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18.11.21

Memórias (VII)


Eu, Deli e Vitor Benda no final de 2006,
num debate de comunicação na Carta Maior.

Os meses iniciais de 2007 tiveram Cassi na pauta de luta d@s trabalhador@s do BB


Os primeiros dias do mês de abril de 2007 foram de muito trabalho na secretaria de imprensa da Contraf-CUT. Eu tinha parte de minha agenda sindical dedicada a estudar questões do mundo do trabalho para representar bem a categoria profissional na qual atuava como dirigente eleito.

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COMUNICAÇÃO E IMPRENSA - Durante os 3 anos em que atuei como secretário de imprensa me envolvi em diversas agendas de comunicação, tanto na estrutura sindical quanto nas áreas de mídia independente e alternativa (como na foto que ilustra essa postagem), fora do eixo da mídia comercial e hegemônica. 

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BANCO DO BRASIL E HISTÓRIA DE LUTAS - Como liderança sindical oriunda da corporação de trabalhadores do BB, eu estudava muito tudo que tivesse relação com a história de nossa organização. Os duzentos anos do banco público, as origens e fortalecimento de nossas caixas de assistência e previdência - Cassi e Previ -, a força do cooperativismo e associativismo de nossa comunidade bicentenária etc. Para poder falar sobre nós, era necessário estudar e muito a nossa história.

O registro de minha agenda sindical do dia 4/04/07 (ver aqui) é um exemplo do que fiz durante anos a fio: estudar a nossa história e me empoderar das lutas empreendidas pelo coletivo de trabalhadores para poder estimular o espírito de pertencimento de cada bancária e bancário que eu representava. Como disse em outra postagem, eu conversava com bancários do BB no dia da posse deles e já associava boa parte deles ao Sindicato. E nunca deixei de ir à base conversar com os colegas, mesmo quando estava atuando em estruturas de 3º grau (confederação).

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PARTE DA DIREÇÃO DA CASSI TENTOU PASSAR A PERNA NOS SINDICATOS E NOS ASSOCIADOS ANTES DA VOTAÇÃO DA REFORMA ESTATUTÁRIA DE 2007

Muitas vezes os trabalhadores não têm noção do quanto o movimento sindical é fundamental para proteger os direitos e as entidades de classe como, por exemplo, a Caixa de Assistência do BB (Cassi). 

O patronato e os capitalistas têm ampla vantagem em termos de poder persuasivo de comunicação porque detêm as estruturas e o capital (dinheiro) e com isso conseguem manipular e enganar o povo trabalhador. Isso foi assim no passado e segue sendo assim no presente, infelizmente - a ideologia dominante é a ideologia da classe dominante!

Em 2007, após quase 2 anos de negociações entre nós e o patrão/governo para reequilibrar as finanças da Cassi e ampliar o modelo de Atenção Integral à Saúde, via Estratégia de Saúde da Família (ESF) com a estrutura própria de unidades de atendimento CliniCassi em todas as capitais e regiões metropolitanas, alguns membros da direção tentaram retirar direitos dos associados no texto do Estatuto a ser votado. Tentaram, por exemplo, cassar o direito de os associados apreciarem e votarem os relatórios anuais e os atos de gestão da direção da associação.

A Contraf-CUT foi pra cima da direção da Cassi e do Banco e após as medidas tomadas pelo movimento sindical os direitos foram restabelecidos e assim os bancários puderam ser consultados sobre as alterações estatutárias que trariam mais recursos para a Caixa de Assistência. Ver aqui a cobrança da Contraf-CUT sobre a Cassi.

Vendo a agenda sindical do mês todo (aqui), há registros de solução de alguns problemas apontados pela confederação e de apoio do movimento sindical à reforma estatutária, que foi aprovada por maioria na segunda quinzena de abril, mas a participação ficou abaixo do quórum mínimo (ver aqui). Haveria outra votação em maio.

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COMENTÁRIO FINAL

Estamos no final do ano de 2021. O mundo enfrenta uma crise mundial por causa da pandemia de Covid-19 e pela destruição gerada pelo modo de produção capitalista. Nosso querido país, o Brasil, sofreu um golpe de Estado em 2016 e ano a ano a vida do povo brasileiro foi sendo destruída, direitos trabalhistas, previdenciários, direitos sociais nos foram roubados como, por exemplo, educação e saúde. O patrimônio público e natural está sendo destruído. A democracia foi ferida de morte. Temos milicianos e diversos tipos de canalhas no poder e nas instituições da vida nacional. O cenário é um dos piores de nossa história de classe trabalhadora.

Ver os meus registros nos blogs é relembrar que já tivemos agendas de lutas trabalhistas em cenários mais favoráveis. Isso é história coletiva e pessoal. A história não acabou. Podemos retomar a felicidade. E vamos fazer isso. A luta continua!

Essas foram as memórias de hoje.

William


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