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31.10.24

Diário e reflexões

 

Atividade no BB em 2012. Foto: Lazarri.


Osasco, 31 de outubro de 2024. Quinta-feira.


Opinião (18)


O povo não é nem de direita nem de esquerda

Há um processo de politização do povo pela direita, mas podemos politizar as pessoas também se lutarmos contra o sistema de dominação atual


1. INTRODUÇÃO

Escrevo esta reflexão no momento seguinte ao resultado das eleições municipais do Brasil. O articulista é pessoa com experiência na política: fui dirigente sindical e representei com mandatos eletivos a classe trabalhadora por quase duas décadas. Já fui também líder estudantil, síndico de condomínio, membro de conselhos e gestor eleito de autogestão em saúde.

Ao longo de minha vida alternei visões de mundo diametralmente opostas. Sendo hoje uma pessoa materialista e sem nenhum tipo de fé em explicações místicas da vida humana, já fui católico praticante, uma pessoa movida pela fé cristã. Também frequentei e estudei o espiritismo e o candomblé. Já fiz curso completo de gnose, uma escola de autoconhecimento. Diria que sou, hoje, humanista e anticapitalista.

Já tive os preconceitos comuns da cultura brasileira, preconceitos que perduram há séculos nesta ex-colônia sul-americana. O principal preconceito que tive pela minha ambientação dos anos oitenta adiante, quando me tornei jovem adulto no Brasil, foi o preconceito relativo às diversas formas de amor, orientação sexual e relacionamentos humanos, ignorância que só superei ao ser politizado e educado pelo movimento sindical brasileiro.

Já senti ódio, muito ódio em minha vida, e desde pequeno. Já enfrentei um lawfare, um processo administrativo inventado pelos meus adversários políticos para destruir minha história e minha vida. Acreditem: muitas pessoas podem sucumbir aos processos de destruição e assédio. Ninguém merece ser acusado injustamente de algo que não fez. O lawfare teve seu uso político pretendido e depois do objetivo alcançado foi arquivado por falta de provas e materialidade. Acho que minha saúde nunca mais foi a mesma.

Fiz essa introdução em minha reflexão para situar as leitoras e leitores do texto que não tenham o hábito de ler meus artigos no blog, que talvez não me conheçam há mais tempo. Minha experiência de vida e militância exigem de mim um esforço para compreender as questões das diversas formas de fé das pessoas, os ritos e vícios da política sindical e partidária e as causas e efeitos das ferramentas ideológicas do preconceito, que incluem as novas ferramentas tecnológicas das big techs.

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2. A IMPORTÂNCIA DA SOLIDARIEDADE DE CLASSE

Antes de escrever alguma coisa a respeito do resultado dos processos eleitorais que se encerraram nesta semana - com a prevalência expressiva das candidaturas de direita nas cidades do país -, quero registrar algum comentário a respeito da absolvição pelo Supremo Tribunal Federal do companheiro José Dirceu: fiquei feliz com a absolvição. Que bom que lutadoras e lutadores de nosso lado da classe receberam nossa solidariedade nos momentos mais difíceis de suas vidas! Nossos inimigos de classe não têm solidariedade alguma conosco.

Eu não teria como enumerar as diversas lideranças de nosso lado da classe trabalhadora que foram vítimas de novos métodos de assédio, tortura e eliminação da vida política e, inclusive, da vida biológica por parte dos detentores do poder econômico e político instalado no Brasil há cinco séculos: a casa-grande, para resumir os opressores do povo brasileiro.

Pelos papéis que tiveram nas lutas de libertação do povo brasileiro nas últimas décadas, cito as seguintes lideranças de esquerda que sofreram perseguição política e uso da máquina estatal contra suas vidas e suas liberdades: Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, José Genoino, José Dirceu, Luiz Gushiken e João Vaccari Neto, com quem militei no Sindicato dos Bancários. Todos foram vítimas de processos de lawfare para destruir suas vidas e de seus familiares e atingir o Partido dos Trabalhadores e, consequentemente, toda a esquerda brasileira.

O presidente Lula foi vítima de mentiras contra si desde os anos setenta, quando se tornou líder sindical. As mentiras foram escalando até que ele fosse preso sem crime e sem provas por 580 dias para que não disputasse as eleições de 2018. A presidenta Dilma Rousseff foi presa e torturada na juventude por lutar contra a ditadura no país. Após ser eleita com 54,5 milhões de votos em 2014, sofreu um impeachment sem crime e sem provas. Sofri muito durante esses processos que acompanhei como dirigente dos bancários! A dor era de adoecer por ver fazerem o que fizeram com nossas lideranças!

O mesmo sofrimento e impotência contra a injustiça sentimos quando a casa-grande condenou e ou prendeu sem crime e sem provas José Genoino, José Dirceu, Luiz Gushiken e João Vaccari Neto. Genoino e Dirceu, lutadores da mesma geração de Dilma e Lula. Gushiken e Vaccari, líderes da categoria bancária do Novo Sindicalismo brasileiro. Acusar lideranças da classe trabalhadora, destruir suas histórias e expô-las à execração pública a partir dos anos dois mil passou a ser a nova ferramenta de tortura e eliminação de lideranças das lutas populares.

Até hoje, temos visto serem inocentadas lideranças populares vítimas de processos de lawfare, como nos casos famosos "Operação Lava Jato" e "Ação Penal 470" (conhecida como "Mensalão" para achincalhar as vítimas). Gushiken foi absolvido por falta de provas pouco antes de falecer em 2013 e a notícia saiu nos rodapés dos jornalões e revistas que o execraram por anos. O mesmo se deu com Vaccari, preso por condenações revistas por falta de provas. Me lembro de ter me posicionado em defesa de Vaccari no auge dos massacres midiáticos que sofríamos em 2015 (ler artigo aqui).

Fico feliz e aliviado pela notícia da absolvição do companheiro José Dirceu neste momento da história brasileira. Sempre suspeitamos das práticas criminosas daquela gente da tal "República de Curitiba". O tempo foi o senhor da razão. Lendo o livro de memórias de Dirceu, temos orgulho das pessoas que ao longo da vida estiveram do lado certo da história, do lado do povo.

Essas revisões tardias de processos criminais inventados contra pessoas que representam a resistência ao avanço das políticas liberais, privatistas e contrárias aos interesses da classe trabalhadora reforçam uma questão central entre nós de esquerda: a necessidade da solidariedade entre nós nos momentos em que estamos sob ataques de nossos inimigos de classe.

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3. NEM DE DIREITA NEM DE ESQUERDA

Tive a oportunidade de participar de reuniões políticas em bases comunitárias nos últimos dois anos. Naqueles espaços de reflexões populares me lembrei muito dos tempos de representação sindical nos bancários e também dos ambientes familiares de muita pobreza e simplicidade.

Sempre que começam as reuniões nas comunidades, as pessoas que se atrevem a se inscrever para falar vão logo marcando suas posições dizendo que não gostam de política, nem dessa coisa de partido A ou B. Aí sim falam da questão do ônibus, do posto de saúde, das carências em casa, da falta de vaga na escola, segurança no bairro etc.

A questão de se classificar alguém como sendo de esquerda ou de direita e outras classificações comuns na boca da militância orgânica dos movimentos sociais ou de acadêmicos e intelectuais passa longe do dia a dia da ampla maioria das pessoas. O povo em geral não gosta de gente de esquerda "cagando" regras para ele.

Se voltar ao tempo em que fazia a base do sindicato, visitando locais de trabalho da categoria bancária ou participando de reuniões, plenárias e assembleias, poderia dizer a mesma coisa em relação a classificações de trabalhadores como de direita ou de esquerda.

Buscando na memória lembranças dos ambientes onde nasci e cresci, a parentada toda e os amigos e conhecidos na adolescência e na primeira fase de adulto jovem é a mesma coisa. Ninguém que conheci tinha esses papos de ser de direita ou de esquerda. 

É evidente que identificar fenômenos sociológicos e definir as coisas do mundo humano é importante para nós que nos interessamos em compreender e mudar a realidade social não natural. 

A desigualdade social, a injustiça contra as pessoas, o privilégio de poucos em contraposição à miséria da maioria, tudo isso são fenômenos não naturais. E podemos mudar a realidade porque somos seres históricos e fazemos a história diariamente.

As ciências humanas que se debruçam sobre os fenômenos sociológicos são necessárias, repito. O mestre Paulo Freire diz que só se educa gente. Ou seja, é possível educar e politizar as pessoas.

3.1. ALGUMAS LEITURAS INTERESSANTES

Eu, particularmente, gosto dos estudos e das conclusões do professor e sociólogo Jessé Souza a respeito do comportamento das classes dominantes e das classes subalternas. Concordo que as elites são corruptas e manipuladoras do povo. Entendo os motivos para ele definir um segmento do povo como "o pobre de direita".

Por outro lado, também apreciei as definições que ouvi dias atrás do professor e historiador marxista Valério Arcary, em entrevista ao Mauro Lopes, ao dizer que não concorda em se chamar um segmento do povo como "pobres de direita". 

Ele alegou na entrevista que importantes camadas da população estão em condições tão precárias de subsistência diária que elas não podem se dar ao luxo de recusar uma cesta básica, um telhado novo, alguma ajuda de políticos que lhes pedem o voto em troca de algo essencial.

Aí, penso na análise do professor Alysson Mascaro, jurista e filósofo do direito marxista, que em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, após o primeiro turno das eleições, disse que a direita e a extrema-direita politizaram o povo, que agora teria uma consciência de direita. Já a esquerda fica defendendo o sistema capitalista, a ordem estabelecida e fazendo coraçãozinho. 

Por fim, cito a tese "Os sentidos do lulismo" do professor e cientista político André Singer como um estudo que fez muito sentido para mim. De maneira geral, gostei das reflexões dele sobre as características do povo brasileiro e o comportamento dos diversos estamentos sociais ao longo das eleições para presidente entre 1989 e 2010. Fiz uma leitura do livro com postagens comentadas. (ler aqui)

Entendi que o que menos pesou no voto das pessoas foram questões como "esquerda" ou "direita" em relação aos candidatos Collor e Lula, FHC e Lula, Lula e Serra, Lula e Alckmin, Dilma e Serra. Os eleitores decidiram de forma muito prática seus votos em relação ao que era melhor para eles e da forma como viam o mundo, incluindo crenças, medos, cultura, preconceitos etc.

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4. QUAL A MINHA OPINIÃO SOBRE O CENÁRIO E SOBRE O FUTURO?

Vivemos um momento histórico com ferramentas tecnológicas que não existiam em outras fases da história humana. O ser humano é um animal movido à paixões e sentimentos, uma espécie que organizou o mundo a partir das abstrações criadas pela mente humana. 

O livro "O verdadeiro criador de tudo", do professor neurocientista Miguel Nicolelis, nos explica isso. A comunicação virtual e as redes sociais dominadas por algumas corporações, as big techs, sincronizam milhões de seres humanos em frações de segundos. 

Num mundo plataformizado e baseado na economia da atenção, viramos commodities e não mais seres livres. O professor e sociólogo Sérgio Amadeu, da UFABC, fala bem sobre o tema.

Quando as ideias que nos movem são inoculadas em nossa mente de forma sistêmica e intencional para ditar nosso comportamento como se dá hoje, questiono se ainda temos "livre-arbítrio".

O sistema capitalista está por trás da organização e movimentação da sociedade humana global. Não vou discorrer sobre isso. Seria exaustivo neste artigo que precisa terminar. Conto com o conhecimento que as leitoras e leitores desta reflexão já possuem.

Como identificação de fenômeno social, concordo com os professores Jessé Souza e Alysson Mascaro. A direita tem sido exitosa em estabelecer suas ideias no cotidiano das pessoas em todos os segmentos da sociedade, inclusive entre as classes subalternas e exploradas. Eu entendo que ser proprietária dos meios de produção e de criação de ideias tem peso central na prevalência das ideias de direita no mundo.

No entanto, tendo a concordar com as impressões dos professores Valério Arcary e André Singer em relação ao comportamento prático que as classes sociais têm na hora de se posicionarem em eleições ou na sobrevivência diária. As pessoas se movem à direita, centro ou esquerda de acordo com seus interesses imediatos e não por adesão ou militância a tais conceitos teóricos.

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ELEIÇÕES MUNICIPAIS BRASILEIRAS: baseado no que estou argumentando, fica fácil compreender o resultado das eleições em 2024, com o domínio amplo dos partidos de direita disfarçados sob a alcunha de "Centrão" em milhares de cidades do país. O dinheiro das emendas do orçamento público irrigando as candidaturas contra nós da esquerda mais os preconceitos e mentiras prevalentes nos meios digitais das plataformas somados aos tradicionais meios da imprensa de direita são bases efetivas da vitória da direita nas urnas. Reconheço, também, a incapacidade atual da esquerda de compreender e representar as necessidades e anseios da classe trabalhadora. Estamos distantes das bases. 

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É verdade que o domínio totalitário dos meios de produção por parte da classe dominante tem pesado para que o mundo experimente essa ascensão das ideias de direita, inclusive sobre as classes vítimas da crise do capital. Somos seres movidos pelas paixões e sentimentos: uma abstração divulgada de forma massiva em segundos pelas redes sincroniza milhões de pessoas - sentimentos como o ódio -, por exemplo. E o ódio cega as pessoas e impede o império da razão.

Na guerra de conquista das ideias, os donos dos meios estão vencendo, mas entendo que nós podemos enfrentar o avanço da direita e extrema-direita, que representam os privilegiados do mundo, nos posicionando a favor da mudança e a mudança está em questionar o sistema vigente - o capitalismo - e exigir outra forma de organização da sociedade humana.

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Contestar o capitalismo e a captura dos recursos públicos em prejuízo do povo e em privilégio de poucos é algo básico para uma liderança ou organização de esquerda.

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5. PARTIDOS, SINDICATOS E ASSOCIAÇÕES

Não acredito em mudanças substantivas e perenes na sociedade humana sem organizações sociais por trás dessas mudanças. Movimentos populares episódicos - uma ocupação, uma greve, uma mobilização por questão A ou B -, por mais que sejam bonitos de se ver, não têm acúmulos crescentes com capacidade de alterar a realidade geral. Eu pensava isso em relação aos Fóruns Sociais Mundiais quando não aceitavam partidos, sindicatos e governos.

É minha opinião que nós temos que ter partidos políticos, sindicatos e associações que liderem movimentos de massas para questionar e forçar as mudanças necessárias para disputar os rumos de uma comunidade humana. 

Temos que ter atuação constante e não só em períodos eleitorais. Ampliar nossa força nos parlamentos deve ser consequência de trabalhos realizados na base o ano todo e com coordenação local e nacional. Temos que mudar essa lógica personalista de nomes e mandatos prevalecerem sobre projetos e coletivos locais, temáticos e programáticos de esquerda, lutas de classe.

Para isso, as lideranças populares precisam exigir as mudanças necessárias das velhas burocracias encasteladas em partidos, sindicatos e associações que são estratégicos para a classe trabalhadora, mas que têm deixado insatisfeitas as bases sociais por completa ausência nas bases.

Tenho visto surgirem novas lideranças nos partidos de esquerda e nos movimentos organizados. Temos que fortalecer e apoiar essa juventude que está dando as caras. 

Se permitirmos que as ideias da burocracia partidária e sindical prevaleçam - ideias de conciliações improdutivas com adversários e inimigos na atualidade e parcerias ruins com nossos algozes -, não mudaremos a realidade na qual as ideias de direita e extrema-direita estão prevalecendo nas camadas populares que, repito, não são nem de esquerda nem de direita.

Nossos partidos de esquerda, sindicatos e organizações populares podem fazer a diferença, mas para isso é necessário que mudem e ouçam as bases e as novas lideranças que estão chegando para fazer história. Que Brasil e mundo queremos em 2035 e 2050? Para pensar 2026 temos que pensar o que queremos para o mundo.

William Mendes


Post Scriptum: o texto anterior desta série sobre eleições municipais brasileiras, que termina com este texto de avaliação do processo, pode ser lido aqui.


27.10.24

Diário e reflexões



A semana decisiva foi de muita energia e sentimento de mudança nas ruas de São Paulo

Domingo, 27 de outubro de 2024.


Opinião (17)


ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Esta semana foi de muitas atividades da militância para conversarmos com eleitores indecisos e conquistarmos os votos necessários para elegermos Guilherme Boulos e Marta Suplicy para a prefeitura de São Paulo. E o próprio candidato fez algo inédito: ficou a semana toda nas ruas junto à população paulistana.

Nós da militância da Zona Oeste de São Paulo, fizemos atividades praticamente todos os dias. Num dos dias, a professora Ione, minha companheira, ficou horas conosco e o time da vereadora Luna Zarattini virando votos na Avenida do Rio Pequeno, Butantã. Vejam vocês, até pessoas que não estão acostumadas a abordagem popular, entraram em cena pelo vira voto e muda São Paulo. Muita energia no ar!

Estivemos nas imediações dos metrôs da região, onde panfletamos nos últimos meses. A percepção que eu tive foi muito positiva. Diferente de outras fases da campanha, muita gente nos pedia adesivo, trabalhadores de aplicativos colocaram adesivos em suas motos: é Boulos 50 pra mudar São Paulo. Até motoristas de ônibus se aproximaram e de dentro do veículo me pediram adesivos. Clima de virada no ar!

E, no sábado, para fechar a campanha pela eleição de Guilherme Boulos 50 prefeito de São Paulo, fizemos uma ótima caminhada da vitória, saindo da Avenida Paulista e descendo a Rua Augusta até a Praça Roosevelt. Que energia! 

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CRIME ELEITORAL DO GOVERNADOR DE SP

A certeza de impunidade por parte da casa-grande brasileira não tem limites. Eu acompanho e estudo política e história do Brasil há tempos. Já vi muita coisa e sei de muitos abusos dos poderosos no país explorado há séculos pelos imperialismos e por seus lacaios daqui - a burguesia vira-latas.

Hoje a casa-grande se superou. O governador Tarcísio de Freitas, parceiro do candidato Ricardo Nunes a reeleição em São Paulo, ousou no dia da eleição a praticar um crime absurdo de ir à imprensa declarar que a maior facção criminosa do país, o PCC, havia declarado voto e apoio à candidatura de Guilherme Boulos... (sem apresentar provas, e mesmo se as tivesse não poderia ter feito isso) 

É tão chocante e descabido o que fez o bolsonarista Tarcísio, de uma forma torpe para que sua declaração influencie os eleitores sem chance de desmentido pelo candidato opositor, que se não houver punição rápida e severa a essa interferência de poder político nas eleições, podem decretar o fim dos processos eleitorais! Que se declare que não há democracia no país e chega de farsa!

Vamos ver o que acontece nas próximas horas.

William Mendes

(Domingo, 17:40 horas)


Post Scriptum: a plutocracia prevaleceu, como se espera em processos de consultas como esses baseados em poder do dinheiro e da máquina estatal pela manutenção do status quo. A candidatura de Guilherme Boulos obteve o apoio de 40% dos eleitores que se dispuseram a votar. A luta deve continuar, não há alternativa para nós que pensamos nas pessoas e no planeta Terra.

Post Scriptum (2): para ler o texto anterior desta série sobre eleições, clique aqui. O texto seguinte, de avaliação do processo eleitoral, pode ser lido aqui. Nele, foco minhas reflexões na questão sobre os brasileiros serem ou não de esquerda ou de direita.


20.10.24

Diário e reflexões



Eleição em São Paulo entra na semana decisiva. Boulos e militância estão nas ruas virando votos para mudar a vida das pessoas

Domingo, 20 de outubro de 2024.


Opinião (16)


ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Estive hoje na Quadra dos Bancários, no centro de São Paulo, para parabenizar e dar um abraço em nossa vereadora eleita Luna Zarattini e a equipe aguerrida dela. A plenária foi também para confraternizar com a militância do mandato de Luna. 

O local evoca grandes recordações e nostalgias em mim. Foi lá que vivi os melhores momentos de minha vida de representação da classe trabalhadora. Naquele centro sindical coordenei grandes assembleias e dialoguei com a categoria em dias decisivos de lutas sindicais, principalmente no segmento de trabalhadores do Banco do Brasil.

Luna Zarattini, do Partido dos Trabalhadores, foi eleita vereadora da cidade de São Paulo com 100.921 votos. Nossa jovem liderança tem realizado um trabalho que nos dá muito orgulho, pois ela tem lado, trabalha muito, estuda e simboliza a renovação em nosso partido.


A militância e lideranças comunitárias do mandato da Luna estavam presentes na Quadra e a plenária foi também para unificar nossa companheirada para a semana decisiva em relação à eleição de Guilherme Boulos e Marta Suplicy para a gestão da maior cidade da América Latina, São Paulo.

O desafio de nossa parte é conquistar 50% + 1 dos votos do eleitorado paulistano, focando em conversar e convencer a imensa maioria de eleitores que votou pela mudança ou que não se interessou em votar no primeiro turno. Estou falando de uns 5 milhões de pessoas. Boulos e Nunes tiveram cerca de 1,8 milhão de votos no primeiro turno.

Nossa militância pode fazer a diferença em eleição tão disputada como a de São Paulo. 

Eu peço a cada leitora e leitor de meus textos e reflexões que nos ajude nesta semana que se inicia e converse com as pessoas que vocês conhecem para tentar tirar as dúvidas delas e desfazer as mentiras e preconceitos que fazem com que pessoas de nossa classe trabalhadora tenham algum tipo de rejeição a Guilherme Boulos.

A eleição de Boulos 50 é fundamental para mudarmos a gestão da cidade de São Paulo e torná-la uma cidade acolhedora e focada nos milhões de pessoas que vivem e trabalham nesta megalópole hoje desgovernada e caótica, uma cidade atual que maltrata a sua população.

É isso. Compartilhem nossas reflexões e se juntem a nós nesse esforço de mudar a cidade de São Paulo. Votem 50 Boulos no dia 27 de outubro.

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Presidente Lula: nosso grande líder, o presidente humanista Luiz Inácio Lula da Silva, sofreu um acidente doméstico ontem, caiu e teve um pequeno traumatismo craniano, recebendo atendimento médico na capital federal. Segundo os boletins médicos, Lula está bem, recebeu pontos na região da nuca e não poderá cumprir sua agenda na Rússia. Mas participará do evento por videoconferência. Estamos na torcida pela pronta recuperação de nosso estadista mundial.

Abraços de luta!

William Mendes

Ex-diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região


Post Scriptum: o texto anterior desta série sobre eleições municipais pode ser lido aqui. O texto seguinte, do dia da eleição, pode ser lido aqui.


13.10.24

Diário e reflexões



Boulos e Marta podem ser eleitos com militância nas ruas e nas bases

Domingo, 13 de outubro de 2024.


Artigo (15)


ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Eleições se ganham pedindo votos. Essa é uma das lembranças mais antigas que tenho das lições dos primeiros anos de movimento sindical bancário. Se queremos melhorar a vida das pessoas e representar um projeto político, temos que pedir o voto de confiança aos eleitores.

Conquistamos direitos pedindo o voto das trabalhadoras e trabalhadores quando organizávamos as campanhas salariais da categoria bancária e quando disputávamos com o patrão as eleições em nossas entidades de classe, saúde e aposentadoria, e também quando pedíamos voto dos bancários para nossos projetos cidadãos para os legislativos e executivos das diversas instituições da vida democrática do Brasil.

Daqui a duas semanas, em 27/10/24, o povo da maior cidade da América Latina vai decidir quem será o prefeito de São Paulo: Guilherme Boulos ou Ricardo Nunes. Temos que conseguir 50% + 1 dos votos válidos de um universo de 9.322.444 eleitoras e eleitores (TSE). 

Nosso candidato, Boulos 50 (PSOL), obteve 1.776.127 votos e o adversário 1.801.139 votos. Na região onde militamos, conseguimos vencer nas duas zonas eleitorais, a 346 (Morumbi, antiga Butantã) e a 374 (Rio Pequeno), a 2ª com mais eleitores de São Paulo. 

Além de atuar pela manutenção desses votos, temos que conquistar votos de eleitores que votaram em outros candidatos no 1º turno e na enorme multidão de pessoas que não foi votar e que podem votar em Boulos e nos ajudar a livrar São Paulo das mãos do bolsonarista Nunes.

Apesar da obviedade para as leitoras e leitores do blog, não custa esclarecer que os projetos em disputa em São Paulo são absolutamente antagônicos em todos os sentidos. E que o projeto que pode melhorar a vida do povo e garantir direitos sociais e de cidadania é o projeto representado por Boulos e Marta, número 50 nas urnas.

Boulos e Marta têm propostas efetivas para os problemas do povo paulistano nas áreas de transporte, moradia, educação, saúde, emprego e renda, segurança. Não nos interessa as questões de cunho pessoal de cada cidadão. 

Quando temos militante pedindo votos, temos condições de falar as propostas para as pessoas que estão em dúvida, que estão mal-informadas ou que estão cheias de mentiras na cabeça. Nas calçadas ou nas feiras são várias oportunidades de conquistar votos, várias. Nós fizemos isso nos últimos meses aqui na região onde atuamos, a Zona Oeste de São Paulo.

PRECISAMOS DO APOIO DOS MOVIMENTOS ORGANIZADOS

Eu conheço com relativa experiência os movimentos internos nas estruturas sindicais e partidárias porque participei dessas organizações por quase três décadas. Eu tenho a impressão que a enorme militância sindical e partidária e dos mandatos podem se engajar mais nestas duas semanas até dia 27 de outubro, como fizeram até dia 6 quando também estavam em jogo as candidaturas para as câmaras municipais.

Nossa militância é imbatível, nenhuma máquina baseada só no dinheiro e compra de voto, em fake news e coisas do tipo pode concorrer com nossa militância quando estamos de corpo e alma numa disputa que equivale a mudar a nossa vida como classe trabalhadora.

Então, companheirada, peguem adesivos e panfletos e vamos ganhar essa eleição em São Paulo com Boulos e Marta 50 e vamos tirar o bolsonarismo do poder. 

Só o fato de usar um adesivo no peito todos os dias já dialoga com o eleitor silencioso, que não se manifesta, mas que te considera e respeita. Vamos lá! O povo paulistano precisa de nós. 

Abraços fraternos e de luta!

William Mendes


Post Scriptum: o texto anterior desta série pode ser lido aqui. O texto seguinte pode-se ler aqui.


7.10.24

Diário e reflexões



Vitória da renovação! Elegemos Luna Zarattini em São Paulo e o Coletivo JuntOz em Osasco!

Segunda-feira, 7 de outubro de 2024.


Opinião (14)


ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Olá, amigas e amigos do blog!

Antes de mais nada, gostaria de agradecer a todas as pessoas que acessaram e leram nossas reflexões durante o primeiro turno das campanhas municipais de São Paulo e Osasco. Foram quase oito mil acessos aos textos.

Também quero agradecer a cada pessoa que tenha depositado sua confiança nas urnas nas candidaturas que defendi aqui no blog, tanto em São Paulo quanto em Osasco.

Nossa jovem e combativa Luna Zarattini foi eleita com uma votação expressiva, foi a vereadora mais votada do Partido dos Trabalhadores no Brasil, alcançando quase 101 mil votos. Posso afirmar a vocês que ela merece nossa confiança. Acompanho o trabalho dela desde antes de assumir seu mandato na Câmara de São Paulo em março de 2023. Vamos apoiá-la nas lutas que enfrentará por nós e uma cidade mais humana e inclusiva.

Agradeço às pessoas que votaram e pediram voto para o Coletivo JuntOz para a Câmara de Osasco, eles foram eleitos com pouco mais de 4.200 votos (foram bem votados!). Gabi, Heber e Matheus representam a renovação do Partido dos Trabalhadores em Osasco, e eles nos dão esperanças para construirmos uma representação popular em nossa cidade, e fiscalizar o prefeito eleito que é da situação, e serão propositivos como pudemos ver ao longo da campanha do JuntOz. Eles também terão o nosso apoio.

ELEGER GUILHERME BOULOS É UMA TAREFA DE TODOS NÓS

O segundo turno começou hoje e então eu convido a todas as pessoas que leem nossas reflexões a contribuírem da forma que puderem para mudarmos São Paulo elegendo Boulos 50 como nosso prefeito.

Logo pela manhã, peguei meu adesivo de campanha, coloquei no peito, e fui ao mercado. Cada oportunidade que tivermos de conversar com as pessoas deve ser aproveitada para defender uma cidade mais humana e inclusiva, focada em melhorar a vida das pessoas nas áreas de saúde, educação, moradia, mobilidade, oportunidades de trabalho e renda, segurança e cultura.

Conversem com as pessoas que vocês conhecem. Boulos é a melhor chance de São Paulo avançar. O atual prefeito não fez nada pelo povo durante quase quatro anos. E nos últimos meses o que fez foi passar milhões de reais do orçamento sem licitação alguma para pessoas e empresas terceiras de forma nunca vista em São Paulo.

Vamos à luta, caras leitoras e leitores. Vamos eleger Boulos e Marta para a cidade de São Paulo. Conto com vocês.

William Mendes


Post Scriptum: para ler o texto anterior, clique aqui. O texto seguinte desta série pode ser lido aqui.


4.10.24

Diário e reflexões

 


Em Osasco, elejam o JuntOz 13713 e, em São Paulo, elejam Luna Zarattini 13131

Sexta-feira, 4 de outubro de 2024.


Opinião (13)


ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Olá, amigas e amigos do blog! Está chegando o dia das eleições municipais no domingo, dia 6. De acordo com algumas pesquisas de intenção de voto, mais da metade da população paulista não escolheu candidatas e candidatos a vereança. Em geral, as atenções estão na eleição para as prefeituras.

Hoje, me envolvi na campanha para vereadores dos jovens do Coletivo JuntOz 13713 em Osasco. A panfletagem foi no Largo de Osasco, nas proximidades da escadaria da estação de trem. Gabi, Heber e Matheus e apoiadores distribuíram material com propostas. O diálogo com a população foi legal, muita gente receptiva.


Ao conversar com as pessoas e ouvir as principais demandas da população osasquense, e ver o pessoal do JuntOz explicar propostas e os estudos deles para as áreas relativas às demandas das pessoas, fiquei mais convencido ainda que essa candidatura é a melhor proposta para Osasco avançar nos direitos da população.

Peço voto e apoio para elegermos o JuntOz 13713 neste domingo. E elegermos Emidio 13 para a prefeitura de Osasco.

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SÃO PAULO

Ao longo das semanas de campanha, desde agosto, fizemos um corpo a corpo com a população paulistana em diversos locais da região do Butantã, Zona Oeste de São Paulo, apresentando propostas e o trabalho realizado por nossa jovem Luna Zarattini 13131.

E intensificamos a campanha para mudarmos São Paulo elegendo Guilherme Boulos e Marta Suplicy para a prefeitura da cidade. Boulos e Marta e uma bancada progressista na Câmara podem humanizar a maior cidade do Brasil, inclusive com apoio e parceria do governo Lula.

Neste domingo, peço voto e apoio para elegermos vereadora Luna Zarattini 13131 e Boulos 50 para prefeito.

Abraços e até a vitória!

William


Post Scriptum: para ler o texto anterior desta série, clicar aqui. O texto seguinte pode ser lido aqui.


1.10.24

Diário e reflexões



Elejam candidaturas de esquerda que vão melhorar a vida cotidiana do povo trabalhador em São Paulo e Osasco

Terça-feira, 1º de outubro de 2024.


Opinião (12)


ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Olá, amigas e amigos do blog, está chegando o dia das eleições municipais brasileiras, dia 6 de outubro, domingo.

Hoje estivemos nas ruas conversando com as pessoas e conquistando votos para nossa jovem companheira Luna Zarattini 13131 e para nosso jovem companheiro Guilherme Boulos 50.

E depois de fazer a panfletagem nas imediações do Metrô Vila Sônia, em São Paulo, ainda vou antes de dormir distribuir o material do Coletivo JuntOz 13713 para a Câmara Municipal de Osasco, com Emidio de Souza 13 prefeito. (caixas de correios do condomínio)

Como disse ao longo da campanha eleitoral, a vida de cada um de nós se realiza efetivamente nos bairros e cidades onde moramos. Então é muito importante que elejamos prefeitos e vereadoras e vereadores que tenham propostas para melhorar a vida das pessoas nas cidades.

Em São Paulo, Guilherme Boulos, Marta Suplicy e Luna Zarattini têm propostas efetivas para todas as dimensões da vida cotidiana. Propostas como o Poupatempo da Saúde, como as áreas em cada subprefeitura para acolher e melhorar as condições de trabalho para os milhares de trabalhadores de aplicativos e muitas outras propostas de educação, moradia, segurança, mobilidade etc.

OSASCO

Em Osasco, nosso companheiro Emidio de Souza tem propostas para todas as áreas da vida cidadã em nossa cidade. Osasco avançou muito durante as duas gestões de Emidio. 


E sobre a candidatura do Coletivo JuntOz 13713, com Heber, Gabi e Matheus, vou ser bem sincero com vocês: raras vezes vi um coletivo tão jovem e tão preparado para nos representar na Câmara de Osasco. Eles têm propostas para todas as áreas. Propostas estruturadas! A CPI sobre as "Organizações Sociais" na saúde é muito importante! A questão é caso de polícia em Osasco.

Vi o podcast que entrevistou eles hoje à noite e os jovens são muito bons. Votem e peçam votos para eles em Osasco.

É isso! Fraterno abraço e vamos eleger boas bancadas parlamentares e prefeitos comprometidos com a melhora da vida do povo como Boulos e Emidio representam.

E peço voto para Luna Zarattini 13131 em São Paulo e JuntOz 13713 em Osasco.

William


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