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20.1.17

Compromisso da Diretoria de Saúde: defender o Modelo Assistencial da Cassi





Olá prezad@s associad@s e lideranças da comunidade Banco do Brasil,

Neste mês de janeiro estamos em férias. É por isso que estamos um pouco afastados das publicações e prestação permanente de contas sobre nosso mandato de representação que fazemos aqui no blog para as centenas de conselheir@s de usuários da Cassi, para as entidades sindicais e representativas dos associados da ativa e aposentados e também para os líderes do Banco do Brasil e participantes de todos os segmentos da Cassi.

Meu contato permanente nestes dias de janeiro tem sido mais com as equipes que gerenciamos. Estou acompanhando todos os temas internos e felizmente temos uma excelente equipe de profissionais em nossa Cassi.

Estou fazendo um trabalho extenso e de fôlego em revisar, categorizar e diagramar tudo que publicamos para vocês a respeito da Cassi e gestão de saúde nos últimos dois anos e meio. São mais de 450 postagens feitas neste blog de trabalho e 29 Boletins. Venho de uma formação política e de representação de classe que preza muito a história de nossas lutas e é sempre útil para a posteridade registrarmos tudo o que for possível para que os trabalhadores tenham as informações necessárias às suas lutas e conquistas de direitos.

Ao final de nosso trabalho, teremos muitos dados compilados desta nossa passagem na direção da Cassi em defesa dos direitos dos associados e da autogestão, do Modelo de Atenção Integral à Saúde, da Atenção Primária e da Estratégia Saúde da Família (ESF), de nosso esforço em fortalecer o pertencimento e a participação social nessa entidade de saúde de trabalhadores que completa 73 anos neste mês de janeiro. É um compromisso meu para com os associad@s, as entidades representativas e os funcionários da Cassi.

Vocês que nos acompanham nesta gestão próxima às bases sociais da Cassi em todo o país, sabem o quanto estamos lutando para melhorar a comunicação da Cassi para com os associados e para dar o máximo de informações e transparência possíveis na relação associação e associados.

Neste mês de janeiro conseguimos por em funcionamento nossa agenda eletrônica de consulta para a Estratégia Saúde da Família. A ferramenta vai facilitar a vida de mais de 180 mil participantes cadastrados nas 65 CliniCassi.


Princípios de consenso acordados na mesa negocial entre BB e Corpo Social

· Manutenção do princípio da solidariedade como premissa fundamental do Plano de Associados em seu custeio mutualista intergeracional;

· Garantia de cobertura para ativos, aposentados, pensionistas e dependentes;

· Investimento no Modelo de Atenção Integral à Saúde e Estratégia Saúde da Família (ESF);

· Corresponsabilidade na gestão entre os patrocinadores Banco do Brasil e Corpo Social; e

· Não redução de direitos e programas de saúde.


Meu compromisso principalmente com as lideranças da comunidade que representam os associados da ativa e aposentados e participantes da Cassi, e também com os sindicatos que representam os trabalhadores, será de pautar muito o tema afeto à essência do que é a Cassi: uma autogestão em saúde, dos trabalhadores do Banco do Brasil, criada e baseada no modelo de custeio solidário intergeracional e pensada desde a Reforma Estatutária de 1996 para ser uma operadora baseada na Atenção Integral à Saúde, que na Cassi se dá através da ESF, Atenção Primária (APS) e unidades de atendimento CliniCassi.

O período que vamos viver em 2017, com as fases do Acordo que preveem consultoria, merece muita atenção e acompanhamento militante e organizado de nossa parte, porque será definidor do futuro da Cassi. Minha referência serão as premissas que elenquei acima e tudo o que já defendemos em centenas de eventos junto ao corpo social nos últimos 30 meses e que balizaram os 18 meses de lutas unitárias em defesa dos princípios da Cassi, que foram consubstanciados na mesa de negociação e Proposta Final (Memorando de Entendimentos), de consenso entre as entidades nacionais dos associados e o patrocinador Banco do Brasil. O Acordo foi aprovado em consulta ao corpo social.

Ao mesmo tempo em que sei de nossa responsabilidade como Diretor de Saúde eleito pelo corpo social em defender o Modelo Assistencial da Cassi, sei também, por toda experiência que trago em mais de 15 anos representando e defendendo os trabalhadores da ativa e aposentados do Banco do Brasil, que existe uma tendência mais cartesiana e financista do patrocinador Banco e seus representantes na governança da Cassi em priorizar uma visão de controle de custos e em "boas práticas de mercado". No entanto, muitas vezes o "mercado" não é uma referência adequada para a Caixa de Assistência, e o melhor é focar na essência da entidade: ampliar o modelo de promoção de saúde e prevenção de doenças. É a minha opinião sincera como gestor eleito que estuda o tema.

Vou escrever muito nos próximos meses para as entidades representativas e lideranças dos associados a respeito do Modelo Assistencial da Cassi, já que acaba sendo papel de nós eleitos falarmos do futuro da Cassi a partir da ampliação da Atenção Integral, da ESF, da APS e da ampliação da estrutura própria da Cassi na atenção primária e acompanhamento de crônicos, evitando despesas assistenciais desnecessárias na rede credenciada e gerando uso mais racional dos mesmos recursos arrecadados na Caixa.

A solução para a sustentabilidade do Plano de Associados da Cassi, com manutenção de direitos históricos em saúde, e com qualidade no atendimento das necessidades em saúde, sem aumento do custo para os associados, não está no "mercado" porque não há experiência no Brasil como a da Cassi, nem nas autogestões, pois elas têm custeio e modelos assistenciais muito diferentes.

A Cassi tem potencialidades melhores que outras operadoras em relação ao futuro como, por exemplo, uma população assistida estável ao longo do tempo, o que permite avançar no cuidado da saúde ao longo de décadas. Temos que investir na ampliação da estrutura de Atenção Primária nas CliniCassi, e lembro que a Cassi tem a menor despesa administrativa (inclui estrutura) de todo o setor de saúde suplementar brasileiro (ANS 2015). A média do setor é de 11,5% e a da Cassi é 10,6%. Já abordei isso em outras matérias. Voltarei a falar muito sobre o tema.

Abraços a tod@s,

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)

Um comentário:

  1. William,

    Já tive a oportunidade de vê-lo falar e tenho uma ótima impressão de seu trabalho, bem como compartilho muitas das suas ideias.

    No entanto, ratifiquei uma antiga percepção em relação à Cassi e seus processo: ela participa da doença e não da cura. Reforça a doença do paciente e adoece sua família.

    Os processo de trabalho da Cassi são tortuosos, demorados, inconfiáveis. Não se trata de zelo, mas de ineficiência. Constato isso com tristeza. Eis mais um fato.

    Foi pedida autorização para uma cirurgia de retirada de um tumor do intestino e de vários linfonodos com metástase para minha sogra no dia 11/1/2017. A área técnica foi rápida e autorizou o procedimento e TODO o material requerido. Foi rápida para autorizar, mas, no entanto, segundo um atendente da Central 0800, somente no dia 13/1, pela manhã, a área administrativa recebeu o processo para iniciar a cotação do material. Como um processo demora dois dias úteis para transitar de uma área para outra? Bem, de todo modo, deram-nos o prazo de 7 dias úteis para cotar e comprar o material.
    Passado esse tempo, fala-se, agora, do indecente prazo de 21 dias úteis da ANS. Estamos falando de câncer, uma doença cuja tempestividade é uma referência, uma necessidade.
    Como a cotação de material pode levar tanto tempo? Como pode o processo administrativo e burocrático, apesar de necessário, sobrepor-se ao de saúde?

    Como fazer um senhora de 82 anos, que pesa apenas 39 quilos e sofre com dor e mal estar intensos, esperar tanto tempo, enquanto o tumor avança?

    Não há justificativa plausível para isso, a não ser as já apontadas. A Cassi - de fato - faz jus à sua fama de operadora difícil de lidar.

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