da parcela fixa da regra básica para R$ 1.400 (reajuste de 27,2%) e do teto da parcela adicional para R$ 2.800 (reajuste de 16,7%).


A proposta dos bancos inclui também avanços sociais. "Uma nova cláusula proíbe a divulgação de rankings individuais dos funcionários, como forma de frear a cobrança das metas abusivas, combatendo o assédio moral", destaca Cordeiro. "Outra cláusula obriga os bancos a coibir o transporte de numerário por bancários, que deve ser realizado conforme a lei federal nº 7.102/83, através de vigilantes", salienta.


Os dias de greve não serão descontados, mas serão compensados em até duas horas por dia, de segunda a sexta-feira, até o dia 15 de dezembro e, assim como nos anos anteriores, eventual saldo após esse período será anistiado.


As propostas específicas do BB e da Caixa também apresentaram melhorias para os bancários, envolvendo questões de carreira e condições de trabalho, dentre outras. "Entre os principais avanços, destacam-se a PLR social e a contratação de 5 mil empregados na Caixa e a valorização do plano de cargos e salários no BB", salienta o presidente da Contraf-CUT.


A greve começou no dia 27 de setembro e chegou a paralisar 9.254 agências e vários centros administrativos de bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal.


Fonte: Contraf-CUT

17.10.11

Assembleias em São Paulo, Osasco e região avaliam hoje às 18h propostas da Fenaban, BB e Caixa

Companheira(o)s de luta do bb, a(o)s bancária(o)s conseguiram nova proposta dos bancos após 18 dias de greve nacional.

Houve forte conluio da Fenaban e do Governo Federal para nos vencer pelo cansaço. Não conseguiram!

O Comando Nacional dos Bancários indica aceitação das novas propostas devido a vários fatores conjunturais e contextuais, inclusive o tempo já gasto na luta.

O Sindicato vai acatar a orientação de defender o fim da greve.

EU acho pouco provável avançar mais neste cenário.

Leiam as propostas no site da Contraf-CUT, aqui mesmo, no site do Sindicato e inclusive no site da empresa bb.

Nos falamos na assembleia a partir das 18h.

-bancos privados no Tranmontano - Rua Tabatinguera, 294 Sé
-bb na quadra dos bancários - Rua Tabatinguera, 192 Sé
-Caixa no Espaço Hakka - Rua São Joaquim, 460


Saudações de luta, William Mendes

Empregado de Banco Postal obtém enquadramento como bancário no TST

Operários - 1933, de Tarsila do Amaral
Um empregado da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) que prestava serviço no Banco Postal conseguiu o seu enquadramento como bancário na Justiça do Trabalho. A Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho (TST) não conheceu dos embargos da ECT e manteve, na prática, decisão da Sexta Turma do Tribunal que reconheceu a atividade do empregado como de bancário.


A Sexta Turma, ao julgar recurso de revista, manteve o entendimento do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO) de que as atividades exercidas pelo trabalhador eram "típicas de bancário", devido ao contrato entre a ECT e o Bradesco para a criação do Banco Postal. A decisão da Turma não foi unânime, ficando vencido o ministro Aloysio Corrêa da Veiga, contrário ao enquadramento pretendido no processo.


No julgamento, a Turma ressaltou que, embora já tenha julgado de forma diferente em outras situações semelhantes, as provas apresentadas pelo TRT, no caso, demonstraram que eram devidos os benefícios inerentes à categoria de bancário ao trabalhador.


O autor da ação foi contratado pela ECT em janeiro de 2002 e, dois anos depois, foi lotado numa agência do Banco Postal. Em 2009, ajuizou ação trabalhista na 7ª Vara do Trabalho de Goiânia (GO) com a intenção de ser equiparado à condição de bancário, com todos os benefícios da categoria, como o salário-base e a jornada de trabalho diário de seis horas. No entanto, a Vara decidiu que ele, por trabalhar diretamente para a ECT, e não para uma instituição financeira, não poderia ser enquadrado da forma pretendida. Essa decisão foi alterada pelo Tribunal Regional, que acolheu o recurso do trabalhador.


A ECT recorreu, sem sucesso, ao TST. O ministro Milton de Moura França, relator dos embargos da empresa na SDI-1, constatou que a ECT não apresentou cópias de decisões diferentes da adotada pela Sexta Turma que demonstrassem divergência jurisprudencial, necessária para a apreciação do recurso (Súmula 296 do TST). Assim, a SDI-1 decidiu, por unanimidade, não reconhecer a solicitação da empresa.


Fonte: TST

15.10.11

Banco do Brasil apresenta sua proposta complementar à da Fenaban

Em negociação com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, ocorrida na noite desta sexta-feira (14), em São Paulo, o BB apresentou uma nova proposta específica para os funcionários, que prevê valorização do piso com reflexo no plano de carreira e PLR maior (de 9,9% a 13,1% em relação ao 1º semestre de 2010), além de alguns benefícios nas áreas sociais e de saúde.



O banco reafirmou também que segue o reajuste de 9% proposto pela Fenaban sobre todas as verbas (aumento real de 1,5% acima da inflação) e o não desconto dos dias parados na greve, que serão compensados até o dia 15 de dezembro, com anistia de eventuais saldos após essa data, seguindo a mesma redação da cláusula do ano passado.


Assim, o Comando Nacional orienta a aprovação da proposta apresentada pelo BB nas assembleias a serem realizadas pelos sindicatos na próxima segunda-feira (17).


"Devemos fazer a análise do conjunto do resultado da campanha nacional. Somando os avanços obtidos na mesa unificada com a Fenaban com as conquistas da negociação específica, temos um cenário positivo", avalia Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT e funcionário do BB.


"Tivemos um cenário complicado nessa campanha, com inflação maior, ameaças e pressões. Mas conseguimos superar essas dificuldades com uma greve forte, evitando inclusive uma possível ida dos bancos ao TST, a exemplo da greve dos Correios e temos uma proposta que atende aos princípios definidos no 22º Congresso Nacional dos Funcionários do BB", defende Eduardo Araujo, coordenador da Comissão de Empresa.


Proposta Complementar do BB

- Reajuste de 9% sobre todas as verbas salariais e benefícios. O mesmo reajuste será aplicado no VCPI, garantido o interstício sobre esta verba;

- Piso passa para R$ 1.760; com reflexo na curva do PCR (interstícios). Cada M passa a valer R$ 97,35;

- Retroatividade no mérito na carreira do PCR até 1998;

- VCP de 12 meses no retorno da licença saúde;

- Trava reduzida para um ano em caso de concorrência de posto efetivo para comissionamento;

- Reestruturação do Programa Recuperação de Dívidas, com redução da taxa de juros e aumento no prazo de pagamento;

- Ampliação de 55.261 para 68.057 no público do programa de aprimoramento, com aumento de valor de R$ 200 para R$ 215;

- SACR - Remoção automática no Posto Efetivo para funcis de CABB - O funcionário não precisará pedir dispensa da comissão para a remoção automática;

- Extensão do PAS - Adiantamentos para incorporados que optaram pelo regulamento do BB e pertençam aos planos de saúde Economus, Fusesc ou Prevbep;

- Instalação em até 30 dias de mesas temáticas para debater questões do PCR, PC (substituição, Carreira de Central de Atendimento, 55%) e Jornada de Trabalho; na primeira reunião será estabelecido o cronograma de encerramento dos trabalhos;


- Cálculo da PLR 2011-01 considerou a proporcionalidade do mesmo período do ano passado:
. Escriturário - R$ 3.571,46 (13,1% maior do que o 1º semestre de 2010),
. Caixas, Atendentes e Auxiliares - R$ 3.912,16 (12,5% maior do que o 1º semestre de 2010),
. Demais Comissionados - de 1,62 a 3,0 salários (em média 9,9% maior do que o 1º semestre de 2010);


- Renovação do ACT em vigor com manutenção da cláusula de trava de descomissionamento
- Ratificação da cláusula de desconto dos dias parados igual a do ano passado, e

- 1.000 bolsas de graduação e 500 bolsas de pós graduação.


Fonte: Contraf-CUT

Proposta da Caixa inclui PLR Social, 5 mil contratações e valorização do piso

Em negociação realizada na noite desta sexta-feira (14), a Caixa Econômica Federal apresentou ao Comando Nacional dos Bancários, assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE Caixa), uma nova proposta específica, que inclui a manutenção da PLR Social, valorização do piso e ampliação do quadro em 5 mil funcionários até final de 2012, além de avanços em itens de saúde do trabalhador e no Saúde Caixa. O banco também reafirma que seguirá a proposta da Fenaban de reajuste de 9% em todas as verbas e de não desconto dos dias parados na greve, que serão compensados até o dia 15 de dezembro, seguindo a mesma redação do ano passado.



Dessa forma, o Comando Nacional orienta a aprovação da proposta apresentada nas assembleias a serem realizadas pelos sindicatos na próxima segunda-feira (17). "Avaliamos que a proposta complementa positivamente as conquistas alcançadas na negociação com a Fenaban. É mais um avanço que confirma a política permanente de recomposição dos salários, com aumento real e valorização do piso da categoria, além de ganhos sociais importantes", afirma Jair Ferreira, coordenador da CEE Caixa.


"É uma proposta que foi construída na mesa de negociação, com a pressão da greve da categoria, o que precisa ser valorizado. É importante evitar a armadilha de levar o impasse ao TST, cujas decisões de dissídios coletivos são sempre desfavoráveis aos trabalhadores, como ocorreu na greve dos bancários de 2004 e agora no julgamento da greve dos funcionários dos Correios", destaca Plínio Pavão, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT e membro da CEE Caixa.


A Caixa concordou com a manutenção da PLR Social, que distribuirá 4% do lucro líquido de forma linear para todos os empregados - além da regra básica e parcela adicional da PLR acordada com a Fenaban. Esse valor será distribuído mesmo que, somado à regra da Fenaban, seja ultrapassado o limite de 15% do lucro do banco previsto na convenção coletiva da categoria.


A proposta prevê também um novo aumento no piso dos bancários, que se daria com uma mudança na tabela do Plano de Cargos e Salários (PCS). Pela proposta, os novos concursados passariam a ingressar no banco na Referência 202 e, depois de 90 dias, avançariam automaticamente para a 203. Dessa forma, o salário após os 90 dias do contrato de experiência passaria dos atuais R$ 1.637 (valor atual da ref. 202) para R$ 1.826 (referência 203 já aplicado o reajuste de 9% negociado com a Fenaban) representando assim um reajuste de 11,55% nesse piso. Todos os empregados que hoje ocupam a referência 202, passariam automaticamente para a 203. O mesmo vale para a Carreira Profissional, na qual os pisos passariam a ser a referência 802 no ingresso, com valor de R$ 7.932, e a referência 803 após 90 dias de contratação, com o valor de R$ 8.128.


Além disso, o banco concordou em repassar o aumento de R$ 39 na tabela do PCS conquistado ano passado para os bancários que estão na tabela do PCS antigo. A correção dessa injustiça é um passo importante na direção da superação das discriminações contra o pessoal que optou por permanecer no Reg/Replan não saldado.


Outro avanço importante da proposta é a contratação de 5 mil novos empregados para o banco. A redação da cláusula prevê a ampliação do quadro dos atuais 87 mil empregados para 92 mil, com compromisso assumido pela Caixa de atingir esse número até dezembro de 2012.


Outros pontos:

Saúde do trabalhador - ampliação de 16 para 180 dias da garantia de manutenção de função para trabalhadores afastados por motivo de saúde. Atualmente após 15 dias de afastamento o gestor da unidade tem a opção de manter ou retirar a função do empregado em licença médica por até 180 dias. Embora o pagamento do valor permaneça na complementação por até 6 meses em caso de doença comum, por até 2 anos para doenças graves e por tempo indeterminado se for acidente de trabalho, é comum os gestores retirarem a titularidade, o que gera redução salarial no retorno da licença. Caso a proposta seja aceita, se o trabalhador em questão voltar antes de completar 180 dias de afastamento, terá garantida a titularidade da função.


Saúde Caixa - a proposta prevê que o filho maior de 21 anos comprovadamente sem renda continue até os 24 anos no plano como dependente indireto mesmo que não esteja estudando. Além disso, o empregado poderá manter o filho no plano até os 27 anos desde que não tenha renda e esteja estudando.


Superávit - O banco se compromete a discutir a destinação do superávit do Saúde Caixa para melhorias no plano, mas considera necessários mais estudos. O tema será remetido para discussão no GT Saúde Caixa, que terá autorização da empresa para uma negociação efetiva. O mesmo acontece com a criação de estruturas específicas em todos os estados para o Saúde Caixa e questões de saúde do trabalhador dentro do banco.


Auxiliares de serviços gerais - empregados nesta carreira receberão reajuste linear de R$ 60 além do aumento negociado na Convenção Coletiva. Com a incidência das vantagens pessoais e adicional por tempo de serviço, o valor pode chegar a R$ 106 em muitos casos.


Representante no Conselho de Administração - o banco aceita alterar seu estatuto para permitir que empregados que não tenham ocupado função de gestor possam concorrer ao cargo.


Crédito para calamidades - a Caixa propõe a criação de uma linha de crédito especial para os empregados chamada Empréstimo Calamidade. Com ela, caso um trabalhador do banco perca seus bens em uma ocorrência desse tipo (enchente, desabamento entre outras), o banco disponibilizará um empréstimo de até 10 salários padrão, limitada à margem consignável, para ser pago em até 60 vezes sem juros com carência de 90 dias. É necessário que o município do empregado decrete estado de calamidade pública.


CCV para Inativos - a proposta prevê ainda a abertura de Comissão de Conciliação Voluntária (CCV) para inativos em todos os sindicatos e para qualquer assunto. Recentemente a Caixa assinou acordo para aplicação da comissão, a título de piloto, apenas com alguns sindicatos por prazo determinado (já vencido) e somente para discutir o Auxílio alimentação. Com a aceitação da proposta serão assinados novos aditivos com todos os sindicatos que desejarem, sem as atuais limitações.


CCV específica sobre 7ª e 8ª hora - pela proposta, a Caixa e a Contraf-CUT se comprometem a assinar, até 60 dias após a assinatura do acordo aditivo, um termo aditivo estendendo a CCV para os empresados da ativa que queiram reivindicar diretos referentes à 7ª e 8ª hora dos cargos de natureza técnica.


Compensadores - a Caixa concorda em atender a reivindicação dos empregados que trabalhavam na extinta compensação de cheques de incorporação do adicional noturno, utilizando os termos do RH151. Dessa forma, a incorporação será válida para os trabalhadores que têm no mínimo 10 anos de trabalho na função e o valor será calculado com base na media dos últimos cinco anos.


Menor taxa no consignado - Adoção, para os empregados da ativa, aposentados e pensionistas, da menor taxa de juros praticada pela Caixa para o empréstimo consignado.


Fonte: Contraf-CUT

Unidade da categoria conquista aumento real, valorização do piso e PLR maior

Após 18 dias de greve nacional dos bancários, a maior dos últimos 20 anos, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou nesta sexta-feira (14) uma nova proposta que inclui reajuste salarial de 9% (correspondendo a um aumento real de 1,5%), valorização do piso da categoria que passaria a ser de R$ 1.400 (aumento real de 4,3%) e melhorias na PLR, com aumento da parcela fixa da regra básica para R$ 1.400 (reajuste de 27,2%) e do teto da parcela adicional para R$ 2.800 (reajuste de 16,7%). A proposta inclui ainda cláusula que coíbe o transporte de numerário por bancários e o fim da divulgação de rankings individuais dos funcionários, combatendo o assédio moral.



Na avaliação do Comando Nacional dos Bancários, a proposta apresentada atende às principais reivindicações dos bancários: aumento real de salário pelo oitavo ano consecutivo, valorização do piso, distribuição de um valor maior de PLR e avanços nas cláusulas de segurança e saúde do trabalhador. Dessa forma, o Comando recomenda a aprovação da proposta pelas assembléias que serão realizadas pelos sindicatos na segunda-feira (17), em todo o país.


"A proposta traz avanços importantes e é uma conquista da greve nacional da categoria, a mais forte em duas décadas, que mobilizou trabalhadores de bancos públicos e privados por 18 dias, chegando a paralisar 9.254 agências em todo o país e forçou os bancos a mudarem de posição", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. "A proposta adquire ainda mais importância porque representa a consolidação de uma política permanente de recomposição dos salários, com aumento real pelo oitavo ano consecutivo e valorização do piso da categoria", sustenta.


Cordeiro lembra ainda que nas primeiras rodadas de negociação os bancos negavam a possibilidade de aumento real, alegando risco de alta da inflação, discurso que foi amplamente repercutido pela mídia. "Essa tese falsa foi derrotada. Conseguimos arrancar vitória econômica, com a melhoria do poder de compra dos salários e do piso, mas principalmente política. Os bancos tentaram vencer a categoria pelo cansaço, mas revertemos o quadro e saímos vitoriosos", afirma.


A conquista deixa clara a importância da consolidação da estratégia de unidade nacional da categoria. A campanha unificada, reunindo trabalhadores de bancos públicos e privados, vem sendo construída desde 2004 e cada vez mais se mostra como uma opção acertada da categoria, que reitera sua opção em todas as conferências e congressos. "Com isso, conquistamos a Convenção Coletiva de Trabalho válida para todos os bancos em todo o território nacional - fato único entre as categorias profissionais no Brasil", aponta o presidente da Contraf-CUT. Na avaliação do Comando, com a proposta apresentada, a Campanha Nacional 2011 se soma a essa trajetória de vitórias.


Os dias de paralisação não serão descontados, mas serão compensados até o dia 15 de dezembro e, assim como nos anos anteriores, eventual saldo após esse período será anistiado.


Fonte: Contraf-CUT

13.10.11

Negociação com bancos não avança e greve nacional segue crescendo, são 9.254 agências fechadas no País

Comando rejeita 8,4% na mesa - crédito Jailton Garcia
Com a força da greve, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, retomou nesta quinta-feira (13) as negociações com a Fenaban, em São Paulo, mas não houve avanços. Os bancos apresentaram nova proposta de reajuste de 8,4%, que foi rejeitada pelos dirigentes sindicais. As negociações terão continuidade às 10h desta sexta-feira (14), quando a greve completa 18 dias em todos os 26 estados e no Distrito Federal.



"A quebra do silêncio dos bancos e a retomada das negociações são passos importantes, mas os bancos perderam uma excelente oportunidade para resolver o impasse da greve. A proposta não avança porque representa somente 0,93% de aumento real, o que é insuficiente, além de não trazer valorização do piso nem melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), não atendendo, assim, às expectativas dos bancários", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.


"Como se não bastasse, a proposta não traz avanços em relação às demandas de emprego e na melhoria das condições de saúde, segurança e trabalho", destaca.


Nesta sexta-feira, os bancários irão intensificar ainda mais a greve contra a ganância dos bancos, por emprego decente e por um sistema financeiro cidadão. "Esperamos que a Fenaban venha para a mesa de negociações com uma proposta que seja capaz de ser apresentada nas assembleias dos sindicatos com avanços para os bancários", salienta Cordeiro.


Greve cresce

A greve seguiu crescendo nesta quinta-feira e paralisou 9.254 agências e vários centros administrativos de bancos públicos e privados em todo país. O balanço foi feito pela Contraf-CUT, a partir dos dados enviados pelos sindicatos até às 18h. A greve, que teve início no dia 27 de setembro, já é a maior da categoria nos últimos 20 anos.


"Com os lucros acima de R$ 27,4 bilhões obtidos somente no primeiro semestre, os bancos têm plenas condições de trazer uma nova proposta com conquistas econômicas e sociais para os bancários, além de prestar melhores serviços para os clientes e a sociedade brasileira", ressalta o presidente da Contraf-CUT.


Negociações específicas com bancos federais

Após as negociações com a Fenaban, o Comando Nacional se reunirá com as direções do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, em São Paulo, para retomar as negociações específicas buscando avanços para os trabalhadores. Também ocorrem nesta sexta-feira novas rodadas com as direções do Banco da Amazônia, em Belém, e com o Banco Nordeste do Brasil (BNB), em Fortaleza, para tratar igualmente das demandas específicas.


Fonte: Contraf-CUT

Força da greve nacional arranca negociação com Fenaban nesta quinta

Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT - crédito Seeb SP
Após 16 dias de greve nacional, a Fenaban rompeu nesta quarta-feira (12) o silêncio e decidiu retomar as negociações com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, marcando nova rodada para esta quinta-feira (13), às 16 horas, em São Paulo. O agendamento ocorre um dia depois da reunião do Comando Nacional, em São Paulo, que decidiu fortalecer e ampliar ainda mais as paralisações.



"Foi a força da greve, que paralisa mais de 9 mil agências de bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal, que reabriu finalmente o diálogo e agora esperamos que os bancos venham para a mesa de negociações com uma proposta decente que atenda as justas reivindicações da categoria", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.


Negociações com BB e Caixa

Após a rodada com a Fenaban, o Comando Nacional, assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil e pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal, retomará as negociações com as direções dos dois bancos federais para discutir as pautas específicas de reivindicações e cobrar avanços para os trabalhadores.


Reuniões do Comando Nacional

Os integrantes do Comando Nacional se reúnem antes da negociação nesta quinta-feira, às 15 horas, nas dependências do Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo.


Após as negociações, o Comando Nacional volta a se reunir para fazer avaliação e definir orientações aos sindicatos.


Fonte: Contraf-CUT

12.10.11

A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO BANCÁRIO EXPOSTA EM TEMPOS DE RENOVAÇÃO DE DIREITOS COLETIVOS DA CATEGORIA

Desenho de Débora Vaz, estudante do Ceará
OS LOTÉRICOS estão se matando de trabalhar para realizar o trabalho bancário transferido indevidamente para eles pelos banqueiros com autorização do Governo Federal via resoluções ilegais do Banco Central. Com a greve dos bancários brasileiros, em luta por aumento real de salários e renovação de direitos coletivos, fica evidente o desvio causado pela terceirização fraudulenta dos banqueiros.

Lotérica é lugar de fazer jogos e apostas; farmácia é lugar de comercializar remédios; mercado é lugar de comercializar produtos para a subsistência e para o lar.

Agência bancária é lutar para fazer operações financeiras, intermediações financeiras, abertura de contas e recebimentos de depósitos e empréstimos etc. Os bancários são os trabalhadores treinados e preparados para esse tipo de atendimento e ajuda aos cidadãos que têm o direito de ter contas, acesso ao crédito adequado a cada caso. É obrigação dos bancos atender a toda a população sem discriminação, com segurança adequada e com a rapidez que o povo merece.

Veja abaixo, matéria falando sobre o excesso de trabalho bancário transferido para os lotéricos que não recebem nenhum dos direitos da categoria bancária como piso nacional de R$ 1250, vale-refeição e alimentação que, na maioria dos casos, é maior que o próprio salário dos lotéricos, jornada de 6 horas, Participação nos Lucros e Resultados, dentre outros direitos que foram fruto de mais de um século de lutas e mobilizações e que, muitas vezes, conquistaram direitos que depois foram repassados para todos os trabalhadores brasileiros.

Os 6 maiores bancos lucraram 27 bilhões no primeiro semestre. Não aumentar o salário e os direitos dos bancários é um escárnio com os trabalhadores e é uma ofensa ao País e à cidadania. Queremos distribuição de renda no Brasil, pois é assim que o País será um lugar justo pra se viver nos próximos anos.

William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT.


Matéria da Agência Brasil

12/10/2011 - 10h23


Greve dos bancários aumenta procura por casas lotéricas

Stênio Ribeiro
Da Agência Brasil

Brasília – O horário flexível das 10.773 casas lotéricas do país, que atendem até as 18h nas lojas de rua e até as 19h nos shoppings, tem atraído um número crescente de cidadãos para pagamento de contas e saques de pequenos valores para correntistas da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil (BB).


Não existe estimativa nacional quanto ao aumento da movimentação, mas o Sindicato dos Lotéricos de São Paulo, que congrega 2.597 casas de apostas (773 na capital), calcula que houve acréscimo de aproximadamente 30% na procura da população durante a greve dos bancários.


Lotérica tem vantagens além da flexibilidade do horário

O aumento da procura decorre de vários motivos, além da flexibilidade do horário.

Primeiro, por causa das longas filas que se formam nos terminais de autoatendimento dos bancos, fora das agências, e depois porque as lotéricas e correspondentes bancários operam os serviços básicos de saques e pagamentos, inclusive aos sábados.

As casas lotéricas recebem boletos de até R$ 2.000, quando as contas são da própria Caixa, e de até R$ 700 quando são de outros bancos.

Para contas de consumo (água, energia, telefone e outras) o limite é R$ 1.000. As lotéricas também aceitam saques de até R$ 1.000 por dia para clientes da Caixa (R$ 500 aos sábados) e de até R$ 500 por dia para correntistas do BB.

Recebem também pagamentos de tributos, prestação da casa própria, obrigações com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), recolhimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e de contribuição sindical, além das transações realizadas normalmente, via Cartão do Cidadão, como os benefícios sociais do Bolsa Família, do seguro-desemprego e do Programa de Integração Social (PIS).

A rede lotérica tornou-se, portanto, uma alternativa a mais para a população quitar seus compromissos enquanto durar a paralisação dos bancários. O problema maior reside na falta de recebimento de correspondências com as devidas cobranças, uma vez que os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos também estão de braços cruzados.

Fonte: Uol economia

11.10.11

Comando quer audiência com Dilma e Murilo Portugal sobre impasse da greve que já atingiu 9.165 agências no País

Dia do vermelho em São Paulo. Foto do Seeb SP.
O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), decidiu orientar os sindicatos de todo o país a fortalecer e ampliar ainda mais a greve nacional da categoria, durante reunião ocorrida nesta terça-feira (11), em São Paulo. A paralisação, que completa 15 dias e é a maior dos últimos 20 anos, já ultrapassou o total de 9 mil agências e vários centros administrativos fechados de bancos públicos e privados em todo o país.



A Contraf-CUT solicitará audiência com a presidenta Dilma Rousseff para cobrar empenho do governo federal na construção de uma solução para a greve. Outra solicitação de audiência será encaminhada ao presidente da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), Murilo Portugal. "Vamos cobrar a retomada imediata das negociações com a apresentação de uma proposta decente para a categoria", afirma o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro.


"Os bancos públicos federais fazem parte da Fenaban e podem assumir um papel fundamental para construir uma proposta decente, que atenda às reivindicações dos bancários", ressalta Carlos Cordeiro. "O governo federal precisa estar ao lado dos trabalhadores e da sociedade brasileira e cobrar dos bancos uma solução para a greve que fortaleça a política de distribuição de renda e de redução das desigualdades sociais que iniciou no governo Lula", enfatiza. Cordeiro afirma que os bancários também querem discutir com Dilma o papel dos bancos no Brasil e propor a realização de uma Conferência Nacional sobre o Sistema Financeiro.


"Os bancos brasileiros são os que mais lucram na América Latina, mas pagam um piso salarial menor do que o recebido por argentinos e uruguaios, porém pagam bônus muito maiores para seus altos executivos", afirma Cordeiro, lembrando pesquisa do Dieese e da Contraf-CUT. O salário de ingresso nos bancos no Brasil em agosto de 2010 era equivalente a US$ 735, mais baixo que o dos uruguaios (US$ 1.039) e quase metade do recebido pelos argentinos (US$ 1.432).


"Um país em que os altos executivos dos bancos chegam a ganhar 400 vezes mais que o piso salarial da categoria não pode ser chamado de justo", sustenta o dirigente sindical. "Além disso, os bancos utilizam a alta rotatividade do mercado de trabalho brasileiro, muito maior que em outros países, para reduzir a massa salarial dos bancários", denuncia.


A Contraf-CUT remeterá também cartas aos presidentes dos seis maiores bancos do país e que participam da mesa de negociações da Fenaban (Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, HSBC, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), além do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e Banco da Amazônia, cobrando a responsabilidade de cada instituição na retomada do diálogo para construir uma proposta para as questões gerais dos bancários, bem como para as mesas específicas.


Protestos nesta sexta contra a ganância dos bancos

O Comando Nacional definiu ainda a realização, nesta sexta-feira (14), de protestos em todo país contra a ganância dos bancos, por emprego decente e por um sistema financeiro cidadão. Os sindicatos irão organizar manifestações, com a participação de movimentos sociais, denunciando a falta de responsabilidade social dos bancos, que acumulam lucros estrondosos, mas não garantem contrapartidas aos trabalhadores e à sociedade brasileira.


"O papel do sistema financeiro é oferecer crédito barato e acessível para financiar o desenvolvimento econômico e social do país. No entanto, não é isso que acontece no Brasil. Basta ver que o spread bancário aumentou novamente após a queda da taxa Selic, atingindo o maior nível desde 2009", aponta Carlos Cordeiro. "Convidamos todas as entidades da sociedade civil organizada a participar dos protestos, cobrando a contribuição dos bancos no processo de desenvolvimento com distribuição de renda", completa.


Fonte: Contraf-CUT