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10.12.25

Fundação da CASSEMS



HISTÓRIA

A CASSI foi a referência para a criação da CASSEMS em 2001. O PT e os sindicalistas foram importantes na criação da autogestão. 

"Quando as lideranças perceberam que haviam perdido o debate sobre a reforma administrativa, procuraram o governo e propuseram que a previdência e a assistência à saúde ficassem com elas. O governo Zeca se dispôs a fazer o debate, o governador conhecia a experiência da Caixa de Assistência do Banco do Brasil, sabia perfeitamente que os trabalhadores têm competência para gerir suas entidades de defesa mútua e outros organismos." (p. 49)


Duas figuras do PT foram centrais na criação da autogestão dos servidores do Mato Grosso do Sul, pelo que leio no livro da CASSEMS: Zeca do PT e Gleisi Hoffmann, que à época era secretária de Estado de Reestruturação e Ajuste (p. 50).

O capítulo é fundamental para compreender as polêmicas e contradições da época: as categorias de servidores de maiores salários não queriam a criação da autogestão por uma questão egoísta (opinião minha), porque achavam cara a contribuição de 3% (a proposta era 3% para o Estado e 3% para o servidor, pág. 51).

Esse grupo da elite preferiu planos de mercado, cerca de 5 mil beneficiários (p. 52).

As grandes categorias de servidores seguiram as lideranças sindicais e criaram a CASSEMS em assembleia no dia 16/02/01 (p. 55)

Por causa dos sindicalistas e da esquerda, temos hoje uma das maiores autogestões em saúde do país, a CASSEMS.

William Mendes 

10/12/25

9.12.25

Uma assistência à saúde como a CASSI do BB



HISTÓRIA

"(...) houve uma CPI que constatou que o Previsul estava falido e não prestava para atender à saúde nem à previdência. Quis o destino ou a sorte que eu virasse governador do estado, e quando assumi o mandato, encontrei um modelo de gestão falido, por isso resolvemos fazer uma reforma administrativa, neste momento, cumpriu um papel importante a Gleisi Hoffmann (...). Certo dia, ela falou que tínhamos de separar a previdência da assistência à saúde, e propôs para a assistência à saúde um modelo parecido com o da Cassi, do Banco do Brasil, que eu conhecia. Eu achei interessante a ideia, pedi que aprofundasse os estudos, o que culminou com a Cassems..." (p. 32)


Essa história é interessante. Zeca do PT assumiu o governo do estado de Mato Grosso do Sul em 1999 e como funcionário do Banco do Brasil conhecia nossa autogestão em saúde, a CASSI. 

Nós havíamos optado por um modelo de gestão fora do RH do Banco, na reforma estatutária de 1996. 

E a CASSI passaria a fazer a gestão da saúde de seus associados através de um modelo de Atenção Integral à Saúde, focado em prevenção e promoção de saúde e Atenção Primária.

Os servidores públicos do Mato Grosso do Sul optaram, em sua maioria, em seguir esse modelo. Uma parte deles optou por planos de saúde de mercado.

A CASSEMS vai completar 25 anos em 2026 e segue sendo uma das melhores autogestões do país. 

Decisão acertada de nossos colegas petistas no final dos anos noventa. Venceu a solidariedade, o associativismo e o cooperativismo. 

William Mendes 

09/12/25


Bibliografia:

SILVA, Eronildo Barbosa da. CASSEMS 15 anos: autogestão em saúde: um sonho possível. Campo Grande: CASSEMS, 2017.

CASSI seguiu existindo após IAPs



HISTÓRIA

"Com base na Lei Eloy Chaves, consagrada em 1923, iniciativa muito comemorada pela classe operária nacional, foi instituído o sistema de Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs) o sistema era gerido de forma tripartite: governo, empregados e empresas contribuíam. Os trabalhadores, essencialmente, participavam do Conselho Administrativo dessas Caixas." (p. 21)


A Lei Eloy Chaves permitiu que trabalhadores passassem a ter acesso, também, a assistência médica através de Caixas de Assistência. 

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"Em meio ao debate político sobre saúde e previdência da década de 1930, surgiu o decreto que criou os Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs). Estivadores, transportadores de cargas, comerciários, bancários, industriários, entre outros, foram beneficiados. Na virada da década de 1930 para 1940, a maioria das CAPs foi absorvida pelos IAPs, embora algumas tenham sobrevivido, como é o caso da Cassi, do Banco do Brasil, criada em 1944 e que até o tempo presente continua em operação." (p. 22)


Conhecer a história é importante para nós da classe trabalhadora para que tenhamos melhor compreensão da realidade objetiva.

A CASSI da comunidade de funcionários do Banco do Brasil não é um plano de saúde, não é! É uma Caixa de Assistência, baseada em princípios solidários como associativismo e cooperativismo. 

É por isso que a razão de ser da CASSI é o Plano de Associados e não seus planos comerciais para grupos de afinidade até determinado grau de parentesco com associados. 

William Mendes 

09/12/25


Bibliografia:

SILVA, Eronildo Barbosa da. CASSEMS 15 anos: autogestão em saúde: um sonho possível. Campo Grande: CASSEMS, 2017.

Autogestão e solidariedade de classe



HISTÓRIA

"O objetivo dessas associações era proteger o trabalhador associado do desemprego ou da enfermidade. As entidades custeavam despesas de funeral dos sócios, concediam alguma ajuda financeira quando o trabalhador estava desempregado ou enfermo, e, em alguns casos, também custeava as despesas da viúva e dos filhos do sócio." (p. 17)


O livro "CASSEMS 15 anos: autogestão em saúde: um sonho possível" (2017), de Eronildo Barbosa da Silva, nos conta a história de sucesso do associativismo e cooperativismo dos servidores públicos do estado do Mato Grosso do Sul. 

O primeiro capítulo aborda a questão histórica da solidariedade da classe trabalhadora desde séculos passados.

Como os donos do poder sempre atuaram para impedir a união e solidariedade da classe trabalhadora, até os nomes das associações e sindicatos tinham que disfarçar os objetivos reais para que as entidades de classe pudessem existir.

Eram associações "religiosas", com nomes de santos, de amigos, de ajuda mútua etc.

Conheci a CASSEMS quando era gestor eleito de outra autogestão em saúde, a CASSI, dos funcionários do Banco do Brasil. 

O livro comemorativo dos 15 anos de existência da CASSEMS me trouxe, à época, muita informação relevante sobre o tema e este setor de saúde suplementar. 

Ler é sempre uma atividade diferenciada de nossa espécie. Sigamos lendo e estudando. 

William Mendes

09/12/25

7.12.25

Diário e reflexões



EPIDEMIA DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

Somei hoje com a militância paulista no ato de luta contra a epidemia de violência contra as mulheres. É desesperador e revoltante o quanto vem aumentando as diversas formas de violência de gênero no Estado de São Paulo e no Brasil. Os atos ocorreram em diversas cidades do país.


Cada manifestação no carro de som denunciou casos recentes de feminicídio, estupros, ameaças à integridade física e psicológica de mulheres e pessoas trans e cobrou soluções das autoridades públicas e investimento em redes de apoio social.


Essa causa é uma causa de homens e mulheres, é de toda a sociedade. Aos homens, não basta apoiar a causa, temos que lutar junto com as companheiras.


Eu não tenho dúvidas do quanto avançou a violência de gênero e as estatísticas à medida que avançaram as agendas e pautas da extrema-direita no país e no mundo.

O avanço do extremismo de direita encontrou terreno fértil no Brasil, um dos países que mais matam pessoas LGBT e mulheres no mundo.


Também opino que é urgente que se regulamente o funcionamento das redes sociais e das big techs no Brasil, pois a internet virou ferramenta de violência e práticas criminosas. 

E a tecnologia poderia ser melhor utilizada em benefício da sociedade humana como um todo e não em benefício de alguns e prejuízo das maiorias.


Durante o ato, encontrei nosso mestre e companheiro de longas jornadas formativas, Carlindo Oliveira, economista, professor e intelectual que dedicou sua vida ao Dieese, o Departamento Intersindical está completando 70 anos nessa semana.

Temos que nos unir por um país e mundo mais justo, igualitário e solidário; temos que salvar a humanidade e o planeta Terra e todas as formas de vida do modo de produção capitalista e dos capitalistas.

Sigamos nas lutas, não vamos desistir da vida e do mundo por causa de uns poucos fdp egoístas que estão destruindo tudo.

#NemUmaAMenos

#MulheresVivas

#FimDaViolênciaDeGênero

William Mendes

07/12/25