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21.12.13

BB pretende fechar refeitório do Complexo São João (SP) II


COMENTÁRIO: o pessoal do Sindicato fez atividade ontem com os bancários e está colhendo abaixo-assinado para que continue havendo refeições no prédio. A nós não importa se é empresa A ou B, o que queremos é uma solução para que centenas de bancários possam continuar fazendo suas refeições no interior do prédio. O Sindicato e a Contraf-CUT estão buscando contatos com a direção do banco para achar alternativas (William Mendes)


Ato contra fechamento de restaurante no BB


Abaixo-assinado dos funcionários do Complexão São João pede continuação de atendimento e melhoria no serviço


São Paulo – Bancários do Complexo São João do Banco do Brasil participaram de um protesto contra o fechamento do restaurante do prédio, nesta sexta-feira 20. Os trabalhadores também endossaram abaixo-assinado reivindicando que o estabelecimento não seja desativado. O restaurante não abrirá suas portas no dia 6 de janeiro, mas até o fim do ano, de acordo com seus empregados, a cozinha não mais funcionará.

Cerca de 2 mil trabalham no complexo. Bancários, terceirizados e trabalhadores de outros prédios do banco, como das ruas Boa Vista, Líbero Badaró e 15 de Novembro serão afetados. Aposentados que se reuniam para conversar também sentirão falta dos almoços. “O restaurante tem 35 anos. O espaço é muito importante para os trabalhadores,”, afirma o dirigente sindical Paulo Sergio Rangel.

Fotos: confira imagens do protesto 

Prejuízos Segundo uma bancária de 37 anos que assinou o documento reivindicando a manutenção do estabelecimento, a medida prejudicaria até quem não almoça no local. Para ela, o movimento nos elevadores vai aumentar. “Temos só 15 minutos de almoço e, com todo mundo usando o elevador, vai demorar muito mais. A pressão em cima da gente só vai aumentar”, diz.

Para outra funcionária, que almoça todo dia no restaurante, o fechamento vai ser “horrível”: “Só para descer a gente gasta um tempão. Sempre os elevadores estão quebrados ou em manutenção.“ A bancária, de 53, gosta da comida, mas acha que poderia ser melhor e mais barata.

Outro bancário, de 44, acha que “o banco tem de resolver isso. E não é difícil. É só renovar o contrato e melhorar o serviço”.

De acordo com o diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi, a vida do bancário do BB está cada vez mais difícil. “O aumento de metas sem ampliação do número de funcionários se reflete na saúde do trabalhador. O fechamento desse restaurante é mais uma afronta à qualidade de vida no trabalho”, afirma.

Cipa – Em reunião solicitada pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) do prédio, a Gerência de Apoio a Negócios e Operações (Genop), representada por Marcos André Vinholi, teria dito que a questão não competia à Cipa nem aos bancários, já que se tratava de uma questão estratégica da instituição. É o que relata uma cipeira, eleita pelos trabalhadores, que participou da reunião.

“O papel da Cipa não é apenas cuidar de acidentes no ambiente de trabalho. A missão da comissão é verificar e solicitar medidas que busquem a preservação da saúde e integridade dos trabalhadores”, esclarece o dirigente Izumi. De acordo com ele, a presença de um restaurante interno é fundamental para a qualidade de vida dos bancários do prédio.

O restaurante tem hoje 35 funcionários. Segundo uma empregada, a maioria tem mais de dez anos de casa. Ela está preocupada porque provavelmente vai perder o emprego: “O que se diz é que só permanecerão 17 copeiras, do café.”

Para assinar o abaixo-assinado, procure um cipeiro ou peça na portaria do Sindicato, que fica ao lado do Complexo São João, no Edifício Martinelli, na Rua São Bento, 413.


Fonte: Seeb SP - Redação – 20/12/13

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