Blog de William Mendes, ex-dirigente sindical bancário e ex-diretor eleito de saúde da Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil
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31.7.17
Opinião: É hora de organizar um encontro nacional em defesa da Cassi e dos associados
Olá prezad@s associados e participantes da Cassi e companheir@s de lutas,
Iniciamos mais uma semana de gestão e defesa dos direitos dos associados de nossa Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, a maior operadora de autogestão do País.
Nesta segunda, nossa agenda começou com a primeira reunião (ver site Cassi AQUI) da Diretoria Executiva com a consultoria Accenture, contratada pelo patrocinador Banco do Brasil como parte do Acordo e do Memorando de Entendimentos, conquista dos trabalhadores associados e suas entidades representativas, em conjunto com os eleitos da Cassi, após quase dois anos de mobilização nacional e mesa de negociação com o BB sobre a sustentabilidade do Plano de Associados.
A reunião, que teve a participação de um representante do Banco do Brasil, foi de apresentação inicial e após ouvirmos as explanações gerais sobre o trabalho a ser realizado, nos colocamos à disposição para esclarecer e demonstrar tudo o que apuramos nesses 3 anos que estamos à frente da Diretoria de Saúde e Rede (própria) de Atendimento em relação à eficiência do Modelo Assistencial de Atenção Integral à Saúde, através da Atenção Primária (APS) e Estratégia Saúde da Família (ESF), que em nosso modelo se dá através das unidades de atendimento em saúde CliniCassi, e através de programas de saúde para todos os níveis de atenção. Temos estudos e dados que confirmam que nosso modelo APS/ESF/CliniCassi deve avançar e com rapidez para que os recursos dos associados sejam melhor utilizados na compra de serviços de saúde na rede prestadora, com a cobertura do modelo para o conjunto dos participantes.
Conforme afirmei em texto recente (ler AQUI), como gestor eleito pelos associados e um dos guardiões dos interesses do Corpo Social, vejo com preocupação o fato de que a consultoria contratada pelo patrocinador Banco do Brasil não tenha sido enviada a Cassi no primeiro semestre e que chegue num momento em que o cronograma para os debates que decidirão o futuro da Caixa de Assistência e os direitos dos associados se dê num calendário em que a entidade estará com a sua normalidade administrativa alterada (depois das primeiras 18 semanas), porque a partir do final do ano de 2017, além do período de férias, haverá processo eleitoral na entidade até o final de abril de 2018. Essa coincidência de calendário poderá fragilizar sobremaneira a metade da governança que é composta por eleitos. Imaginem vocês como se dão os bastidores nesse contexto e mudanças sérias podem ocorrer com a diferença de um voto no CD (uma abstenção, por exemplo). Entendo que as Entidades da Mesa devem avaliar esse risco para os associados e estabelecer alguns marcos a respeito com o Banco do Brasil.
Tenho apresentado algumas preocupações para os associados e participantes que nos leem e suas entidades representativas em relação a ataques aos direitos dos trabalhadores do Banco do Brasil da ativa e aposentados.
Entendo que é hora de chamarmos um encontro nacional, organizado pelas Entidades Contraf, Contec, Anabb, Aafbb e Faabb, porque, num acordo político histórico em 2015/2016, lideraram a unidade nacional em defesa da Cassi, junto com os representantes eleitos pelos associados, conselhos de usuários e demais entidades da comunidade.
Esse encontro teria o objetivo de voltar a mobilizar toda a comunidade Banco do Brasil porque há sinais de ameaças tanto externas - agravamento da condição do mercado de saúde (que afeta o valor pago aos serviços de saúde), ingerências de órgãos reguladores e governo federal etc -, quanto ameaças internas, em relação aos encaminhamentos que podem ser tomados sobre a sustentabilidade do Plano de Associados neste período do Memorando de Entendimentos - custeio do Plano (quem paga a conta), coberturas, solidariedade, modelo assistencial, programas de saúde, estrutura de atenção primária, direitos isonômicos na governança etc.
Deixo como sugestão de datas para reflexão das entidades e lideranças os dias 19 ou 26 de agosto (dois sábados), porque as nossas agendas da governança da Cassi são programadas com antecedência de meses e os dias da semana estão carregados para nós.
Abraços a tod@s e estamos à disposição,
William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)
28.7.17
Cassi - Agenda de gestão na Paraíba foi muito positiva
Olá prezad@s associados e participantes da Cassi e companheir@s de lutas,
A Diretoria de Saúde e Rede (própria) de Atendimento cumpriu nesta quinta e sexta-feira, uma importante agenda de gestão e luta de nossa Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil.
Viemos a João Pessoa nesta quinta 27 para o lançamento do piloto da Rede Referenciada do sistema de saúde Cassi. Depois faremos matéria a respeito desse passo importante para o fortalecimento do modelo assistencial de Atenção Integral, Atenção Primária (APS) e Estratégia Saúde da Família (ESF), modelo operacionalizado através das unidades de atendimento em saúde CliniCassi.
Nesta sexta 28 cumprimos uma agenda importante de fortalecimento da participação social, e de relacionamento com os segmentos de participantes da comunidade Banco do Brasil.
Reunião com o Conselho de Usuários da Cassi PB. |
REUNIÃO COM O CONSELHO DE USUÁRIOS DA CASSI PB
Aproveitamos a nossa 5ª visita a trabalho ao Estado como Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (eleito) para nos reunir com os conselheiros e conselheiras de usuários da Cassi que, gentilmente, se dispuseram em nos dar a oportunidade de prestar contas de nossa atuação no mandato, trazer informações das questões afetas à Cassi e ouvir suas indagações e sugestões.
A reunião foi muito boa. Apresentei minhas preocupações a respeito dos desafios que vamos enfrentar a partir desta etapa de existência da Cassi, pós assinatura do Memorando de Entendimento e após recentes eventos externos que impactaram a nossa autogestão e os direitos dos associados (ANS e Governo Federal).
Agradeço ao Conselho de Usuários pela reunião.
Após o evento, tive a oportunidade de conversar com os companheir@s do Sindicato dos Bancários da Paraíba. Fortalecemos nossos laços de apoio nas lutas e causas dos trabalhadores que representamos.
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ATENÇÃO ASSOCIAD@S: não se deixem enganar nos próximos meses por propostas ou sugestões "técnicas" que signifiquem a quebra do modelo de custeio solidário do Plano de Associados. Essas ideias são disseminadas como solução de sustentabilidade do plano de saúde dos trabalhadores, mas carregam em si o fato de onerar somente os associados, livrando o Banco patrocinador de qualquer ônus e ele é corresponsável por tudo que afeta a Cassi positiva e negativamente, porque está na gestão e nada é aprovado ou encaminhado sem o aval do Banco.
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Reunião com a Super PB. |
REUNIÃO COM A SUPER PB
A terceira agenda do dia foi a visita à Superintendência do Banco do Brasil. E já agradeço o espaço que tivemos para fortalecer as parcerias em defesa da promoção de saúde e prevenção de doenças, além do foco na ampliação do conhecimento de nossa Cassi por parte dos funcionários da ativa.
Em 2016, a Diretoria de Saúde visitou os órgãos do Banco em todas as Unidades Federativas do País - Super, Gepes e Sesmt - buscando estreitar as parcerias para dar mais oportunidade da Cassi atuar pela saúde dos trabalhadores da ativa. Essa estratégia tem sido fundamental para todos - os funcionários, a Cassi e o BB. A Atenção Primária e ESF reduzem a despesa assistencial na rede prestadora de forma significativa.
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ATENÇÃO ASSOCIADOS E PARTICIPANTES: lembramos a vocês que procurem os canais da Cassi para solução de alguma pendência em suas demandas de saúde antes de formalizarem reclamação na ANS e ou judicializar contra a nossa autogestão.
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Reunião com os funcionários da Cassi PB. |
REUNIÃO DE GESTÃO COM OS FUNCIONÁRIOS DA CASSI PB
Finalizamos a agenda em João Pessoa com uma excelente reunião com os funcionários da Cassi, um verdadeiro patrimônio da comunidade BB.
Abordamos diversos temas afetos às nossas áreas de responsabilidade: políticas e programas de saúde, ESF, CliniCassi, unidades administrativas e suas tarefas diárias. Também falamos a respeito de questões gerais e de outras áreas da Cassi como, por exemplo, o Planejamento Estratégico da nossa Diretoria e da Cassi, as Iniciativas Estratégicas, governança e, por fim, respondemos às dúvidas da equipe.
Desde o início de nosso mandato como responsável pela estrutura de saúde da Cassi apostamos em atuar de forma presente nas bases sociais que gerimos e que representamos.
MEU PAPEL DE GESTOR ELEITO É ESTAR JUNTO ÀS BASES E POLITIZAR AS QUESTÕES DO MUNDO DO TRABALHO QUE REPRESENTO
Apesar da minha leitura de cenário apontar para tempos difíceis em relação à defesa dos direitos dos associados que representamos e para a própria Caixa de Assistência, que existe e atua em meio a crises externas no setor de saúde suplementar que afetam muito sua condição de autogestão em saúde (porque a Cassi compra serviços de saúde num mercado onde saúde é negócio e doença traz lucro aos empresários do setor), faço um esforço gigantesco de manter a presença nas bases porque acredito que isso traz credibilidade e transparência na atuação política em defesa daqueles que representamos.
Além de ser um defensor da Política, no fundo, sou um grande defensor de um Banco do Brasil público, atuante em seu papel de agente financeiro a serviço do País e que respeite seu funcionalismo e sua comunidade, bem como o povo brasileiro, que deve ser atendido da melhor forma possível.
Nesta quadra da história estão sob risco grave de existência a Cassi, a Previ e o Banco do Brasil, enquanto instituições essenciais na vida da própria comunidade BB e do povo brasileiro. Conclamo muita mobilização e unidade de todos os segmentos da ativa e aposentados para defender nossa Cassi e nosso banco público.
Abraços a tod@s os meus pares da classe trabalhadora.
William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)
26.7.17
Opinião - Preparem-se para a batalha em defesa da autogestão Cassi e dos direitos dos associados da ativa e aposentados
Olá prezad@s associados e participantes da Cassi e companheir@s de lutas,
Após uma pausa de dez dias, retomo nesta quinta-feira 27 a nossa agenda de gestão e luta em defesa da Cassi e dos direitos dos associados que representamos. Estarei em João Pessoa, Paraíba, cumprindo compromissos da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento, área responsável pelas políticas e programas de saúde da Cassi, bem como pela gestão das estruturas próprias de nossa autogestão, as Unidades Administrativas nos Estados e as de atendimento em saúde, as CliniCassi.
Desde junho de 2014, quando iniciamos nosso trabalho na gestão da Cassi, fizemos questão de estabelecer algumas prioridades naquilo que entendemos como central para o papel de um gestor eleito pelos trabalhadores do Banco do Brasil, associados da maior e melhor autogestão do País.
Uma prioridade que perseguimos e conseguimos avanços importantes foi em relação a estudar a nossa autogestão e ampliar a cobertura de seu modelo assistencial de Atenção Integral, baseado em Atenção Primária em Saúde (APS) e Estratégia Saúde da Família (ESF), modelo que funciona a partir de unidades de atendimento CliniCassi. Mesmo com o cenário mais adverso da história recente da Cassi, conseguimos ampliar a cobertura de 155 mil para 182 mil vidas e hoje estamos no limite da capacidade instalada. E nossos estudos mostram que as pessoas cuidadas pela ESF têm uso melhor dos recursos da Cassi quando utilizam a rede prestadora de serviços de saúde, o maior problema de gastos dos planos de saúde na atualidade. A economia per capita do grupo vinculado à ESF no comparativo entre cuidados e não cuidados chega a 30%.
Outra prioridade que precisamos estabelecer logo de cara foi impedir que o patrão patrocinador Banco do Brasil jogasse a conta de um déficit histórico no Plano de Associados no colo dos associados, déficit com diversas causas e muitas de responsabilidade do patrão. Organizamos o enfrentamento ao Banco e seus indicados na governança, recusando propostas que só oneravam os associados em 2014. Em 2015, após organizarmos uma mesa nacional para debater a sustentabilidade da Cassi, o patrão Banco do Brasil tentou se ver livre dos aposentados do Plano de Associados propondo um Fundo de 6 bilhões de reais e quis que os déficits (com responsabilidade do BB também) fossem rateados entre os associados, quebrando a solidariedade e prejudicando os idosos, as pessoas doentes e os grupos familiares. Vencemos aquela etapa de luta com a proposta de setembro de 2016, que gerou o Memorando de Entendimentos, com o Banco colocando recursos de 851 milhões de reais em 3 anos, além do 1% de contribuição dos associados.
Uma outra prioridade nossa foi na área de comunicação e conhecimento: sabíamos que a base social que representamos não conhecia a Cassi e estabelecemos uma estratégia militante de fazer a gestão junto aos Estados, junto às entidades representativas, conselhos de usuários e lideranças dos segmentos de associados. O Banco tentou inviabilizar a nossa estratégia cortando os recursos de nosso trabalho nas bases sociais da Cassi nos anos de 2015 e 2016. Fizemos assim mesmo 27 Conferências de Saúde e eu visitei todos os Estados buscando fortalecer parcerias da Cassi com o próprio Banco porque um precisa do outro, Cassi e BB. Criamos o Boletim mensal Prestando Contas (ver AQUI) e passei a me comunicar com as lideranças e comunidade BB através deste Blog.
O período que se inicia será uma "guerra" para conseguirmos defender a existência da autogestão Cassi e os direitos em saúde dos associados
A conjuntura atual do País sob Golpe de Estado, o cenário dos efeitos do golpe no Banco do Brasil, sofrendo forte reestruturação que pode inviabilizá-lo como banco público, o ataque violento à saúde pública e os efeitos sistêmicos da crise na estrutura privada de saúde, sejam nos vendedores de serviços de saúde (rede credenciada), sejam nos planos de saúde, apontam para um período que exigirá forte mobilização dos cerca de 175 mil associados da Cassi e suas entidades representativas. E não é só isso.
O patrocinador Banco do Brasil, e o governo de plantão, que manda no banco público, definiram novas estratégias para o período que se inicia com o Memorando de Entendimentos, Acordo onde ele teve que colocar recursos após quase dois anos de mobilização de nosso lado.
Na minha opinião de eleito dos associados na gestão da Cassi, vem aí um forte ataque aos nossos direitos. Nem bem chegou a consultoria paga pelo patrão, e nos debates internos os indicados já vêm há semanas querendo que sejam feitos estudos para aumentar a coparticipação dos associados. Nós eleitos não concordamos com isso, porque os limites de coparticipação foram definidos na mesa nacional que definiu a Reforma Estatutária de 2007. Os indicados também deixam transparecer opiniões de que a solidariedade do Plano de Associados não é "viável". O próprio representante do Banco na 2ª mesa de prestação de contas em 2/06/17 chegou a dizer que um dos escopos da consultoria seria a revisão do modelo assistencial (ver matéria da Contraf-CUT questionando isso AQUI). Creio eu que poderão propor voto de minerva na governança da Cassi para desequilibrar mais ainda a gestão entre eleitos e indicados no dia a dia.
Outra preocupação que tenho como estrategista eleito pelos associados é em relação à chegada da consultoria paga pelo Banco neste momento (fim de julho, ver matéria da Cassi AQUI). Na minha leitura de defensor dos direitos dos associados é no mínimo inconveniente o Banco não ter enviado a consultoria no primeiro semestre como deveria ter ocorrido. Eu devo alertar aos leitores que nos acompanham que a previsão de conclusão dos trabalhos da consultoria (18 semanas) e consequente debate acalorado na governança entre eleitos e indicados será justamente nos meses de recesso (dezembro, janeiro e fevereiro). Isso pode ser bastante prejudicial para a parte eleita. Quero lembrar a todos que no início do ano de 2018 é prazo para abertura de eleições na Cassi. Imaginem vocês em que condições o Banco fará o debate da vida da Cassi e dos associados nos primeiros meses de 2018. Será que isso é coincidência?
E para partilhar com vocês o que já tenho dito interna e externamente, entendo que a Cassi deve ser defendida da suspensão que o órgão regulador (ANS) impôs ao Plano de Associados. Ser defendida tanto pelo patrocinador BB, pois quero acreditar que o Banco quer manter a entrada de novos funcionários no seu plano coletivo empresarial fechado (não é comercializado). E entendo que as entidades representativas dos associados devam avaliar como defender a manutenção da entrada de novos trabalhadores do Banco ao Plano, porque no momento a ANS suspendeu novas entradas pela via administrativa (normal) de novos bancários.
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ATENÇÃO: Se as ameaças aos direitos dos associados já não fossem poucas, foi descoberto dias atrás que houve uma reunião interministerial do Governo Federal (ver AQUI) para estudar resoluções que podem inviabilizar autogestões como a Cassi, pois estaria limitando na canetada os montantes que o Banco do Brasil poderia contribuir para o Plano de Associados, inclusive desrespeitando o que já é definido em Estatuto Social.
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Essa é a pauta de lutas que teremos para este período que se inicia, querid@s associados da Cassi e companheir@s de lutas.
William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)
21.7.17
Cassi Acre realiza a VI Conferência de Saúde
Mesa de abertura e plenário da Conferência de Saúde. |
O tema da Conferência, “Cassi: O Desafio do Modelo de Atenção Integral à Saúde”, foi apresentado pelo Diretor de Saúde e Rede de Atendimento, William Mendes de Oliveira, que ressaltou a importância do modelo adotado pela Caixa de Assistência para a qualidade de vida dos participantes.
“Partilharmos informações importantes nesse momento da Cassi, em que o associado e o Banco do Brasil estão contribuindo para ampliarmos o nosso modelo de saúde. A Unidade Acre e todos que ajudaram a promover a Conferência estão de parabéns. A participação do público foi muito boa”, considerou Mendes.
Em sua palestra, o Diretor de Administração e Finanças, Dênis Côrrea, fez uma apresentação sobre o “Panorama da Cassi”. “O encontro foi muito positivo porque permitiu uma reflexão sobre os resultados e o futuro da Cassi. A participação dos associados foi gratificante, mostra que querem atuar, entender a situação da Instituição e compreender os desafios que temos pela frente, nos ajudando a decidir um futuro melhor para a Cassi”, ressaltou Dênis.
O superintendente do Acre, Paulo Henrique Gomes Amaral (Paulinho), também considerou importante mais essa iniciativa da Instituição. “Cada um de nós tem uma responsabilidade com a Cassi: os associados, o Banco e a própria Caixa de Assistência, afinal, ela é um patrimônio nosso. Eu tenho absoluta certeza que todos saíram mais conscientes e preparados para fazer a sua parte e cuidar da nossa Cassi.”
Fonte: Cassi
Post Scriptum:
Reunião com o Conselho de Usuários da Cassi AC. |
Olá prezad@s associados e participantes da Cassi e companheir@s de lutas,
A Conferência no Acre fechou uma agenda nossa de trabalho de dois dias muito positiva. Foi a nossa 3ª ida ao Estado como Diretor de Saúde e Rede de Atendimento. Nunca diferenciei bases sociais da Cassi por importância na quantidade de votos ou tamanho da população assistida.
Na quarta-feira 12 visitamos a Super AC para reforçar as parcerias que havíamos estabelecido em 2016.
Depois do almoço, nos reunimos com o Conselho de Usuários para prestar contas do trabalho que estamos realizando em nome dos associados da Cassi, para ouvir sugestões e fortalecer os laços de pertencimento à nossa Caixa de Assistência.
Eu destaco que fiquei encantado com o boletim que o Conselho de Usuários do Acre criou para falar da Cassi e das questões afetas a ela na base do Estado.
Na quinta 13, antes da Conferência, estivemos na Cassi em reunião de gestão com a equipe de funcionários.
Agradeço o excelente trabalho que a Unidade está realizando para os nossos mais de 1800 participantes. Agradeço também às entidades parceiras e à Super AC que contribuíram muito para que tivéssemos 90 pessoas presentes à Conferência. Se considerarmos a base social no Estado, estamos falando em 5% da base presente ao evento.
Não canso de ir à base como diretor eleito. Dá muito trabalho fazer um mandato como faço desde o primeiro dia de gestão em 2014, mas VALE A PENA.
Falei com mais participantes no Acre do que no próprio Congresso dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado semanas atrás em São Paulo.
Abraços a tod@s,
William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)
Na quarta-feira 12 visitamos a Super AC para reforçar as parcerias que havíamos estabelecido em 2016.
Reunião com a Super AC. |
Depois do almoço, nos reunimos com o Conselho de Usuários para prestar contas do trabalho que estamos realizando em nome dos associados da Cassi, para ouvir sugestões e fortalecer os laços de pertencimento à nossa Caixa de Assistência.
Eu destaco que fiquei encantado com o boletim que o Conselho de Usuários do Acre criou para falar da Cassi e das questões afetas a ela na base do Estado.
Na quinta 13, antes da Conferência, estivemos na Cassi em reunião de gestão com a equipe de funcionários.
Novo Conselho de Usuários da Cassi AC, biênio 2017-19. |
Agradeço o excelente trabalho que a Unidade está realizando para os nossos mais de 1800 participantes. Agradeço também às entidades parceiras e à Super AC que contribuíram muito para que tivéssemos 90 pessoas presentes à Conferência. Se considerarmos a base social no Estado, estamos falando em 5% da base presente ao evento.
Não canso de ir à base como diretor eleito. Dá muito trabalho fazer um mandato como faço desde o primeiro dia de gestão em 2014, mas VALE A PENA.
Falei com mais participantes no Acre do que no próprio Congresso dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado semanas atrás em São Paulo.
Abraços a tod@s,
William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)
15.7.17
Opinião: Planos de Saúde em debate no Congresso
(reprodução de matéria do Sindicato dos Bancários de Brasília)
O Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi (eleito), William Mendes, e o representante do funcionalismo do BB no Conselho de Administração, Fabiano Felix. |
No último dia 4 de julho, o atual presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), em audiência pública na Comissão Especial sobre Planos de Saúde, defendeu que a consulta médica seja excluída dos planos, transformando-se em prática bancada pelo próprio paciente, tendo ou não ressarcimento posterior, a depender das regras contratadas. A defesa da medida se apoia em sua alegação de que isto resultaria em mecanismo inibidor de uso, trazendo economia para a organização envolvida.
Certamente acreditamos que todos devam expressar suas ideias na busca de soluções de sustentabilidade para a saúde suplementar.
Vemos, contudo, esse discurso com alguma reserva. Se por um lado pareça encorajador que o órgão da categoria médica demonstre preocupação com a sustentabilidade das entidades e dos sistemas de serviços de saúde, por outro acreditamos ser a consulta o elemento chave no processo de organização desses sistemas.
A nosso ver, a boa consulta, na qual se faça uma boa avaliação física do paciente e um bom registro do seu histórico clínico e familiar, é contribuição central para a preservação da sua qualidade de vida. E é o ponto, por excelência, em que se faz o registro que garante, de tempos em tempos, a atualização e a integração da história clínica de cada paciente e, por conseguinte, da comunidade humana.
Assim, organizar um sistema de serviços que não dê à consulta um ponto de destaque especial, um papel central na estruturação do processo de recuperação e/ou manutenção da saúde da população-alvo desse sistema, soa como conceber um conjunto de ações que não se interligam, aumentado o risco de baixa resolutividade.
Podemos imaginar que, ao pensar na medida como fator inibidor, tenha se considerado a lógica mais linear de causa e efeito. Assim, uma das teses cogitáveis é a de que, se eu reduzo o ímpeto do "cliente" em buscar a consulta médica, eu diminuo sua ocorrência e, por conseguinte, seus efeitos na geração de outros serviços (exames, terapias, intervenções cirúrgicas). Essa tese, contudo, tem na base a ação de reprimir demandas, ao invés de organizá-las. E na mesma possibilidade de inibir consulta desnecessária, posso estar inibindo a necessária, permitindo que quadros de problemas de saúde se agravem antes de serem tratados pelo sistema de serviços. Nesta hipótese, o paciente pode deixar para procurar o serviço apenas quando o agravamento torna mais visível e palpável sua situação.
Os exames e procedimentos a serem acionados, no momento de agudização das enfermidades, terão complexidade e custo maior, além de uma possibilidade maior de não conseguir evitar outros agravos. A aparente economia redundaria em despesas maiores ao final. E pior qualidade de vida, gerando um sistema menos efetivo, menos satisfatório e menos humano.
Sob outro ângulo - o da cultura de relação de consumo - a proposição permanece preocupante. Com a exacerbação da falta de pertencimento aos sistemas e entidades, a fria relação de consumo que se instala dita a diretriz de "se pago, devo consumir o máximo possível, para fazer valer meu desembolso". Enquanto não superarmos esse triste conjunto de valores estimulados à exaustão por vários atores das relações contemporâneas do setor de serviços, temos que presumir que a exclusão do item "consulta" do conjunto de serviços acessados, ao se contratar um plano de saúde, possa ter também outro efeito adverso: o do desejo de buscar incluir "no carrinho de compras" mais serviços para compensar "mais esse desembolso" incluído no histórico. E de novo, poderemos vivenciar mais uma distorção que faça o "paciente-consumidor" buscar ampliar seu uso de outros serviços do plano (sobretudo exames), concentrando demandas complementares maiores a cada consulta, para "fazer valer seu investimento" e aproveitar melhor a oportunidade desse atendimento que é gerador de outros procedimentos.
O que nós defendemos como ação de efeito moderador para planos de saúde é um pacto de responsabilidade com a sustentação e o propósito da existência dos sistemas de saúde - nossa qualidade de vida. Ou seja, agirmos todos em prol da democratização da informação e da educação em saúde, para que a sociedade volte a deter conhecimento e entendimento suficientes para decidir com sabedoria e racionalidade sobre o uso e a relação que desenvolverá com um sistema de serviços de saúde e com os próprios cuidados preventivos que deva ter consigo mesma. Sem desconsiderar, naturalmente, o aprimoramento de elementos regulatórios e moderadores já consagrados nos sistemas vigentes.
Sabemos que isso não é simples, que é trabalhoso e que pode demandar esforço e tempo expressivos. Mas é o que pode ter resultados que durem. E é disso que precisamos para que nossos sistemas de saúde tenham perenidade.
Fabiano Felix
Representante dos Trabalhadores no Conselho de Administração do Banco do Brasil
Presidente do Conselho Deliberativo da Caixa de Assistência dos Funcionários do BB - Cassi (eleito)
William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi (eleito)
14.7.17
Cassi Amapá realiza a II Conferência de Saúde
(reprodução de matéria)
Acima, funcionários da Cassi AP e Diretoria. Abaixo, plenário da II Conferência de Saúde. |
A Cassi Amapá, em parceria com o Conselho de Usuários, promoveu, dia 6 de julho, a II Conferência de Saúde do estado. O evento reuniu 73 pessoas na sede social da AABB Macapá, entre funcionários da ativa, aposentados, representantes do BB e do Sindicato dos Bancários.
O presidente da Cassi, Carlos Célio de Andrade Santos, o Diretor de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, Humberto Santos Almeida e o Diretor de Saúde e Rede de Atendimento, William Mendes de Oliveira, também estiveram presentes na Conferência.
O desafio do modelo de atenção praticado pela Cassi foi o tema da abordagem apresentada pelo Diretor William Mendes, que mostrou a diferença entre tipos de atenção à saúde, o perfil da população assistida e os desafios enfrentados pela Caixa de Assistência, como a ampliação da Estratégia Saúde da Família (ESF) e o aumento da capacidade de atendimento pelas equipes de saúde.
O Diretor Humberto destacou em sua apresentação o panorama dos sistemas de saúde na atualidade e como a Caixa de Assistência se insere nesse contexto, além das ações desenvolvidas pela Cassi para vencer os desafios do mercado.
O Presidente da Instituição, Carlos Célio de Andrade Santos, fez uma apresentação sobre o Relatório Anual, os avanços obtidos pela Caixa de Assistência, as etapas do acordo feito com o Banco do Brasil e como estão disponíveis todos esses dados no site da Cassi, de fácil navegação e acesso simples.
Ao final do evento, os novos representantes do Conselho de Usuários para o biênio 2017-2019 foram empossados.
Fonte: Cassi
11.7.17
Defender a Cassi e os direitos dos associados é como o Mito de Sísifo
(atualizado às 9h12, de 11/7/17)
Opinião
"Todos os dias quando acordo
Não tenho mais
O tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo..."
(Tempo Perdido, Legião Urbana)
Olá prezad@s associados e participantes da Cassi e companheir@s de lutas!
Iniciamos mais uma semana de gestão e lutas em defesa dos direitos dos associados da Cassi, em defesa da autogestão Cassi, em defesa do Plano de Associados da Cassi, em defesa da participação social na Cassi.
Passei o dia pensando na melhor forma de falar a respeito do que tenho vivido na gestão da nossa Caixa de Assistência e do que tenho tentado alertar em relação ao que vem por aí. Não é fácil!
Fui ler a respeito do Mito de Sísifo - por enganar os deuses e fugir da morte ele foi condenado a empurrar uma pedra montanha acima e ela rolar para baixo e ele ter que recomeçar o tempo todo -, e achei que é mais ou menos isso que enfrentamos há três anos, em nosso trabalho de defender os direitos dos associados e a própria autogestão Cassi.
Quando cheguei à gestão em 2014, havia um senso comum de que a nossa entidade seria mal gerida e ineficiente no uso dos recursos. O modelo assistencial de Atenção Integral à Saúde, Atenção Primária (APS), ESF, CliniCassi vivia sendo questionado pelo patrocinador Banco do Brasil e por parte das lideranças dos associados. Havia um déficit antigo no Plano de Associados e não se estudava os porquês.
Hoje temos estudos na Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento que mostram que o modelo assistencial é responsável pela Cassi utilizar melhor os recursos da entidade na compra de serviços de saúde na rede prestadora quando comparamos a despesa assistencial do grupo de pessoas vinculadas a ESF à de pessoas nunca cuidadas por nós na ESF. A economia com internações chega a 30%. A despesa assistencial da Cassi cresceu menos em 2016 que as despesas das demais operadoras de saúde mesmo comprando os mesmos serviços.
Quando chegamos em 2014 tudo se justificava com lugares comuns, estereótipos, com aquilo que hoje chama-se pós-verdade, ou seja, se o emissor da opinião ou versão tiver mais poder de imposição daquela opinião, pouco importa a verdade factual. Há uma certa facilidade em se falar mal da Cassi por parte de vários atores do processo.
O primeiro texto que comecei a fazer hoje, e interrompi, já começava a ficar extenso. Também pudera, não se pode falar de questões tão complexas, técnicas e com disputa de versões de forma simplista, porque estamos lidando com a questão da saúde e quem paga a conta por ela. É um tema de disputa entre capital e trabalho. Não há inocência, não há neutralidade, não há decisões somente "técnicas" nesta área que nos colocaram para representar centenas de milhares de trabalhadores associados e seus dependentes.
As decisões mais fáceis, mais simples, até mascaradas com argumentos técnicos, são as decisões que vão prejudicar os trabalhadores associados que eu represento na gestão. Todo dia temos que percorrer o caminho mais difícil, enfrentar as hegemonias, os lugares comuns. É por isso que nosso trabalho é parecido com o Mito de Sísifo. É um eterno recomeçar na defesa dos interesses daqueles que representamos.
Eu não vou poder me alongar porque ainda estou estudando a pauta gigante da reunião de Diretoria Executiva desta terça 11. Mas vou dar algumas dicas de tudo que vem por aí.
Nós contribuímos ao chegar à gestão para que o Banco do Brasil não impusesse o ônus somente aos associados como "solução" do déficit do Plano de Associados. A história dessa luta é pública e ao final de 2 (dois) anos de pressão, unidade e mobilização, o Memorando de Entendimentos foi assinado com as duas partes colocando recursos extraordinários na Cassi. Todas as entidades representativas da mesa sabem que só a entrada de recursos até 2019 não é suficiente, sem ampliar o modelo assistencial e sem haver investimentos nas atividades fim. Aliás, NÃO houve reposição das reservas livres do Plano, ou seja, se houver déficit até na sazonalidade, vamos fazer o que? Voltar com as propostas do Banco que rejeitamos?
Nós trouxemos de volta a importância da defesa do modelo de custeio solidário mutualista intergeracional (o quem paga a conta) e todos à época compreenderam que sem ele, os participantes serão expulsos do Plano de Associados por não conseguirem pagar na hora que mais precisarem. Os idosos e aposentados não conseguiriam arcar com suas despesas assistenciais sozinhos.
Nós explicamos que a Cassi precisa ampliar sua estrutura própria de saúde, baseada na Atenção Primária e ESF, para utilizar de forma mais racional os recursos da Caixa de Assistência na compra de serviços na rede prestadora, com preços cada dia mais impagáveis por diversos motivos de mercado e legislação, e explicamos que a Cassi não tem muitas alternativas para alterar sua relação com o mercado privado de saúde. Inclusive por causa de seu tamanho, somos "grande" como autogestão, mas "pequena" como operadora que compra serviços.
Nós produzimos muita, mas muita informação nestes 3 anos sobre a Cassi, sobre nosso modelo assistencial, sobre as autogestões, sobre os direitos sociais dos bancários, e tudo isso principalmente para as entidades sindicais e representativas e para os conselhos de usuários, e suas lideranças. Isso porque temos a leitura que não falamos com a massa, falamos com suas lideranças.
Quem fala com a massa são os meios de comunicação dos empresários, quem fala com a população, incluindo os bancários da ativa e aposentados, são os donos dos meios de comunicação, não somos nós que representamos os associados da Cassi. Aliás, saúde das pessoas é negócio, é mercadoria, o setor movimenta mais de 150 bilhões de dinheiros. Então, não há inocência na relação entre o mercado que vende serviços de saúde e aqueles que compram, ou seja, os planos de saúde e seus usuários (donos, no caso da autogestão Cassi).
A ANS suspendeu a entrada de novos participantes nos planos da Cassi por causa de determinado número de reclamações por trimestre. O principal plano é dos trabalhadores do Banco do Brasil, e ele não é comercial, é coletivo empresarial fechado e quem aponta os novos associados é o próprio Banco. Já disse tanto para os indicados do BB na gestão quanto para as entidades dos bancários que acho que o órgão regulador não está "protegendo" os usuários de planos ao fazer isso (a suspensão). Na minha opinião, a ANS está prejudicando e muito os bancários novos do BB que vierem a ser contratados. A Cassi precisa ser defendida!
Após todo o debate que fizemos entre 2014 e 2016 em defesa dos direitos dos associados da Cassi, vai voltar toda a carga de pautas por parte do patrão Banco do Brasil neste próximo período. Na minha leitura, isso se dará, inclusive, com a chegada da consultoria contratada por ele, para que se aumente o ônus do custo da saúde (e doença) para os associados e não para o Banco. Além de sugestões de governança para desequilibrar mais ainda o poder interno entre áreas afetas ao Banco e áreas afetas aos eleitos pelos associados. E novamente, pode ser que tenha gente do nosso lado defendendo as teses contra si mesma.
Quebrar a solidariedade e cobrar mais por dependentes só onera o associado e não o patrão; criar franquia para internação só onera o associado e não o patrão; aumentar as coparticipações só onera o associado e não o patrão; suspender qualquer programa de saúde na Cassi e deixar os associados com adoecimentos e doenças crônicas à própria sorte só onera eles e não o patrão.
Quando aparece um déficit no Plano de Associados, a primeira coisa que se propõe internamente na gestão são soluções "técnicas" e sem necessidade de mudança estatutária e nós já conhecemos quais são elas por parte do patrão. A Cassi está com seu modelo de promoção de saúde e prevenção de doenças, APS e ESF, sem investimento em ampliação há anos. É uma coisa louca, porque a legislação não obriga a se investir em Atenção Primária que descobre doenças crônicas e permite tratá-las. Se não é lei, na contingência: corta. Mas os agravamentos das doenças crônicas, infarto, AVC, aneurisma etc, com alto custo de salvamento e pós salvamento, não tem como cortar porque é lei. É louco isso! Não posso ampliar algo com custo de investimento pequeno, mas sou obrigado a pagar na rede prestadora o alto custo de não ter feito Atenção Primária. Vai explicar isso para os "cabeça de planilhas".
De onde vem os recorrentes déficits da Cassi? A resposta é multifacetada, tem diversas origens e responsáveis. Além dos fatores do mercado, que são conhecidos pelas lideranças dos associados, o patrocinador BB também tem sua cota de culpa, depois de alterar a base da receita da Cassi nos anos noventa congelando salários por anos, reduzindo o interstício do PCS de 12% para 3%, acabando com o anuênio, enfim, esses fatos foram responsáveis pelo déficit por muito tempo. Quem menos tem responsabilidade no déficit são os associados e participantes.
A comunidade Banco do Brasil parece não conseguir ficar livre de sua cota do Mito de Sísifo. Depois de tudo que ocorreu nos anos noventa, o Banco voltou a crescer neste início de século 21, voltou a contratar e fazer seu papel social, por mais acanhado que tenha sido. Ao voltar a enxugar o quadro, reduzir o salário de milhares de trabalhadores, descomissionar e não realocar todo mundo, fechar centenas de agências, terceirizar sua atividade fim, o Banco está novamente afetando a base da receita do Plano de Associados. E a história mostra que na hora de pagar a conta de eventual déficit da Cassi, é sempre a lógica de querer onerar os associados e ou retirar direitos em saúde.
Tem diversas outras questões que vão voltar à pauta. Diversas.
O que mais cansa o nosso trabalho de Sísifo não é ver o desconhecimento técnico e político dos milhares de associados e participantes da Cassi no momento de necessidade de atendimento na rede prestadora de serviços de saúde (às vezes, com pedidos questionáveis para liberação) porque eles não têm obrigação de saber tudo o que já partilhamos de conhecimento com as lideranças e suas entidades. Cansa ter que recomeçar quase do zero com lideranças do nosso lado o tempo todo.
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"Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente..."
(Tocando em frente, Almir Sater)
Olá prezad@s associados e participantes da Cassi e companheir@s de lutas!
Iniciamos mais uma semana de gestão e lutas em defesa dos direitos dos associados da Cassi, em defesa da autogestão Cassi, em defesa do Plano de Associados da Cassi, em defesa da participação social na Cassi.
Passei o dia pensando na melhor forma de falar a respeito do que tenho vivido na gestão da nossa Caixa de Assistência e do que tenho tentado alertar em relação ao que vem por aí. Não é fácil!
Fui ler a respeito do Mito de Sísifo - por enganar os deuses e fugir da morte ele foi condenado a empurrar uma pedra montanha acima e ela rolar para baixo e ele ter que recomeçar o tempo todo -, e achei que é mais ou menos isso que enfrentamos há três anos, em nosso trabalho de defender os direitos dos associados e a própria autogestão Cassi.
Quando cheguei à gestão em 2014, havia um senso comum de que a nossa entidade seria mal gerida e ineficiente no uso dos recursos. O modelo assistencial de Atenção Integral à Saúde, Atenção Primária (APS), ESF, CliniCassi vivia sendo questionado pelo patrocinador Banco do Brasil e por parte das lideranças dos associados. Havia um déficit antigo no Plano de Associados e não se estudava os porquês.
Hoje temos estudos na Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento que mostram que o modelo assistencial é responsável pela Cassi utilizar melhor os recursos da entidade na compra de serviços de saúde na rede prestadora quando comparamos a despesa assistencial do grupo de pessoas vinculadas a ESF à de pessoas nunca cuidadas por nós na ESF. A economia com internações chega a 30%. A despesa assistencial da Cassi cresceu menos em 2016 que as despesas das demais operadoras de saúde mesmo comprando os mesmos serviços.
Quando chegamos em 2014 tudo se justificava com lugares comuns, estereótipos, com aquilo que hoje chama-se pós-verdade, ou seja, se o emissor da opinião ou versão tiver mais poder de imposição daquela opinião, pouco importa a verdade factual. Há uma certa facilidade em se falar mal da Cassi por parte de vários atores do processo.
O primeiro texto que comecei a fazer hoje, e interrompi, já começava a ficar extenso. Também pudera, não se pode falar de questões tão complexas, técnicas e com disputa de versões de forma simplista, porque estamos lidando com a questão da saúde e quem paga a conta por ela. É um tema de disputa entre capital e trabalho. Não há inocência, não há neutralidade, não há decisões somente "técnicas" nesta área que nos colocaram para representar centenas de milhares de trabalhadores associados e seus dependentes.
As decisões mais fáceis, mais simples, até mascaradas com argumentos técnicos, são as decisões que vão prejudicar os trabalhadores associados que eu represento na gestão. Todo dia temos que percorrer o caminho mais difícil, enfrentar as hegemonias, os lugares comuns. É por isso que nosso trabalho é parecido com o Mito de Sísifo. É um eterno recomeçar na defesa dos interesses daqueles que representamos.
Eu não vou poder me alongar porque ainda estou estudando a pauta gigante da reunião de Diretoria Executiva desta terça 11. Mas vou dar algumas dicas de tudo que vem por aí.
Nós contribuímos ao chegar à gestão para que o Banco do Brasil não impusesse o ônus somente aos associados como "solução" do déficit do Plano de Associados. A história dessa luta é pública e ao final de 2 (dois) anos de pressão, unidade e mobilização, o Memorando de Entendimentos foi assinado com as duas partes colocando recursos extraordinários na Cassi. Todas as entidades representativas da mesa sabem que só a entrada de recursos até 2019 não é suficiente, sem ampliar o modelo assistencial e sem haver investimentos nas atividades fim. Aliás, NÃO houve reposição das reservas livres do Plano, ou seja, se houver déficit até na sazonalidade, vamos fazer o que? Voltar com as propostas do Banco que rejeitamos?
Nós trouxemos de volta a importância da defesa do modelo de custeio solidário mutualista intergeracional (o quem paga a conta) e todos à época compreenderam que sem ele, os participantes serão expulsos do Plano de Associados por não conseguirem pagar na hora que mais precisarem. Os idosos e aposentados não conseguiriam arcar com suas despesas assistenciais sozinhos.
Nós explicamos que a Cassi precisa ampliar sua estrutura própria de saúde, baseada na Atenção Primária e ESF, para utilizar de forma mais racional os recursos da Caixa de Assistência na compra de serviços na rede prestadora, com preços cada dia mais impagáveis por diversos motivos de mercado e legislação, e explicamos que a Cassi não tem muitas alternativas para alterar sua relação com o mercado privado de saúde. Inclusive por causa de seu tamanho, somos "grande" como autogestão, mas "pequena" como operadora que compra serviços.
Nós produzimos muita, mas muita informação nestes 3 anos sobre a Cassi, sobre nosso modelo assistencial, sobre as autogestões, sobre os direitos sociais dos bancários, e tudo isso principalmente para as entidades sindicais e representativas e para os conselhos de usuários, e suas lideranças. Isso porque temos a leitura que não falamos com a massa, falamos com suas lideranças.
Quem fala com a massa são os meios de comunicação dos empresários, quem fala com a população, incluindo os bancários da ativa e aposentados, são os donos dos meios de comunicação, não somos nós que representamos os associados da Cassi. Aliás, saúde das pessoas é negócio, é mercadoria, o setor movimenta mais de 150 bilhões de dinheiros. Então, não há inocência na relação entre o mercado que vende serviços de saúde e aqueles que compram, ou seja, os planos de saúde e seus usuários (donos, no caso da autogestão Cassi).
A ANS suspendeu a entrada de novos participantes nos planos da Cassi por causa de determinado número de reclamações por trimestre. O principal plano é dos trabalhadores do Banco do Brasil, e ele não é comercial, é coletivo empresarial fechado e quem aponta os novos associados é o próprio Banco. Já disse tanto para os indicados do BB na gestão quanto para as entidades dos bancários que acho que o órgão regulador não está "protegendo" os usuários de planos ao fazer isso (a suspensão). Na minha opinião, a ANS está prejudicando e muito os bancários novos do BB que vierem a ser contratados. A Cassi precisa ser defendida!
Sísifo, de Tiziano Vecellio, 1548-1549. Wikipedia. |
Quebrar a solidariedade e cobrar mais por dependentes só onera o associado e não o patrão; criar franquia para internação só onera o associado e não o patrão; aumentar as coparticipações só onera o associado e não o patrão; suspender qualquer programa de saúde na Cassi e deixar os associados com adoecimentos e doenças crônicas à própria sorte só onera eles e não o patrão.
Quando aparece um déficit no Plano de Associados, a primeira coisa que se propõe internamente na gestão são soluções "técnicas" e sem necessidade de mudança estatutária e nós já conhecemos quais são elas por parte do patrão. A Cassi está com seu modelo de promoção de saúde e prevenção de doenças, APS e ESF, sem investimento em ampliação há anos. É uma coisa louca, porque a legislação não obriga a se investir em Atenção Primária que descobre doenças crônicas e permite tratá-las. Se não é lei, na contingência: corta. Mas os agravamentos das doenças crônicas, infarto, AVC, aneurisma etc, com alto custo de salvamento e pós salvamento, não tem como cortar porque é lei. É louco isso! Não posso ampliar algo com custo de investimento pequeno, mas sou obrigado a pagar na rede prestadora o alto custo de não ter feito Atenção Primária. Vai explicar isso para os "cabeça de planilhas".
De onde vem os recorrentes déficits da Cassi? A resposta é multifacetada, tem diversas origens e responsáveis. Além dos fatores do mercado, que são conhecidos pelas lideranças dos associados, o patrocinador BB também tem sua cota de culpa, depois de alterar a base da receita da Cassi nos anos noventa congelando salários por anos, reduzindo o interstício do PCS de 12% para 3%, acabando com o anuênio, enfim, esses fatos foram responsáveis pelo déficit por muito tempo. Quem menos tem responsabilidade no déficit são os associados e participantes.
A comunidade Banco do Brasil parece não conseguir ficar livre de sua cota do Mito de Sísifo. Depois de tudo que ocorreu nos anos noventa, o Banco voltou a crescer neste início de século 21, voltou a contratar e fazer seu papel social, por mais acanhado que tenha sido. Ao voltar a enxugar o quadro, reduzir o salário de milhares de trabalhadores, descomissionar e não realocar todo mundo, fechar centenas de agências, terceirizar sua atividade fim, o Banco está novamente afetando a base da receita do Plano de Associados. E a história mostra que na hora de pagar a conta de eventual déficit da Cassi, é sempre a lógica de querer onerar os associados e ou retirar direitos em saúde.
Tem diversas outras questões que vão voltar à pauta. Diversas.
O que mais cansa o nosso trabalho de Sísifo não é ver o desconhecimento técnico e político dos milhares de associados e participantes da Cassi no momento de necessidade de atendimento na rede prestadora de serviços de saúde (às vezes, com pedidos questionáveis para liberação) porque eles não têm obrigação de saber tudo o que já partilhamos de conhecimento com as lideranças e suas entidades. Cansa ter que recomeçar quase do zero com lideranças do nosso lado o tempo todo.
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"Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente..."
(Tocando em frente, Almir Sater)
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Abraços aos leitores resistentes que chegaram até o fim do artigo.
William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)
7.7.17
Diretoria de Saúde da Cassi - Fechando duas semanas de trabalho com avanços na Participação Social
Reunião com os funcionários da Cassi Amapá. |
Olá prezad@s associados e participantes da Cassi e companheir@s de lutas,
Estamos encerrando duas semanas ininterruptas de trabalho e luta pela Cassi e pelos direitos dos associados que representamos na Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento.
NA BASE SOCIAL - AMAPÁ
Nesta semana estivemos no Estado do Amapá para uma agenda de fortalecimento da participação social e para ampliar o conhecimento do Corpo Social sobre a nossa Caixa de Assistência. Foi a nossa 3ª ida ao Estado a trabalho.
Reunião da Cassi com a Super BB Amapá. |
Na quarta-feira 5 fizemos reunião de gestão com os funcionários da Cassi AP, levamos algumas informações e estudos importantes para definirmos as estratégias na Unidade para o próximo período. Depois fizemos visita ao Banco do Brasil, onde conversamos com os representantes do Banco no Amapá. No final do dia, estreitamos as parcerias com a AABB AP, onde hoje se localiza a Unidade Cassi.
Reunião com o Sindicato dos Bancários do Estado do Amapá. |
Reunião com a AABB Amapá. |
Na quinta-feira 6 visitamos o Sindicato dos Bancários e fechamos a agenda em Macapá com a II Conferência de Saúde da Cassi e do Conselho de Usuários do Amapá. O evento contou com a presença de mais de 70 pessoas e ficamos muito felizes pela boa participação dos trabalhadores e associados. Agradecemos muito a paciência e interesse das pessoas em ficar até às 23 horas nos debates.
FORTALECER OS CONSELHOS DE USUÁRIOS, UM DE NOSSOS COMPROMISSOS
A agenda de trabalho de nosso mandato foi muito positiva. Agradeço muito o apoio e o envolvimento de tod@s para o bom êxito da Conferência. O Conselho de Usuários foi renovado para seu 2º mandato e confesso que ver este importante fórum de voluntariado da comunidade Cassi e BB ser fortalecido e reconhecido nos dá um sentimento de estar cumprindo com um de nossos compromissos quando fomos eleitos pelos associados.
Me lembro do início de nosso percurso na Diretoria de Saúde e Rede (própria) de Atendimento, responsável pela relação com os Conselhos de Usuários da Cassi. Saímos visitando os conselheir@s antes da posse, fomos no Conselho de SP em maio de 2014. Depois fomos no Conselho do DF em junho e não paramos mais de nos colocar à disposição dos Conselhos.
Tivemos as verbas de manutenção e funcionamento dos Conselhos de Usuários suspensas logo no início de 2015, por causa do orçamento contingenciado (e nunca achei essa decisão interna adequada). Não esmorecemos. Fizemos 27 Conferências de Saúde sem recursos destinados pela Cassi e com apoio de entidades representativas e com recursos próprios. Inclusive apoiamos a criação dos Conselhos de Rondônia e do Amapá.
Hoje (2017), conseguimos aprovar algumas melhorias no Regimento do Conselho de Usuários da Cassi (ler AQUI), e vemos que há um reconhecimento maior da importância destes voluntários e voluntárias na defesa da Cassi e dos associados e participantes. Todo mundo ganha com isso, os patrocinadores BB e Corpo Social e a própria autogestão Cassi.
BOLETINS INFORMATIVOS DO MANDATO NA DIRETORIA DE SAÚDE E REDE DE ATENDIMENTO DA CASSI
Nesta semana, publicamos também o Boletim Prestando Contas Cassi nº 35, com informações e estudos que nos dão muito mais energia para defender o Modelo de Atenção Integral à Saúde, Atenção Primária (APS) e Estratégia Saúde da Família (ESF) em relação à nossa população de mais de 700 mil participantes da Cassi porque conhecer as causas de morbimortalidade dos brasileiros e da população de nossa Caixa de Assistência e atuar preventivamente para evitar doenças ou agravamentos ou dar mais qualidade de vida aos associados crônicos ou em processos de reabilitação e recuperação é uma de nossas missões. (leia AQUI o Boletim nº 35).
28º CONGRESSO NACIONAL DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL
No final de semana (dias 1º e 2/7) estivemos no 28º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil. Como escrevi aqui no Blog (ler AQUI), saí um pouco frustrado porque não foi possível levarmos nossas opiniões sobre os problemas complexos que a Cassi enfrenta e vai ter que lidar no próximo período, mas é sempre bom estar nos fóruns de nossa classe trabalhadora.
UNIDADES DE ATENDIMENTO À SAÚDE CLINICASSI - UM PATRIMÔNIO DOS ASSOCIADOS QUE DEVE SER A 1ª REFERÊNCIA EM ATENÇÃO PRIMÁRIA
Unidade Cassi AP e CliniCassi Macapá, onde também está a administração da AABB AP. |
Ao conversar no Estado do Amapá com mais de 70 trabalhadores associados da Cassi, só tive a enésima confirmação de que meu lugar como gestor eleito da autogestão dos bancários do BB é nas bases sociais.
Estou cansadaço, faz 3 semanas que durmo menos de 5 horas por noite, mas chego ao final de semana com a certeza de que fizemos o bom combate, levamos as informações que temos que compartilhar com tod@s na comunidade BB e na próxima semana estaremos com a mesma intensidade de energia na defesa dos associados e trabalhadores que represento, na defesa da Cassi e seu modelo assistencial e os funcionários da Cassi, um patrimônio da entidade.
Abraços,
William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandado 2014-18)
6.7.17
35º Boletim - Atenção Primária (APS) e ESF são ideais para a Cassi
Olá prezad@s associados e participantes da Cassi e companheir@s de lutas,
O 35º Boletim Informativo “Prestando Contas Cassi” está disponível na página de publicações do site da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Leiam AQUI o Boletim e divulguem entre os colegas.
A edição deste mês mostra que a Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi está cada vez mais segura de que a Atenção Primária à Saúde (APS), priorizando a coordenação do cuidado, é o melhor caminho a ser trilhado quando o assunto é saúde.
A edição deste mês mostra que a Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi está cada vez mais segura de que a Atenção Primária à Saúde (APS), priorizando a coordenação do cuidado, é o melhor caminho a ser trilhado quando o assunto é saúde.
Os boletins nº 34 (AQUI) e 35 apresentam dados que nos dão muitos subsídios para termos a certeza de que não foi em vão termos passado esses 3 anos lutando e defendendo com o limite de nossas forças e inteligência o Modelo de Atenção Integral à Saúde, a Solidariedade no modelo de custeio mutualista intergeracional, a APS/ESF, as CliniCassi, os direitos diversos dos associados, os funcionários da Cassi, o BB como banco público que deve ter responsabilidade com seus trabalhadores e, por fim, a ética na política de representação de nossos pares nos espaços de gestão institucional.
É sempre duro recomeçar as lutas e as defesas daquilo que representamos todos os dias ao longo de anos, porque fazemos a contra-hegemonia das ideias e lugares-comuns na eterna disputa ideológica entre Capital e Trabalho. E vivemos num mundo onde as pessoas, atribuladas e assoberbadas pelo dia a dia do trabalho, não têm a menor noção das coisas de seu verdadeiro interesse de classe.
Com a chegada da "Consultoria" nos próximos dias (ou semanas) paga pelo patrão patrocinador, com as dificuldades crescentes das despesas assistenciais pela compra de serviços de saúde no mercado privado cada dia mais complexo, quase cartelizado, pela judicialização da saúde, pela legislação às vezes injusta com as autogestões, etc, o Plano de Associados da Cassi e a própria autogestão vão passar de novo por todo o processo de disputa ideológica de modelo assistencial, de custeio, de quem paga a conta da saúde e do adoecimento dos trabalhadores que representamos.
A etapa de luta vencida pela questão do déficit e sustentabilidade que ajudamos a construir (o Banco queria passar a conta só para os associados e mudamos isso) e que gerou o Memorando de Entendimentos e o Acordo com o patrocinador BB, só fez deixar claro que uma batalha foi vencida e que há outra por iniciar na luta pela Cassi. Mas não sei quantas lideranças e associados compreenderam isso.
Agradeço a nossas equipes da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento, tanto na Sede como nas Unidades e CliniCassi, pela dedicação e por compreender nossos comandos e orientações como gestor responsável. Nossos profissionais são muito bons, vestem a camisa da Cassi e dedicam o melhor de si para cuidar da vida de nossos associados e participantes da comunidade Banco do Brasil (mais de 700 mil vidas).
Muitas vezes, bate um cansaço existencial com os sofrimentos que sentimos pelas guerras nos bastidores. Aí nos lembramos das centenas de funcionários da Cassi nas pontas e no dia a dia se esforçando para atender aos associados que representamos. Me reanimo na hora, porque tenho que me dedicar à causa da Cassi no mínimo como eles fazem diariamente.
Pessoal, leiam os últimos boletins que temos feito e percebam o quanto a Cassi é maravilhosa para os associados e participantes, inclusive para o patrocinador Banco do Brasil, que investe uma quantia modesta pelo que a parceria com a Cassi lhe dá de retorno. Tenho certeza do que estou dizendo, a parceria BB e Cassi é fundamental para ambos.
Abraços,
William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento
4.7.17
Cassi aprova melhorias no Regimento Interno dos Conselhos de Usuários
Comentário do Blog
Olá prezad@s associados e participantes e companheir@s de lutas,
Apresentamos abaixo as melhorias que conseguimos aprovar no RI dos Conselhos de Usuários. A Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento é responsável pela relação com os Conselhos porque é responsável pelas Unidades Cassi, e os Conselhos estão inseridos no âmbito das Unidades.
Após o Encontro dos Conselhos em 2014, compilamos as sugestões feitas e com a entrada do orçamento contingenciado nos anos de 2015 e 2016 a Cassi ficou com uma agenda toda voltada para a solução do déficit do Plano de Associados. Também não foi possível realizar o Encontro em 2016 por causa disso.
Ao finalizar os debates do déficit e sustentabilidade com a aprovação do Memorando de Entendimentos, Consulta e aprovação do Acordo, foi possível incluir nas agendas de discussões internas da governança da Cassi neste ano a tentativa de alguma melhoria no RI dos Conselhos.
A principal questão que focamos foi tirar o limite de reconduções dos conselheir@s em mandatos para não perdermos as lideranças deste importante voluntariado: não há mais limites para recondução aos mandatos de 2 anos. Também incluímos as dependências do Banco na redação dos "órgãos" do Banco do Brasil: isso é importante porque é base do quantitativo de titulares e suplentes dos Conselhos nos Estados e DF. Um item novo no Artigo 2º protege o Conselho de Usuários no que diz respeito a um possível conflito de interesses: um conselheiro de usuário não pode ser também um prestador de serviços de saúde à Cassi. E por fim, melhoramos a redação no que diz respeito ás formalizações dos mandatos dos conselheir@s, junto às suas dependências.
Gostaria de agradecer ao patrocinador Banco do Brasil, na figura do Presidente da Cassi, Carlos Célio, e a todo o Conselho Deliberativo, na figura de seu Presidente Fabiano Felix, pela construção do consenso nessas melhorias no Regimento Interno. Temos que lutar por muitos avanços ainda no fortalecimento da participação social, mas ter algumas melhorias neste momento em que a Cassi e toda a sua comunidade atuam para fortalecer a Caixa de Assistência e seu modelo assistencial é importante.
O Encontro dos Conselhos de Usuários ocorrerá neste semestre, em setembro, e teremos oportunidade de novos debates para fortalecer esse espaço tão vital para associados e Cassi.
Abraços,
William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)
Cassi aprova alteração no Regimento Interno dos Conselhos de Usuários
A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil aprovou, dia 23 de junho, a alteração no Regimento Interno dos Conselhos de Usuários. A mudança atende a uma antiga solicitação dos conselheiros, apresentada durante o VII Encontro Nacional dos Conselhos de Usuários da Cassi, realizado em 2014.
Além de regulamentar o funcionamento dos Conselhos - disciplinando o contido no artigo 51 do Estatuto Social da Cassi -, o Regimento tem como objetivo agilizar os pleitos administrativos dos associados e regular o acompanhamento e a utilização dos recursos estruturais e financeiros da Caixa de Assistência.
As alterações propostas no Regimento Interno ainda buscam criar uma maior interação entre os Conselhos, a Caixa de Assistência e o Banco do Brasil. A mudança assegura respaldo técnico e operacional aos integrantes das instâncias, qualificando suas atuações junto à população atendida pela Instituição. Os Conselhos de Usuários também estimulam a participação social na Cassi, contribuindo para a construção de uma gestão mais democrática.
Veja abaixo o que muda no documento:
Item atual
|
Proposta
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01 – DA ORGANIZAÇÃO/COMPOSIÇÃO
|
|
Art. 2º - Parágrafo Único: Para ser membro
titular ou suplente, o participante deve:
|
Incluir no Art. 2º - Parágrafo Único, o item VI
com a seguinte redação:
VI - Não prestar serviços de qualquer natureza à
CASSI, bem como não possuir vínculo de parentesco até 3º grau com os
prestadores de serviços.
|
Artº 3º - §2º, Para efeito deste Regulamento, são
considerados:
Item I – Órgãos do Banco do Brasil: todas as Superintendências
Estaduais, Gerências Regionais, SESMTs e CIPAS com sede na área de atuação do
respectivo Conselho.
|
Alterar, no Art. 3º, § 2º, item I, para a
seguinte redação:
Órgãos do Banco do Brasil: todas as
Superintendências Estaduais, Gerências Regionais, SESMTs, CIPAS e
dependências do BB com sede na área de atuação do respectivo Conselho;
|
Artº 4º - Os mandatos serão de 02 (dois) anos,
sendo permitidas 03 (três) reconduções consecutivas, contando, para isso, a
condição de ser conselheiro titular e/ou suplente.
|
Os mandatos serão de 2 (dois) anos sendo
permitidas reconduções consecutivas, entretanto, para os cargos de
coordenadores e vice coordenadores, somente serão permitidas 2 (duas)
reconduções consecutivas.
|
Artº 5º - A composição do Conselho é homologada
por ocasião das Conferências Estaduais de Saúde.
|
Inserir dois parágrafos:
§ 1º: as entidades deverão enviar correspondência
ao Conselho, indicando seus representantes (titular e suplente).
É direito da entidade que indica seus
representantes, substituí-los, a qualquer tempo, dentro do mandato de 2
(dois) anos.
§ 2º: os eleitos por votação naquela Conferência
receberão correspondência subscrita pelo coordenador do Conselho de Usuários,
apresentando-os como membros do Conselho ao Órgão de localização do
funcionário.
|
Fonte: Cassi