Páginas

29.12.15

Opinião sobre Sistemas de Saúde e agenda do Diretor (DF e SP)




"Costuma-se até dizer que não há cegueiras, mas cegos, quando a experiência dos tempos não tem feito outra coisa que dizer-nos que não há cegos, mas cegueiras."

(Ensaio sobre a cegueira,
José Saramago)




Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

O noticiário a respeito do setor de saúde não é nada animador, no sentido de haver solução de curto e médio prazo para a grave crise que afeta a todos os envolvidos - hospitais e rede credenciada, planos de saúde e usuários dos planos ("clientes"). 

A inflação prevista para o setor de saúde em 2016 será de 20%, quase três vezes a previsão de inflação oficial, na casa dos 7%. 

Outra questão grave para as operadoras de planos de saúde é que os profissionais de saúde, organizados muitas vezes em consultórios, clínicas ou cooperativas, não querem mais saber de atender a usuários de convênios de saúde, ou seja, só atendem "particular". 

Sabem um dos motivos prováveis? É porque tem uma resolução da ANS (259/268) que obriga os planos de saúde a garantirem que os clientes tenham atendimento em qualquer especialidade coberta no rol mínimo de procedimentos (da própria ANS), mesmo que a especialidade procurada pelo "usuário" seja uma inferência do que ele acha que tem ou algum desejo dele (até incentivado por propagandas), sem nenhum embasamento técnico para requisitar tal procura por aquela especialidade.

Somado a este desvio do setor de saúde - o próprio usuário-cliente determinar o que ele deve ter de "demanda" atendida por uma operadora de saúde -, os profissionais de saúde (os doutores, médicos) já aprenderam a lidar com isso (a resolução de garantia de atendimento da ANS). Se em certa região nenhum profissional de determinada especialidade quiser atender a convênio de saúde, os convênios são obrigados a pagarem o valor que os profissionais daquela especialidade quiserem. Legal, né? Por exemplo, imaginem vocês se existe algum procedimento cirúrgico sem anestesia...

Já os hospitais e grandes centros de saúde privados atuam com uma liberdade total de cobrar o que acharem que devem cobrar dos planos de saúde e de seus usuários. É uma lógica de cheque em branco que uma operadora de saúde tem que arcar quando um cliente seu dá entrada em um hospital. Se a empresa for honesta (hospital é empresa e visa lucro) e cobrar só o que usou no paciente e se usar só o que for necessário (sem uma pinça ou parafuso a mais, de milhares de reais), a conta paga pelo plano (e depois repassada ao usuário) pode ser um valor; se a empresa-hospital não for nada honesta na forma como cobram a conta da internação ou intervenção cirúrgica, a conta pode ser outra e bem maior.

Aliás, se o usuário-cliente de um plano de saúde der entrada em um hospital para um procedimento determinado e pegar uma superbactéria e for medicado para se curar dela, sabem quem paga a conta? Não é o hospital. É o plano de saúde e o paciente.

Tem mais. Existe uma indústria de judicialização para conseguir liminares obrigando planos de saúde ou o SUS a pagarem e realizarem procedimentos médicos ou a fornecerem medicamentos que podem não ser adequados e ou com valores que podem não ser os corretos. Muitas vezes, o plano de saúde do autor da ação na justiça não cobre o procedimento médico por uma questão técnica, de protocolo ou porque o plano da pessoa não tem prevista aquela cobertura, mas a justiça concede mesmo assim (depois alguém paga a conta...).

E a questão dos materiais utilizados nas intervenções cirúrgicas? Como saúde é algo desigual no nível de informação entre médico-prestador e usuário-cliente, ou seja, um especialista diz para um leigo que aquilo deve ser daquele jeito e pronto, que o procedimento e ou material deve ser só aquele que o "doutor" exige (senão o paciente pode até morrer ou o doutor não se responsabiliza pelo resultado da intervenção cirúrgica), os planos de saúde têm ficado em situação difícil: pagam tudo que se determinam (a justiça, o médico-prestador, o hospital, o mercado) enquanto têm ativos e estão com clientes. A hora que os ativos da operadora não derem mais conta ou não der mais para repassar a sinistralidade para a mensalidade dos planos, talvez venha uma ordem de repassar a carteira de usuários-clientes para outra operadora.

Os planos de saúde coletivos e que não visam lucro, caso dos planos de autogestão como a Caixa de Assistência dos funcionários do BB (Cassi), terão dificuldades cada vez maiores neste sistema de serviços de saúde fragmentado que tem levado à falência grandes planos de saúde.

E com isso, vão caminhando todos os atores do setor para o fundo do poço.


PROMOÇÃO DE SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS É A SOLUÇÃO

A melhor perspectiva para lidar com o que descrevi acima sobre o funcionamento do setor de saúde brasileiro é construir um sistema de serviços de saúde no modelo integrado, com equipes de família que acompanham as populações ao longo da vida e com visão integral dos participantes. Que atuem na promoção de saúde e prevenção das doenças, e que cuidem das pessoas já adoecidas. A Cassi pensou este modelo há cerca de duas décadas. No momento, o modelo cobre uma parte da população de seu universo, mas não a totalidade.

É sobre isso que estamos trabalhando e levando ao conhecimento da Comunidade Banco do Brasil e suas lideranças representativas. O sistema integrado tem melhores perspectivas de uso dos recursos disponíveis e protege mais os seus usuários-clientes (associados e participantes).

Estamos terminando um ano de muito trabalho focado em envolver todos os segmentos do Banco do Brasil na busca por solução para o desequilíbrio do Plano de Associados da Cassi.

Já me alonguei e meu texto já passou de dois ou três parágrafos, algo além do fôlego dos leitores contemporâneos.

Na segunda 28, trabalhamos na Cassi em Brasília até umas 20h. Nesta terça 29, temos reunião da Diretoria Executiva da Cassi. Na quarta e quinta estarei em São Paulo.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento

22.12.15

Comissão de negociação cobra responsabilidade do BB com a Cassi

Representantes dos funcionários querem respostas
quanto à finalização dos projetos

Em reunião realizada nesta segunda-feira (21), a Comissão de Negociação das Entidades de Representação dos Funcionários e aposentados deram continuidade às negociações com o Banco do Brasil acerca da Cassi. Os representantes dos funcionários cobraram do Banco respostas quanto à finalização dos projetos que compõem as ações estruturantes e também sobre o Banco fazer os investimentos necessários para concretização desses projetos de sustentabilidade, apresentados pelos representantes dos funcionários durantes as negociações.

Na reunião anterior foi apresentada ao Banco proposta de antecipação de contribuições para que se tenha um reforço de caixa emergencial na Cassi, de forma a garantir o bom funcionamento da Caixa de Assistência e as negociações se concentrem nas soluções de longo prazo. O Banco informou que não fará aporte de recursos na Cassi por ter impacto muito significativo nas demonstrações contábeis e que o financiamento dos projetos na forma apresentada pelo Banco anteriormente, com a proposta que previa a constituição de um fundo, havia boa condição para fazer os investimentos.

A Comissão de Negociação cobrou do Banco que fizesse a conclusão dos projetos conforme havia promessa da empresa, para se chegar a um acordo quanto à precificação e projeção de ganhos com os projetos, algo que o BB havia questionado em rodadas anteriores.

O Banco explicou que os projetos foram realmente apresentados no âmbito da Cassi e houve impasse sobre precificação, que é um passo importante na elaboração. O Banco insistiu que para a conclusão dos projetos somente poderia ser feita no âmbito de uma proposta estruturante, sem de fato explicar que proposta seria essa.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, ficou clara na negociação a estratégia do Banco em querer fugir da responsabilidade pela gestão da Cassi, quando retrocedeu quanto à validação dos projetos apresentados pelos representantes dos funcionários há mais de um ano na Cassi e na mesa de negociação desde maio. “Se os projetos não fossem sérios e importantes para a Cassi, o Banco não teria incluído os mesmos na sua proposta junto com o fundo para pós-laboral. Não vale agora usar da ‘má vontade’ habitual para postergar soluções. Esperamos que em janeiro as negociações aconteçam de forma mais efetiva. O Banco não pode deixar que falte atendimento para nenhum funcionário da ativa e aposentado. É sua responsabilidade como patrocinador da Cassi”, destacou Wagner.

Embora destacando que está preocupado com a situação do caixa da Cassi, o Banco registrou que a questão está sendo debatida na governança da Caixa de Assistência. Portanto, a nosso ver, houve um retrocesso da rodada anterior, quando havíamos entendido que o Banco teria sinalizado com a possibilidade de investimento pela empresa para implantação das medidas estruturantes.

Os representantes das entidades cobraram do Banco sua responsabilidade com a Cassi já que há quase um ano os projetos foram apresentados e o Banco posterga a validação dos cálculos, de responsabilidade da área financeira, de indicação do BB.

O Banco informou que não fará antecipação de contribuições sem uma proposta estruturante e deixou claro que não pretende, em nenhuma hipótese, elevar contribuição referente aos aposentados.

A reunião foi marcada por momento de tensão, onde foi inclusive pedido um intervalo pelas entidades, uma vez que a diretoria do Banco estabeleceu o rito do retrocesso para conduzir a negociação, principalmente quanto a participação nos projetos de ações estruturantes.

O Banco afirmou que não havia consenso na Comissão de Negociação quanto a proposta de custeio, mas o Banco não apresentou nenhuma proposta nova.

Na proposta anteriormente apresentada pelo Banco, a Comissão de Negociação, por consenso, já afirmou ao BB que não concorda com rateio de déficit que quebre a solidariedade e que a proposta do fundo não (há) acordo da forma como apresentada pelo BB.

Após o intervalo e cobrada a manifestação do Banco a respeito da sua avaliação dos projetos denominados de medidas estruturantes, o BB concordou em se reunir, nos próximos dias, com os diretores eleitos para uma apresentação mais detalhada e ajuste de procedimentos para avaliação.

As entidades farão debates internos com os funcionários e aposentados sobre a continuidade das negociações e nova rodada está prevista para o dia 19 de janeiro.


Fonte: Contraf-CUT

Agenda de gestão e luta do Diretor de Saúde (DF e SP)


(atualização às 20:30h de quinta 24)



Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil!


SEGUNDA 21

A semana começou nesta segunda cedo, na Anabb DF, com reunião preparatória da Comissão Negociadora sobre a Cassi, composta pelas entidades nacionais Contraf-CUT, Contec, Anabb, Aafbb e Faabb, e também com um representante dos Conselhos de Usuários e assessorados pelos eleitos da Cassi. A reunião definiu a estratégia para a mesa com o Canco à tarde.

As negociações com o Banco do Brasil duraram até o início da noite de segunda (matéria será publicada na terça).

Agora à noite, o trabalho foi de leitura da pauta da reunião da Diretoria Executiva. Cansaço bateu (à 00:45h) e ficarão mais algumas leituras para a terça bem cedo.


TERÇA 22

Dia de reunião da Diretoria Executiva da Cassi.

À tarde, os diretores eleitos vão se reunir com Banco e indicados para falar sobre os projetos dos eleitos para a sustentabilidade do Plano de Associados da Cassi. O encontro no âmbito da governança foi fruto dos debates na mesa com o Banco na segunda-feira.

Post Scriptum (às 23:10h):

Estivemos com o Banco na sede da Cassi tirando dúvidas e falando a respeito das Iniciativas Estratégicas, apresentadas pelos eleitos desde o final de 2014. A reunião foi para atender à solicitação feita pelas entidades representativas na reunião de negociação com o BB sobre Cassi na data de ontem, 21/12.

Saímos da Cassi por volta das 21:30h.


QUARTA 23 (SP)

Dia de trabalho em São Paulo. Teremos reunião sobre Cassi no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região a convite da entidade sindical. 

Desde já, agradecemos a oportunidade de estar em um dos principais sindicatos do País falando sobre a nossa Caixa de Assistência. Minha ida e volta foi custeada pela entidade sindical.

Post Scriptum (20:30h de quinta 24):

Na quarta-feira em São Paulo, pudemos conversar com lideranças do Sindicato sobre a Cassi. A entidade também gravou conosco alguns vídeos curtos sobre temas específicos da Cassi. 

Agradecemos a boa acolhida que tivemos ao rever amig@s de tantos anos de convivência. Também encontramos vários colegas e companheir@s do Banco do Brasil de nossa base de origem.


QUINTA 24 e SEXTA 25

Feriado.

18.12.15

18º Prestando Contas Cassi - Boletim aborda Conferências de Saúde em 2015




A Cassi, por meio da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento, realizou 19 Pré-Conferências e 17 Conferências de Saúde dos Conselhos de Usuários em 2015, na construção de uma gestão democrática, transparente e participativa.

O 18º Boletim "Prestando Contas Cassi” destaca que os bons resultados foram alcançados com o engajamento dos Conselhos de Usuários estaduais na divulgação prévia das Conferências, realizadas a cada dois anos, em conjunto com as Unidades Cassi, com o apoio da Anabb, dos Sindicatos de Bancários, de entidades representativas locais e da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento. O que resultou na maior média de público por Conferência, com total 2.097 participantes.

O Diretor de Saúde e Rede de Atendimento, William Mendes, reforça a importância da participação social e da busca de novas propostas para a melhoria da Cassi, por meio do conhecimento adequado do que é a instituição: uma autogestão em saúde. “O objetivo é ampliar o debate sobre saúde, além de promover e integrar os conselheiros, permitindo estimular a maior participação nas ações de saúde realizadas pela Cassi".

“A Contraf-CUT vem apoiando as iniciativas e participando com outras entidades do funcionalismo na defesa da Cassi, do princípio de solidariedade, cobrando a responsabilidade do Banco do Brasil na gestão e sustentação financeira da Caixa de Assistência”, ressalta Ernesto Izumi, secretário de Formação da Contraf-CUT.

Foram realizadas várias rodadas de negociação, o tema também fez parte do Congresso dos Funcionários e a Contraf-CUT participou dos encontros com outras entidades, além de publicar matérias e divulgar o Boletim “Prestando Contas Cassi”.

O 18º Boletim 'Prestando Contas Cassi' está disponível em PDF na seção Publicações do site da Contraf-CUT para que os sindicatos possam imprimir e distribuir nas suas bases.

Leia AQUI o 18º Boletim que aborda as Conferências de Saúde em 2015.


Fonte: Contraf-CUT

17.12.15

Agenda de gestão e luta na Cassi - Uma reflexão e um agradecimento


Congresso da Contraf-CUT em 2006. Nós temos uma origem
e atuamos em qualquer espaço de representação social
 mantendo nossos princípios, concepções e práticas.
.

Uma reflexão e um agradecimento


CONFIANÇA - algumas vezes, pessoas próximas nos dizem para não confiarmos nas pessoas por causa da natureza humana etc. Se eu não acreditasse na força da unidade de humanos e entidades de representação em prol de coisas coletivas, eu não disponibilizaria meu nome, minha disposição e energia para as lutas coletivas. 


Podemos ser traídos a qualquer momento em nossas vidas em família, no amor, no trabalho, em qualquer espaço social e por qualquer pessoa, MAS mesmo assim, temos que acreditar nas pessoas e nas entidades de trabalhadores, senão a vida não valeria a pena. 

Tenho enfrentado grandes desafios pelo que acredito ser o melhor para a Cassi e para os associados da Cassi. 

OBRIGADO pela confiança que tantas pessoas e entidades têm depositado no nosso trabalho. Me esforço no limite de minhas forças para fazer jus a essa confiança. Da mesma forma, espero poder confiar em meus pares.


INIQUIDADE - por fim, posso até não dar conta de lutar contra todas as coisas erradas do mundo, porque temos que ter foco naquilo que é nossa tarefa central. MAS odeio injustiça e iniquidade nos espaços onde vivo e atuo. Contra iniquidade sou muito inflexível. Mesmo que tenha que enfrentar gigantes.


Agradeço de coração a todas as pessoas e entidades representativas que ficam do nosso lado quando estamos enfrentando leviatãs contra o que entendemos ser injusto e iníquo e contrário aos princípios, concepções e práticas que defendemos e acreditamos no trato com as coisas do nosso mundo social.

Agradeço ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região pelo apoio nos meus embates internos ontem, porque não somos só indivíduos nos espaços que estamos, somos legião e representação. Muitas vezes as questões que se vendem como "técnicas" nas corporações e instituições nada mais são do que ataques políticos por questões de classe e de representação. Valeu companheiros!

Seguimos firmes nas lutas e tarefas que nos designaram em nome da classe trabalhadora!


William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento


Post Scriptum:

Após o percurso de 17 Conferências de Saúde em 2015, escrevi o comentário abaixo na rede social Facebook em 05/12/15:


MISSÃO CUMPRIDA!

"Para ir rápido, vá sozinho! Para ir longe, vá em grupo" (provérbio africano)

Fechamos nesta sexta 4, em SP, nosso percurso em 2015 das Conferências de Saúde da Cassi. Na quinta 3, tivemos a Conferência do RJ. Cada uma contou com cerca de 300 participantes. Ao longo do ano, foram 17 conferências realizadas. Estivemos nas 17 e procuramos levar informações de qualidade para nossos associados e nossas entidades representativas. Falamos com mais de 2 mil pessoas neste percurso das Conferências.

As Conferências de Saúde só aconteceram porque acreditamos na participação social, porque temos gana em realizar as coisas que devem ser feitas e, fundamental, não caminhamos sós. Percorremos o percurso em grupo pois as Conferências foram patrocinadas pelas nossas entidades sindicais, pela Anabb, pelas entidades associativas da ativa e aposentados, e por mim mesmo. Contamos com a dedicação dos funcionários da Cassi e dos Conselhos de Usuários também. Enfim, o provérbio está certo: fomos longe!

Foi um caminho trabalhoso, mas foi emocionante e engrandeceu a todos nós!

Um abraço e beijo fraternos a tod@s que trilharam esse caminho das Conferências de Saúde da Cassi, debatendo a sustentabilidade de nossa entidade.

William Mendes

14.12.15

Opinião da semana e agenda do diretor (AL e DF)


(Atualização às 13:25h de sábado, 19/12)



Cassi - Opinião da semana



"Nosso Tempo

I

Esse é tempo de partido,
tempo de homens partidos.

Em vão percorremos volumes,
viajamos e nos colorimos.
A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua.
Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos.
As leis não bastam. Os lírios não nascem
da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se
na pedra.

Visito os fatos, não te encontro.
Onde te ocultas, precária síntese,
penhor de meu sono, luz
dormindo acesa na varanda?
Miúdas certezas de empréstimos, nenhum beijo
sobe ao ombro para contar-me
a cidade dos homens completos.

Calo-me, espero, decifro.
As coisas talvez melhorem.
São tão fortes as coisas!

Mas eu não sou as coisas e me revolto.
Tenho palavras em mim buscando canal,
são roucas e duras,
irritadas, enérgicas,
comprimidas há tanto tempo,
perderam o sentido, apenas querem explodir...
"


(A rosa do povo, 1945, Carlos Drummond de Andrade)


Considerações

Como diz o poeta, tenho percorrido volumes, viajado e visitado fatos. Tenho palavras em mim buscando canal...

Sou dirigente eleito em uma entidade de saúde dos trabalhadores. Como diz o mestre Antonio Candido "o que somos é feito do que fomos". 

Trago em minha forma de ser e atuar como representante de trabalhadores toda a experiência que acumulei em mais de uma década atuando como dirigente sindical de formação cutista, que sempre levou a sério os princípios, concepções e práticas do bom sindicalismo.

Aprendi logo cedo na direção do movimento sindical a sempre ir para a base conversar com os trabalhadores cada vez que nos pegávamos em dilemas, disputas internas sem fim, chateações, puxação de tapete, dúvidas sobre o que fazer ou que rumo tomar, enfim, cada vez que nossas energias estavam sendo gastas na burocracia interna e concentradas mais para dentro do Sindicato do que para os trabalhadores, eu saía e passava horas na base, nos locais de trabalho.

Após conversar com os trabalhadores, voltava curado de qualquer desânimo, tinha muito claro as decisões a tomar e qual era meu papel e meus compromissos para defender aqueles que representava e buscar soluções para suas demandas e necessidades.

Na semana passada, além de ter estado em Brasília para nossas longas e duras reuniões de Diretoria Executiva, cada vez mais tensas em face das crises atuais e divergências internas, estive em quatro Estados brasileiros a trabalho - PB, MG, MA, PI. Falei com dezenas de trabalhadores da Cassi, lideranças locais das entidades representativas do funcionalismo do Banco do Brasil e associados da ativa e aposentados que representamos na gestão da entidade. Dormi e comi pouco, mas falamos olho no olho com pessoas, fortalecemos nossos compromissos com a Cassi e os associados. Sei o que represento e a expectativa que gero nas pessoas.

Essas semanas de conversas com as bases sociais da Cassi pelo Brasil é reflexo do que fiz neste ano e meio de mandato. Para mim, só tem sentido representar se for assim, indo até onde as pessoas estão, mesmo que isso esteja sendo pesado para mim, em termos de agenda dobrada com reflexos até na saúde.

Nos próximos dias e semanas, decisões importantes serão tomadas ou posições serão estabelecidas sobre a nossa entidade de saúde dos trabalhadores. As negociações iniciadas no primeiro semestre deste ano ainda não encontraram soluções consensuais entre o Banco do Brasil e as representações do funcionalismo.

Eu sempre tenho em mente as lições de Edward Said com suas conferências reunidas no livro "Representações do intelectual". Temos que ser claros e honestos na tomada de posição sobre o que entendemos ser o melhor para a situação dada, mesmo que isso não agrade às maiorias ou àqueles grupos políticos ao qual estamos vinculados ou interagindo. Eu atuo assim desde que virei representante eleito pelos trabalhadores.


"Calo-me, espero, decifro.
As coisas talvez melhorem.
São tão fortes as coisas!

Mas eu não sou as coisas e me revolto..." (Drummond)


Muitas conversas estão acontecendo nos bastidores. Muitas ao meu redor, sem passar por mim, que sou um dos gestores principais. Eu conheço profundamente como funcionam as coisas no movimento. Mas a vantagem é que agora, aliás, também conheço muito mais a entidade que administro.

Nosso tempo será de decisões. As coisas são muito marcadas por contextos, conjunturas e momentos. Nem sempre, os grupos sociais tomam decisões com olhar apenas no objeto sob análise, mas sim no conjunto de interesses desses mesmos grupos.

Muito aprendi e sei o que defendo, principalmente após os milhares de quilômetros que percorri neste ano, ouvindo e falando com milhares de pessoas da base social da nossa Caixa de Assistência, e, sobretudo, percorri o país levando a mensagem do modelo de saúde que defendemos e que queremos estender para todos os participantes - queremos cuidar da saúde deles.

Eu serei muito firme, franco e direto nas posições que tomarei nos próximos dias nos espaços de debate e construção sobre a sustentabilidade e custeio de nosso Plano de Associados. Se for minoria nesses espaços, tenho a certeza e a consciência de que estou defendendo o que acho que é melhor para a Cassi e para os associados que represento.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento



AGENDA DE TRABALHO DO DIRETOR DE SAÚDE

SEGUNDA 14

Dia de trabalho em Maceió, Alagoas. Evento de posse da nova gerência da Unidade Cassi AL e reunião com as lideranças e representações locais.


Ser bem recebido pela Comunidade que representamos
compensa todo o sacrifício que fazemos em nosso trabalho.
Obrigado pela bela faixa (foto) companheir@s de Alagoas!

Post Scriptum (às 22:20h):

Madrugamos às 4:30h, fomos e voltamos a Alagoas. Apesar do pouco tempo que tivemos em Maceió, pudemos conversar com as lideranças tanto do Banco do Brasil quanto das entidades representativas e conselheiros de usuários.

Aproveitamos as quase oito horas de voos e aeroportos para ler boa parte da pauta de reunião da Diretoria de amanhã. Devo ter lido mais de cem páginas de súmulas.

Ainda sobrou tempo para fazer uma conversa política sobre a Cassi agora à noite. Chega, continuamos amanhã.


TERÇA 15

Reunião de Diretoria Executiva da Cassi.

Reunião Prévia do Conselho Deliberativo da Cassi.

Post Scriptum (23:59h):

Pois é, looongo dia! Saímos da Cassi bem depois das 22h. Estávamos todos esgotados. Amanhã cedo recomeçamos.

Saúde do Diretor de Saúde: jamais poderia imaginar que aconteceria comigo. Meu estresse atual afetou minha saúde. Eu que sempre fui pressão arterial 12x8 e já estou medindo 3 vezes por semana a pedido de meu médico de família (ESF/CliniCassi), acabei de medir 13x10. Quem diria! Decepcionado comigo mesmo! (será que a culpa é minha?)

O que ocorreu com minha saúde em 3 semestres na nova função é o mesmo que está acontecendo com meus colegas bancários, cerca de 100 mil trabalhadores.

Hoje, nossa gestão na Cassi tem um objetivo que sintetiza todo o meu trabalho como Diretor de Saúde: estender para o conjunto dos participantes da Cassi o direito a ter uma equipe de família (ESF) cuidando e acompanhando a saúde desse povo estressado pelo trabalho bancário.

Faz quase uma década que a Cassi e seus gestores deixaram de ampliar a cobertura do Modelo Assistencial de Estratégia Saúde da Família (ESF) para os associados. Já mostrei isso em números. É sobre isso que estou falando Brasil afora em minhas visitas aos associados e entidades representativas, sempre na defesa de nossos projetos de saúde na Caixa de Assistência.

William Mendes


QUARTA 16

Dia de reunião do Conselho Deliberativo da Cassi. Os diretores devem ficar à disposição dos conselheiros.


Cassi no apagar das luzes de quarta 16/12, às 21h.
Post Scriptum (às 21h):

Agora que se apagaram as luzes na Cassi Sede 2º andar. Eu quis muito ir para as manifestações em defesa da democracia hoje aqui na Capital Federal. Se eu saísse correndo, ainda pegaria o final das atividades, mas não estou em condições...

Difícil contar para amig@s, companheir@s e associados que representamos, o dia duro que tivemos aqui.

Devo ir pra casa me refazer para amanhã cedo.

TODO APOIO ÀS MANIFESTAÇÕES EM DEFESA DA DEMOCRACIA E CONTRA OS RETROCESSOS E GOLPISMOS QUE ESTÃO SENDO GESTADOS CONTRA O POVO TRABALHADOR QUE REPRESENTAMOS!




QUINTA 17

Dia de reunião do Conselho Fiscal da Cassi. Os diretores devem ficar à disposição dos conselheiros.

Post Scriptum (às 23:43h):

Nesta quinta, além de leituras pela manhã, tivemos a reunião com as gerências de nossa Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento. Debatemos o planejamento da nossa diretoria para 2016 e, apesar das crises várias, reais e aumentadas, estamos com muitos projetos de trabalho para atuar em parceria com todas as entidades da Comunidade BB nos estados, para ampliarmos a ESF e envolvermos mais ainda os associados no dia a dia de nossa Cassi. Estarei muito próximo das representações no ano que vem.

Enquanto jantava há pouco, li meia hora de postagens na rede social facebook e fiquei muito feliz de ver nossas lideranças dos Conselhos de Usuários defendendo a Cassi e explicando um monte de coisas para outras pessoas. Inclusive, nossos conselheiros não aceitam leviandades e maledicências falsas contra a nossa Caixa de Assistência. E quando a dúvida ou reclamação parece ter fundamento, indicam a melhor forma de buscar solução. Eu defendo com muita convicção nossos conselheiros e conselheiras que fazem um trabalho sério e voluntário em defesa da Cassi. Valeu pessoal! 

Pode ter uma parte pequena que não reconheça o valor de tod@s vocês nos Conselhos de Usuários, mas eu agradeço de coração em nome da Cassi.


SEXTA 18

Dia de trabalho na Cassi sede.

Post Scriptum (às 13:25h de sábado):

Saí na sexta-feira da Cassi pouco depois das 18h. Foi uma semana muito difícil. Dessas de afetar a saúde da gente. Mas vencemos os dias.

7.12.15

Opinião da semana e agenda (PB, DF, MG, MA, PI)


(atualizado às 16:19h de sexta 11)

Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Vamos para mais uma semana de trabalho e gestão em defesa de nossa Caixa de Assistência. Pelo título da postagem, dá para perceber que pouco tempo terei para postar atualizações. Minha agenda prevê um percurso de trabalho de milhares de quilômetros. Estarei em um Estado brasileiro em cada dia da semana. 

Estas agendas nos Estados são fruto de nosso foco na melhoria de gestão da Cassi. Estamos dando posse às novas gerências das Unidades Cassi após processo seletivo para primeiros gestores, que realizamos assim que chegamos eleitos para contribuir com o fortalecimento de nossa entidade de saúde. 

OPINIÃO SOBRE AS NEGOCIAÇÕES CASSI

A próxima mesa de negociação entre o patrocinador Banco do Brasil e a Comissão Negociadora das entidades nacionais do funcionalismo será no dia 21 de dezembro. As entidades fizeram proposições ao Banco na última quinta 3 como, por exemplo, a antecipação de contribuições patronais (prevista no Estatuto) para que a Cassi opere na normalidade orçamentária em 2016, enquanto se desenvolvem as negociações entre Banco e associados envolvendo custeio, novos investimentos e ampliação do modelo assistencial.

Também foi proposto que o Banco arque com os investimentos necessários para os projetos contidos nas iniciativas estratégicas (R$ 150 milhões), apresentadas pelos gestores eleitos no final de 2014 para avançar na gestão nas áreas de regulação e organização dos prestadores de serviços de saúde e melhoria de processos e produção de dados. Estas melhorias devem ocorrer para facilitar a ampliação do Modelo de Atenção Integral à Saúde, que na Cassi se dá através da Estratégia Saúde da Família (ESF), que é organizada nas bases onde estão instaladas as CliniCassi. 

O Sistema Integrado de serviços de saúde deve ser ampliado e estendido para o conjunto dos participantes porque além dos benefícios na promoção de saúde e prevenção de doenças, também é modelo que apresenta melhores perspectivas de eficiência e resolutividade no uso dos recursos da Cassi.

As entidades representativas (Contraf-CUT, Contec, Anabb, Aafbb, Faabb) ficaram de organizar os debates com suas bases sociais para apresentarem novas propostas ou propostas adicionais às que já estão colocadas à mesa com o Banco. Também estão discutindo calendário de mobilização e luta para as negociações com o patrocinador.

A Contraf-CUT e suas entidades sindicais devem se reunir nesta semana. Infelizmente, pelo calendário de gestão da Cassi que eu já tinha programado, não poderei estar nos fóruns daquele espaço político de onde sou oriundo. Eu sugeri outras datas, mas a maioria optou por ser nesta semana.

De qualquer sorte, informo aos nossos associados da Cassi, que já apresentei as minhas propostas adicionais para a Comissão Negociadora (dia 2) e para os sindicatos da Contraf-CUT (26/11), em reunião que pude participar. 

Sou uma pessoa com formação política em respeitar os fóruns de discussões e deliberações e, nos dias e locais apropriados até este momento, já manifestei minha opinião de Diretor de Saúde e Rede de Atendimento para esta nova fase das negociações, fase onde a temporalidade é muito menor que aquela do início de 2015, pois não conseguimos avançar ao longo do ano para a conquista dos aportes por parte do Banco do Brasil, mesmo com mobilização ocorrida na Campanha Salarial dos funcionários. Mas agora é necessário encontrar soluções nos próximos meses.

Após todo o trabalho que tivemos em estudar a Cassi, o histórico da implantação do modelo assistencial definido, apontar as responsabilidades que o patrocinador e gestor BB tem - da mesma forma que os gestores eleitos pelo Corpo Social -, temos a convicção que as duas partes devem ceder um pouco em suas posições para encontrarmos uma solução de consenso e reequilibrar o plano de saúde dos funcionários - Plano de Associados.

Seguimos à disposição das entidades representativas sempre que quiserem a nossa opinião.

Repito mais uma vez a minha emoção e alegria ao finalizar na quinta 3 e sexta 4, as 17 Conferências de Saúde da Cassi do ano de 2015, mesmo sem recursos financeiros por veto dos indicados do BB na gestão, com públicos excepcionais neste ano e com muita participação social nos Conselhos de Usuários. Acreditamos muito nesses contatos com a base da Cassi para buscarmos soluções conjuntas para os problemas que a nossa entidade de saúde enfrenta, parte deles inerentes ao setor saúde como um todo. 

Agradecemos de coração a todo apoio que tivemos das diversas entidades do funcionalismo e das lideranças da comunidade BB. Podem seguir contando com o nosso trabalho firme em defesa da Cassi e dos associados.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento


Plenária com associados da ativa e aposentados
no Sindicato dos Bancários da Paraíba.

SEGUNDA 7

Dia de trabalho na Unidade Cassi PB. Após a posse da nova gerência da unidade Paraíba, teremos plenária às 19h no Sindicato com os trabalhadores para falarmos sobre a Cassi.

Post Scriptum (3:50h de terça 8):

Tivemos um dia de trabalho produtivo na segunda. Chegamos pouco depois do meio-dia em João Pessoa.

Fizemos reunião com os funcionários da Cassi na Unidade. Depois tivemos o evento da posse da nova gerência com a participação das lideranças locais do BB e das entidades representativas. Por fim, fizemos uma reunião de trabalho com a gerência.

À noite, participamos de Plenária no Sindicato sobre a Cassi. Apesar do feriado local na terça, participaram cerca de 30 pessoas.

Embarcando 3:24h para Brasília. Vamos chegar de manhã e ir direto para a reunião da Diretoria.

TERÇA 8

Estaremos em Brasília, na sede da Cassi, para a reunião semanal da Diretoria Executiva.

Post Scriptum (0:10h de quarta):

Cheguei a Brasília, vindo de João Pessoa, pela manhã e tive que ir direto para o trabalho.

A reunião da Diretoria foi até às 14h, mas tive que almoçar e ficar a tarde toda fazendo leitura e escrevendo votos. Parei por volta de 19h, quando não consegui mais fixar as ideias por ter ficado sem dormir desde o dia anterior.

QUARTA 9

Dia de trabalho na Unidade Cassi MG. Teremos a posse da nova gerência da unidade no Estado de Minas Gerais.

Post Scriptum (22:52h):

Estamos no aeroporto de Confins (MG), embarcando para São Luiz (MA).

Tivemos um excelente dia de trabalho na Unidade Cassi MG. Fizemos o evento de posse do novo gestor da unidade com a presença de diversas lideranças e autoridades, onde demos informações gerais sobre a Cassi.

Depois realizamos reunião com os funcionários da Cassi. Tiramos dúvidas sobre o momento e as perspectivas de trabalho e projetos para nossa Caixa de Assistência.

Por fim, fizemos uma reunião estratégica com os gestores.

Agradeço a acolhida que tivemos por parte de tod@s. Vamos para a próxima tarefa de gestão da semana. 

QUINTA 10

Dia de trabalho na Unidade Cassi MA. Teremos a posse da nova gerência da unidade no Estado do Maranhão.

(Maranhão: 2ª visita como Diretor)

Post Scriptum (00:24h):

Estamos no aeroporto de São Luiz para voar para o Piauí. O dia de trabalho na Unidade Cassi Maranhão foi engrandecedor.

Tivemos o evento de posse da nova gerência da unidade, com a participação das lideranças do BB e das entidades representativas da ativa e aposentados.

Na parte da tarde, tivemos uma ótima reunião de trabalho com os funcionários da Cassi.

Por fim, nos reunimos com os gestores da Unidade Cassi MA até o início da noite. Enfim, aprendemos coisas novas sobre a nossa entidade de saúde e procuramos dar as informações necessárias aos funcionários sobre o momento da Cassi. Valeu a pena o nosso dia!

Também acabei de enviar para diagramação o Boletim Prestando Contas Cassi nº 18, que deve ir ao ar na próxima semana.

SEXTA 11

Dia de trabalho na Unidade Cassi PI. Teremos a posse da nova gerência da unidade no Estado do Piauí.

Post Scriptum às 16:19h:

Estamos no aeroporto de Teresina para voltar a Brasília. Missão cumprida. Estivemos a trabalho em 5 bases diferentes nesta semana.

Aqui no Piauí, primeiro tivemos uma ótima reunião com os funcionários da Cassi logo às 9h da manhã.

Depois, às 11h, tivemos a posse da nova gerência da Unidade Cassi PI. Contamos com a presença de lideranças locais do Banco e das entidades representativas e Conselho de Usuários.

Participamos de reunião com o Conselho de Usuários da Cassi PI entre meio-dia e 13h.

Por fim, fizemos uma reunião de gestão e ao final ainda pude conversar com nosso pessoal do Sindicato.


SE ESTIVERMOS FORTALECENDO A PARTICIPAÇÃO E O PERTENCIMENTO, NOSSO TRABALHO PARA A CASSI ESTARÁ VALENDO A PENA

Ufa! Foi uma semana longa e trabalhosa, mas exitosa. Falamos com centenas de pessoas envolvidas com a nossa Caixa de Assistência. Volto cansado fisicamente, mas cheio de energia por acreditar que estamos fazendo o bom caminho na gestão da Cassi em nome dos associados que representamos.

Voando...

4.12.15

Entidades apresentam propostas na continuidade das negociações da Cassi


Comentário do Blog

Segue abaixo matéria da Contraf-CUT sobre as negociações a respeito da Cassi. Informo que participei da reunião preparatória da Comissão Negociadora das entidades na sede da Anabb, na quarta 2, mas não pude estar na mesa com o BB nesta quinta 3 em Brasília porque tinha o compromisso com a Conferência de Saúde da Cassi RJ, onde fiz apresentação sobre "Sustentabilidade da Cassi". Evento que contou com a participação de 318 pessoas e deixamos aqui um agradecimento a tod@s que participaram e que contribuíram para a realização da Conferência, como o Sindicato dos Bancários, Anabb, AABB, Cooperforte, demais entidades parceiras como a Aafbb e o Conselho de Usuários RJ e um agradecimento especial aos funcionários da nossa Cassi, na figura da gestora Adriana.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento


Os funcionários cobraram a resposta sobre a possibilidade de o Banco fazer investimentos nos projetos em desenvolvimento na Cassi

03/12/2015


Representantes dos funcionários e aposentados do BB
apresentam propostas ao banco - Agnaldo F. de Azevedo

Em reunião realizada nesta quinta-feira (3), as entidades representativas dos funcionários e aposentados apresentaram ao Banco do Brasil propostas e premissas para continuidade das negociações na mesa da Cassi.

Os funcionários cobraram a resposta sobre a possibilidade de o Banco fazer investimentos nos projetos em desenvolvimento na Cassi que contemplam as propostas já apresentadas na mesa sobre ampliação do modelo de Atenção Integral à Saúde. Também foi cobrado do BB a validação e conclusão da parte do projeto feito na Cassi que dependia das áreas de indicados do Banco.

O Banco informou que estudou os investimentos e os projetos, que também demandam investimentos, e afirmou que é possível dar respostas na próxima reunião.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, após a discussão de pauta emergencial visando o fechamento do exercício de 2015 e as discussões durante a Campanha Nacional dos Bancários, a negociação entra agora numa nova fase, em que as propostas apresentadas precisam ser amplamente debatidas com todos os funcionários ativos, aposentados e pensionistas. "Acreditamos na unidade do funcionalismo em busca de soluções concretas para a Cassi, sem perda de atendimento para qualquer associado."



Apresentação de propostas

Com intuito de garantir o bom funcionamento da Cassi, sem corte de programas ou de atendimento, os representantes dos associados defenderam junto ao Banco as seguintes propostas:

- A antecipação de contribuições patronais futuras de 06 (seis) meses, conforme Art. 25 do Estatuto da Cassi que diz que eventuais insuficiências financeiras do Plano de Associados da Cassi poderão ser cobertas pelo Banco do Brasil S.A. exclusivamente sob a forma de adiantamento de contribuições.

- Manutenção das atuais coberturas do Plano de Associados para todos os participantes (ativos, aposentados, pensionistas e dependentes)

- Aperfeiçoamento e integração dos modelos e processos de negociação e regulação

Garantia de acesso ao Modelo de Atenção Integral à Saúde com a Estratégia Saúde da Família para todos os participantes do Plano de Associados

- Investimento de R$ 150 milhões, exclusivamente pelo BB, para viabilizar os projetos-piloto de expansão do Programa de Estratégia Saúde da Família;

- Garantia estatutária da proporcionalidade contributiva de 1 (participante) x 1,5 (BB);

- Debate sobre o custeio da Cassi que contemple a capacidade de pagamento de despesas e a recomposição de reservas;

- Manutenção da solidariedade como regime de custeio

- Garantia estatutária de reavaliação periódica do custeio

- Manutenção do compartilhamento da gestão

- Compartilhamento da responsabilidade pelos eventuais déficits, na proporção das contribuições de participantes e BB


As entidades informaram ao Banco que continuam debatendo propostas adicionais e que serão apresentadas nas próximas reuniões.

O Banco do Brasil informou que a antecipação de contribuições, embora estatutária, é cercada de vários fatores, incluindo os contábeis que apresentam questões delicadas. Mas ainda assim, fará os estudos necessários para dar uma resposta às propostas apresentadas.

A próxima reunião acontecerá no dia 21 de dezembro, na sede do Banco em Brasília.


Fonte: Contraf-CUT