Páginas

30.3.15

Manifesto em defesa das Conferências de Saúde da Cassi em 2015


A Cassi é a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil. É uma entidade de saúde dos trabalhadores e não visa lucro. É gerida no modelo de autogestão, compartilhada entre os patrocinadores Banco do Brasil e Corpo Social. O Banco indica a metade da governança e o Corpo Social elege a outra metade. A Cassi opera dois modelos de planos de saúde: o Plano de Associados e os planos Cassi Família.

De acordo com o Artigo 1º do Estatuto Social, que trata da Instituição, seus fins e objetivos, a Cassi “é uma associação, sem fins lucrativos, voltada para a assistência social na modalidade de autogestão”. Uma associação tem como princípio ontológico a participação social.

O Artigo 27, do mesmo Estatuto Social, que trata do Corpo Social, o define como “o órgão máximo de deliberação e dele participam os associados, assim definidos no estatuto, na defesa de seus interesses e do melhor desenvolvimento das atividades da Cassi”.

A participação social é preconizada na Caixa de Assistência em seu Estatuto, no artigo 51, inciso XV, que determina ser responsabilidade da Diretoria Executiva “estimular a instalação e apoiar os Conselhos de Usuários em suas atividades junto às dependências regionais”. O Regimento Interno da Cassi aponta a Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento como área responsável pelas atividades dos Conselhos de Usuários.

Os Conselhos de Usuários da Cassi são instâncias consultivas de âmbito estadual, com sede na capital de todos os estados brasileiros e no Distrito Federal onde a Caixa de Assistência atua.

As Conferências Estaduais de Saúde da Cassi são fóruns bienais realizados para discutir temas de saúde de interesse da população Cassi e eleger/empossar os novos representantes dos Conselhos de Usuários. Neste ano serão 17 Conferências de Saúde, estando previstas para o primeiro semestre as de MS, DF, PE, RN, MG e ES, além das Pré-Conferências de MG.


Os representantes eleitos pelo Corpo Social são defensores da participação social e têm a clara noção que apoiar um trabalho que já é voluntário por parte dos associados não se efetiva somente com palavras e retórica. Pelo contrário, são necessários recursos mínimos para que o apoio aos Conselhos de Usuários preconizado no Estatuto Social se efetive em ações.

A Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento, no cumprimento estatutário de suas funções, propôs a realização das Conferências para o 1º semestre de 2015 por meio de súmula específica para o tema.

O Banco do Brasil, através de seus representantes na governança – diretores e conselheiros deliberativos -, vetou a concessão da verba para a realização das Conferências de Saúde do primeiro semestre e se baseou no fato de não haver ainda peça orçamentária aprovada para o ano calendário.

Os representantes do Corpo Social lamentam a postura do Banco do Brasil e entendem ser de fundamental importância a Participação Social neste momento que vive a Caixa de Assistência para se encontrar a melhor solução para o custeio e a sustentabilidade da Cassi, uma associação que tem justamente no Corpo Social o órgão máximo de decisão das propostas que forem apresentadas para o equilíbrio dos planos e a definição do Modelo de Serviços de Saúde nas discussões que terão que ocorrer neste ano entre os dois patrocinadores do Plano de Associados, o Banco do Brasil e o Corpo Social.

Os representantes do Corpo Social acreditam que o maior envolvimento no dia a dia da Caixa de Assistência por parte das lideranças dos associados, como sindicatos, associações da ativa e aposentados e os Conselhos de Usuários pode fortalecer o Espírito de Pertencimento dos associados e facilitar a aderência aos programas de saúde já existentes e o melhor uso da Cassi por parte dos 720 mil associados.

Essa maior participação do Corpo Social pode trazer melhorias nos resultados em saúde, com maior participação no modelo de Atenção Integral à Saúde, que na Cassi se dá pela Estratégia Saúde da Família (ESF). Também pode trazer outros benefícios como um menor índice de judicialização e redução de despesas assistenciais. A economia, ou uso mais racional dos recursos, pode ser da ordem de milhões de reais por ano.

O fato de a Cassi estar com o orçamento contingenciado neste início de ano administrativo, por não ter aprovado ainda a peça orçamentária, não vem impedindo que haja semanalmente deliberações para renovações de licenças para os programas de informática, que haja renovações de contratos com os prestadores de serviços de saúde, que haja renovações para contratos de manutenção, inclusive os que findam e podem ser considerados novas contratações, que haja reposição constante de seu quadro profissional para atender aos associados diariamente e não impede que a Cassi esteja pagando em dia suas despesas assistenciais. A empresa tem uma dinâmica da máquina administrativa e assistencial que deve seguir funcionando em benefício de seus associados.

Os representantes do Corpo Social farão um esforço extra para realizar as Conferências de Saúde e a renovação dos Conselhos de Usuários deste primeiro semestre em MS, DF, PE, RN, MG e ES porque a Participação Social é essencial para a Caixa de Assistência e esperam contar com o apoio das entidades representativas do funcionalismo, inclusive com a cessão de espaços e apoio financeiro.


William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento

Mirian Fochi
Diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes

27.3.15

Entrevista sobre a Cassi: O BB precisa se responsabilizar


Comentário do Blog:

Segue abaixo a entrevista que fizemos nesta semana para o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista. Nela, fazemos um resumo do que está em discussão sobre a questão do déficit do Plano de Associados e as propostas dos representantes do Corpo Social para a solução e o fortalecimento da Cassi e da saúde de seus associados e familiares.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento


O BB precisa se responsabilizar

(publicado em 25/3/15)







O diretor nacional da Cassi, William Mendes, fala sobre a situação financeira do plano e da postura adotada pelo BB diante do problema. Confira.


- Qual a postura da Cassi diante da negociação proposta pelo Banco do Brasil, uma vez que o BB quer repassar a conta para os bancários, se eximindo da responsabilidade financeira diante da crise enfrentada pelo plano de saúde?


Vamos explicar passo a passo para os leitores bancários e associados da Cassi em que momento estamos na questão da busca de solução para o déficit do Plano de Associados da Entidade.


A Cassi é uma Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil. É uma entidade de saúde dos trabalhadores e não visa lucro. É gerida no modelo de autogestão, compartilhada entre os patrocinadores Banco do Brasil e Corpo Social. O Banco indica a metade da governança e o Corpo Social elege a outra metade. A Cassi opera dois modelos de planos de saúde: o Plano de Associados e os planos Cassi Família. O Plano de Associados é composto pelos funcionários da ativa e aposentados e seus dependentes. Os planos Cassi Família são compostos por familiares até 3º grau dos funcionários do BB, ex-funcionários do Banco e os funcionários da Cassi. Ou seja, há regras estatutárias e legais para a composição dos participantes dos planos de saúde da Cassi.


O Banco do Brasil afirma em mesas de negociação com as entidades sindicais que não aceita discutir com a Comissão de Empresa da Contraf-CUT o tema Cassi porque, segundo ele, os funcionários já têm seus representantes eleitos na governança da entidade.


Entretanto, na governança da Cassi, chegamos a um impasse ao final de 2014 porque o orçamento da entidade para o exercício de 2015 previa novo déficit no Plano de Associados (este plano tem déficits há anos) e, com isso, o Banco do Brasil, através de seus representantes na governança, propôs na peça orçamentária para 2015, aumentar a mensalidade dos associados em 50%, indo da atual contribuição de 3% sobre o salário para 4,5%. Como o Banco sabe que não pode aumentar a mensalidade sem aprovação do Corpo Social, e isso naturalmente tem um processo que pode durar meses, o BB propôs na mesma peça orçamentária de 2015, o corte de diversos direitos em saúde, como suspensão de programas de cuidados (Atenção aos Crônicos e Assistência Farmacêutica), e propôs aumentar diversas coparticipações nas consultas, exames e até franquias de R$1.500 nas internações, o que prejudicaria sobremaneira as pessoas com mais dificuldades e quebraria a solidariedade no modelo de saúde da Cassi.


Os eleitos, representantes do Corpo Social na governança, rejeitaram essas propostas na peça orçamentária de 2015 e levaram o assunto para as entidades sindicais e associativas para iniciarmos negociações formais com o BB a fim de resolver o problema do déficit do Plano de Associados sem prejudicar os direitos em saúde dos participantes. Os eleitos recorreram às entidades sindicais e associativas porque sabem que só a força da mobilização e da luta unitária em prol da saúde dos funcionários do BB e da Cassi pode fazer com que o Banco negocie e também se responsabilize pelo aporte necessário ao equilíbrio.



- Existe uma previsão de pedido de aporte para o Banco? Qual seria o montante e com base em que este valor foi calculado?


A proposta dos eleitos representantes do Corpo Social foi no sentido inverso daquela feita pelo BB, através de seus indicados na Cassi. O Banco propôs aumentar a contribuição dos funcionários da ativa e aposentados para 4,5%. Com isso a receita da Cassi no Plano de Associados iria para 9%, ou seja, sobre a folha de pagamento da ativa (BB) e dos aposentados e pensionistas (Previ). Segundo as áreas do Banco na governança, o incremento anual seria da ordem de R$ 300 milhões por ano.


Os eleitos propuseram o inverso. Diferente do BB, que propôs aumento permanente de contribuição aos associados, nós propusemos que o Banco do Brasil faça contribuições extraordinárias no mesmo montante – R$ 300 milhões - em 2015 e 2016, só que sendo extraordinário. Isso não obrigaria o Banco a ter que reservar no balanço o valor para garantir os aposentados do Plano, conforme seus gestores afirmam por causa da CVM 695.


O Banco está na gestão de forma ininterrupta desde 1996 e não é correto querer passar a conta do desequilíbrio para os associados, sem que ele também contribua. Além do adoecimento grande do pessoal da ativa (mais de 100 mil trabalhadores) causado pelas condições de trabalho e que onera a Cassi, a reforma de 2007 e o BET trouxeram receitas extraordinárias da ordem de um bilhão de reais e, no entanto, até o momento em que chegamos à gestão (2014), o modelo de promoção de saúde e prevenção de doenças, preconizado na Cassi há mais de 15 anos, não foi ampliado para o conjunto dos associados. É aí que está o problema estrutural com maior responsabilidade no desequilíbrio.


A Cassi não aproveitou as receitas extraordinárias recebidas entre 2007 e 2013 para investir no modelo de saúde aprovado pelo Corpo Social. Nós temos que ser sinceros nisso. A proposta dos eleitos é o Banco do Brasil fazer as contribuições extraordinárias de 300 milhões nestes dois exercícios – 2015 e 2016 - e todos juntos avançarmos no modelo de saúde mais racional e resolutivo e com resultados melhores para os participantes e a Cassi, tanto em saúde como também financeiros. Estamos propondo o que há de melhor nos países de primeiro mundo e de ponta em saúde.


- O modelo de atenção básica, preconizado pelo Estatuto desde 1996, até hoje não foi colocado em prática. Por que, já que os usuários do plano acabam passando por diversos especialistas e fazem tantos exames desnecessários, gerando duplicidade e até triplicidade no fim das contas?


Este é o problema de fundo e o que os eleitos estão propondo é resolver isso. Aprofundar o modelo de Atenção Integral à Saúde, através da Estratégia Saúde da Família (ESF), para o conjunto dos associados. Estamos falando em estender o direito a ter equipes de família cuidando dos 720 mil participantes, com mapas epidemiológicos das populações Cassi e com acessibilidade adequada em todas as bases do país. É possível porque é feito em outros países.


As iniciativas estratégicas propostas por nós no final de 2014 precisam de tempo para serem implementadas e não podemos permitir que um déficit financeiro como o atual, por não ter receita extra em 2014, como teve entre 2007 e 2013, impeça que todos possam usufruir de um modelo que trará mais perenidade à Cassi nas próximas décadas. Por isso é que o Banco do Brasil precisa se responsabilizar também pela solução do problema, que já vem de longe, e nós estamos apresentando um modelo de sistema de saúde com maior perspectiva de perenizar a nossa Caixa de Assistência. Será bom para o Banco e para os associados.



- A última reforma do Estatuto foi feita em 2007, e os prejuízos já são notados desde 2005. Por que só agora a Cassi está adotando estas medidas?


Acredito que já abordamos isso nas respostas anteriores. A Cassi já tem aprovado o modelo de sistema de serviços de saúde baseado na atenção primária e nas equipes de família, através das CliniCassi.


No entanto, o modelo não tem escala e com isso as despesas assistenciais, o volume de exames desnecessários, as internações e o grande gasto com OPMEs acabam sendo muito acima do que seria, caso os 720 mil associados tivessem o direito ao modelo integral de saúde.


A lógica é outra. É cuidar das pessoas e não deixar as pessoas por conta de um “mercado” de saúde que não vê seres humanos com necessidades de cuidados e sim “consumidores” e “planos de saúde” aptos a pagar. Só que o sistema de saúde, tanto público quanto privado, está em uma grave crise e nós estamos defendendo o que é melhor e mais racional para a sobrevivência da Caixa de Assistência.


Contamos com o Corpo Social e suas entidades representativas para fazermos esse debate com o patrocinador Banco do Brasil.



*As opiniões expressas na entrevista não refletem, necessariamente, o posicionamento da diretoria do SEEB/VCR.


Fonte: site do Sindicato de VCR

Cassi - Nota de esclarecimento sobre matéria do Correio Braziliense




Cassi esclarece pontos abordados em matéria do jornal Correio Braziliense, divulgada dia 24/3/15

O cenário de descasamento entre receitas e despesas enfrentado pelo plano Cassi Associados atualmente tem sido, inclusive, objeto de discussão nos órgãos de governança da Entidade e também junto ao patrocinador. Em virtude disso, a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil – Cassi presta ao seu Corpo Social os seguintes esclarecimentos:

1. Não existe qualquer relação entre o resultado do Plano de Associados e o suposto uso de Provisão para Eventos Ocorridos e Não Avisados (Peona), conforme mencionado em matéria publicada em 24/03 pelo jornal Correio Braziliense. A Peona existe para fazer frente ao pagamento de eventos que já tenham ocorrido, mas que não tenham sido registrados contabilmente. Trata-se de uma provisão legal, cuja metodologia de cálculo, inclusive, é aprovada pela ANS. Os recursos financeiros utilizados para ampará-la não estão disponíveis, não foram e não serão utilizados livremente pela Entidade.

2. A Cassi destaca que seus balanços são públicos e os dados reais referentes ao ano de 2014 serão disponibilizados nos próximos dias no Relatório Anual da Instituição, que será submetido à aprovação do seu Corpo Social, conforme previsto no Estatuto.

Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil

26.3.15

Cassi - Anabb esclarece equívocos da matéria do Correio Braziliense


Comentário do Blog:

Reproduzo aqui a matéria da Anabb esclarecendo equívocos cometidos por aquele jornal, eu diria inclusive que houve exageros por parte daquele veículo de comunicação. Também falei com o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, e ele me relatou que há equívocos nas citações no referido jornal entre o que foi dito e o que está escrito lá.

É isso. A matéria está boa e reflete o que nós temos apresentado e debatido com as entidades representativas do funcionalismo e com o corpo social.

Boa leitura,

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi
  





Correio Braziliense aborda a situação da Cassi


O Jornal Correio Braziliense abordou em sua edição desta terça, 24.03, a questão do déficit da Cassi, tendo ouvido o vice-presidente de Relações Institucionais da ANABB Fernando Amaral, entre outros.

Apesar da disposição do vice-presidente para melhor informar a jornalista Vera Batista, por se tratar de assunto complexo e que não é do cotidiano daquela profissional, diversas afirmações da matéria não foram precisas e necessitam ser mais bem esclarecidas aos associados da ANABB e funcionários do BB.

Como é do conhecimento de todos, todos os planos de saúde, privados e de autogestão, e cooperativas apresentaram déficits em 2014. A Cassi apresentou déficit de R$ 127 milhões em 2014 (o balanço está sendo concluído). Para 2015, novo déficit está projetado em patamares superiores ao atual, caso não se encontrem soluções para seu desequilíbrio estrutural.

O desafio da Cassi é contribuir para que os funcionários do Banco do Brasil – ativos e aposentados – vivam mais e com mais saúde. E, para isso, a Caixa de Assistência precisa de alternativas para o seu equilíbrio que sejam sustentáveis por períodos longos.

O Plano Cassi Família encontra-se equilibrado, e atualmente, as suas mensalidades são reajustadas de acordo com o índice técnico necessário ao seu equilíbrio. Já o Plano de Associados vem registrando déficits desde 2012.

Comparando-se as despesas totais (assistenciais + administrativas) com as receitas ordinárias (contribuições pessoais e patronais), verificamos que a situação deficitária vem desde 2005. Porém, esses déficits foram superados porque as receitas foram acrescidas de recursos extraordinários desde 2007, como o aporte feito pelo BB na ocasião do acordo do Estatuto de 2007 para cobrir a contribuição patronal a menor de 1998 a 2007, renegociações tributárias e as contribuições sobre o Benefício Especial Temporário da Previ.

A proposta apresentada pelos dirigentes indicados pelo BB foi de que os associados aceitassem aumentar a sua contribuição de 3% para 4,5% como medida permanente e propôs diversos aumentos de coparticipações. Esta proposta foi rejeitada pelos dirigentes eleitos da Cassi que não concordam que o déficit da Cassi deva ser coberto com o esforço apenas dos trabalhadores. Se a gestão é compartilhada, torna-se necessário o debate sobre os esforços a serem empreendidos pelos participantes e pela patrocinadora.

Todos os planos de saúde, os seguros de saúde e as cooperativas de saúde que atuam com o sistema aberto apresentaram, nos últimos anos, resultados próximos a zero ou negativos, consumindo reservas.

No Brasil, diversas dessas instituições já estão migrando para sistema de atenção integral à saúde, com base em “portas de entrada” (local de primeiro atendimento) obrigatórias. A Cassi aprovou o sistema de Atenção Integral à Saúde logo após a reforma do Estatuto de 1996, baseado na Estratégia de Saúde da Família (ESF) e tem hoje cerca de 720 mil associados em seus planos de saúde. No entanto, apenas 160 mil pessoas têm o direito ao modelo de Atenção Integral. O desafio, segundo os dirigentes eleitos, é a extensão desse modelo para 100% da nossa população, buscando adaptar a questão da “porta de entrada” à realidade de cada local.


O déficit da Cassi tem 3 causas que se destacam: 

1) O aumento da longevidade – as pessoas estão com melhor qualidade de vida e vivem mais, aumentando o tempo em que necessitam de alguns cuidados médicos.

2) O aumento do custo médico – a inflação da saúde é maior do que a inflação geral. A inflação médica corrige os custos de tratamentos e a inflação geral corrige os salários que são a fonte de recursos da Cassi.

3) O achatamento salarial – quando em 1996 foi alterado o estatuto da Cassi e pactuado que as contribuições dos associados e do BB seriam de 3% e 4,5% respectivamente, esses percentuais foram definidos a partir de estudo atuarial que previa a manutenção do poder de compra dos salários do BB – correção pela inflação – ao longo de muitos anos. Entretanto, o Banco do Brasil, contratante desse acordo que gerou o estatuto da Cassi daquele ano, congelou os salários de seus funcionários dando reajuste praticamente ZERO entre os anos de 1997 a 2002 (8,9%) ante uma inflação de 42,38% (INPC), alterando sensivelmente a previsão de receitas da Cassi. Em seguida, alterou o Plano de Cargos e Salários (PCS), reduzindo unilateralmente os valores dos salários base dos funcionários do BB, novamente reduzindo sensivelmente a previsão de receitas da Cassi. Além disso, a partir de 01.01.1998, o BB descumpriu o Estatuto da Cassi e, apesar dos novos funcionários contribuírem com os 3% estatutários, o BB decidiu contribuir com apenas 3%, ao invés dos 4,5% pactuados no Estatuto, mais uma vez reduzindo sensivelmente as receitas da Cassi. Essa última distorção só foi corrigida em 2007.

Quanto às reservas, a Cassi tinha, em 2014, R$ 1,6 bilhão em reservas, sendo R$ 800 milhões no Plano de Associados e R$ 800 milhões do Plano Cassi Família. Da reserva do Plano de Associados, R$ 400 milhões são reservas livres para utilização onde a direção da Cassi determinar. Os outros R$ 400 milhões são de reservas obrigatórias controladas pela ANS, como a PEONA – Provisão de Eventos Ocorridos e Não Avisados. O déficit da CASSI em 2014 foi de R$ 127 milhões, que foram cobertos por parte das reservas livres.

Caso os debates, entre o BB e os funcionários, sobre o custeio futuro da Cassi, não venha a se concluir, o que é pouco provável, o déficit da Cassi poderá aumentar e consumir as reservas livres.

Caso as reservas livres se esgotem, a Cassi precisará utilizar-se das reservas obrigatórias para cumprir seus compromissos. E, caso a Caixa de Assistência comece a utilizar-se das reservas obrigatórias, a ANS poderá exigir da Cassi um plano de recuperação de reservas. E, somente se o possível plano de recuperação de reservas não for bem sucedido no prazo previsto, é que a ANS poderá fazer uma intervenção na Caixa de Assistência.



Fonte: Anabb

23.3.15

4º Congresso da Contraf-CUT e minha opinião a respeito


Comentário do blog:


O que eu previa ao postar na sexta-feira 20 a frase da música de Alphaville, Forever Young, aconteceu no Congresso da Contraf-CUT: "Desejando o melhor, mas esperando pelo pior".

Além de todas as divergências de princípios, concepções e práticas sindicais que permearam o Congresso entre os dois segmentos que apresentaram chapas por não se conseguir o consenso, o que mais marcou a minha despedida do movimento sindical, no qual dediquei parte importante da minha vida, foi a tristeza profunda de ver o ódio no ar, parecido com aquele que a direita está construindo e ou libertando no povo brasileiro. Vi a intolerância no ar.

Foi deprimente e melancólico ver as palavras de ordem e ofensas entre pessoas que sempre estiveram do mesmo lado na luta contra os banqueiros e contra as mazelas do mundo do trabalho.

Para fechar da pior forma possível minha participação no movimento sindical, vi no sábado e confirmei agora ao ler a matéria da nova direção (abaixo), uma leitura pra lá de tendenciosa na interpretação dos estatutos da Contraf e da CUT ao aplicar a regra da proporcionalidade. (minha indignação foi tão grande que me retirei neste domingo pela manhã do evento)

Na minha opinião, é um absurdo excluir de todas as secretarias da gestão da Confederação o segmento que conseguiu 1/4 dos votos do Congresso. Isso não é democrático! Faltou magnanimidade para se construir a unidade. Essa atitude, somada a TUDO que vi no último ano dentro do movimento sindical, não sinaliza boas perspectivas para a unidade da classe trabalhadora para os duros desafios que aí estão.

A partir deste congresso da Contraf-CUT, não tenho mais nenhum mandato em nome da Central Única dos Trabalhadores. Acho lamentável o que aconteceu neste 4º Congresso da Confederação. Fiquei pensando se expressava ou não a minha opinião sobre tudo isso. 

Mas apesar de tudo, DECLARO aqui que não mudei minhas concepções e práticas sindicais, e enquanto eu tiver um mandato de trabalhadores, seguirei defendendo uma representação voltada para as bases, plural, transparente, ética e independente de patrões, governos e partidos. Eu me considero um cidadão de esquerda e meus valores são os da esquerda como, por exemplo, a solidariedade, a unidade de classe, a liberdade e o humanismo.

Enfim, seguirei com muita firmeza e empenho em meu mandato eletivo na Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil. Meu mandato teve o apoio fundamental das entidades sindicais e dou minha palavra que vou manter a minha prestação de contas sobre o mandato para os associados da Cassi e suas entidades associativas e para estas mesmas entidades sindicais.

Digo mais, tenho a humildade para reforçar aqui o pedido de ajuda e apoio das entidades sindicais para conseguirmos negociar saídas para o déficit atual da Cassi, que herdamos ao chegar à gestão porque o desequilíbrio existe há mais de uma década e estamos construindo propostas para dar mais perenidade à entidade aprofundando o modelo de gestão e o sistema de serviços de saúde, ampliando a prevenção de doenças, a promoção de saúde e o cuidado dos associados e familiares ao longo da vida num sistema mais racional e integrado.

Continuarei fazendo um mandato republicano, transparente e focado em defender a Cassi. A vida segue com muita energia em prol de nossa Cassi nesta segunda-feira 23.

William Mendes
Diretor de Saúde da Cassi

Post Scriptum: desejo a toda a diretoria da Contraf um bom mandato de luta e resistência em prol dos trabalhadores do ramo financeiro e da classe trabalhadora brasileira e mundial. 


Congresso da Contraf-CUT termina com apresentação da diretoria eleita


Atual secretário de Finanças, 
Roberto Von Der Osten
é o presidente eleito.
Crédito: Jailton Garcia/Contraf-CUT

O 4º Congresso da Contraf-CUT terminou neste domingo 22, em São Paulo, com a apresentação da diretoria que comandará a Confederação no período 2015-18, presidida por Roberto Von Der Osten, a convocação de um seminário nacional para definir a estratégia de luta dos bancários nos próximos anos e um chamado para a intensificação da mobilização para enfrentar a difícil conjuntura econômico e política, com o objetivo de defender os direitos dos trabalhadores, a democracia, a reforma política e a democratização dos meios de comunicação.

Participaram do Congresso, que começou na sexta-feira 20 e foi realizado no Hotel Mercure, 353 delegados de todo o país, dos quais 237 homens e 116 mulheres.

"Tivemos um Congresso com suas dificuldades, em uma conjuntura muito difícil, que debateu e elegeu uma direção no momento em que a CUT e os movimentos sociais saíram às ruas e que outros grupos também se manifestaram, estes últimos questionando o governo e algumas instituições. Vamos continuar a organizar e articular a categoria bancária para defender a democracia e os direitos dos trabalhadores", afirmou no encerramento do Congresso o presidente eleito. "Também vamos organizar a atuação dos bancários no Congresso Nacional contra o PL 4330 da terceirização, que deve retornar à pauta", disse Roberto Von Der Osten.

Processo eleitoral

A diretoria da Contraf-CUT foi eleita na tarde do sábado 21, em votação secreta, por força de liminar. Concorreram duas chapas. 

A Chapa 2 (Articulação Sindical, CSD, Unidade Sindical, Fórum do RJ, Articulação de Esquerda e Intersindical), encabeçada por Roberto Von Der Osten, atual secretário de Finanças da Contraf-CUT, ganhou 265 votos, ou 75,7% do total. E a Chapa 1 (Articulação Sindical), liderada por Miguel Pereira, atual secretário de Organização da Contraf-CUT, alcançou 85 sufrágios, 24,3%. Houve dois votos em branco e um nulo.

Os delegados e as delegadas aprovaram também a criação de mais duas pastas na diretoria executiva da Contraf-CUT: as secretarias de Juventude e a de Combate ao Racismo, totalizando agora 17. Foi mantida a atual composição de 26 integrantes do Conselho Diretivo.

Os cargos da direção foram distribuídos proporcionalmente pela porcentagem dos votos obtidos por cada chapa, conforme os estatutos Contraf e da CUT. A Chapa 1 protocolou carta de protesto junto à Comissão Organizadora do Congresso e anunciou que vai entrar com um recurso junto à CUT por discordar da forma de aplicação utilizada do critério de proporcionalidade. 

Na composição dos cargos da diretoria executiva por cada chapa não foram considerados separadamente os 17 que respondem por secretarias e os 8 que são apenas diretorias executivas. "A Chapa 1, mesmo tendo obtido quase 25% dos votos, ficou sem nenhuma secretaria, ficando todas as pastas da executiva com a Chapa 2, o que estamos questionando porque avaliamos que isso fere profundamente a democracia e não valoriza a nossa representação e a construção da unidade", disse Miguel Pereira. 

A diretoria eleita assume no dia 15 de abril para um mandato de três anos.

Conjuntura política e econômica

Antes do encerramento do Congresso, os delegados e as delegadas fizeram uma discussão sobre a conjuntura política e econômica, internacional e nacional, da qual participaram como expositores o chefe mundial da UNI Finanças, Márcio Monzane, e o ex-deputado estadual (PT-SP) Luís Cláudio Marcolino.

Monzane criticou os ajustes que estão sendo implementados pelo governo Dilma Rousseff. "Enquanto a Europa faz uma autocrítica da política de austeridade, que não deu certo para conter a crise, o Brasil quer fazer, neste momento, o que não funcionou lá fora. Mas os trabalhadores precisam se posicionar, alertar a sociedade que estas medidas de austeridade não geram riqueza, nem inclusão social. A Espanha, por exemplo, ainda aposta na austeridade e tem um índice de 30% de desemprego, chegando a 60% entre os jovens. Não gostaríamos de ver este cenário aqui no Brasil", afirmou o dirigente da UNI Finanças.

Marcolino também criticou o ajuste fiscal, mas fez um balanço positivo dos avanços econômicos e sociais dos governos Lula e Dilma, que segundo ele precisam ser preservados e aprofundados. Para isso, propôs, "é preciso mobilizar os trabalhadores e os movimentos sociais para impedir retrocessos, manter os direitos trabalhistas e defender a democracia, a reforma política e a democratização dos meios de comunicação".

Moção de apoio aos trabalhadores da Guatemala

Durante os debates, foi aprovada moção de apoio aos trabalhadores da Guatemala, depois que a dirigente sindical guatemalteca Lesbia Amezquita, do Movimento Sindical Indigena e Campesino (MSICG), denunciou a violência contra sindicalistas em seu país, onde 68 foram assassinados e nenhum caso esclarecido pela polícia.

Conheça a direção eleita

Diretoria executiva

Presidente - Roberto Antonio Von Der Osten
Vice-presidenta - Juvandia Moreira Leite
Secretaria-geral - Carlos de Souza
Secretaria Finanças - Sérgio Hiroshi Takemoto
Secretaria Imprensa - Gerson Carlos Pereira
Secretaria Relações Internacionais - Mario Luis Raia
Secretaria Saúde - Walcyr Previtale 
Secretaria Formação - Ernesto Izumi
Secretaria Organização do Ramo Financeiro - Carlindo Dias de Oliveira
Secretaria Assuntos Jurídicos - Mauri Sergio Marins de Souza
Secretaria Assuntos Sócioeconômicos - Rosalina Amorim
Secretaria Políticas Sindicais - Gustavo Machado Tabatinga Junior
Secretaria da Mulher - Elaine Cutis
Secretaria de Relações do Trabalho - Mauro Salles Machado
Secretaria de Políticas Sociais - Fabiano Paulo da Silva Junior
Secretaria da Juventude - Fabiana Uehara Proscht
Secretaria de Combate ao Racismo - Almir Costa de Aguiar

Diretores Executivos 

Barbara Peixoto de Oliveira
Adilson Claudio Martins Barros
Andrea Vasconcelos
Carlos Alberto Cordeiro da Silva
Deise Recoaro
Enilson Cardoso da Silva
Lúcio Paz
Miguel Pereira

Suplentes da Diretoria Executiva

Maria da Conceição Bezerra
Sérgio Siqueira
Maria Rita Serrano
Marcelo Azevedo
Alan Patrício Mendes Silva
Manoel Elídio Rosa
Rafael Marinho Duarte
Ademir Wiederkehr
Sonia Rocha

Conselho Fiscal

Clarice Torquato Neto
Gilmar Carneiro dos Santos
Paulo Roberto Stekel

Suplentes do Conselho Fiscal

Gilmar Aguirre
José Ricardo Jacques
Maria Arivoneide Cerqueira

Conselho Diretivo

André Luis Rodrigues
Sebastião Eugenio de Castro Filho
Célio Dias Cunha
Cícero Ferreira Mateus
Antonio Carlos Pirotti
Eliomar Carvalho Silva
José Carlos Garcia
Nelson Luis da Silva Nascimento
Paulo Ranieri Medeiros da Silva
Carolina Costa
Valdevir Fernandes Filho
Marcos Vandai Tavares Rolim
Graziela Rezende Ferreira
Luis Claudio Marcolino
Livia Gomes Terra
Fernanda Lopes de Oliveira
Carolina Benedetti Pedroso
Milton dos Santos Rezende
Raquel Araujo Lima
Paulo Robson dos Santos Manhães
José Pinheiro
Carlos Eduardo de Oliveira
Italina Facchini
José de Castro Souza
Keli Cristina Vieira
Wanderley Antonio Crivellari


Fonte: Contraf-CUT

20.3.15

Diretor de Saúde - Agenda de luta e gestão da Caixa de Assistência - Cassi




Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Esta foi mais uma longa semana de trabalho em defesa de nossa Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, a maior entidade de saúde no modelo de autogestão no país. Entre segunda 16 e quinta-feira 19 trabalhei cerca de 60 horas, envolvido nos grandes debates internos da gestão de nossa Caixa.

Nesta sexta-feira 20 estou abonando o dia de trabalho na Cassi para participar do 4º Congresso da Contraf-CUT. Neste evento estarão reunidas dezenas de entidades sindicais dos bancários para definir a organização deste importante segmento da classe trabalhadora brasileira.


Sou o que sou

Sou bancário, funcionário do Banco do Brasil desde 09/09/1992, concursado para o cargo de escriturário e atuei como caixa executivo a maior parte de minha vida profissional dentro do banco. Hoje, estou cedido desde o dia 02/06/14 à Cassi, pela agência Vila Iara - Osasco, última dependência que trabalhei, para atuar como Diretor de Saúde e Rede de Atendimento. Esta minha função é ocupada por eleição pelo Corpo Social da comunidade do BB.

Sou dirigente sindical de nossa Contraf-CUT desde seu primeiro congresso, fui Secretário de Imprensa (2006/09) e estou Secretário de Formação (2009/12 e 2012/15).

O movimento sindical é a maior faculdade que já conheci. Apesar de ter frequentado duas graduações e a metade de uma terceira, foi na representação dos trabalhadores que aprendi grande parte do pouco que sei e da forma como me comporto como cidadão. 

Não pretendo deixar de atuar e de me balizar pelos princípios éticos, coletivos e democráticos que aprendi nesta escola do mundo do trabalho. As pessoas mais próximas a mim dizem que eu melhorei como pessoa depois do contato com o movimento sindical. Acredito que sim. Me tornei mais tolerante (eu não era), mais humilde em estar aberto ao conhecimento do outro e me tornei mais forte para defender o que acredito.

Evidente que este aprendizado se somou ao comportamento ético e à educação simples e sábia que aprendi com os meus queridos pais.


"Hoping for the best but expecting the worst" (Forever Young - Alphaville)

"Desejando o melhor, mas esperando pelo pior"

4º Congresso - Já me preocupou bastante chegar ao congresso e ver que estamos com dificuldades de conseguir a unidade necessária para enfrentar os grandes desafios coletivos da classe trabalhadora brasileira para este momento e o próximo período.

Uma parte das entidades sindicais defende uma programação, outra parte apresentou outra programação. Pior, um dos lados, mesmo sabendo que não há consensos ainda na construção da chapa unitária, propôs eleição para o sábado de manhã... isso quer dizer o que?

Está me parecendo a questão problemática da geração internet contemporânea sem paciência e sem desejo de ouvir... "vota logo" virou bordão no movimento. Dizem que o negócio é "política de maioria"... 

REPITO: assim, ao final, estaremos todos mortos!


Todos sabem de minha origem e formação como dirigente sindical, da Central Única dos Trabalhadores e que milita na tendência política interna à CUT chamada de Articulação Sindical. 

Fui forjado na luta e nos princípios, concepções e práticas sindicais para fazer um sindicalismo de massas, democrático, autônomo, organizado a partir das bases, independente de partidos, empresários e governos, e que busca construir o Consenso Progressivo - uma arte política que exige vontade entre @s companheir@s e paciência. A prática nunca foi a do "vota logo".

O que está em risco neste Congresso dos trabalhadores do Ramo Financeiro, ou seja, os bancários, porque há leituras jurídicas e políticas de que todos os setores que têm trabalhadores que geram lucro para as holdings financeiras são setores com bancários não-formais, terceirizados, enfim, o que está em risco neste Congresso é o nosso futuro, então é muito importante o que os delegados e delegadas aqui presentes vão deliberar para o próximo período, que tem um cenário muito mais difícil do que aqueles vividos nos três congressos anteriores.

Na minha leitura, estamos vivendo uma conjuntura brasileira com risco de quebra da institucionalidade democrática e de ascensão do pensamento fascista, movimento financiado pelo Capital Internacional e pelo Imperialismo Americano.


DECLARO QUE em qualquer situação que não seja a da busca verdadeira da solidariedade de classe e da unidade, eu estarei como sempre estive do lado mais fraco, em menor condição, com menos poder econômico e vou seguir lutando enquanto eu tiver algum tipo de mandato de representação de trabalhadores. Tenho grandes companheir@s em todos os segmentos que não encontraram ainda a unidade neste momento.

William Mendes
Secretário de Formação da Contraf-CUT


4º Congresso da Contraf-CUT começa nesta sexta com abertura solene


Evento elege nova direção da Contraf-CUT.

O 4º Congresso da Contraf-CUT começa nesta sexta-feira (20), às 19h, com abertura solene, no Mercure São Paulo Nortel Hotel, na capital paulista. O evento, que será encerrado no domingo (22), tem como slogan "unidade, mobilização e democracia". 

Conforme edital de convocação, a pauta do congresso prevê eleição da diretoria executiva nacional, conselho fiscal e conselho diretivo; definição de linha política e organizativa da Contraf; reforma estatutária; e outros assuntos.

O Mercure fica na Avenida Luís Dumont Villares nº 400, em Santana, na zona norte da cidade, próximo às estações Parada Inglesa e Jardim São Paulo da linha Azul do Metrô.

A exemplo dos congressos anteriores, o credenciamento iniciará às 9h desta sexta-feira, no hotel, estendendo-se até as 21h e continuando na manhã de sábado (21). Os sindicatos e as federações filiadas inscreveram 355 delegados e delegados.

A secretaria da Contraf-CUT informa que não irá dispor de serviços de telefone, fax, acesso à internet e fotocópias para uso de delegados e delegadas, que deverão ser solicitados por quem precisar à recepção/Business Center do hotel, assim como deverão efetuar diretamente o pagamento pelos serviços.

O custo de estacionamento fixado pelo Mercure será de R$ 17 por dia.


Fonte: Contraf-CUT

19.3.15

Cassi conquista certificação internacional por serviços próprios no DF



William Mendes, Sérgio Iunes, Miriam Fochi e Job da Silva.

A Cassi anunciou nesta quarta-feira, dia 18, a conquista da primeira certificação para seus Serviços Próprios no Distrito Federal. As CliniCassi Brasília Norte e Brasília Sul foram acreditadas pela Joint Commission Internacional (JCI), que atesta a qualidade e a segurança para os pacientes, seguindo padrão internacional recomendado para serviços de saúde.

O anúncio foi feito na Sede da Caixa de Assistência, em Brasília, com a presença da Diretoria Executiva, dos profissionais envolvidos no processo de acreditação e de representantes de entidades ligadas ao funcionalismo do Banco do Brasil.

"Esta certificação é de extrema importância. A perenização da Caixa de Assistência passa pela atenção primária, serviço que agora está acreditado internacionalmente", destacou o presidente da Cassi, Sérgio Iunes Brito.

"O padrão internacional de serviço alcançado pelas CliniCassi Brasília Norte e Sul é o que queremos para toda a Cassi, situada dentro do mercado de saúde atual. A atenção primária, com foco em promoção à saúde e prevenção de doenças como a que fazemos e agora é certificada, é a lógica para superar a crise", disse o diretor de Saúde e Rede de Atendimento, William Mendes, responsável pelas áreas envolvidas no processo para busca da certificação.

A diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, Mirian Fochi, disse que a certificação é "um recado claro para participantes do Plano e funcionários da Cassi, do padrão de serviços desejável". 

"Mostra que somos confiáveis e temos credibilidade para fazer atenção primária em saúde, um certificado importante para a Cassi e para o mercado de saúde e que vai se refletir para nossos associados", completou a diretora.

O diretor de Administração e Finanças em exercício, Job da Silva Junior, falou da complexidade do processo para se obter uma certificação desse porte, conquistada com "duro trabalho".


REDUÇÃO DE RISCOS

A busca da certificação preparou os profissionais para eliminação de riscos ocultos, individuais e coletivos, e um comportamento preventivo. "Se alguém chegasse deambulando com dificuldade a uma CliniCassi, era acolhido de forma diferenciada por uma sensibilidade dos profissionais. Agora, esse acolhimento diferenciado que cada público exige é uma cultura coletiva", exemplificou o gerente executivo de Saúde, Henio Braga Junior.

O processo iniciou em 2011, com diagnóstico dos serviços, feito pela JCI, que em seguida apontou as melhorias a serem feitas na rotina de atendimento para garantir segurança para os pacientes e redução de riscos. Os certificadores realizaram visitas educativas, para a implantação das novas rotinas, e, depois, para a certificação, que ocorreu em dezembro. 

A certificação é válida por três anos, período no qual os avaliadores poderão visitar as CliniCassi a qualquer instante. Outras instituições de todo o mundo que estiverem buscando a certificação também poderão visitar as duas CliniCassi, para conhecer como funciona, na prática, o processo certificado. 

"Isso amplia a rede de relacionamentos da Cassi com outros serviços de saúde, e permite tornar nossa experiência conhecida no mundo todo, por meio de congressos e encontros técnicos", acrescentou Henio.

Ele garante que os benefícios da certificação poderão ser percebidos em todas as CliniCassi do País, embora o certificado seja para as do DF, porque o processo de certificação determinou uma nova cultura dentro dos Serviços Próprios, adoção de processos e criação de normativos que já estão sendo seguidos nas CliniCassi de todo o Brasil. "Quando houver a decisão de certificar formalmente os demais Serviços Próprios, já estaremos com meio caminho andado."

As CliniCassi Brasília Sul e Brasília Norte estão entre os quatro primeiros serviços de Atenção Primária em Saúde do Brasil a receberem o selo da JCI e são os únicos serviços de operadoras de autogestão certificados no País.

O gerente da Unidade Cassi DF, Sandro Sedrez dos Reis, também destacou o esforço empreendido na busca da certificação das CliniCassi, que estão ligadas à Unidade DF. "Esse selo fala de passado, pela conquista, de futuro, e de presente, para que as pessoas entendam qual a atitude da própria Cassi, criando um ambiente que permite a qualidade de vida de forma sustentável e que pode ajudar a aliviar a crise pela qual passam as autogestões", concluiu Sandro.


Fonte: Cassi