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14.5.18

Cassi inaugura novo serviço próprio em Brasília


(reprodução de matéria, com comentário do atual Diretor de Saúde no blog ao final)


Cerimônia de inauguração (1 e 2), Márcia (3) e
Richard (4), funcionários do Edifício BB, Inês (5),
da Dipes, e profissionais da nova CliniCassi.


Publicado em: 14/05/2018

Começou a funcionar hoje, em Brasília, a CliniCassi Edifício BB, que vai atender os 4,6 mil funcionários que trabalham no local. É o sexagésimo sexto serviço próprio da Cassi, terceiro na capital federal, criado para atender demandas espontâneas, sem agendamento, consultas com médico do trabalho e realizar o acompanhamento pela Estratégia Saúde da Família (ESF) – equipe com médico de família, enfermeiro, técnico de enfermagem e nutricionista.

“Vou mudar a minha equipe da ESF pra cá, porque vai ficar mais fácil o acompanhamento”, comemorou a Gerente da Divisão de Pagamentos da Disec, Márcia Campos. Ela mantém controlada a diabetes desde que, há quatro anos, começou a ser acompanhada pela ESF na CliniCassi Brasília Norte. Márcia diz que vai recomendar a adesão à Estratégia aos colegas do prédio. Richard Anderson de Souza, funcionário da área de engenharia do Banco, também conta com o novo serviço para se cuidar mais. “Só costumava ir na CliniCassi para os exames periódicos. Agora, sem gastar o tempo de deslocamento, ficará mais fácil aderir aos programas de promoção à saúde”, pondera.

A Gerente de Saúde Ocupacional, Juliana Campello, e a Gerente de Segurança e Saúde no Trabalho, Inês Saldanha, ambas da Diretoria de Pessoas, apostam numa maior aproximação entre as ações assistenciais e as de saúde ocupacional, com a CliniCassi complementando o que é feito pelo Banco. “Conseguiremos um recorte mais preciso do perfil da população”, fala Inês.

As médicas de demanda espontânea da nova CliniCassi, Melanie Franca e Tereza da Mota, reforçam que a estrutura favorecerá o cuidado. “Mesmo quando chegam com uma queixa específica para tratarmos, acabamos identificando fatores que precisam ser melhorados e propormos a adesão à ESF para um cuidado mais amplo. E ter uma população com um perfil definido, como será aqui, permite ações mais precisas”, diz Melanie. “As pessoas gostam da ideia de ter o seu médico de família, como existia no passado”, reforça Tereza. As duas médicas foram apresentadas durante a inauguração, junto a outros profissionais que integram a equipe que atuará no Edifício BB.

Na cerimônia, o Presidente da Caixa de Assistência, Luis Aniceto, destacou a parceria com o BB para viabilizar a instalação da CliniCassi e disse que a experiência servirá para expandir o modelo da Estratégia em outros locais. “Investir na atenção primária é uma forma de melhorar a saúde dos associados, que passam a viver melhor, trabalham melhor.” 


O Diretor de Saúde e Rede de Atendimento, William Mendes, também acredita que este serviço contribui para a ampliação da ESF e marca “um novo momento para a Cassi”. O Diretor da Diretoria Gestão de Pessoas do Banco do Brasil, José Caetano Minchillo, destacou que os quase 5 mil funcionários dão a dimensão do desafio desta CliniCassi na prevenção do adoecimento. “Mais do que economizar – reduzindo a necessidade de procurar a rede credenciada – podemos promover a saúde dos nossos profissionais.”

Participaram ainda da cerimônia representantes do Conselho de Usuários da Cassi DF e de entidades ligadas ao funcionalismo do BB, além de dirigentes, executivos e funcionários da Cassi e do BB.

SERVIÇO


A CliniCassi funcionará de 8h às 18h, de segunda à sexta, no 9º andar da torre norte do edifício BB. O atendimento é direcionado aos funcionários do prédio.

Fonte: site da Cassi


Comentário do blog:

Olá prezad@s associados da Cassi e companheir@s de lutas por direitos dos trabalhadores.

Hoje inauguramos a CliniCassi Ed. BB em Brasília. Fico feliz por isso, porque trabalhamos muito nesses quatro anos de mandato na Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento, área responsável pela gestão do modelo assistencial e pelas unidades próprias da Cassi, para reverter uma leitura inadequada que se fazia das CliniCassi, do modelo de prevenção e promoção a partir de Atenção Primária e Estratégia Saúde da Família e dos programas de saúde de nossa autogestão.

Há 4 anos, a Cassi era muito mais desconhecida que hoje. E incompreendida. Por isso, sofria com lugares comuns e equívocos nas expectativas do papel das CliniCassi. A Cassi ainda é pouco conhecida por sua comunidade, precisa avançar no empoderamento e pertencimento de seus associados e usuários. Estamos terminando nosso trabalho à frente da Diretoria de Saúde e das equipes de profissionais que atuaram conosco na sede e nas unidades com muita gratidão pelo trabalho dedicado e competente que vimos de cada funcionário da Caixa de Assistência. E isso em crise constante do setor e dela própria, por diversos fatores.

De um lado, a Caixa de Assistência tem um problema antigo e recorrente de desequilíbrio entre despesas e receitas no Plano de Associados. Não adianta alguns neófitos no tema "gestão de saúde" discursarem facilidades nas soluções como se o déficit fosse coisa recente e "culpa de eleitos". Na realidade o sistema Cassi vem apresentando déficits por décadas a fio. Afirmo isso porque li quase 3 décadas de Relatórios Anuais e no início dos anos 90 já havia déficit de quase 100% entre despesas e receitas. O motivo sempre foi de conhecimento das gestões: a Cassi ser mera pagadora de compra de serviços de saúde no mercado equivale a nunca estabelecer equilíbrio entre o que se arrecada no sistema e o que se paga no mercado. Básico, porque mercado vive de vender serviços e quanto mais se vende (e gera demandas), mais se lucra às custas dos usuários e seus planos. Não precisa ser um gênio para se fazer esse diagnóstico.

Por outro lado, a solução para se encontrar sustentabilidade no sistema de saúde da Cassi foi pensada na Reforma Estatutária de 1996. Passar a fazer gestão de saúde a partir de um sistema próprio de Atenção Integral, com Atenção Primária e ESF e CliniCassi. Por mais de uma década, a incerteza se as CliniCassi e o modelo deveriam ou não avançar, se davam resultados econômico-financeiros sobre os investimentos ou não, fez com que o avanço na ampliação da cobertura do modelo assistencial fosse lento ou não ocorresse. Ficamos felizes em terminar o mandato ao menos tendo contribuído para que a ESF e o modelo assistencial tenham se destacado interna e externamente como a melhor alternativa para organizar um sistema de promoção de saúde e prevenção de doenças.

Mesmo tendo feito um mandato sob a maior crise entre receitas e despesas do Plano de Associados em muitos anos (e sem receitas extraordinárias como ocorreu entre 2007 e 2014), que é um tipo específico de problema do sistema Cassi (custeio), contribuímos com a Caixa de Assistência aumentando em mais de 25 mil vidas a cobertura da ESF, e também contribuímos com estudos desenvolvidos na Diretoria de Saúde que permitiram que as convicções sobre a efetividade do modelo assistencial fossem alcançadas pelos intervenientes. Daí que estamos terminando o mandato, mesmo em crise econômico-financeira, com muitos projetos na área da saúde aprovados e em desenvolvimento na Caixa de Assistência como a ampliação da ESF e dos programas de saúde. Isso é bom para a Cassi e para a comunidade, o que inclui o BB, os associados, as entidades representativas, a Cassi e seus funcionários.

Esperamos ver mais CliniCassi instaladas, principalmente onde a proporção de participantes cadastrados é baixa em relação ao total de assistidos, o que inclui as unidades gigantes da Cassi - São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e Distrito Federal.

É isso, acabei me alongando no comentário. Repito o que disse na inauguração da CliniCassi Ed. BB: agradecemos o apoio da Direção da Cassi, da Direção do Banco do Brasil e dos profissionais da Cassi. Todos acertaram nessa aposta no modelo assistencial da nossa querida Caixa de Assistência. Parabéns aos associados e participantes do sistema.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014-2018)

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