Páginas

25.9.15

Fenaban propõe reajuste de 5,5%. Comando orienta rejeição e greve dia 6



COMENTÁRIO DO BLOG E OPINIÃO:

Olá companheir@s, lideranças do funcionalismo e colegas bancários,

Hoje teve negociações com os banqueiros. Eles fizeram uma proposta bem abaixo do que o setor pode pagar porque os lucros aumentaram no último período (e não o inverso). E aumentaram às custas do adoecimento dos trabalhadores.

É importante que os locais de trabalho estejam organizados e os bancários estejam conversando sobre a campanha e, a partir de agora, é fundamental lotarem as assembleias no dia 1º/10 e organizarem a maior greve dos últimos anos na categoria bancária.

CASSI: Na mesa específica com o Banco do Brasil existem propostas diversas para a Cassi, inclusive aportes por parte do Banco para resolver a questão do déficit do Plano de Associados. 

A proposta de aporte feita pelo funcionalismo é justa porque o patrocinador BB está na gestão da Cassi em condições igualitárias desde os anos 90 e não fez o modelo assistencial de Atenção Integral à Saúde avançar para o conjunto dos participantes (como está definido e aprovado), mesmo depois dos associados votarem a reforma de 2007 com aporte específico para isso. O Banco tem responsabilidade na gestão e déficit do Plano de Associados.

Se não houver aportes para a Cassi conquistados na campanha salarial, com mobilização e luta dos bancários, as propostas que serão avaliadas para resolver o déficit do Plano de Associados ao final das negociações de data-base e nas próximas semanas serão as propostas do BB, de redução de direitos em saúde, de aumento de contribuição, ou a transferência do risco atuarial no pós-laboral com a proposta de criação do Fundo de cerca de 6 bilhões, saindo do balanço do Banco para o Plano de Associados (todas elas desagradam muito às entidades representativas do funcionalismo e aos eleitos na Cassi).

Pensem nisso, reflitam sobre a importância de participarem da campanha e da greve fortemente. Nós participantes associados da Caixa de Assistência temos algumas perspectivas de solução do déficit e a mobilização na campanha é a melhor perspectiva neste momento.

Abraços e boa luta a tod@s os bancári@s,

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi (eleito)



Bancários farão assembleias no dia 1° de outubro
em todo o País. Crédito: Jailton Garcia - Contraf-CUT

A Fenaban não só frustrou, como agiu de forma desrespeitosa com os bancários, ao apresentar uma proposta para a categoria, com um reajuste de 5,5% no salário, também na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche e abono de R$ 2.500,00, durante a rodada de negociação desta sexta-feira (25), em São Paulo. O reajuste está muito abaixo da inflação, que ficou em 9,88%, em agosto deste ano. 

Diante da intransigência dos banqueiros em atender às reivindicações da categoria, as quais abrangem reajuste de 16% (incluindo 5,7% de aumento real), o Comando Nacional dos Bancários aprovou um calendário de mobilizações para pressionar os bancos, apontando para greve a partir de 6 de outubro, orientação que será deliberada em assembleias dos trabalhadores nos dias 1° e 5 de outubro em todo o País.

"A Fenaban está jogando os bancários para a greve", afirmou Roberto Von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários. "Essa proposta rebaixada vem justamente do setor que lucrou R$ 36,3 bilhões somente no primeiro semestre deste ano. Com um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Setores que estão em crise, com retração de produção e vendas, fizeram propostas melhores. Então, só podemos dizer, que é uma irresponsabilidade dos bancos", completou. 

"Essa proposta, a pior dos últimos anos, é um total desrespeito à categoria e orientamos sua rejeição nas assembleias que acontecerão em 1º de outubro, em todo o Brasil, com indicativo de greve a partir do dia 6", disse a vice-presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. "E o desrespeito não é só com os bancários, mas com toda a sociedade, já que o setor vai levar os trabalhadores a uma paralisação nacional, mesmo estando em pleno ganho", critica a dirigente que também é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.


Proposta dos bancos

Reajuste de 5,5% (representa perda de 4% para os bancários em relação à inflação de 9,88%). 

Piso portaria após 90 dias - R$ 1.321,26. 

Piso escritório após 90 dias - R$ 1.895,25. 

Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.560,23 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).

PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 22.884,87.

PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16.

Antecipação da PLR


Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 01/03/2016. 

Regra básica - 54% do salário mais fixo de R$ 1.163,44, limitado a R$ 6.241,33 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro.

Parcela adicional - 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2015, limitado a R$ 1.939,08.

Auxílio-refeição - R$ 27,43.

Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 454,87.

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 378,56.

Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 323,84.

Gratificação de compensador de cheques - R$ 147,11.

Requalificação profissional - R$ 1.294,49.

Auxílio-funeral - R$ 868,58.

Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto - R$ 129.522,56

Ajuda deslocamento noturno - R$ 90,67.


As reivindicações da categoria, apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários, são muito diferentes da proposta dos bancos. Confira: 

Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)

PLR: 3 salários mais R$7.246,82 

Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários. 

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs). 

O Comando Nacional protestou veemente contra esta mudança de desenho de campanha salarial apresentada pelos bancos, afirmou o presidente da Contraf-CUT. 

"Fica claro que os bancos querem abandonar o ciclo de valorização do trabalho bancário, que acumulava onze anos de ganho real. E pretendem fazer esta mudança sem que tenha acontecido nenhuma redução dos seus lucros ou crise no setor. Isso é incompreensível para os trabalhadores que até adoecem para cumprir metas e produzir lucros fabulosos para os bancos. E a nossa resposta indignada vai ser dura", finalizou Roberto von der Osten. 

Fonte: Contraf-CUT

Nenhum comentário:

Postar um comentário