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12.1.21

Ataque ao BB (II) - Redução de agências e trabalhadores


Opinião

Como informamos aqui no blog, o Banco do Brasil publicou ontem, 11 de janeiro, Fato Relevante anunciando mais uma de suas reestruturações. Na nossa opinião, e pelo que as lideranças dos trabalhadores argumentam nas matérias nos sites das entidades sindicais, se trata de um forte ataque ao banco e aos funcionários, reduzindo mais ainda a capacidade de operação do maior e mais antigo banco público do país, eliminando milhares de postos de trabalho, deixando os colegas do banco numa situação pior do que a que vivem no momento trabalhando em meio à pandemia mundial de Covid-19 e com sobrecarga de trabalho absurda porque a direção do BB já eliminou cerca de 15 mil posto de trabalho depois do golpe de Estado em 2016.

A reestruturação parece ter o clara intenção de piorar a imagem do banco público perante a sociedade ao reduzir sua capacidade de atuação e piorar o atendimento porque fechar agências e reduzir mais ainda o quadro de funcionários fará com que fique mais difícil que o Banco do Brasil desempenhe seu papel de agente financeiro do país, com capacidade para contribuir para reerguer a economia do Brasil em todos os setores da sociedade. Os lesas-pátrias que assumiram o controle do país não escondem o desejo de privatizar todas as empresas de patrimônio do povo brasileiro em favor dos interesses estrangeiros e do mercado.

Os colegas devem ficar atentos às questões relativas à saúde e previdência complementar como nos casos dos associados da Cassi e da Previ quando forem tomar suas decisões a respeito de aderir ou não a eventuais planos de desligamento apresentados pela direção do banco. No caso da Previ, os colegas têm dúvidas em relação aos cálculos de seus complementos de aposentadoria. No site da Previ é possível tirar várias dúvidas sobre os cálculos dos planos. No caso da Cassi, é importante ficarem atentos para não perderem o direito ao Plano de Associados porque ao sair do banco é preciso ser beneficiário dos planos da Previ para terem direito a permanecer na Cassi.

A Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB), órgão organizativo da Contraf-CUT, já se reuniu virtualmente com a direção do banco nesta segunda 11 e os sindicatos e federações são importantes para os trabalhadores neste momento de ataque ao Banco do Brasil por parte desse governo que tem como objetivo destruir tudo que a classe trabalhadora construiu no país ao longo de séculos de lutas sociais.

Não deixem de acompanhar as informações publicadas pelas entidades sindicais dos bancários.

160 ANOS DE CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Aproveito a data de hoje para parabenizar a Caixa Econômica Federal que completa 160 anos de serviços prestados à sociedade brasileira e devemos apoiar os empregados e empregadas em suas lutas pelo fortalecimento do banco. O povo brasileiro viu mais uma vez a importância da Caixa neste momento de crise mundial pela pandemia de Covid-19. Viva a Caixa! Não podemos deixar que os lesas-pátrias no poder destruam ou enfraqueçam esse patrimônio do povo! 

Abraços,

William

(reprodução de matéria do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região)


BB surpreende funcionários com restruturação e com ameaça de 5 mil dispensas

Além do PDV, plano prevê fechamento de agências, perdas de gratificação e redução do papel do banco público

Publicado em 11/01/21 - 18h34

A direção do Banco do Brasil fez uma "surpresa" para os funcionários e as entidades sindicais ao anunciar, nesta segunda-feira (11) pela manhã, um plano de restruturação que prevê o fechamento de agências e outras unidades, além de um Plano de Demissões Voluntários (PDV) que tem por meta dispensar 5 mil trabalhadores do banco, entre outras medidas consideradas muito ruins.

O plano prevê mudanças em 870 pontos de atendimento por meio do fechamento de agências, postos de atendimento e escritórios e a conversão de 243 agências em postos. Também estão previstas a transformação de oito postos de atendimento em agências, de 145 unidades de negócios em Lojas BB, além da relocalização e 85 unidades de negócios e a criação de 28 unidades de negócios. O PDV prevê duas modalidades de desligamento: o Programa de Adequação de Quadros (PAQ), para o que a direção do banco considera excessos nas unidades; e o Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), para todos os funcionários do BB que atenderem aos pré-requisitos.

O banco também quer fazer mudanças no atual modelo e remuneração dos caixas executivos, que deixariam de ter a gratificação permanente a passariam a ter uma gratificação proporcional apenas aos dias de atuação, se houver.

“Fomos informados pelos funcionários, que receberam o comunicado do banco às 9h. Foi um desrespeito com os funcionários e com as entidades sindicais. Somos contrários a esse plano, que retira do BB o papel de banco público. Também prejudica os caixas executivos, que terão perdas. Na reunião de hoje, as informações foram poucas”, afirmou João Fukunaga, coordenador nacional da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).

Na reunião com a CEBB, os representantes do BB admitiram que não tinham todas as informações por ser o dia do anúncio do plano de restruturação. “Estudamos medidas judiciais e orientamos os bancários que procurem seus sindicatos para mais informações. O anúncio do plano provocou muita preocupação entre os funcionários. Agora, quem está em home office vai querer voltar a trabalhar presencialmente porque está preocupado de não deixar de ser notado em um momento de redução de pessoal. Tudo isso acontece em meio à pandemia”, criticou Fukunaga.

Participaram da reunião desta segunda-feira vários representantes de federações de bancários de todo o Brasil. O plano de restruturação foi considerado um ataque à categoria e pode causar, na prática, a redução do papel do Banco do Brasil como banco público, com o fechamento de agências em diversas cidades do país. 

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a CEBB orientam os sindicatos a fazerem reunião para saber o impacto do plano nas suas bases e a repassarem essas informações para as federações. A CEBB vai realizar nova reunião na quarta-feira (13) para discutir um calendário de lutas e de mobilização dos funcionários.

Fonte: Redação do Seeb SP

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