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17.1.18

Opinião da semana e agenda do Diretor de Saúde da Cassi



Cara de sono... fiz textos da Cassi até 4h da manhã e acordei cedo
para participar de uma reunião nacional com entidades sindicais
em busca de apoio e defesa da Cassi.

Olá prezad@s associados e participantes da Cassi e lideranças representativas da comunidade Banco do Brasil.

Neste início de ano a nossa agenda de trabalho e gestão na Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, onde atuo como Diretor de Saúde e Rede de Atendimento, eleito pelos trabalhadores associados, tem sido de muito trabalho interno na governança em Brasília. 

Os últimos meses também têm sido de muito trabalho "invisível" aos olhos de parte da nossa comunidade, pois a Cassi e o BB nos têm exigido muito trabalho político para criarmos condições de manter os direitos dos trabalhadores frente à grave crise que o país atravessa, com repercussões severas no mundo do trabalho. No caso do BB, os sindicatos e os trabalhadores estão em constante busca de diálogo e negociações por causa das reestruturações e demais mudanças que impactam a vida dos bancários. 

No nosso caso, a Cassi, estamos no meio de um processo de fortalecimento e sustentabilidade da entidade, em uma luta que começamos após as consequências do atual déficit no plano de saúde dos funcionários, déficit que já vem de um certo tempo. Diferentemente do que algumas pessoas pensam, nem tudo se resolve de forma técnica, com atos de gestão etc, porque direitos em saúde como no nosso caso envolvem a questão de mantê-los ou perdê-los. Neste caso, estamos falando de política e luta de classe.

As questões complexas que se apresentam para o setor de saúde suplementar e para a Cassi demandam muito estudo, muito debate e muita estratégia política por parte de um dirigente eleito por trabalhadores para enfrentar os desafios na manutenção de direitos daqueles que representa - no nosso caso, os bancários da ativa e aposentados do Banco do Brasil e seus familiares.

Li nesta semana o informativo Boletim Pessoal (15/1/18), da Direção do BB, dirigido a nós funcionários e abordando temas relativos à nossa Caixa de Assistência. A mensagem termina convidando o corpo de associados a um diálogo aberto e propositivo para encontrar soluções para a sustentabilidade da Cassi. 

Diálogo aberto - Fico contente com o convite da Direção do BB porque tod@s aqueles que nos acompanham sabem que uma de nossas prioridades no mandato foi colocar a Cassi e a Saúde em debate. Desafiamos todas as dificuldades impostas no caminho e criamos condições para fortalecer os Conselhos de Usuários da Cassi nos 26 Estados e DF onde estão as Unidades Cassi e as CliniCassi. Onde estão as pessoas da comunidade, a nossa razão de ser. Onde estão os sindicatos de bancários, as associações da ativa e aposentados, onde estão todas as representações dos bancários associados à Cassi. (espero não ser questionado por fazer o diálogo aberto e opinativo aqui neste espaço)

Eu compartilho aqui no blog as informações e opiniões que posso dar e que entendo que são adequadas para municiar de informações o conjunto de associados que representamos. 

BB e Accenture - Eu não conheço o relatório final da consultoria contratada pelo Banco, então não tenho como opinar sobre ele ainda. Eu tive acesso a relatórios de diagnóstico sobre a Cassi, feitos entre os meses de setembro e dezembro de 2017. Internamente, debati o que constava neles, disse que o trabalho realizado com o apoio e a parceria de nossas áreas técnicas estava bom, e contestei coisas que entendi estarem equivocadas e/ou com conceitos que nossas áreas técnicas discordavam. No momento, eu não sei se o relatório final mudou da água para o vinho ou se está condizendo com o que já vi.

Transparência - O desequilíbrio econômico-financeiro da Cassi vem sendo debatido de forma transparente como poucas vezes na história da entidade. Tanto é verdade que nossa conquista de uma mesa de negociação Cassi com o Banco avançou para que ela continue em aberto enquanto vigorar o Acordo feito para o primeiro momento de nossa luta (2015/2016), que gerou o Memorando de Entendimentos em outubro/2016 (ver AQUI o hotsite que criamos na Cassi sobre Prestação de Contas). Enfim, os dados econômico-financeiros da Caixa de Assistência estão sendo apresentados às entidades da mesa, como aconteceu na 4ª Mesa de Prestação de Contas ocorrida em 12 de dezembro (ver AQUI). 

Esse avanço na transparência é conquista e faz parte de nossa luta por mais pertencimento à Cassi por parte da comunidade associada. Aliás, de novo acho importante lembrar do quanto é importante termos atuação firme e estratégias políticas adequadas para a busca de soluções nas relações do mundo do trabalho e dos direitos. Se não tivéssemos procurado as entidades sindicais no final de 2014 para construir mobilização e mesa de negociação com o BB sobre o déficit da Cassi, dificilmente teríamos mantido os direitos dos trabalhadores e a nossa autogestão nesses 4 anos. 

Pouca gente conhece os bastidores para a construção de uma mesa negocial. É muito difícil iniciar processos formais de negociação porque o patrão não aceita facilmente negociar suas posições. O primeiro semestre de 2015 para mim, minha equipe assessora, e as lideranças do movimento foi de horas ininterruptas de luta, durante meses, pela constituição da mesa.

Mesa negocial contribui para que haja diálogo e as duas partes se expressem - Já naquele momento (2014/2015), o patrocinador publicava boletins aos funcionários abordando a Cassi e os direitos em saúde com as teses que podem voltar agora como, por exemplo, a quebra do modelo de solidariedade do Plano de Associados com cobrança maior por faixa etária, cobrar coparticipação maior dos usuários do sistema, aumentar o custeio só por parte dos bancários, criar franquia sob internação, cobrar por dependente, dentre outras reduções de direitos que foram propostas pelo patrocinador à época. Detalhe: em nenhuma dessas opções, o Banco seria onerado na mesma proporção que os associados, apesar de estar na gestão há décadas.

Assim que eu souber das propostas "técnicas" e soluções que serão colocadas em debate sobre a Cassi e os direitos dos associados que representamos, vou expor a minha opinião sobre cada uma delas. Quem nos acompanha sabe que fiz isso o tempo todo no mandato como Diretor de Saúde.

Unidade e mobilização - Conclamo ao conjunto das entidades representativas do funcionalismo e aos Conselhos de Usuários a se manterem em contato com as bases de associados porque quanto mais mobilizados estivermos, melhores serão as chances de boas negociações pela manutenção de nossos direitos em saúde e pelo fortalecimento da Cassi no que ela tem de diferente do restante do mercado de saúde suplementar: o seu modelo assistencial de promoção de saúde e prevenção de doença.

Os boletins Prestando Contas Cassi (AQUI) divulgados ao longo do ano de 2017 mostraram estudos e resultados surpreendentes em relação à população já cadastrada e vinculada ao nosso modelo APS/ESF. Uma coisa é a busca de solução para desequilíbrios econômico-financeiros, outra é o modelo de saúde da Cassi, que mostramos ter uma eficiência que chamou a atenção de todos os atores do setor de saúde suplementar.

A busca de soluções para a sustentabilidade da Cassi e manutenção do conjunto dos direitos em saúde para ativos, aposentados e familiares da comunidade Banco do Brasil, inclusive para as discussões no setor de saúde e nos órgãos externos, será exitosa se tiver como base a unidade dos participantes e foco na ampliação do modelo assistencial da Cassi para o próximo período de existência da nossa autogestão.

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Agenda do Diretor de Saúde

Além de diversas reuniões e estudos na sede da Cassi, estamos fazendo uma série de textos com balanços dos 4 anos de gestão da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi, sob nossa responsabilidade. Está dando muito trabalho, mas faço esses estudos e memoriais em respeito a cada associado e associada, aos funcionários da Cassi e às entidades representativas, conselhos de usuários e suas lideranças.

Nesta quarta-feira estive numa importante reunião nacional com sindicatos das mais diversas regiões do país, debatendo a Cassi. Foi assim que buscamos apoio fundamental nas lutas que fizeram a resistência nesses 4 anos aos ataques aos direitos dos associados que representamos: com unidade e mobilização política na defesa da Cassi.

Essa agenda em São Paulo foi a convite das entidades sindicais, que patrocinaram a nossa participação. Agradeço ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, assim como tenho agradecido a todas as entidades que lutam juntas conosco na defesa da Cassi e dos associados.

Abraços,

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)


Post Scriptum: Comunicação

Prezad@s, por favor, peço que reforcem com as pessoas que queiram receber as nossas informações sobre a Cassi e sobre nossa prestação de contas para que acessem ao menos duas vezes por semana este blog digitando o endereço dele e colocando em seus favoritos, porque as corporações donas das redes sociais (tipo Facebook) estão dificultando que as pessoas com perfis amadores, sem pagar, divulguem em escala matérias de seus sites e blogs. Obrigado!

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