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12.4.16

Opinião e agenda do Diretor de Saúde (DF e BA)



Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Iniciamos mais uma semana de trabalho na gestão de nossa Caixa de Assistência dos Funcionários do BB (Cassi), onde somos um dos representantes eleitos pelos associados. Sou Diretor de Saúde em entidade de gestão paritária entre o patrocinador patrão (Banco) e eleitos pelo Corpo Social.

Sou um grande interessado em história, desde muito jovem. Também gosto de literatura, apesar de não ter lido um décimo do que gostaria, porque a vida não é como queremos, mas sim como é possível se viver, quando se é subproletário e proletário desde criança, vendendo sua força de trabalho já com uns onze ou doze anos de idade.

O MOMENTO DE CRISES E O OPORTUNISMO

Em relação ao nosso país e à nossa vida, a semana é capital porque a direita golpista pode conseguir derrotar a democracia e o povo brasileiro. Se os acusados de corrupção, organizados no Congresso Nacional, conseguirem interromper o mandato formalmente de nossa Presidenta Dilma Rousseff, o país viverá consequências nunca antes vistas por estas terras. Falo interromper o mandato "formalmente" porque o PSDB, os donos da Globo e demais donos de todos os meios de comunicação, em conjunto com empresários e mais uma camarilha de corruptos, confirmaram o que haviam prometido em 2014: que se o povo reelegesse a Presidenta Dilma (PT) ela não governaria. E tem inocente que não tem noção disso...

Em relação à nossa Caixa de Assistência, a semana também é muito importante. Estamos vivendo o período eleitoral na Cassi e os associados escolhem entre 11 e 22 de abril parte da governança da entidade de saúde. Elegem a Diretoria de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes e parte dos Conselhos Deliberativo e Fiscal. O patrocinador patrão indicará seus nomes na governança em 1º de junho, quando toma posse a chapa vencedora.

REVISITAR SEMPRE OS PRINCÍPIOS, VALORES E COMPROMISSOS

Hoje eu estava revendo meu discurso de posse (ver AQUI), quando cheguei à Cassi eleito em junho de 2014. Fiquei leve e me senti tranquilo. 

Em meio às crises que estamos vivendo em nosso mundo, a crise econômica e política em nosso querido Brasil, a crise do setor de saúde, a crise do déficit da Cassi (antiga, mas que não apareceu antes de 2014), a crise de valores morais e princípios éticos, enfim, em meio às crises que nos cercam, vi que estou levando adiante tudo o que falei aos associados e que me comprometi com eles e com a Cassi.

Hoje, 22 meses depois de começar o nosso mandato, conheço muito mais sobre a Cassi, sua história, sua trajetória, seu modelo de saúde, seu quadro de funcionários, as divergências e impasses de gestão e rumos por diferenças de opinião e interesses entre o Banco do Brasil e os eleitos pelos associados. Às vezes, a divergência é de caráter econômico mesmo! Saúde custa dinheiro e patrão tem olhar em custos ao analisar benefícios.

Hoje, sem dúvidas, conheço muito mais as necessidades na base social da Cassi, porque atuo indo às bases sociais que represento. Isso é fato e ninguém me tira essa verdade! Pago até do meu salário para ir às bases falar com os associados.

ELEIÇÃO NA CASSI OCORRE EM PERÍODO CONTURBADO

A eleição na Cassi poderia se dar num clima de debates de ideias, poderia. Na política, as oportunidades e momentos conjunturais podem matar qualquer bom debate de ideias. 

Os verdadeiros donos do poder, os donos dos meios de produção, econômicos e de comunicação, construíram um clima de ruptura com características fascistas entre o povo brasileiro. Quem está dizendo isso são os mais renomados intelectuais das mais diversas áreas e lutadores em prol da democracia e dos direitos humanos.

Por causa deste clima de ódio instalado no país pelos golpistas contra os governos do PT - governos mais identificados com as pautas e bandeiras dos trabalhadores e dos povos menos favorecidos, e com os movimentos sociais - os processos eleitorais em entidades de trabalhadores estão sob forte influência desta conturbação social. 

Vemos que parte das pessoas em nossos meios tem atuado fortemente para influenciar processos eleitorais em nossas entidades de trabalhadores reverberando o ódio construído pelos golpistas liderados pelas famílias midiáticas e pelos tucanos que não aceitaram perder a 4ª eleição presidencial seguida.

Os milhares de associados da Cassi e as dezenas de entidades representativas do funcionalismo com quem já estive nestes 22 meses sabem que nunca misturei política partidária com meu mandato na gestão de nossa entidade de saúde. Trato exatamente da mesma forma todos os colegas associados da ativa e aposentados, lideranças e entidades representativas, e lideranças do Banco do Brasil. E seguirei assim até o último dia de meu mandato lá em 2018.

Mas eu não posso me calar ao que estão fazendo e ao que tenho visto, ou seja, esta onda de ódio gratuito, sem debate, sem razão, todo voltado para a intolerância. Essa onda fascista avança rápido para sair do limite das redes sociais e começar a fazer mortos nas ruas. Atualmente, os ataques de caráter totalitário são mais intensos em meios virtuais, inclusive em nossa comunidade Banco do Brasil (o que é mais triste), do tipo fora CUT, fora PT, fora movimentos sociais, fora petralhas, fora judeus, fora nordestinos, fora gays, fora pretos etc.

Tod@s nós que lutamos por liberdade, justiça, respeito, igualdade e tolerância, vamos seguir firmes na defesa da democracia e na defesa dos direitos dos trabalhadores.

CASSI PRECISA É DE MAIS PERTENCIMENTO EM SEU QUADRO DE ASSOCIADOS E COESÃO INTERNA PARA ENFRENTAR OS PROBLEMAS DO SETOR DE SAÚDE, QUESTÕES MUITO MAIS EXTERNAS À CASSI

Finalizo deixando minha opinião sobre os problemas da Cassi. Até dias antes da inscrição das chapas concorrentes e do clima de vale tudo nas eleições Cassi, TODAS as lideranças do movimento e das entidades representativas, de esquerda, de centro e de direita, sindicais e associativas, cada uma com sua legitimidade, TODAS sabiam os problemas que levaram a Caixa de Assistência ao atual déficit do Plano de Associados. 

É de extrema má-fé usar de oportunismo em algumas semanas de eleição para dizer que a gestão da Cassi é isso ou aquilo, que mudando os que estão na entidade, usando a oportunidade de bater na relação que existe entre nós eleitos atuais e as entidades sindicais (fundamentais na vida e nos direitos de trabalhadores da ativa e aposentados), dizer que os problemas de rede credenciada é culpa dos atuais eleitos, ou que alguma área da Cassi que não esteja operando na normalidade é por incompetência e não porque estamos precisando de investimento e não tem recurso é algo que até pode fazer parte da "política" (rasteira), mas não acho que seja adequado pelo respeito que tenho a essa comunidade BB que represento.

Eu afirmo que a gestão eleita atual trabalha diuturnamente e, talvez, como poucas vezes, em defesa da Cassi e, SOBRETUDO, EM DEFESA DOS DIREITOS DOS ASSOCIADOS. Todas as entidades representativas tinham essa leitura muito clara até a divisão de cada liderança por si - já que todo mundo queria disputar a eleição.

Eu já radicalizo na transparência de meu mandato desde o 1º dia. Eu até pago para trabalhar, muitas vezes, desde o 1º dia, porque meus valores na vida não são os de acumulação de dinheiros. Vou radicalizar cada dia mais na prestação de contas de meu mandato. Mas as pessoas precisam ter respeito por quem dedica a vida e dá até a saúde em benefício dos colegas. E não falo só por quem eu vejo se dedicando hoje à Cassi, eleito ou funcionário da entidade. Há muita gente também que faz isso pela Cassi, inclusive uma multidão de voluntários e voluntárias em nossos Conselhos de Usuários e entidades da comunidade BB.

Bom voto a tod@s, escolham uma das chapas e cobrem e acompanhem essas pessoas por quatro anos. Na minha opinião como gestor da vez, acho que os associados da Cassi elegeram por mais de uma década pessoas que não tinham foco em avançar o modelo assistencial de Atenção Integral e Estratégia Saúde da Família (ESF), é só olhar o histórica da Cassi.

Não é difícil ver que fomos nós da gestão atual que resgatamos o debate de promoção de saúde e prevenção de doenças; que buscamos o conjunto das entidades representativas para lutar junto conosco pela Cassi que queremos; que lutamos todos os dias para fortalecer a participação social; e acreditamos que sem os sindicatos mobilizando os trabalhadores na ativa e chamando o patrocinador patrão para negociar os direitos e custos da Cassi, a perspectiva de manutenção de direitos em saúde na Cassi será bem difícil. É a minha opinião.

Mas somos de luta e defendemos os direitos dos associados até onde nossa energia aguentar.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento

AGENDA DA SEMANA

SEGUNDA 11

Dia de leitura da pauta da reunião de Diretoria Executiva da Cassi. Trabalhei de umas 8h da manhã até por volta de 23h.

TERÇA 12

Reunião de Diretoria Executiva da Cassi

QUARTA 13

Dia de trabalho será na sede da Cassi em Brasília.

QUINTA 14

Dia de trabalho em Salvador, cumprindo agenda de planejamento da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento.

SEXTA 15

Dia de trabalho em Salvador. Agenda da Diretoria de Saúde. 

Todas as despesas de passagem aérea, transporte e hospedagem desta agenda estão sendo bancadas pelo próprio Diretor de Saúde.

Durante a semana vamos atualizando a agenda.

Post Scriptum (12/4/16, às 8:47h, após dormir seis horas):

Eu sou uma pessoa de base, sempre fui. Experimentei nas últimas semanas, a tentativa de ler por uma hora diária comentários, ataques e maledicências em grupos de redes sociais virtuais. Me fez muito mal psicologicamente! Fico pensando em quem só vive nesse mundo virtual (a ampla maioria do povo), sem limites para a ofensa, lugar da intolerância, sem espaço para o olho no olho, sem ir falar pessoalmente com as pessoas. É completamente explicável o porquê do povo estar envenenado e a intolerância e o ódio estarem vencendo as características históricas do povo brasileiro. Eu não vou mais dedicar essa hora diária à esse envenenamento. Faz mal pacas! Sigo com o mais antiquado método de falar pessoalmente com as pessoas.

William Mendes

Post Scriptum (12 de abril, terça, 20h):

Sede da Cassi em Brasília. Vamos parar por hoje. O corpo pede descanso. A família pede atenção mínima. Meu cérebro precisa de um respiro após 12 horas de trabalho.

Amanhã tem mais.

William Mendes

Post Scriptum (13/4/16, às 19:30h):

Prestando contas. Vamos terminar o dia de trabalho na Cassi. Hoje trabalhamos cerca de 11 horas. Nesta quinta e sexta teremos agenda da Diretoria de Saúde em Salvador (BA).

William Mendes

Post Scriptum (sexta 15/4, 22h):

Fechando a semana de trabalho. Chegamos há pouco da Bahia. A agenda foi muito positiva em benefício da Cassi e dos associados.

Ler AQUI e AQUI as matérias sobre nossa agenda na Bahia.

Para fechar a semana, acabei de ver a pauta da reunião de Diretoria da próxima semana: cerca de 60 súmulas.

Que fazer? Passar o fim de semana lendo centenas de páginas de documentos? Descansar um pouco?

E pensar que tem uma chapa concorrente na eleição da Cassi que escreveu e depois apagou (mas eu salvei) uma leviandade dizendo que o Diretor de Saúde não trabalha os 30 dias do mês...

Abraços a tod@s os meus pares da classe trabalhadora!

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi (eleito)

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