Nesta semana estou na coordenação do 2º módulo do curso de formação SINDICATO, SOCIEDADE E SISTEMA FINANCEIRO aplicado para os dirigentes bancários da Fetec Centro Norte e uma bancária cutista de Manaus.
O curso é realizado pela Contraf-CUT, Fetec CN e Dieese.
Estamos em Luziânia GO, próximos de nosso anfitrião, o Sindicato dos Bancários de Brasília.
O Curso vai de segunda a sexta e veremos muito sobre o Sistema Financeiro mundial e nacional, o papel da moeda, história do sistema e de suas crises, a proposta da CUT para a regulamentação do artigo 192 da CF, etc.
A grade é extensa.
Esperamos contribuir para que nossos dirigentes CUTistas estejam cada dia mais preparados para representar os trabalhadores do ramo financeiro no embate contra os banqueiros.
Blog de William Mendes, ex-dirigente sindical bancário e ex-diretor eleito de saúde da Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil
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30.5.11
26.5.11
Opinião Jurídica: O BC e os correspondentes bancários
Segue abaixo excelente artigo de nosso companheiro Miguel Pereira sobre o absurdo e a ilegalidade do correspondente bancário e o papel ilegal de precarizador do trabalho bancário feito pelo BC, que mostra cada dia mais que está se danando para o País, contanto que os banqueiros se deem bem.
O BC e os correspondentes bancários
*Miguel Pereira
26/05/2011
Pode o BC legislar sobre os correspondentes bancários? Seguramente não. No Brasil não existe legislação específica sobre terceirização de serviços ou de mão de obra, à exceção dos serviços de limpeza e de segurança bancária. Por outro lado, existe toda uma legislação trabalhista consagrada na CLT que define os conceitos de categoria profissional, relação de emprego, natureza da atividade profissional, dentre tantos outros.
A maior referência legal nesse tema é a orientação jurisprudencial do TST (Enunciado 331), que proíbe a terceirização nas atividades-fim das empresas, admitindo-a apenas nas atividades-meio, desde que sejam de natureza especializada. E definitivamente proíbe a contratação de pessoal por meio de empresa interposta, classificando tal prática como ilegal.
Atos relativos à concessão de empréstimos e financiamentos bancários, abertura de contas, venda de cartões de crédito, análise cadastral, processamento de dados, dentre tantas outras operações tipicamente bancárias, acabam por autorizar a terceirização ilegal de mão de obra.
Outro princípio orientador da Justiça Trabalhista é o da Primazia da Realidade, ou seja, valem as condições objetivas a que o trabalhador efetivamente está submetido no seu dia a dia.
Ao editar as resoluções estabelecendo a figura dos correspondentes bancários, o Banco Central colide frontalmente com os artigos 2º e 3º da CLT e com todos esses princípios fundadores do direito do trabalho, o que obviamente vai provocar uma corrida de ações trabalhistas.
Tais resoluções acabam por criar normas de direito material do trabalho
Tais resoluções, que aparentemente dizem respeito ao funcionamento do mercado financeiro, acabam por criar normas de direito material do trabalho ao autorizar a terceirização dos serviços bancários. E é evidente que o BC extrapola sua competência legal ao fazê-lo, uma vez que é atribuição exclusiva do Congresso Nacional legislar sobre direito do trabalho (Art.22,I C.F./88).
Outra questão importante é saber por que a rede convencional dos bancos não está prestando esses serviços elementares aos clientes e usuários, uma vez que atuam na forma de concessões públicas?
Dos 5.587 municípios brasileiros, 1.973 (35,3%) não possuem sequer uma agência ou posto de atendimento bancário, segundo dados do BC de 31 de março deste ano. Pior: o Brasil tem menos agências bancárias hoje (19.908) atendendo a população do que tinha em 1990 (19.996).
A figura dos correspondentes bancários, que foram idealizados em 1973 (Circular nº 220 do BC), tinha a característica de um banco ser correspondente de outro para a execução de ordens de pagamento e a cobrança/recebimento de títulos. Só que naquela época os bancos brasileiros não tinham a configuração de presença e concentração que existe hoje. Em 1999 foi editada a Resolução nº 2.640/BC, que apesar de ampliar o rol dos serviços prestados, determinava que esse funcionamento somente era autorizado para as praças onde não houvesse a presença de bancos.
Gradativamente esse papel veio sendo desvirtuado pelos bancos, que se apropriaram desse mecanismo para segmentar sua clientela e utilizá-los com o propósito tão somente de redução de seus custos, promovendo uma verdadeira segregação no tratamento dado a clientes de maior e menor renda.
Os números que o BC apresenta para comemorar o êxito do programa, de que há cerca de 160 mil correspondentes bancários (2009), também podem ser tomados como a medida exata do fracasso do sistema bancário brasileiro no que diz respeito ao cumprimento de uma política pública de crédito e relação de consumo decente entre bancos e sociedade.
Mas que dados estatísticos qualitativos pode o BC apresentar para defender socialmente a atuação dos correspondentes bancários? Cerca de sete milhões de novas contas simplificadas? Mas quase todas são da Caixa Econômica Federal, a maioria das quais para o pagamento de benefícios sociais. Pelos milhões de pagamentos dos benefícios sociais da previdência social? Ora, outros meios poderiam ser adotados, como por exemplo a obrigatoriedade de instalação de agências pioneiras ou postos de atendimento bancários.
O BC está legislando a precarização do trabalho, não apenas o bancário, também o dos comerciários. E mais que isso, estabelecendo um padrão de exploração e consequentemente aumentando ainda mais a concentração da renda nacional.
À medida que as últimas Resoluções 3.954 de 24/02/11 e a 3.959 de 31/03/11 autorizam os bancos a terem seus próprios correspondentes, ampliando ainda mais a gama de serviços ofertados, está em curso uma gradativa substituição do atendimento convencional nas agências por essa nova figura, chamada correspondentes, agora autorizados a integrar a estrutura societária dos bancos.
Com essas resoluções, o BC autorizaria até mesmo a terceirização de responsabilidades como o sigilo bancário, uma vez que o correspondente poderá coletar informações cadastrais e de documentação, bem como o controle e processamento de dados.
E ignora solenemente a Lei nº 7.102, que trata da exigência do mapa de segurança das agências bancárias, condição sine quo non para o funcionamento bancário.
Condições básicas do Direito do Consumidor, que atualmente já são alvo de registros de denúncias nos Procons e no próprio BC são autorizados a serem repassados para terceiros.
O mais interessante nesse debate é que a Constituição Federal assegura o valor social do trabalho e o trata como um dos valores estruturantes da sociedade brasileira. Infelizmente, essas normas só beneficiam os bancos, em detrimento dos interesses da sociedade.
*Miguel Pereira é secretário de Organização da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)
Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações
Fonte: Valor Econômico
O BC e os correspondentes bancários
*Miguel Pereira
26/05/2011
Pode o BC legislar sobre os correspondentes bancários? Seguramente não. No Brasil não existe legislação específica sobre terceirização de serviços ou de mão de obra, à exceção dos serviços de limpeza e de segurança bancária. Por outro lado, existe toda uma legislação trabalhista consagrada na CLT que define os conceitos de categoria profissional, relação de emprego, natureza da atividade profissional, dentre tantos outros.
A maior referência legal nesse tema é a orientação jurisprudencial do TST (Enunciado 331), que proíbe a terceirização nas atividades-fim das empresas, admitindo-a apenas nas atividades-meio, desde que sejam de natureza especializada. E definitivamente proíbe a contratação de pessoal por meio de empresa interposta, classificando tal prática como ilegal.
Atos relativos à concessão de empréstimos e financiamentos bancários, abertura de contas, venda de cartões de crédito, análise cadastral, processamento de dados, dentre tantas outras operações tipicamente bancárias, acabam por autorizar a terceirização ilegal de mão de obra.
Outro princípio orientador da Justiça Trabalhista é o da Primazia da Realidade, ou seja, valem as condições objetivas a que o trabalhador efetivamente está submetido no seu dia a dia.
Ao editar as resoluções estabelecendo a figura dos correspondentes bancários, o Banco Central colide frontalmente com os artigos 2º e 3º da CLT e com todos esses princípios fundadores do direito do trabalho, o que obviamente vai provocar uma corrida de ações trabalhistas.
Tais resoluções acabam por criar normas de direito material do trabalho
Tais resoluções, que aparentemente dizem respeito ao funcionamento do mercado financeiro, acabam por criar normas de direito material do trabalho ao autorizar a terceirização dos serviços bancários. E é evidente que o BC extrapola sua competência legal ao fazê-lo, uma vez que é atribuição exclusiva do Congresso Nacional legislar sobre direito do trabalho (Art.22,I C.F./88).
Outra questão importante é saber por que a rede convencional dos bancos não está prestando esses serviços elementares aos clientes e usuários, uma vez que atuam na forma de concessões públicas?
Dos 5.587 municípios brasileiros, 1.973 (35,3%) não possuem sequer uma agência ou posto de atendimento bancário, segundo dados do BC de 31 de março deste ano. Pior: o Brasil tem menos agências bancárias hoje (19.908) atendendo a população do que tinha em 1990 (19.996).
A figura dos correspondentes bancários, que foram idealizados em 1973 (Circular nº 220 do BC), tinha a característica de um banco ser correspondente de outro para a execução de ordens de pagamento e a cobrança/recebimento de títulos. Só que naquela época os bancos brasileiros não tinham a configuração de presença e concentração que existe hoje. Em 1999 foi editada a Resolução nº 2.640/BC, que apesar de ampliar o rol dos serviços prestados, determinava que esse funcionamento somente era autorizado para as praças onde não houvesse a presença de bancos.
Gradativamente esse papel veio sendo desvirtuado pelos bancos, que se apropriaram desse mecanismo para segmentar sua clientela e utilizá-los com o propósito tão somente de redução de seus custos, promovendo uma verdadeira segregação no tratamento dado a clientes de maior e menor renda.
Os números que o BC apresenta para comemorar o êxito do programa, de que há cerca de 160 mil correspondentes bancários (2009), também podem ser tomados como a medida exata do fracasso do sistema bancário brasileiro no que diz respeito ao cumprimento de uma política pública de crédito e relação de consumo decente entre bancos e sociedade.
Mas que dados estatísticos qualitativos pode o BC apresentar para defender socialmente a atuação dos correspondentes bancários? Cerca de sete milhões de novas contas simplificadas? Mas quase todas são da Caixa Econômica Federal, a maioria das quais para o pagamento de benefícios sociais. Pelos milhões de pagamentos dos benefícios sociais da previdência social? Ora, outros meios poderiam ser adotados, como por exemplo a obrigatoriedade de instalação de agências pioneiras ou postos de atendimento bancários.
O BC está legislando a precarização do trabalho, não apenas o bancário, também o dos comerciários. E mais que isso, estabelecendo um padrão de exploração e consequentemente aumentando ainda mais a concentração da renda nacional.
À medida que as últimas Resoluções 3.954 de 24/02/11 e a 3.959 de 31/03/11 autorizam os bancos a terem seus próprios correspondentes, ampliando ainda mais a gama de serviços ofertados, está em curso uma gradativa substituição do atendimento convencional nas agências por essa nova figura, chamada correspondentes, agora autorizados a integrar a estrutura societária dos bancos.
Com essas resoluções, o BC autorizaria até mesmo a terceirização de responsabilidades como o sigilo bancário, uma vez que o correspondente poderá coletar informações cadastrais e de documentação, bem como o controle e processamento de dados.
E ignora solenemente a Lei nº 7.102, que trata da exigência do mapa de segurança das agências bancárias, condição sine quo non para o funcionamento bancário.
Condições básicas do Direito do Consumidor, que atualmente já são alvo de registros de denúncias nos Procons e no próprio BC são autorizados a serem repassados para terceiros.
O mais interessante nesse debate é que a Constituição Federal assegura o valor social do trabalho e o trata como um dos valores estruturantes da sociedade brasileira. Infelizmente, essas normas só beneficiam os bancos, em detrimento dos interesses da sociedade.
*Miguel Pereira é secretário de Organização da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)
Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações
Fonte: Valor Econômico
25.5.11
Por onde ando... na Base!
Estou fazendo reuniões no Complexo São João, falando sobre questões muito importantes para os nossos colegas bancários: eleição do Sindicato e Campanha Nacional dos Bancários 2011.
É um momento muito rico para todos nós, pois falamos sobre Democracia, sobre a importância do Sindicato e dos movimentos sociais, e, sobretudo, debatemos os principais problemas da categoria que teremos que enfrentar no próximo período.
Quem me conhece sabe que se eu pudesse, faria reuniões e estaria nos locais de trabalho o ano todo porque o que mais me dá prazer na atividade sindical é conversar com meus colegas, independente de termos sempre aqueles que são oposição organizada à CUT e à Articulação Sindical, pois isso é da democracia e nos faz crescer e buscar sempre acertar mais.
Ali na base está a vida real e os problemas reais que temos que conhecer para buscar organizar os bancários em busca de soluções.
SOMOS FORTES, SOMOS CUT!
PLR, Conlutas e o choque de realidade
E não é que a Conlutas agora conta vantagem quando contrata PLR vinculada a cumprimento de metas de 100% e 120%!!!! Quem te viu, quem te vê, heim Conlutas!!! Nada como um choque de realidade...
CITO ABAIXO UM TRECHO DA TESE DA CONLUTAS PARA O CONGRESSO DOS FUNCIONÁRIOS DO BB EM 2010, NOS "ACUSANDO" DE CONTRATAR PARTE DA PLR ATRELADA A METAS:
"A questão da PLR
Nós discordamos da política implementada pelo BB com o apoio da CONTRAF/CUT, que prioriza o pagamento da PLR em detrimento dos salários. Na verba de PLR não incide FGTS ou INSS, o que significa que estes valores não serão levados em conta no cálculo da aposentadoria do bancário. Com certeza isso interessa ao banco, que acaba gastando muito menos.
Além disso, o valor da PLR depende do lucro do banco. A crise econômica, somada ao custo das aquisições dos bancos realizadas pelo BB devem derrubar seu lucro no próximo período. Isto significará uma redução substancial na PLR paga aos bancários do BB. (AQUI MOSTRA O QUANTO O PESSOAL ENTENDE DE SISTEMA FINANCEIRO...)
Os últimos acordos salariais assinados pelo sindicato criaram uma parte da PLR, o módulo bônus, que está vinculado ao cumprimento das metas da unidade. Neste ano, em São Paulo, funcionários de nível gerencial de 30 agências não receberam estes valores devido ao não cumprimento das metas por suas unidades. O módulo bônus aumenta muito a diferença nos valores da PLR, beneficiando aqueles que recebem as comissões mais altas, o que faz com que a PLR sirva ao banco para remunerar seus altos executivos."
COMENTÁRIO: OLHA! A QUANTO TEMPO EU OUÇO O PSTU, O MNOB E A CONLUTAS VOCIFERANDO QUE NÓS DA CUT SOMOS ISSO OU AQUILO PORQUE CONTRATAMOS PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS.
ALIÁS, A PROPOSTA DA CONLUTAS NOS NOSSOS CONGRESSOS É DE FIM DAS METAS E FIM DA CONTRATAÇÃO DA REMUNERAÇÃO VARIÁVEL!!! (PLR, POR EXEMPLO)
POIS É! EU NÃO ME CANSO DE EXPLICAR AOS BANCÁRIOS QUE SER DIRIGENTE E REPRESENTANTE É ENFRENTAR ESSES DILEMAS DO SISTEMA CAPITALISTA E NÃO FICAR SÓ GRITANDO PALAVRAS DE ORDEM COMO FAZEM OS CAMARADAS DA CONLUTAS/PSTU.
QUERO LEMBRAR AINDA QUE O ACORDO DE PLR ENTRE A CONTRAF-CUT E A FENABAN, QUE CONQUISTAMOS DESDE 1995, TEM COMO PRINCÍPIO A DISTRIBUIÇÃO DE LUCRO DO BANCO E ATINGE À TOTALIDADE DOS TRABALHADORES E NÃO É ATRELADO A METAS INDIVIDUAIS E/OU POR SETOR DE PRODUÇÃO COMO OS PRs (QUE TAMBÉM NEGOCIAMOS PARA AGREGAR VALORES EXTRAS AOS BANCÁRIOS).
AGORA CITO ABAIXO A MATÉRIA DA CONLUTAS CONTRATANDO METAS PARA PLR...
NOTÍCIA DE 24/5/11 DA CONLUTAS
Vitória
Após greve, metalúrgicos da GM conquistam PLR 30% maior
A PLR a ser recebida pelos trabalhadores da GM pode chegar a R$ 13.080
Os trabalhadores da GM aprovaram a proposta de pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) negociada pelo Sindicato com a montadora, em assembleia unificada, nesta terça-feira, dia 24. Participaram da assembleia metalúrgicos do primeiro e segundo turno.
A PLR a ser recebida pelos trabalhadores da GM vai totalizar R$ 10.834, caso as metas atinjam 100%, o equivalente a produção de 410 mil veículos nas unidades de São José dos Campos e São Caetano.
O valor da PLR pode atingir até R$ 13.080, caso as metas cheguem a 120%.
A primeira parcela será de R$ 5.800. O restante é pago em janeiro.
A PLR aprovada é 30% maior em relação ao acordo fechado no ano passado.
O acordo sai após a greve de 24 horas deflagrada pelos trabalhadores na última sexta. Na segunda-feira, em razão da mobilização, a General Motors reabriu as negociações.
“É uma vitória da unidade dos trabalhadores da GM, que quebraram a intransigência da empresa, que estava endurecendo nas negociações”, disse o presidente do Sindicato Vivaldo Moreira Araújo.
A GM de São José dos Campos produz os modelos Corsa, Classic, Meriva, Zafira, S10, Blazer, kits desmontados para exportação, motores e transmissões. A fábrica possui cerca de 9 mil trabalhadores.
Fonte: SindmetalSJC - CONLUTAS
23.5.11
No plebiscito do Maranhão, vote 'Não' para manter o Sindicato na CUT
Não deixe tirarem o Maranhão da unidade nacional dos bancários |
Numa assembléia altamente antidemocrática no velho estilo pelego, convocada numa quarta-feira (13/04) para ser realizada no sábado (16/4), à tarde, num Estado do tamanho do Maranhão, sem garantir a fala dos discordantes, os diretores atuais do Sindicato local, ligados ao PSTU e ao PSOL, aprovaram a realização de novo plebiscito com o propósito de desfiliar a entidade dos bancários maranhenses da CUT.
O plebiscito será realizado de 24 a 26 de maio. Há três anos, a mesma diretoria realizou a mesma consulta aos bancários do Maranhão, que disse um sonoro "Não" a essa proposta tão descabida e manteve o Sindicato filiado à CUT.
"A proposta é descabida porque os bancos são empresas nacionais e suas negociações também são em bloco, ou seja, negociam conjuntamente. A divisão dos bancários, na outra ponta, só enfraquece a nossa luta, dificultando avançarmos e termos mais conquistas. E é isso que temos obtido nos últimos anos, muitas conquistas", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
"Mesmo sem previsão orçamentária, porque é o dinheiro do bancário que está sendo queimado dessa maneira irresponsável e faltando apenas um ano para terminar o mandato dessa diretoria, desrespeitam a categoria e tentam perpetrar um golpe", acrescenta Miguel Pereira, secretário de Organização da Contraf-CUT.
Tentativa de golpe
A Contraf-CUT considera um golpe a manobra dos diretores do Sindicato do Maranhão porque no processo de consulta anterior, a assembleia foi convocada com dois meses de antecedência e as regras do Regulamento Eleitoral do Estatuto da entidade foram observadas e acordadas como referência. Foi definido roteiro de urnas, paridade entre mesários, guarda de urnas, tudo o que é essencial para a lisura de qualquer pleito sindical. E até o momento a Comissão Organizadora, eleita nessa assembleia sem qualquer representatividade, não informou como vão funcionar as coisas.
Parece aquela velha estória: "esse jogo só vai terminar quando o meu time ganhar, e eu sou o dono da bola".
Democracia às avessas
"E a principal queixa desse grupamento político é que a CUT e seus sindicatos filiados são antidemocráticos. Mas isso, todos sabem que é apenas balela. Porque nas poucas entidades em que esse pessoal é maioria ou vota conforme eles querem ou está fora", diz Miguel Pereira.
Sectários ao limite, esses dirigentes não conseguem compreender que seu pensamento e suas propostas são minorias no movimento sindical, bancário e na sociedade de modo geral.
Para isso basta vermos os coeficientes de representação aferidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Enquanto a CUT é a maior central sindical da América Latina e continua crescendo, com 38% das entidades sindicais que possuem filiação a alguma central sindical no Brasil, a Conlutas sequer consegue ter registro sindical, uma vez que somente cerca de 1% das entidades, dentre todas as categorias de trabalhadores, declararam ter filiação a ela.
Quanto à Contraf-CUT, tem a representação de 90% de todos os bancários do país. Isso sim é legitimidade.
"Mas, na verdade, esse grupamento político tem um conceito de democracia estalinista. Ou seja, a minoria tem que dominar a maioria. É a democracia às avessas", critica o secretário de Organização da Contraf-CUT.
Democracia direta
Todo o processo da Campanha Nacional dos Bancários é construído passo a passo pelos bancários da base.
Desde as consultas, as assembleias para começar e findar as negociações, para a realização das greves, para aprovação dos acordos e convenções coletivas. Em tudo o bancário é convocado para decidir. Democracia direta.
Ao invés de aceitar essa condição de minoria e participar do processo e dos debates, os Sindicatos de Bauru, Rio Grande do Norte e Maranhão ficam de fora criticando, jogando pedras, mas em nada ajudando na luta geral da categoria. Apesar de serem convidados todos os anos a participarem do Comando Nacional dos Bancários, condenam o processo mas, incoerentemente, no final também assinam a Convenção Coletiva dos Bancários negociada pela Contraf-CUT.
História de lutas, conquistas e construção de cidadania
Nas últimas décadas, os bancários fizeram história. Além de ajudar na redemocratização do Brasil, a categoria garantiu muitas conquistas, que vão além das leis trabalhistas do país e servem de referência para os demais empregados. Porém, a atual diretoria do Sindicato dos Bancários do Maranhão quer jogar esta história no lixo, seguindo na contramão da luta iniciada há mais de 30 anos. Desde então, a categoria passou a se organizar nacionalmente e, com muita união, hoje é uma das mais fortes do país.
Boa parte dos direitos que nós, bancários, temos hoje, foi arrancada depois da fundação da CUT. Nesses últimos 28 anos, a categoria conseguiu uma Convenção Coletiva Nacional, garantiu que parte do lucro gerado pelo trabalho bancário fosse distribuído na forma de PLR, conquistou muitos outros direitos que serviram de exemplo para os demais trabalhadores, como a cesta-alimentação, o vale-refeição e, mais recentemente, a licença maternidade de 6 meses e o acordo histórico e inédito no país para combater o assédio moral nos bancos.
Uma de nossas conquistas mais significativas é ter a garantia de que o mesmo salário e os mesmos benefícios que o bancário ou bancária da Avenida Paulista recebe são pagos àquela ou àquele que trabalha em uma agência do Oiapoque ou de Alto Alegre do Pindaré, no Maranhão. É pouco? Categorias muito bem organizadas ainda não conseguiram isso.
Nossa força é a nossa união. Por isso, é hora de:
NÃO SAIR DA CUT,
NÃO NOS DIVIDIR
NÃO AO ISOLAMENTO
Fonte: Contraf-CUT
PS: O RESULTADO DO PLEBISCITO FOI DE DESFILIAÇÃO. 70% DAS PESSOAS CONSULTADAS OPTARAM PELA DESFILIAÇÃO. É MISSÃO AGORA DA CUT E DAS NOSSAS FEDERAÇÕES DE BANCÁRIOS DO NORDESTE E CENTRO OESTE DE TRAZER NOVAMENTE OS TRABALHADORES DO MARANHÃO PARA A UNIDADE NACIONAL.
Berzoini propõe decreto para sustar resoluções do BC sobre correspondentes
O deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP) apresentou na terça-feira, dia 10, no plenário da Câmara dos Deputados, o Projeto de Decreto Legislativo nº 214/2011 que tem por objetivo revogar as recentes resoluções do Banco Central que tratam da figura do correspondente bancário. A proposta conta com o apoio da Contraf-CUT e do movimento sindical bancário.
O projeto "susta a aplicação dos artigos 1º a 21, dos incisos I e II do artigo 22, e do inciso II do artigo 23 da Resolução 3.954, de 24 de fevereiro de 2011", do Banco Central". Na prática, se aprovada no Congresso Nacional, a medida acaba com as autorizações dadas para o funcionamento dos correspondentes bancários.
Berzoini, que é funcionário do Banco do Brasil e ex-presidente da antiga Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT) e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, justifica que as resoluções 3.954 e 3.959 do BC invadem a competência exclusiva da União para legislar sobre Direito do Trabalho, prevista no Artigo 22, inciso I da Constituição Federal, por permitir a criação de "bancários informais", que realizam as mesmas atividades, mas sem contar com as proteções legais e os direitos da categoria - uma forma de precarização do trabalho.
"Quando observamos em detalhes a lista das atividades prestadas (pelos correspondentes), percebemos tratar-se de uma verdadeira 'filial' da contratante", afirma o parlamentar. "As atividades típicas de uma instituição financeira estão sendo franqueadas à execução por parte de terceiros que não foram devidamente autorizados a realizá-las".
Além disso, o deputado argumenta que as resoluções têm efeitos na questão da legalidade da terceirização de serviços bancários, que também está fora das atribuições do BC.
"É uma iniciativa importante de Berzoini, que traz o debate para o espaço correto de discussão, que é o Poder Legislativo, e porque impede o desvirtuamento da ideia da inclusão bancária pelos bancos, que estão se utilizando dos correspondentes apenas para a redução de seus custos", afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.
"O BC, a título de regulamentar o mercado financeiro, acaba criando através de suas resoluções normas de direto material do trabalho, autorizando a terceirização de serviços tipicamente bancários, o que colide frontalmente com o texto constitucional", alerta Miguel.
"O projeto de Berzoini também levanta questões relativas ao sigilo bancário, que se fragiliza pelo acesso de trabalhadores não bancários. Trata também da falta de segurança nos correspondentes, que não estão sujeitos às leis que regulamentam os estabelecimentos bancários", ressalta o diretor da Contraf-CUT.
Pedido de audiências
Além do Projeto de Decreto Legislativo, foi solicitada pelo deputado, a pedido da Contraf-CUT, a realização de audiências públicas nas Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP), de Finanças e Tributação (CFT) e Defesa do Consumidor (CDC) da Câmara para discutir a precarização do trabalho e do atendimento aos clientes e usuários através dos correspondentes. "É um tema fundamental e que deve ser discutido pelo Congresso Nacional", conclui Miguel.
Fonte: Contraf-CUT
O projeto "susta a aplicação dos artigos 1º a 21, dos incisos I e II do artigo 22, e do inciso II do artigo 23 da Resolução 3.954, de 24 de fevereiro de 2011", do Banco Central". Na prática, se aprovada no Congresso Nacional, a medida acaba com as autorizações dadas para o funcionamento dos correspondentes bancários.
Berzoini, que é funcionário do Banco do Brasil e ex-presidente da antiga Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT) e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, justifica que as resoluções 3.954 e 3.959 do BC invadem a competência exclusiva da União para legislar sobre Direito do Trabalho, prevista no Artigo 22, inciso I da Constituição Federal, por permitir a criação de "bancários informais", que realizam as mesmas atividades, mas sem contar com as proteções legais e os direitos da categoria - uma forma de precarização do trabalho.
"Quando observamos em detalhes a lista das atividades prestadas (pelos correspondentes), percebemos tratar-se de uma verdadeira 'filial' da contratante", afirma o parlamentar. "As atividades típicas de uma instituição financeira estão sendo franqueadas à execução por parte de terceiros que não foram devidamente autorizados a realizá-las".
Além disso, o deputado argumenta que as resoluções têm efeitos na questão da legalidade da terceirização de serviços bancários, que também está fora das atribuições do BC.
"É uma iniciativa importante de Berzoini, que traz o debate para o espaço correto de discussão, que é o Poder Legislativo, e porque impede o desvirtuamento da ideia da inclusão bancária pelos bancos, que estão se utilizando dos correspondentes apenas para a redução de seus custos", afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.
"O BC, a título de regulamentar o mercado financeiro, acaba criando através de suas resoluções normas de direto material do trabalho, autorizando a terceirização de serviços tipicamente bancários, o que colide frontalmente com o texto constitucional", alerta Miguel.
"O projeto de Berzoini também levanta questões relativas ao sigilo bancário, que se fragiliza pelo acesso de trabalhadores não bancários. Trata também da falta de segurança nos correspondentes, que não estão sujeitos às leis que regulamentam os estabelecimentos bancários", ressalta o diretor da Contraf-CUT.
Pedido de audiências
Além do Projeto de Decreto Legislativo, foi solicitada pelo deputado, a pedido da Contraf-CUT, a realização de audiências públicas nas Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP), de Finanças e Tributação (CFT) e Defesa do Consumidor (CDC) da Câmara para discutir a precarização do trabalho e do atendimento aos clientes e usuários através dos correspondentes. "É um tema fundamental e que deve ser discutido pelo Congresso Nacional", conclui Miguel.
Fonte: Contraf-CUT
Agenda da semana de 23 a 27 de maio
SEGUNDA-FEIRA
Em SP. Reuniões no BB.
Estive no Complexo São João e fizemos reunião sobre as eleições do Sindicato e sobre a Campanha Nacional dos Bancários 2011. Reuniões no CSL do 13º e 12º e também no Nujur do 10º.
TERÇA-FEIRA
Em SP. Reuniões no BB.
Fizemos reuniões no Complexo São João: na Gecex do 7º e na Gecex do 5º andar.
QUARTA-FEIRA
Em SP. Reuniões no BB
Estive no Complexo São João e fizemos reuniões sobre as eleições do Sindicato e sobre a Campanha Nacional 2011. As reuniões foram nos dois departamentos do 19º, na CSO do 9º e na agência São Paulo.
QUINTA-FEIRA
Em SP. Reuniões no BB - Fizemos uma reunião no CSO do 8º andar.
À noite, estive no lançamento do livro sobre terceirização do Dr. Grijalbo.
SEXTA-FEIRA
Em SP. Seminário do Sindicato sobre Terceirização.
Em SP. Reuniões no BB.
Estive no Complexo São João e fizemos reunião sobre as eleições do Sindicato e sobre a Campanha Nacional dos Bancários 2011. Reuniões no CSL do 13º e 12º e também no Nujur do 10º.
TERÇA-FEIRA
Em SP. Reuniões no BB.
Fizemos reuniões no Complexo São João: na Gecex do 7º e na Gecex do 5º andar.
QUARTA-FEIRA
Em SP. Reuniões no BB
Estive no Complexo São João e fizemos reuniões sobre as eleições do Sindicato e sobre a Campanha Nacional 2011. As reuniões foram nos dois departamentos do 19º, na CSO do 9º e na agência São Paulo.
QUINTA-FEIRA
Em SP. Reuniões no BB - Fizemos uma reunião no CSO do 8º andar.
À noite, estive no lançamento do livro sobre terceirização do Dr. Grijalbo.
SEXTA-FEIRA
Em SP. Seminário do Sindicato sobre Terceirização.
21.5.11
Lucro de R$ 2,93 bilhões no 1º trimestre mostra que BB continua fora de rota
O Banco do Brasil anunciou na manhã desta terça-feira, dia 10, o lucro líquido de R$ 2,932 bilhões no primeiro trimestre deste ano, com crescimento de 24,7% no confronto com o mesmo período em 2010.
Para Marcel Barros, funcionário do BB e secretário-geral da Contraf-CUT, "esse resultado é fruto do empenho e dedicação dos trabalhadores do BB, submetidos à cobrança de metas abusivas para venda de produtos e à prática de assédio moral, o que não pode ser tolerado numa empresa que deveria valorizar os seus funcionários. Além disso, esses números são reflexo das altas taxas de juros cobrados dos clientes, muitos empurrados para a utilização de correspondentes em condições precárias de trabalho e segurança".
"Mais do que apresentar lucros fabulosos e competir com os bancos privados, o BB precisa reafirmar o seu papel de banco público, induzindo o sistema financeiro nacional a oferecer crédito mais barato, qualidade de atendimento para os clientes e a população, e investir com força no desenvolvimento com distribuição de renda e inclusão social", salienta Marcel.
Números do balanço
A carteira de crédito do maior banco do país, incluindo as garantias prestadas e os títulos e valores mobiliários privados, chegou a R$ 397,516 bilhões, com crescimento de 21,2% em doze meses. Com isso, a participação da instituição financeira no mercado doméstico atingiu 19,5% em março, mantendo a liderança no sistema Financeiro.
Os empréstimos para consumidores continuaram em expansão, com alta de 22,5% na análise anual, para R$ 116,487 bilhões, impulsionado pelo financiamento a veículos e operações de CDC salário, que cresceram 36,0% e 23,6% respectivamente em doze meses.
Para empresas, o acréscimo foi de 16,1%, para R$ 148,637 bilhões. No agronegócio (R$ 77,403 bilhões), o crescimento foi de 19,3%.
"Esses números demonstram que o BB continua fora de rota, pois insiste em direcionar o crédito para o consumo, especialmente de pessoas físicas, com spread alto, apesar da queda da inadimplência", analisa Marcel.
Para o secretário-geral da Contraf-CUT, "o crescimento do volume de crédito para o setor produtivo é um sinal de que falta ao BB voltar a ser público". Ele observa que no período o financiamento da safra cresceu 19%, "o que mostra que o foco deixou de ser produzir e passou a ser consumir".
Considerando apenas o crédito imobiliário, uma das apostas do BB para conquistar mais clientes, o saldo das operações para pessoas físicas e jurídicas alcançou R$ 4,161 bilhões, montante 22% superior ao verificado no 4º trimestre de 2010 e quase o dobro (99%) do contabilizado há 12 meses.
O indicador de inadimplência, que mensura o atraso das operações há mais de 90 dias, recuou de 3,1% do total da carteira em março de 2010 para 2,1% ao final do primeiro trimestre deste ano, mesmo assim o spread continua nos mesmos patamares de períodos anteriores.
Lucro permite novo aumento real de salários
O BB foi o quarto grande banco a divulgar o lucro do primeiro trimestre. O Itaú Unibanco obteve R$ 3,53 bilhões; o Bradesco, R$ 2,7 bilhões; e o Santander, R$ 2,07 bilhões.
"O resultado dos balanços dos bancos demonstra que os trabalhadores devem continuar a fazer a sua parte, mesmo sem receberem a contrapartida das empresas. Valorização dos pisos salariais, aumento real, melhor PLR, condições adequadas de saúde, mais segurança, dentre outras demandas, podem ser garantidos aos bancários, que devem entrar ainda mais organizados na próxima campanha salarial", avalia Marcel.
"Além do mais, é necessário reforçar a luta pela regulamentação do sistema financeiro, definindo o papel dos bancos públicos e privados, para evitar a manutenção dessa sangria de recursos da sociedade para engordar o cofre das instituições financeiras", conclui o diretor da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT com Folha.com
Para Marcel Barros, funcionário do BB e secretário-geral da Contraf-CUT, "esse resultado é fruto do empenho e dedicação dos trabalhadores do BB, submetidos à cobrança de metas abusivas para venda de produtos e à prática de assédio moral, o que não pode ser tolerado numa empresa que deveria valorizar os seus funcionários. Além disso, esses números são reflexo das altas taxas de juros cobrados dos clientes, muitos empurrados para a utilização de correspondentes em condições precárias de trabalho e segurança".
"Mais do que apresentar lucros fabulosos e competir com os bancos privados, o BB precisa reafirmar o seu papel de banco público, induzindo o sistema financeiro nacional a oferecer crédito mais barato, qualidade de atendimento para os clientes e a população, e investir com força no desenvolvimento com distribuição de renda e inclusão social", salienta Marcel.
Números do balanço
A carteira de crédito do maior banco do país, incluindo as garantias prestadas e os títulos e valores mobiliários privados, chegou a R$ 397,516 bilhões, com crescimento de 21,2% em doze meses. Com isso, a participação da instituição financeira no mercado doméstico atingiu 19,5% em março, mantendo a liderança no sistema Financeiro.
Os empréstimos para consumidores continuaram em expansão, com alta de 22,5% na análise anual, para R$ 116,487 bilhões, impulsionado pelo financiamento a veículos e operações de CDC salário, que cresceram 36,0% e 23,6% respectivamente em doze meses.
Para empresas, o acréscimo foi de 16,1%, para R$ 148,637 bilhões. No agronegócio (R$ 77,403 bilhões), o crescimento foi de 19,3%.
"Esses números demonstram que o BB continua fora de rota, pois insiste em direcionar o crédito para o consumo, especialmente de pessoas físicas, com spread alto, apesar da queda da inadimplência", analisa Marcel.
Para o secretário-geral da Contraf-CUT, "o crescimento do volume de crédito para o setor produtivo é um sinal de que falta ao BB voltar a ser público". Ele observa que no período o financiamento da safra cresceu 19%, "o que mostra que o foco deixou de ser produzir e passou a ser consumir".
Considerando apenas o crédito imobiliário, uma das apostas do BB para conquistar mais clientes, o saldo das operações para pessoas físicas e jurídicas alcançou R$ 4,161 bilhões, montante 22% superior ao verificado no 4º trimestre de 2010 e quase o dobro (99%) do contabilizado há 12 meses.
O indicador de inadimplência, que mensura o atraso das operações há mais de 90 dias, recuou de 3,1% do total da carteira em março de 2010 para 2,1% ao final do primeiro trimestre deste ano, mesmo assim o spread continua nos mesmos patamares de períodos anteriores.
Lucro permite novo aumento real de salários
O BB foi o quarto grande banco a divulgar o lucro do primeiro trimestre. O Itaú Unibanco obteve R$ 3,53 bilhões; o Bradesco, R$ 2,7 bilhões; e o Santander, R$ 2,07 bilhões.
"O resultado dos balanços dos bancos demonstra que os trabalhadores devem continuar a fazer a sua parte, mesmo sem receberem a contrapartida das empresas. Valorização dos pisos salariais, aumento real, melhor PLR, condições adequadas de saúde, mais segurança, dentre outras demandas, podem ser garantidos aos bancários, que devem entrar ainda mais organizados na próxima campanha salarial", avalia Marcel.
"Além do mais, é necessário reforçar a luta pela regulamentação do sistema financeiro, definindo o papel dos bancos públicos e privados, para evitar a manutenção dessa sangria de recursos da sociedade para engordar o cofre das instituições financeiras", conclui o diretor da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT com Folha.com
20.5.11
BB e o mercado: como o banco vê o "cliente"
BB faz maior investimento para modernizar o varejo desde 1995
Fernando Travaglini
De Brasília
20/05/2011 Ruy Baron/Valor
O investimento de R$ 1 bilhão programado para este ano, destinado à reforma de quase metade das agências e à construção de 800 novos pontos de atendimento, é apenas a ponta de uma grande estratégia para modernizar o varejo no Banco do Brasil. Segundo o presidente do banco, Aldemir Bendine, a instituição prepara uma verdadeira "revolução" no segmento.
Sem grandes investimentos na área desde 1995, o BB decidiu alterar profundamente seus canais de atendimento, desde o relacionamento com os clientes até o desenho das agências. O objetivo principal é obter o maior retorno possível com cada usuário da instituição. "Essa diretoria tem verdadeira obsessão pela melhoria do atendimento", afirmou Bendine.
(COMENTÁRIO: ESSA FRASE É PROFUNDA, NÃO? IMAGINEM O USUÁRIO ENTRANDO NUM POSTO DE ATENDIMENTO DO BB E SENDO VISTO PELO BANCO COMO ALGO A SE TIRAR O MÁXIMO POSSÍVEL...)
De acordo com Alexandre Abreu, vice-presidente do banco, o sistema financeiro mudou nos últimos anos e a fase de grande crescimento da base de clientes ficou para trás. O nome do jogo agora é ampliar o relacionamento com seu público cativo, para continuar a expansão da receita com a mesma quantidade de correntistas.
Internamente, o projeto é conhecido como "BB 2.0", por ser a segunda grande mudança nesse segmento. O banco não fazia aportes no varejo desde 1995, quando fez o primeiro grande investimento em modernização, com a instalação dos terminais de autoatendimento (ATM), a informatização das agências e criação do crédito automatizado. Naquela época, o banco tinha apenas 5 milhões de clientes. Quinze anos depois e com mais de 55 milhões de clientes, a instituição se prepara para um novo momento. "A meta é ampliar o retorno por cliente, para mantermos a rentabilidade sobre o patrimônio líquido no patamar atual, de 25%. A fase de expansão da base ficou para trás", diz Abreu.
(COMENTÁRIO: VOCÊ QUE É CLIENTE OU "USUÁRIO" SE PREPARE PARA PAGAR ALGO AO BANCO ATÉ PARA OLHAR PRA ELE...)
Para atingir esse objetivo, o BB montou uma ampla estratégia. O primeiro passo foi a contratação de 10 mil novos funcionários, quase todos alocados nas mais de 5 mil agências. Os pontos de atendimento também foram reformulados. Cerca de metade das agências sofrerá algum tipo de modificação. Outras 600 serão construídas neste ano, já com um novo desenho, para privilegiar o cliente, com investimento total de R$ 1 bilhão.
Além disso, até 2014 serão instaladas quase 2 mil agências complementares, em municípios pequenos, para atingir a meta de cobrir 100% do território nacional. Até mesmo uma "concept store" foi inaugurada no shopping Iguatemi, em Brasília, uma espécie de espaço exclusivo para apresentar o banco aos novos clientes.
Na área tecnológica os investimentos somam R$ 60 milhões. Foi feita a reformulação do CRM (sistema que automatiza o relacionamento com os clientes). A ferramenta permite uniformizar a clientela por grupos, de forma a melhorar a oferta de produtos.
A instituição também trocou 35 mil computadores para suportar o novo sistema instalado nas agências, mais moderno. O BB instituiu ainda um programa de substituição de todos os seus ATM com mais de 5 anos, 20 mil máquinas desde o ano passado.
Até mesmo a gestão das agências foi reformulada. O próprio Bendine se reuniu pessoalmente com os gerentes das 5.087 agências para comunicar as mudanças. A partir de agora, o foco dos gerentes deixa de ser apenas no resultado e o atendimento ganha mais importância.
(COMENTÁRIO: ESSAS FIGURAS DE LINGUAGEM USADAS PELOS GESTORES DO BANCO SÃO UMA VERDADEIRA PIADA: FOCO NO ATENDIMENTO QUER DIZER O SEGUINTE: VOCÊ "CLIENTE" É O QUE VOCÊ VALE, OU SEJA, A QUANTIDADE DE CDC, OUROCAP, BRASILPREV, SEGUROS, TARIFAS, APLICAÇÕES, ETC ETC CONTRATADOS COM O BANCO)
"Hoje cobramos resultado de uma determinada unidade de negócio em função do volume que vende de crédito, ou da captação que registra no mês. Com a nova visão, cobraremos uma política de relacionamento. Queremos saber como o cliente está sendo atendido, como está a rentabilidade por cliente. Interessa mais como o cliente se relaciona com o banco", diz Abreu.
O diretor da Unidade de Gestão de Canais, Hideraldo Dwight Leitão, diz que o banco se prepara para uma nova era do sistema financeiro. "Hoje os produtos oferecidos pelos bancos são todos similares. A diferença está no conjunto de ações do banco e no atendimento ao cliente", diz.
O número de clientes atendidos por um mesmo gerente também foi reduzido, mas a informação é considera estratégica pelo banco. O objetivo principal é reduzir as reclamações registradas nos BC e nos órgãos de defesa do consumidor, listas que o banco já chegou a liderar. Por exigência legal, o banco tem que retornar uma reclamação em cinco dias. A meta, no entanto, é responder todas em até 24 horas e ser o melhor entre os grandes bancos.
O banco acredita que os resultados já começaram a aparecer. No primeiro trimestre de 2011, não houve aumento do número de clientes, mas o resultado recorrente subiu 42% na comparação com o mesmo período do ano passado. "Estamos conseguindo ser eficiente com a mesma base de clientes", finaliza Abreu.
Fonte: Valor
COMENTÁRIO FINAL: NÓS FUNCIONÁRIOS, CLIENTES E USUÁRIOS (POVO BRASILEIRO) ESTAMOS F... DESGRAÇADOS COM OS OBJETIVOS DO MAIOR BANCO DO PAÍS, O BB - BANCO ESTATAL, POIS DE PAPEL PÚBLICO NÃO TEM NADA!.
Fernando Travaglini
De Brasília
20/05/2011 Ruy Baron/Valor
O investimento de R$ 1 bilhão programado para este ano, destinado à reforma de quase metade das agências e à construção de 800 novos pontos de atendimento, é apenas a ponta de uma grande estratégia para modernizar o varejo no Banco do Brasil. Segundo o presidente do banco, Aldemir Bendine, a instituição prepara uma verdadeira "revolução" no segmento.
Sem grandes investimentos na área desde 1995, o BB decidiu alterar profundamente seus canais de atendimento, desde o relacionamento com os clientes até o desenho das agências. O objetivo principal é obter o maior retorno possível com cada usuário da instituição. "Essa diretoria tem verdadeira obsessão pela melhoria do atendimento", afirmou Bendine.
(COMENTÁRIO: ESSA FRASE É PROFUNDA, NÃO? IMAGINEM O USUÁRIO ENTRANDO NUM POSTO DE ATENDIMENTO DO BB E SENDO VISTO PELO BANCO COMO ALGO A SE TIRAR O MÁXIMO POSSÍVEL...)
De acordo com Alexandre Abreu, vice-presidente do banco, o sistema financeiro mudou nos últimos anos e a fase de grande crescimento da base de clientes ficou para trás. O nome do jogo agora é ampliar o relacionamento com seu público cativo, para continuar a expansão da receita com a mesma quantidade de correntistas.
Internamente, o projeto é conhecido como "BB 2.0", por ser a segunda grande mudança nesse segmento. O banco não fazia aportes no varejo desde 1995, quando fez o primeiro grande investimento em modernização, com a instalação dos terminais de autoatendimento (ATM), a informatização das agências e criação do crédito automatizado. Naquela época, o banco tinha apenas 5 milhões de clientes. Quinze anos depois e com mais de 55 milhões de clientes, a instituição se prepara para um novo momento. "A meta é ampliar o retorno por cliente, para mantermos a rentabilidade sobre o patrimônio líquido no patamar atual, de 25%. A fase de expansão da base ficou para trás", diz Abreu.
(COMENTÁRIO: VOCÊ QUE É CLIENTE OU "USUÁRIO" SE PREPARE PARA PAGAR ALGO AO BANCO ATÉ PARA OLHAR PRA ELE...)
Para atingir esse objetivo, o BB montou uma ampla estratégia. O primeiro passo foi a contratação de 10 mil novos funcionários, quase todos alocados nas mais de 5 mil agências. Os pontos de atendimento também foram reformulados. Cerca de metade das agências sofrerá algum tipo de modificação. Outras 600 serão construídas neste ano, já com um novo desenho, para privilegiar o cliente, com investimento total de R$ 1 bilhão.
Além disso, até 2014 serão instaladas quase 2 mil agências complementares, em municípios pequenos, para atingir a meta de cobrir 100% do território nacional. Até mesmo uma "concept store" foi inaugurada no shopping Iguatemi, em Brasília, uma espécie de espaço exclusivo para apresentar o banco aos novos clientes.
Na área tecnológica os investimentos somam R$ 60 milhões. Foi feita a reformulação do CRM (sistema que automatiza o relacionamento com os clientes). A ferramenta permite uniformizar a clientela por grupos, de forma a melhorar a oferta de produtos.
A instituição também trocou 35 mil computadores para suportar o novo sistema instalado nas agências, mais moderno. O BB instituiu ainda um programa de substituição de todos os seus ATM com mais de 5 anos, 20 mil máquinas desde o ano passado.
Até mesmo a gestão das agências foi reformulada. O próprio Bendine se reuniu pessoalmente com os gerentes das 5.087 agências para comunicar as mudanças. A partir de agora, o foco dos gerentes deixa de ser apenas no resultado e o atendimento ganha mais importância.
(COMENTÁRIO: ESSAS FIGURAS DE LINGUAGEM USADAS PELOS GESTORES DO BANCO SÃO UMA VERDADEIRA PIADA: FOCO NO ATENDIMENTO QUER DIZER O SEGUINTE: VOCÊ "CLIENTE" É O QUE VOCÊ VALE, OU SEJA, A QUANTIDADE DE CDC, OUROCAP, BRASILPREV, SEGUROS, TARIFAS, APLICAÇÕES, ETC ETC CONTRATADOS COM O BANCO)
"Hoje cobramos resultado de uma determinada unidade de negócio em função do volume que vende de crédito, ou da captação que registra no mês. Com a nova visão, cobraremos uma política de relacionamento. Queremos saber como o cliente está sendo atendido, como está a rentabilidade por cliente. Interessa mais como o cliente se relaciona com o banco", diz Abreu.
O diretor da Unidade de Gestão de Canais, Hideraldo Dwight Leitão, diz que o banco se prepara para uma nova era do sistema financeiro. "Hoje os produtos oferecidos pelos bancos são todos similares. A diferença está no conjunto de ações do banco e no atendimento ao cliente", diz.
O número de clientes atendidos por um mesmo gerente também foi reduzido, mas a informação é considera estratégica pelo banco. O objetivo principal é reduzir as reclamações registradas nos BC e nos órgãos de defesa do consumidor, listas que o banco já chegou a liderar. Por exigência legal, o banco tem que retornar uma reclamação em cinco dias. A meta, no entanto, é responder todas em até 24 horas e ser o melhor entre os grandes bancos.
O banco acredita que os resultados já começaram a aparecer. No primeiro trimestre de 2011, não houve aumento do número de clientes, mas o resultado recorrente subiu 42% na comparação com o mesmo período do ano passado. "Estamos conseguindo ser eficiente com a mesma base de clientes", finaliza Abreu.
Fonte: Valor
COMENTÁRIO FINAL: NÓS FUNCIONÁRIOS, CLIENTES E USUÁRIOS (POVO BRASILEIRO) ESTAMOS F... DESGRAÇADOS COM OS OBJETIVOS DO MAIOR BANCO DO PAÍS, O BB - BANCO ESTATAL, POIS DE PAPEL PÚBLICO NÃO TEM NADA!.
17.5.11
Artigo: Trabalhadores e correspondentes bancários
Artigo de Alan Rodrigues *
Recentemente o Banco Central do Brasil editou normas (res. 3954 e 3959/11) com o objetivo de regulamentar a contratação de correspondentes bancários pelas instituições financeiras. Aparentemente afinadas com a política do governo federal de inclusão bancária da população, estas resoluções influem sobremaneira na sociedade e na forma de organização do sistema financeiro, além de gerar diversas repercussões no campo das relações de trabalho.
Antes de tudo, cabe lembrar que o objetivo inicial dos correspondentes bancários seria o de atender em alguns serviços básicos como abertura de contas, saques, depósitos e pagamentos de títulos, limitados a certo valor, praças desassistidas de agências bancárias, sendo inclusive necessária a suspensão do serviço do correspondente caso a localidade passasse a contar com posto de atendimento bancário (conforme res. 2.640/99).
A resolução 3.954/11 abre precedentes para que os correspondentes bancários possam vir a desempenhar praticamente qualquer atividade que hoje é desenvolvida nas agências bancárias, como exemplos, além das já citadas, comercializar cartões de crédito, operações de crédito, transferências bancárias, pagamentos de qualquer natureza, operações de câmbio, entre outras; parecendo criar desta forma, certa confusão na sociedade tornando difícil e muitas vezes confusa a relação entre instituição financeira e seus correspondentes contratados.
Além disso, apesar do seu aparente caráter social de “inclusão bancária”, esta resolução traz uma série de atitudes nocivas aos trabalhadores, dando margem a um imenso processo de precarização das relações de trabalho, pois além da possibilidade de que praticamente qualquer tipo de sociedade possa exercer a função de correspondente.
A nova resolução abre brechas para que os bancos e seus conglomerados possam criar as próprias empresas que atuem neste segmento. Na prática, isto significa que, ao invés de o banco aplicar um pesado investimento na abertura de uma nova agência, cumprindo todas as exigências para tal, ele poderá simplesmente contratar um correspondente, que comercializará praticamente todos os produtos e serviços oferecidos pela instituição.
Eis um baita negócio: reduz-se drasticamente os custos com instalações e infraestrutura (por exemplo, correspondentes não precisam ter porta giratória detectora de metais), aumenta-se a receita dos bancos, ampliando a oferta de produtos e serviços, evitam-se custos com reclamações trabalhistas e, além de tudo isto, flexibiliza-se e precariza-se o trabalho, visto que, um comerciário recebe, em média, cerca de um terço do salário de um bancário, além dos demais direitos já conquistados em acordos coletivos.
Além disso, estas resoluções parecem ameaçar seriamente a existência desta categoria que nos parece enxergar, no futuro, como um resumido grupo de controladores deste emaranhado de terceirizações e quarteirizações, que gerarão lucros cada vez mais fabulosos aos seus acionistas.
Cabe aos trabalhadores, assenhorar-se deste processo que tanto lhes diz respeito e não deixar que normas editadas por instituições que se preocupam, única e exclusivamente, com os interesses do mercado, interfiram de forma tão cruel nas relações, já tão desiguais, entre trabalhadores e banqueiros.
Esperemos também que o Legislativo, que é quem de fato deve editar normas que influam diretamente nas relações de trabalho, sensibilize-se com a questão e leve, a sério, este debate àquela Casa.
* Economista, secretário geral do Sindicato dos Bancários do Pará (Em 2011) e funcionário da Caixa Econômica Federal.
Recentemente o Banco Central do Brasil editou normas (res. 3954 e 3959/11) com o objetivo de regulamentar a contratação de correspondentes bancários pelas instituições financeiras. Aparentemente afinadas com a política do governo federal de inclusão bancária da população, estas resoluções influem sobremaneira na sociedade e na forma de organização do sistema financeiro, além de gerar diversas repercussões no campo das relações de trabalho.
Antes de tudo, cabe lembrar que o objetivo inicial dos correspondentes bancários seria o de atender em alguns serviços básicos como abertura de contas, saques, depósitos e pagamentos de títulos, limitados a certo valor, praças desassistidas de agências bancárias, sendo inclusive necessária a suspensão do serviço do correspondente caso a localidade passasse a contar com posto de atendimento bancário (conforme res. 2.640/99).
A resolução 3.954/11 abre precedentes para que os correspondentes bancários possam vir a desempenhar praticamente qualquer atividade que hoje é desenvolvida nas agências bancárias, como exemplos, além das já citadas, comercializar cartões de crédito, operações de crédito, transferências bancárias, pagamentos de qualquer natureza, operações de câmbio, entre outras; parecendo criar desta forma, certa confusão na sociedade tornando difícil e muitas vezes confusa a relação entre instituição financeira e seus correspondentes contratados.
Além disso, apesar do seu aparente caráter social de “inclusão bancária”, esta resolução traz uma série de atitudes nocivas aos trabalhadores, dando margem a um imenso processo de precarização das relações de trabalho, pois além da possibilidade de que praticamente qualquer tipo de sociedade possa exercer a função de correspondente.
A nova resolução abre brechas para que os bancos e seus conglomerados possam criar as próprias empresas que atuem neste segmento. Na prática, isto significa que, ao invés de o banco aplicar um pesado investimento na abertura de uma nova agência, cumprindo todas as exigências para tal, ele poderá simplesmente contratar um correspondente, que comercializará praticamente todos os produtos e serviços oferecidos pela instituição.
Eis um baita negócio: reduz-se drasticamente os custos com instalações e infraestrutura (por exemplo, correspondentes não precisam ter porta giratória detectora de metais), aumenta-se a receita dos bancos, ampliando a oferta de produtos e serviços, evitam-se custos com reclamações trabalhistas e, além de tudo isto, flexibiliza-se e precariza-se o trabalho, visto que, um comerciário recebe, em média, cerca de um terço do salário de um bancário, além dos demais direitos já conquistados em acordos coletivos.
Além disso, estas resoluções parecem ameaçar seriamente a existência desta categoria que nos parece enxergar, no futuro, como um resumido grupo de controladores deste emaranhado de terceirizações e quarteirizações, que gerarão lucros cada vez mais fabulosos aos seus acionistas.
Cabe aos trabalhadores, assenhorar-se deste processo que tanto lhes diz respeito e não deixar que normas editadas por instituições que se preocupam, única e exclusivamente, com os interesses do mercado, interfiram de forma tão cruel nas relações, já tão desiguais, entre trabalhadores e banqueiros.
Esperemos também que o Legislativo, que é quem de fato deve editar normas que influam diretamente nas relações de trabalho, sensibilize-se com a questão e leve, a sério, este debate àquela Casa.
* Economista, secretário geral do Sindicato dos Bancários do Pará (Em 2011) e funcionário da Caixa Econômica Federal.
16.5.11
BB apresenta negativas e evasivas sobre Regulamento do Plano 1 da Previ
Crédito: Agnaldo |
Na tarde do dia 11 de maio foi realizada a segunda negociação para discutir propostas de alteração no regulamento do Plano 1 da Previ e a reivindicação dos associados de revisão do estatuto para melhorias no modelo de gestão da entidade. A Contraf-CUT participou da reunião, junto com dirigentes eleitos da Previ e outras entidades do funcionalismo do BB.
Voto de minerva
O Banco do Brasil não aceita abrir mão do voto de minerva no Conselho Deliberativo da Previ, recusa a eleição para a Diretoria de Participações e a volta dos direitos do Corpo Social (votação em alterações nos estatutos e regulamentos). Frente aos protestos das entidades representativas dos associados, o banco afirmou que pode analisar alternativas para a flexibilização do voto de minerva, as consultas ao Corpo Social e outras inovações no modelo de governança da Previ.
As entidades continuarão insistindo nesses pontos até que volte a se equilibrar o poder do banco e dos associados.
Revisão do regulamento versus superávit
Os representantes do Banco do Brasil afirmaram que somente aceitam alterações no regulamento do Plano 1 para contemplar reivindicações dos associados se forem custeadas pela reserva especial e de acordo com a Resolução CGPC 26, ou seja, metade da reserva para o banco e metade para os associados.
Os dirigentes eleitos da Previ e as entidades representativas insistiram que não foi esse o compromisso assumido pelo banco no final das negociações do superávit, em novembro do ano passado. Ficou acertado que seriam negociadas alterações no regulamento do Plano 1, independentemente da utilização de superávit. Mostraram que é possível fazer tais alterações revisando o plano de custeio, sem utilização da reserva especial. Lembraram, ainda, que o próprio superintendente da Previc afirmou, em reunião naquele órgão, em outubro de 2010, que essas alterações seriam possíveis depois da destinação da reserva especial, desde que houvesse a concordância do banco.
Diante do impasse, será marcada reunião conjunta na Previc, para discutir a questão.
Negativas e evasivas
Quanto às reivindicações dos associados, o banco apresentou uma série de negativas. Em outros casos, afirmou que aceita discutir alternativas, desde que o impacto seja absorvido pela reserva especial do Plano 1, destinando valor correspondente ao banco.
Os representantes do banco afirmaram que não aceitam a aposentadoria antecipada para as mulheres aos 45 anos, por haver posição contrária de órgãos do governo; não aprova o resgate das contribuições patronais pelos pedevistas, alegando que se deve pensar nos atuais associados; negou a proposta de pagar 360/360 de complementação de aposentadoria para todos, independentemente do tempo de contribuição na ativa. Os associados apresentaram vários argumentos a favor de cada proposta, mas o banco afirmou que não aceita qualquer alteração nesses pontos.
O banco aceita analisar as seguintes propostas: aumento do teto de contribuição e benefícios para 100% da remuneração da ativa, nova redução da Parcela Previ, aumento no valor do benefício mínimo, abono anual para aposentados. A Previ avaliará os custos de cada uma dessas propostas, para levar à mesa de negociações. Quanto ao aumento no valor das pensões, o banco afirmou que aceita debater o tema, apesar de dar preferência para melhorias nos benefícios de complementação de aposentadoria.
Foi apresentada pelos associados proposta para vincular o benefício mínimo a percentual do teto de benefícios, quando este for estabelecido.
O banco afirmou ainda não ver qualquer problema em antecipar o reajuste dos benefícios Previ dos aposentados para janeiro. Esse tema será resolvido no decorrer das negociações.
BET sobre as verbas P210 e P220
O Benefício Especial Temporário de 20% (BET) incidiu somente sobre os complementos de aposentadoria e pensão de responsabilidade da Previ, o Complemento Previ. Não houve incidência do BET sobre o Complemento Adicional BB (verbas P220 e P210), benefícios que são de responsabilidade exclusiva do banco, são pagos pela empresa mensalmente e repassados via folha de pagamento da Previ.
A entidade tem respondido aos associados que não há incidência do BET sobre essas verbas, pois não houve contribuição para constituir as reservas para pagamento desses benefícios, que tais recursos não foram aplicados e não geraram superávit a ser distribuído. Foram feitas contribuições sobre essas verbas somente após a concessão dos benefícios, com objetivo de gerar pensão, que será calculada inclusive sobre esses benefícios e cujo pagamento é de responsabilidade da Previ.
As entidades representativas apresentaram documento reivindicando que o banco assuma o pagamento do BET para os mais de sete mil aposentados e pensionistas envolvidos, já que os benefícios em questão são de sua exclusiva responsabilidade. O valor mensal correspondente é de R$ 4,2 milhões. O banco ficou de analisar a questão e se manifestar na próxima reunião.
Teto remuneratório
Em 2008, quando se alterou o critério de remuneração dos executivos do Banco do Brasil, a diretoria e o conselho deliberativo da Previ aprovaram, por solicitação do próprio banco, a instituição de um teto de contribuição e benefícios à Previ, correspondente à remuneração paga aos detentores do cargo NRF especial, o maior salário do quadro de carreira do banco (hoje cerca de R$ 27.000). No regulamento atual esse teto não está previsto, existindo somente os tetos de 90% da remuneração e 136% do salário base, o salário do posto efetivo.
As alterações ainda não haviam sido aprovadas pela Previc quando o banco enviou novo documento à Previ desistindo da instituição do teto, em março de 2010. Desde então se estabeleceu um impasse: enquanto os dirigentes eleitos da Previ defendem a instituição do teto correspondente ao NRF especial, o banco quer o teto de três vezes o NRF especial.
O assunto foi levantado na mesa de negociações, com as entidades defendendo a posição dos dirigentes eleitos, pelo teto mais baixo. O tema também está sendo discutido no Conselho Deliberativo da Previ.
BET do grupo 67
Os representantes dos associados cobraram o compromisso do banco, assumido na mesa de negociação em novembro de 2010, de se responsabilizar pelo pagamento de 53% do valor do BET pago aos 21 mil aposentados do grupo 67, seguindo o custeio estabelecido quando foi firmado o acordo de 1997. O valor correspondente está contabilizado em conta transitória do Plano 1, para ser lançada a débito do patrocinador. O banco alegou que está analisando os aspectos jurídicos da questão.
Entidades representativas
Participaram da reunião representantes da Contraf-CUT (Eduardo Araújo), dos sindicatos e da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (Carlos de Souza, Olivan Faustino, Ronaldo Zeni e José Luiz Barboza), da AAFBB (Gilberto Santiago), da Anabb (Nilton Brunelli), da FAABB (Isa Musa e Cláudio Lahorgue), da AFABB-SP (Waldenor Moreira Borges Filho), os diretores eleitos da Previ José Ricardo Sasseron e Paulo Assunção e os conselheiros deliberativos eleitos Célia Larichia, Mirian Fochi e William Bento.
Fonte: Contraf-CUT, com eleitos da Previ
Agenda da semana de 16 a 20 de maio
SEGUNDA-FEIRA
Dia de trabalho na Contraf-CUT na parte da tarde e noite.
TERÇA-FEIRA
Pela manhã na Contraf-CUT e à tarde no Sindicato.
QUARTA-FEIRA
Na parte da manhã, fizemos reuniões na CSL nos andares 17, 16, 15 e 14 no Complexo São João do BB apresentando a Chapa 1 da CUT para a eleição do Sindicato e falando sobre a Campanha Nacional dos Bancários 2011.
Dia de trabalho na Contraf-CUT.
QUINTA-FEIRA
Seminário da CUT Nacional sobre Reforma Política.
SEXTA-FEIRA
Pela manhã na Contraf-CUT e, à tarde, reunião do coletivo de banco no Sindicato.
Dia de trabalho na Contraf-CUT na parte da tarde e noite.
TERÇA-FEIRA
Pela manhã na Contraf-CUT e à tarde no Sindicato.
QUARTA-FEIRA
Na parte da manhã, fizemos reuniões na CSL nos andares 17, 16, 15 e 14 no Complexo São João do BB apresentando a Chapa 1 da CUT para a eleição do Sindicato e falando sobre a Campanha Nacional dos Bancários 2011.
Dia de trabalho na Contraf-CUT.
QUINTA-FEIRA
Seminário da CUT Nacional sobre Reforma Política.
SEXTA-FEIRA
Pela manhã na Contraf-CUT e, à tarde, reunião do coletivo de banco no Sindicato.
Vencida 1a etapa do curso de formação na Fetec Centro Norte
Turma do curso de formação para a Fetec CN |
Após vencer a primeira etapa do curso de formação SINDICATO, SOCIEDADE E SISTEMA FINANCEIRO, promovido pela Contraf-CUT e Fetec CN com o apoio do Dieese, os bancários cutistas se preparam para a segunda etapa que ocorre entre os dias 30 de maio e 3 de junho.
No primeiro módulo foi tema diário a história do movimento sindical tanto mundial quanto brasileiro. Abordou-se os vários períodos brasileiros desde a república velha, passando pelo período de Getúlio Vargas, Ditadura militar de 1964 a 1985, e luta pela redemocratização no período dos anos 80 e 90 com a estabilização da moeda e a chegada forte do neoliberalismo ao país.
Todo esse período foi estudado sob o olhar dos trabalhadores e do mundo do trabalho e as consequências de cada período daquele para a classe trabalhadora.
Agora vamos para a segunda parte do curso que estudará muito o Sistema Financeiro tanto nacional quanto internacional, passando inclusive pela recente crise global iniciada em 2008.
A FORMAÇÃO É FUNDAMENTAL PARA PREPARAR OS BANCÁRIOS PARA A CONTEMPORANEIDADE EM QUE A CATEGORIA ESTÁ INSERIDA, COM A COMPREENSÃO DAS PROFUNDAS TRANSFORMAÇÕES QUE O CAPITALISMO E OS MODOS DE PRODUÇÃO VÊM PASSANDO NOS ÚLTIMOS ANOS.
SOMOS FORTES, SOMOS CUT!!
11.5.11
Trabalhadores querem mais democracia na Previ
No dia 11 tem nova negociação sobre Previ com a direção do Banco do Brasil
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São Paulo - Os bancários e o Banco do Brasil voltam a negociar nesta quarta-feira 11 a revisão do regulamento do Plano 1 e do estatuto do fundo de pensão dos funcionários da instituição financeira federal. O compromisso de voltar a negociar foi assumido pelo banco em novembro, quando foi discutida a utilização do superávit do plano aprovado depois em plebiscito pelos associados. Participam a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB da Contraf-CUT, os representantes eleitos na Previ, associações de aposentados e outras entidades representativas.
“Os trabalhadores querem mais democracia na gestão com o fim do voto de minerva e o retorno das eleições para a diretoria de participação, além de outras melhorias no plano I”, diz William Mendes, diretor do Sindicato e secretário de formação da Contraf-CUT.
Conheça as reivindicações apresentadas pelos trabalhadores ao BB:
- Fim do voto de minerva, restabelecimento dos direitos do Corpo Social em aprovar alterações no estatuto e regulamento da Previ, eleição do Diretor de Participações;
- Aumento no valor das pensões;
- Revisão do benefício mínimo;
- Nova redução da Parcela Previ;
- Benefício 360/360 para todos;
- Aumento do teto de benefícios para 100%;
- Abono anual para aposentados;
- Antecipada para as mulheres aos 45 anos;
- Resgate das contribuições patronais pelos pedevistas;
- Antecipação do reajuste dos aposentados para janeiro.
Fonte: Seeb SP - Redação - 10/05/2011
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São Paulo - Os bancários e o Banco do Brasil voltam a negociar nesta quarta-feira 11 a revisão do regulamento do Plano 1 e do estatuto do fundo de pensão dos funcionários da instituição financeira federal. O compromisso de voltar a negociar foi assumido pelo banco em novembro, quando foi discutida a utilização do superávit do plano aprovado depois em plebiscito pelos associados. Participam a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB da Contraf-CUT, os representantes eleitos na Previ, associações de aposentados e outras entidades representativas.
“Os trabalhadores querem mais democracia na gestão com o fim do voto de minerva e o retorno das eleições para a diretoria de participação, além de outras melhorias no plano I”, diz William Mendes, diretor do Sindicato e secretário de formação da Contraf-CUT.
Conheça as reivindicações apresentadas pelos trabalhadores ao BB:
- Fim do voto de minerva, restabelecimento dos direitos do Corpo Social em aprovar alterações no estatuto e regulamento da Previ, eleição do Diretor de Participações;
- Aumento no valor das pensões;
- Revisão do benefício mínimo;
- Nova redução da Parcela Previ;
- Benefício 360/360 para todos;
- Aumento do teto de benefícios para 100%;
- Abono anual para aposentados;
- Antecipada para as mulheres aos 45 anos;
- Resgate das contribuições patronais pelos pedevistas;
- Antecipação do reajuste dos aposentados para janeiro.
Fonte: Seeb SP - Redação - 10/05/2011
10.5.11
Direito Humano à Saúde (II)
Aproveito para deixar mais uma matéria aqui sobre O USO PRIVADO DE HOSPITAL PÚBLICO como comentei em postagem anterior.
A privataria está de olho no HC
ELIO GASPARI
Alckmin nunca quis privatizar a Petrobras, mas o dr. do Hospital das Clínicas pôs encrenca na sua porta
Fonte: Folha de domingo 8 maio 2011
O TUCANATO GOSTA de atravessar a rua para escorregar na casca de banana que está na outra calçada. Há uma semana, soube-se que o governo do doutor Geraldo Alckmin suspendeu o programa de reforço privado do ensino de idiomas para jovens da rede pública de São Paulo. Dentro do binômio educação-saúde, o superintendente do Hospital da Clínicas, Marcos Fumio Koyama, anunciou que pretende elevar de 3% para 12% a taxa de privatização dos atendimentos no maior centro médico do país.
O avanço da privataria sobre o HC se dará pela expansão da porta dos clientes de planos de saúde. Todos os brasileiros têm direito aos serviços dos hospitais públicos. Pretende-se ampliar uma pirueta pela qual um tipo de cliente receberá atendimento diferenciado.
O plano, contado à repórter Laura Capriglione, colocaria o Hospital das Clínicas no paradigma do Instituto do Coração. Lindo paradigma. Em 2006, por conta de aventuras políticas e de maus administradores, o InCor quebrou e, com uma dívida de R$ 250 milhões, foi à bolsa da Viúva. Em agosto passado, uma auditoria do SUS constatou que a fila para alguns exames na sua portaria de baixo tinha de oito a 14 meses de espera (um ano para um ecocardiograma infantil). Na portaria de cima, atendimento imediato. São muitos os truques. Um deles é simples: pelo SUS a patuleia precisa cumprir uma série de etapas e consultas para chegar ao exame; pelo plano privado, basta uma solicitação do médico.
A segunda porta dos hospitais públicos é um caso de apropriação privada do patrimônio da Viúva, patrocinado por burocratas e operadoras que obstruem o ressarcimento, pelos planos de saúde, do atendimento de seus clientes na rede do SUS. No momento em que hospitais da Viúva e as operadoras criam um sistema híbrido dentro do SUS, constrói-se a pior das situações, uma rede pública para usufruto privado. A complementaridade das duas redes não passa pela criação de uma porta preferencial. É o contrário: uma só porta, com um só tipo de atenção, e o ressarcimento é tratado noutro andar, na seção de contabilidade.
Segundo os defensores das duas portas, os recursos captados junto às operadoras melhorariam o atendimento da clientela do SUS. Nada impede que o serviço melhore numa porta e continue deficiente na outra, ou que a instituição quebre, como ocorreu com o InCor.
O doutor Koyama informa que atualmente os planos de saúde pagam pelo equivalente a 3% dos atendimentos e contribuem com R$ 100 milhões anuais, ou "10,6% das nossas receitas". Essa conta não fecha. O orçamento de 2009 do HC, publicado em seu relatório anual, diz que a receita da instituição foi de R$ 1,4 bilhão. Admitindo-se que a receita deste ano seja igual à de 2009, os 10,6% viram 6,9%. Se alguém tolerar um desvio desse tamanho ao tirar a pressão de um paciente, coitado dele.
Na campanha eleitoral de 2006, quando o PT inventou que Alckmin pretendia privatizar a Petrobras, ele teve que vestir um jaleco da empresa para desmentir a falsidade. Agora, com o superintendente do HC anunciando que pretende quadruplicar o tamanho da porta privatizada do HC, ele pode tirar as medidas para um novo jaleco.
A privataria está de olho no HC
ELIO GASPARI
Alckmin nunca quis privatizar a Petrobras, mas o dr. do Hospital das Clínicas pôs encrenca na sua porta
Fonte: Folha de domingo 8 maio 2011
O TUCANATO GOSTA de atravessar a rua para escorregar na casca de banana que está na outra calçada. Há uma semana, soube-se que o governo do doutor Geraldo Alckmin suspendeu o programa de reforço privado do ensino de idiomas para jovens da rede pública de São Paulo. Dentro do binômio educação-saúde, o superintendente do Hospital da Clínicas, Marcos Fumio Koyama, anunciou que pretende elevar de 3% para 12% a taxa de privatização dos atendimentos no maior centro médico do país.
O avanço da privataria sobre o HC se dará pela expansão da porta dos clientes de planos de saúde. Todos os brasileiros têm direito aos serviços dos hospitais públicos. Pretende-se ampliar uma pirueta pela qual um tipo de cliente receberá atendimento diferenciado.
O plano, contado à repórter Laura Capriglione, colocaria o Hospital das Clínicas no paradigma do Instituto do Coração. Lindo paradigma. Em 2006, por conta de aventuras políticas e de maus administradores, o InCor quebrou e, com uma dívida de R$ 250 milhões, foi à bolsa da Viúva. Em agosto passado, uma auditoria do SUS constatou que a fila para alguns exames na sua portaria de baixo tinha de oito a 14 meses de espera (um ano para um ecocardiograma infantil). Na portaria de cima, atendimento imediato. São muitos os truques. Um deles é simples: pelo SUS a patuleia precisa cumprir uma série de etapas e consultas para chegar ao exame; pelo plano privado, basta uma solicitação do médico.
A segunda porta dos hospitais públicos é um caso de apropriação privada do patrimônio da Viúva, patrocinado por burocratas e operadoras que obstruem o ressarcimento, pelos planos de saúde, do atendimento de seus clientes na rede do SUS. No momento em que hospitais da Viúva e as operadoras criam um sistema híbrido dentro do SUS, constrói-se a pior das situações, uma rede pública para usufruto privado. A complementaridade das duas redes não passa pela criação de uma porta preferencial. É o contrário: uma só porta, com um só tipo de atenção, e o ressarcimento é tratado noutro andar, na seção de contabilidade.
Segundo os defensores das duas portas, os recursos captados junto às operadoras melhorariam o atendimento da clientela do SUS. Nada impede que o serviço melhore numa porta e continue deficiente na outra, ou que a instituição quebre, como ocorreu com o InCor.
O doutor Koyama informa que atualmente os planos de saúde pagam pelo equivalente a 3% dos atendimentos e contribuem com R$ 100 milhões anuais, ou "10,6% das nossas receitas". Essa conta não fecha. O orçamento de 2009 do HC, publicado em seu relatório anual, diz que a receita da instituição foi de R$ 1,4 bilhão. Admitindo-se que a receita deste ano seja igual à de 2009, os 10,6% viram 6,9%. Se alguém tolerar um desvio desse tamanho ao tirar a pressão de um paciente, coitado dele.
Na campanha eleitoral de 2006, quando o PT inventou que Alckmin pretendia privatizar a Petrobras, ele teve que vestir um jaleco da empresa para desmentir a falsidade. Agora, com o superintendente do HC anunciando que pretende quadruplicar o tamanho da porta privatizada do HC, ele pode tirar as medidas para um novo jaleco.
9.5.11
Semana de 9 a 13 de maio
SEGUNDA-FEIRA
Dia de trabalho na Contraf-CUT na parte da tarde.
TERÇA-FEIRA
Seminário na executiva da Contraf-CUT.
QUARTA-FEIRA
Seminário na executiva da Contraf-CUT
QUINTA-FEIRA
Dia de trabalho na Contraf-CUT
SEXTA-FEIRA
Pela manhã na Contraf e à tarde no Sindicato para reunião de grupo de banco BB.
Dia de trabalho na Contraf-CUT na parte da tarde.
TERÇA-FEIRA
Seminário na executiva da Contraf-CUT.
QUARTA-FEIRA
Seminário na executiva da Contraf-CUT
QUINTA-FEIRA
Dia de trabalho na Contraf-CUT
SEXTA-FEIRA
Pela manhã na Contraf e à tarde no Sindicato para reunião de grupo de banco BB.
7.5.11
Direito Humano à Saúde
Li matéria hoje no jornal folha de São Paulo informando sobre a diferença de tratamento que o HC em São Paulo dá aos pacientes oriundos de planos de saúde (na lista de conveniados no site do UOL consta inclusive Cabesp, Cassi e Economus - de nossos colegas bancários - não verifiquei a informação do UOL) em relação ao restante da população - a grande maioria do povo brasileiro que tem somente no SUS a possibilidade de atendimento médico - direito garantido pela Constituição Federal.
É uma tristeza muito grande ver essa discriminação contra as pessoas mais necessitadas da COISA PÚBLICA.
Ninguém se lembra da saúde a não ser quando está em estado de NÃO-SAÚDE. Ou seja, em geral, as pessoas saudáveis não têm na SAÚDE PARA TODOS uma prioridade política e pública.
COMO SÃO ADESTRADOS (DIZEM EDUCADOS) DIRETA OU INDIRETAMENTE A NOSSA POPULAÇÃO?
"se eu tenho plano de saúde, que se dane os outros (não fizeram por merecer...)" e assim seguimos no caos da saúde pública nacional e mundial, pública e privada.
Já escrevi e sempre comento com os meus que tenho desconforto de procurar atendimento em meu convênio médico Cassi porque meus pais não têm atendimento médico nenhum no SUS e eles é que necessitam MUITO mais que eu. Meu pai tem 68 anos e minha mãe 64. Ambos estão com muitos problemas de saúde e me arrebenta vê-los se contorcendo de dor e tomando seus chazinhos para resolver seus problemas. Ou buscando as diversas curas místicas que aparecem na hora do sofrimento.
Na matéria da Folha um paciente com plano de saúde consegue atendimento no HC com 3 a 15 dias dependendo da especialidade.
Um paciente do SUS precisa de meses ou anos para coisas que variam de consultas a tratamento de câncer (que deveria ter prioridade sobre tudo). QUE VERGONHA DE TODOS OS GOVERNOS E PARTIDOS QUE PERMITEM ISSO!!
QUE VERGONHA DO SER HUMANO QUE CORROBORA COM ISSO!
MERDA, QUE VERGONHA DE SER SER HUMANO E PERMITIRMOS ESSA PORCARIA!!
SÓ O FIM DO CAPITALISMO E UMA REVOLUÇÃO CULTURAL SOBRE AS NECESSIDADES HUMANAS PODE MUDAR ESSA CALAMIDADE PÚBLICA.
É uma tristeza muito grande ver essa discriminação contra as pessoas mais necessitadas da COISA PÚBLICA.
Ninguém se lembra da saúde a não ser quando está em estado de NÃO-SAÚDE. Ou seja, em geral, as pessoas saudáveis não têm na SAÚDE PARA TODOS uma prioridade política e pública.
COMO SÃO ADESTRADOS (DIZEM EDUCADOS) DIRETA OU INDIRETAMENTE A NOSSA POPULAÇÃO?
"se eu tenho plano de saúde, que se dane os outros (não fizeram por merecer...)" e assim seguimos no caos da saúde pública nacional e mundial, pública e privada.
Já escrevi e sempre comento com os meus que tenho desconforto de procurar atendimento em meu convênio médico Cassi porque meus pais não têm atendimento médico nenhum no SUS e eles é que necessitam MUITO mais que eu. Meu pai tem 68 anos e minha mãe 64. Ambos estão com muitos problemas de saúde e me arrebenta vê-los se contorcendo de dor e tomando seus chazinhos para resolver seus problemas. Ou buscando as diversas curas místicas que aparecem na hora do sofrimento.
Na matéria da Folha um paciente com plano de saúde consegue atendimento no HC com 3 a 15 dias dependendo da especialidade.
Um paciente do SUS precisa de meses ou anos para coisas que variam de consultas a tratamento de câncer (que deveria ter prioridade sobre tudo). QUE VERGONHA DE TODOS OS GOVERNOS E PARTIDOS QUE PERMITEM ISSO!!
QUE VERGONHA DO SER HUMANO QUE CORROBORA COM ISSO!
MERDA, QUE VERGONHA DE SER SER HUMANO E PERMITIRMOS ESSA PORCARIA!!
SÓ O FIM DO CAPITALISMO E UMA REVOLUÇÃO CULTURAL SOBRE AS NECESSIDADES HUMANAS PODE MUDAR ESSA CALAMIDADE PÚBLICA.
5.5.11
Relatório anual da Cassi é aprovado pela maioria dos bancários do BB
O Relatório Anual 2010 da Cassi (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil) teve aprovação de 67,4% na votação que durou cinco dias e foi encerrada em 29 de abril.
As contas foram aprovadas pela maioria dos funcionários da ativa (que votaram pelo SisBB) e aposentados (que votaram por telefone). Os números representam 54,6% e 84,8%, respectivamente.
COMENTÁRIO:
A QUESTÃO É: POR QUE SERÁ QUE 33.876 (45%) COLEGAS DA ATIVA NÃO VOTARAM 'SIM' NA APROVAÇÃO DE CONTAS DA CASSI, QUE ANDA DIVULGANDO PRO MUNDO O ALTO GRAU DE SATISFAÇÃO DOS PARTICIPANTES DE ACORDO COM PESQUISA TAL...?
O percentual de votos de funcionários da ativa que não aprovaram as contas foi de 11,7%. O de aposentados foi 10,7%. Os votos nulos somaram 17,9% e a porcentagem de votos em branco resultou em 20,03%.
"Apenas 54,6% dos funcionários da ativa aprovaram os números da Cassi. É reflexo do descontentamento com a qualidade do atendimento, credenciamento e preocupação com a gestão financeira da entidade. O resultado também questiona a pesquisa de satisfação divulgada em janeiro pela Cassi que estampou na capa de sua revista o alto nível de satisfação dos participantes", diz Ernesto Izumi, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionário do BB.
"Vamos seguir cobrando o banco, que indica o presidente e o diretor de administração e finanças da entidade. Também buscaremos os representantes eleitos para divulgar aos funcionários a atual situação da Cassi e envolver a todos na luta por sua melhoria", ressalta o dirigente sindical.
William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e funcionário do BB, concorda. "O atendimento está muito ruim. A Cassi recebe recursos desde 2007, fruto de uma negociação do movimento sindical com o banco para equilibrar as contas do plano de saúde. No entanto, vemos que há muito o que melhorar na caixa de assistência", afirma.
"A Contraf-CUT e as entidades filiadas vão continuar cobrando as responsabilidades do Banco do Brasil e da Cassi para melhorar a qualidade dos serviços oferecidos aos bancários do BB", conclui William.
Veja os números da votação:
Aprovaram: 44.463 (67,4%)
Não aprovaram: 9.173 (13,9%)
Nulos: 12.359 (18,7%)
Funcionários do BB ativa
Aprovaram: 40.788 (54,6%)
Não aprovaram: 8.709 (11,7%)
Brancos: 12.871 (17,2%)
Nulos: 12.296 (16,5%)
Aposentados do BB
Aprovaram: 3.675 (84,8%)
Não aprovaram: 464 (10,7%)
Brancos: 134 (3,1%)
Nulos: 63 (1,4%)
Fonte: Contraf-CUT com Cassi
As contas foram aprovadas pela maioria dos funcionários da ativa (que votaram pelo SisBB) e aposentados (que votaram por telefone). Os números representam 54,6% e 84,8%, respectivamente.
COMENTÁRIO:
A QUESTÃO É: POR QUE SERÁ QUE 33.876 (45%) COLEGAS DA ATIVA NÃO VOTARAM 'SIM' NA APROVAÇÃO DE CONTAS DA CASSI, QUE ANDA DIVULGANDO PRO MUNDO O ALTO GRAU DE SATISFAÇÃO DOS PARTICIPANTES DE ACORDO COM PESQUISA TAL...?
O percentual de votos de funcionários da ativa que não aprovaram as contas foi de 11,7%. O de aposentados foi 10,7%. Os votos nulos somaram 17,9% e a porcentagem de votos em branco resultou em 20,03%.
"Apenas 54,6% dos funcionários da ativa aprovaram os números da Cassi. É reflexo do descontentamento com a qualidade do atendimento, credenciamento e preocupação com a gestão financeira da entidade. O resultado também questiona a pesquisa de satisfação divulgada em janeiro pela Cassi que estampou na capa de sua revista o alto nível de satisfação dos participantes", diz Ernesto Izumi, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionário do BB.
"Vamos seguir cobrando o banco, que indica o presidente e o diretor de administração e finanças da entidade. Também buscaremos os representantes eleitos para divulgar aos funcionários a atual situação da Cassi e envolver a todos na luta por sua melhoria", ressalta o dirigente sindical.
William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e funcionário do BB, concorda. "O atendimento está muito ruim. A Cassi recebe recursos desde 2007, fruto de uma negociação do movimento sindical com o banco para equilibrar as contas do plano de saúde. No entanto, vemos que há muito o que melhorar na caixa de assistência", afirma.
"A Contraf-CUT e as entidades filiadas vão continuar cobrando as responsabilidades do Banco do Brasil e da Cassi para melhorar a qualidade dos serviços oferecidos aos bancários do BB", conclui William.
Veja os números da votação:
Aprovaram: 44.463 (67,4%)
Não aprovaram: 9.173 (13,9%)
Nulos: 12.359 (18,7%)
Funcionários do BB ativa
Aprovaram: 40.788 (54,6%)
Não aprovaram: 8.709 (11,7%)
Brancos: 12.871 (17,2%)
Nulos: 12.296 (16,5%)
Aposentados do BB
Aprovaram: 3.675 (84,8%)
Não aprovaram: 464 (10,7%)
Brancos: 134 (3,1%)
Nulos: 63 (1,4%)
Fonte: Contraf-CUT com Cassi
3.5.11
PIADA (DE MAU GOSTO) PARA A MASSA INCAUTA...
Como é? Assassinaram o Bin Laden? Assim... na véspera das eleições nos EUA!? Igual assassinaram (de verdade) o Saddan Hussein durante o desastroso segundo mandato de Bush?
Ahh... entendi!
E não tem corpo, não é? Jogaram ao mar...
ENTÃO TÁ! (acredita quem quer...)
PS: não sabia que assassinato era algo legal
RECOMENDO LEITURA:
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/maria-aparecida-aquino-nao-ha-razao-para-comemorar-um-assassinato.html
http://www.blogcidadania.com.br/2011/05/por-que-%e2%80%9cmataram%e2%80%9d-bin-laden/
Ahh... entendi!
E não tem corpo, não é? Jogaram ao mar...
ENTÃO TÁ! (acredita quem quer...)
PS: não sabia que assassinato era algo legal
RECOMENDO LEITURA:
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/maria-aparecida-aquino-nao-ha-razao-para-comemorar-um-assassinato.html
http://www.blogcidadania.com.br/2011/05/por-que-%e2%80%9cmataram%e2%80%9d-bin-laden/
2.5.11
Começa o curso Sindicato, Sociedade e Sistema Financeiro para dirigentes da Fetec CUT Centro-Norte
Foto da mesa de abertura do curso. |
Depois de percorrer as federações de bancários CUTistas de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e do Nordeste, iniciamos hoje o curso de formação para dirigentes sindicais bancários filiados à Fetec CN.
O curso terá 3 módulos de cinco dias e trataremos de vários temas inerentes aos desafios dos trabalhadores do ramo financeiro.
O curso é fruto de uma parceria da Contraf-CUT e Dieese e conta com o apoio fundamental da Fetec CN e dos sindicatos filiados, que demonstram forte interesse na FORMAÇÃO SINDICAL.
A turma participante é muito boa e esperamos um curso muito produtivo e participativo, para a construção de conhecimento coletivo em prol da luta da categoria bancária.
Neste primeiro módulo veremos muita história do movimento dos trabalhadores, tanto mundial como brasileiro.
O curso terá 3 módulos de cinco dias e trataremos de vários temas inerentes aos desafios dos trabalhadores do ramo financeiro.
O curso é fruto de uma parceria da Contraf-CUT e Dieese e conta com o apoio fundamental da Fetec CN e dos sindicatos filiados, que demonstram forte interesse na FORMAÇÃO SINDICAL.
Foto da turma |
A turma participante é muito boa e esperamos um curso muito produtivo e participativo, para a construção de conhecimento coletivo em prol da luta da categoria bancária.
Neste primeiro módulo veremos muita história do movimento dos trabalhadores, tanto mundial como brasileiro.
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Post Scriptum:
Programa sintético do curso:
2a Feira
Manhã
- Apresentação do curso
- Apresentação dos participantes
- Expectativas e programa
- Contrato
- A sociedade atual (trabalhos em grupos)
Tarde
- A sociedade atual (continuação)
- Trabalho, Sindicato e Sociedade
Noite
- Filme (opcional): Germinal (1993), dirigido por Claude Berri, com Gérard Depardieu.
3a Feira
Manhã
- Trabalho e produção de riqueza
Tarde
- Trabalho e produção de riqueza (continuação)
Noite
- Filme (opcional): Eles não usam black-tie (1981), dirigido por Leon Hirszman, com Gianfrancesco Guarnieri.
4a Feira
Manhã
- Sindicato e sindicalismo
- Origens do sindicalismo no Brasil (1889-1930)
Tarde
- Grupalidade (a tarde toda)
Uma liderança histórica local participa do momento
5a Feira
Manhã
- Origens do sindicalismo no Brasil (continuação)
- Leis trabalhistas e sindicatos na Era Vargas (1930-1945)
Tarde
- Sindicatos no intervalo democrático (1946-1964)
- Movimento sindical durante a ditadura militar (1964-1985)
Noite
Confraternização
6a Feira
Manhã
-Movimento sindical sob os ventos da redemocratização (1985-1990)
Tarde
- Movimento sindical pós estabilização monetária (1990-2010)
- Apresentação e discussão do trabalho intermódulos
- Avaliação
- Encerramento
1.5.11
1o DE MAIO - DIA DO TRABALHADOR
QUE A UNIDADE DA CLASSE TRABALHADORA TRAGA UMA LUTA MAIS COESA E MASSIVA CONTRA O CAPITALISMO E SEUS ASSECLAS, E QUE CONQUISTEMOS:
*MELHOR REMUNERAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO
*MAIOR DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA PRODUZIDA PELA CLASSE TRABALHADORA
*MAIS DEMOCRACIA PARTICIPATIVA
NUNCA ESQUEÇAMOS OS OBJETIVOS IMEDIATOS E HISTÓRICOS DA CLASSE TRABALHADORA:
OS OBJETIVOS IMEDIATOS DIALOGAM COM AS NECESSIDADES HUMANAS DA CLASSE TRABALHADORA, MÃES E PAIS DE FAMÍLIA, JOVENS E ESTUDANTES. OS SINDICATOS DEVEM ORGANIZAR OS TRABALHADORES, DEFINIR AS REIVINDICAÇÕES, MOBILIZAR, BUSCAR NEGOCIAÇÕES E CONTRATAR DIREITOS.
O OBJETIVO HISTÓRICO DA CLASSE TRABALHADORA É ALCANÇAR UM MUNDO MAIS JUSTO, IGUALITÁRIO, SOLIDÁRIO, COM LIBERDADE E DEMOCRACIA, QUE TENHA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL. UM MUNDO SOCIALISTA!!
PS: estou decepcionado com os patrocínios patronais no evento da minha central - CUT. (banqueiros, empresários e governo)
Todos que me conhecem sabem o quanto luto para que cada princípio nosso seja buscado diariamente e não concordo com certas "misturas" entre as partes. Governo é governo, partido é partido, sindicato é sindicato e patrão é patrão. CADA UM NA SUA! SOU SINDICALISTA E NÃO PARTILHO DESSA "MISTURA"!
*MELHOR REMUNERAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO
*MAIOR DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA PRODUZIDA PELA CLASSE TRABALHADORA
*MAIS DEMOCRACIA PARTICIPATIVA
NUNCA ESQUEÇAMOS OS OBJETIVOS IMEDIATOS E HISTÓRICOS DA CLASSE TRABALHADORA:
OS OBJETIVOS IMEDIATOS DIALOGAM COM AS NECESSIDADES HUMANAS DA CLASSE TRABALHADORA, MÃES E PAIS DE FAMÍLIA, JOVENS E ESTUDANTES. OS SINDICATOS DEVEM ORGANIZAR OS TRABALHADORES, DEFINIR AS REIVINDICAÇÕES, MOBILIZAR, BUSCAR NEGOCIAÇÕES E CONTRATAR DIREITOS.
O OBJETIVO HISTÓRICO DA CLASSE TRABALHADORA É ALCANÇAR UM MUNDO MAIS JUSTO, IGUALITÁRIO, SOLIDÁRIO, COM LIBERDADE E DEMOCRACIA, QUE TENHA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL. UM MUNDO SOCIALISTA!!
PS: estou decepcionado com os patrocínios patronais no evento da minha central - CUT. (banqueiros, empresários e governo)
Todos que me conhecem sabem o quanto luto para que cada princípio nosso seja buscado diariamente e não concordo com certas "misturas" entre as partes. Governo é governo, partido é partido, sindicato é sindicato e patrão é patrão. CADA UM NA SUA! SOU SINDICALISTA E NÃO PARTILHO DESSA "MISTURA"!