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8.10.14

Termina greve nacional dos bancários de bancos privados, BB e Caixa


Funcionários do BB decidem encerrar parallisação nesta
terça em Porto Alegre. Crédito: Seeb Porto Alegre.

Em novas assembleias realizadas pelos sindicatos no final da tarde e no início da noite desta terça-feira (7), os bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que ainda permaneciam em greve, decidiram também aprovar as últimas propostas da Fenaban e as específicas dos dois maiores bancos públicos, que foram conquistadas com a força da paralisação nacional da categoria iniciada no dia 30 de setembro. Com essa decisão, eles encerraram igualmente a greve e voltam ao trabalho nesta quarta-feira (8). 

As propostas do BB haviam sido rejeitadas em assembleias realizadas na segunda-feira (6), como em Porto Alegre, Curitiba, Paraíba e Roraima. A mesma situação tinha ocorrido com as propostas da Caixa, que também foram recusadas em algumas assembleias, como em Florianópolis, Bahia, Mato Grosso, Paraíba, Amapá e Roraima. 

Por avanços nas negociações específicas, a greve continua no Banco do Nordeste do Brasil (BNB). O movimento segue igualmente no Banco da Amazônia, onde os funcionários do Pará rejeitaram em assembleia a nova proposta apresentada pela instituição nesta terça-feira. 

Ainda segue a greve no Banrisul. Os funcionários também rejeitaram em assembleia ocorrida em Porto Alegre e vários sindicatos do interior gaúcho a proposta apresentada pelo banco durante negociações nesta terça-feira.

Aumento real pelo 11º ano consecutivo

A proposta da Fenaban reajusta os salários e demais verbas em 8,5% (aumento real de 2,02%), o piso salarial em 9% (2,49% acima da inflação). Com isso, os bancários acumulam aumento real de 20,7% nos salários e de 42,1% nos pisos desde 2004, período em que todos os anos conquistaram aumento acima da inflação.

Já o vale-refeição sobe 12,2%, o que representa 5,5% de aumento real. Assim, somados vale-refeição (R$ 26 ao dia ou R$ 572 ao mês) e vale-alimentação (R$ 431,16 ao mês) atingem um ganho mensal de R$ 1.003 para cada bancário e bancária. 

Além disso, a proposta traz avanços não econômicos, como mecanismos de combate às metas abusivas e ao assédio moral, que deverão contribuir na luta contra o adoecimento e o afastamento de bancários. 

Para o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, "os bancários conquistaram com mais uma greve aumento real pelo 11º ano consecutivo, além de avanços importantes em relação às condições de trabalho, principalmente no combate às metas abusivas e ao assédio moral, bem como avanços nas negociações específicas com BB e Caixa, graças à unidade nacional e à capacidade e força de mobilização".


Fonte: Contraf-CUT com sindicatos

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