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23.11.21

Memórias (VIII)



Memórias de lutas como dirigente de uma das categorias profissionais mais organizadas do país: bancárias e bancários


O mês de maio de 2007 começou com diversas reuniões organizativas no movimento sindical bancário. É o que apontam meus 17 registros no blog: ver aqui as postagens do mês. Reuniões na Confederação e no Sindicato para enfrentar a reestruturação no Banco do Brasil. 

REESTRUTURAÇÃO NO BB - A direção do BB estava realizando uma reestruturação sem negociação alguma com os sindicatos. Foi um mês de lutas e mobilizações de nossa parte

REFORMA ESTATUTÁRIA DA CASSI - Tivemos também na 2ª quinzena do mês a segunda rodada de votações da reforma estatutária da Cassi, a primeira foi aprovada pela maioria dos votantes, mas com quórum abaixo do que previa o estatuto. Segundo matéria da Fenabb que reproduzi no blog (ver aqui), foram favoráveis 59.204 associados e eram necessários 95.905 votos em relação ao quórum estatutário.

LUTO EM FAMÍLIA - Eu tive que me ausentar do dia a dia sindical por luto em família entre os dias 7 e 11 de maio.

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REESTRUTURAÇÃO DO BB EM 2007

O movimento sindical e o funcionalismo do Banco do Brasil foram surpreendidos pelo anúncio de uma reestruturação sem negociação alguma com os trabalhadores e suas representações.

Segundo matéria do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região (ler reprodução dela aqui), a pauta do banco público e do governo do Partido dos Trabalhadores (um governo de composição, sabemos disso) incluía programas de incentivo a aposentadoria e saída de funcionários, terceirizações e redução de locais e postos de trabalho.

Fizemos o enfrentamento à direção do banco e ao governo. Reuniões com delegados e delegadas sindicais e dias de luta e mobilizações foram organizados. Também procuramos representantes do governo federal para cobrar a suspensão da reestruturação e medidas que não prejudicassem os trabalhadores e o papel do banco público.

AUDIÊNCIA PÚBLICA - Realizamos negociações com a direção do BB e audiência pública no Congresso Nacional sobre a reestruturação. Estive presente nas agendas em Brasília - DF.

ENCONTRO NACIONAL - Voltei à Brasília no sábado 26 de maio para participar do encontro que organizamos para enfrentar o governo e a direção do BB.

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SINDICATO É PRA SINDICATEAR, INDEPENDENTE DO GOVERNO

Os anos de governos do Partido dos Trabalhadores foram anos de aprendizagem para nós do movimento sindical e de movimentos sociais. As contradições fazem parte das lutas de classes dentro do regime capitalista.

Governo é governo, partido é partido e sindicato é sindicato. Sempre ouvi isso durante minha formação política como dirigente dos trabalhadores da categoria bancária. E levei isso a sério a vida toda. Nunca tive dúvida quando o governo de Lula ou de Dilma (do PT) ou quando o próprio PT tinha posições políticas que não eram as melhores para os trabalhadores que nós representávamos. Meu lado é o lado do trabalhador/a. 

Meus votos e minha representação eram dos bancários e bancárias e nunca tive dúvidas sobre isso. A militância que me acompanhou a vida toda sabe disso.

É isso! Memórias de lutas que definiram a pessoa que me tornei nesta vida. E memórias de lutas de classe, lutas coletivas. Fomos milhares de pessoas que durante mais de uma década lutamos por nossos direitos e conquistamos muitos avanços, direitos que agora nos são roubados de forma vil pelo regime imposto por golpe de Estado em 2016.

Temos que retomar a democracia e nossos direitos.

William


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