Representantes dos funcionários querem respostas quanto à finalização dos projetos |
Na reunião anterior foi apresentada ao Banco proposta de antecipação de contribuições para que se tenha um reforço de caixa emergencial na Cassi, de forma a garantir o bom funcionamento da Caixa de Assistência e as negociações se concentrem nas soluções de longo prazo. O Banco informou que não fará aporte de recursos na Cassi por ter impacto muito significativo nas demonstrações contábeis e que o financiamento dos projetos na forma apresentada pelo Banco anteriormente, com a proposta que previa a constituição de um fundo, havia boa condição para fazer os investimentos.
A Comissão de Negociação cobrou do Banco que fizesse a conclusão dos projetos conforme havia promessa da empresa, para se chegar a um acordo quanto à precificação e projeção de ganhos com os projetos, algo que o BB havia questionado em rodadas anteriores.
O Banco explicou que os projetos foram realmente apresentados no âmbito da Cassi e houve impasse sobre precificação, que é um passo importante na elaboração. O Banco insistiu que para a conclusão dos projetos somente poderia ser feita no âmbito de uma proposta estruturante, sem de fato explicar que proposta seria essa.
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, ficou clara na negociação a estratégia do Banco em querer fugir da responsabilidade pela gestão da Cassi, quando retrocedeu quanto à validação dos projetos apresentados pelos representantes dos funcionários há mais de um ano na Cassi e na mesa de negociação desde maio. “Se os projetos não fossem sérios e importantes para a Cassi, o Banco não teria incluído os mesmos na sua proposta junto com o fundo para pós-laboral. Não vale agora usar da ‘má vontade’ habitual para postergar soluções. Esperamos que em janeiro as negociações aconteçam de forma mais efetiva. O Banco não pode deixar que falte atendimento para nenhum funcionário da ativa e aposentado. É sua responsabilidade como patrocinador da Cassi”, destacou Wagner.
Embora destacando que está preocupado com a situação do caixa da Cassi, o Banco registrou que a questão está sendo debatida na governança da Caixa de Assistência. Portanto, a nosso ver, houve um retrocesso da rodada anterior, quando havíamos entendido que o Banco teria sinalizado com a possibilidade de investimento pela empresa para implantação das medidas estruturantes.
Os representantes das entidades cobraram do Banco sua responsabilidade com a Cassi já que há quase um ano os projetos foram apresentados e o Banco posterga a validação dos cálculos, de responsabilidade da área financeira, de indicação do BB.
O Banco informou que não fará antecipação de contribuições sem uma proposta estruturante e deixou claro que não pretende, em nenhuma hipótese, elevar contribuição referente aos aposentados.
A reunião foi marcada por momento de tensão, onde foi inclusive pedido um intervalo pelas entidades, uma vez que a diretoria do Banco estabeleceu o rito do retrocesso para conduzir a negociação, principalmente quanto a participação nos projetos de ações estruturantes.
O Banco afirmou que não havia consenso na Comissão de Negociação quanto a proposta de custeio, mas o Banco não apresentou nenhuma proposta nova.
Na proposta anteriormente apresentada pelo Banco, a Comissão de Negociação, por consenso, já afirmou ao BB que não concorda com rateio de déficit que quebre a solidariedade e que a proposta do fundo não (há) acordo da forma como apresentada pelo BB.
Após o intervalo e cobrada a manifestação do Banco a respeito da sua avaliação dos projetos denominados de medidas estruturantes, o BB concordou em se reunir, nos próximos dias, com os diretores eleitos para uma apresentação mais detalhada e ajuste de procedimentos para avaliação.
As entidades farão debates internos com os funcionários e aposentados sobre a continuidade das negociações e nova rodada está prevista para o dia 19 de janeiro.
Fonte: Contraf-CUT
Vejo que o BB, até agora faz de conta e espera que os usuários e suas entidades proponham uma solução que somente os onere e em contrapartida permita a sua total retirada do sistema. Todos os avanços sinalizados não se concretizam em nenhum momento. Permitam a franqueza é chegado o momento de entrar com uma ação cautelar ou similar para garantir os direitos dos funcis ativos e aposentados como vinha ocorrendo até agora, pois compulsoriamente todos tiveram que aderir a CASSI - ESTE DEVE SER O PONTO DECISIVO em qualquer pleito seja ele judicial ou administrativo(que ao que tudo indica não será eficaz).
ResponderExcluirAtenciosamente Querino Anschau
Olá Querino, como vai?
ResponderExcluirAs entidades várias de nossa comunidade Banco do Brasil, inclusive as nacionais, que estão na mesa unitária construída por nós para negociar com o BB uma solução para a sustentabilidade da Cassi, debatem a avaliam diversas alternativas de defesa de nossa entidade em relação ao banco. Inclusive judicializar o embate.
Eu particularmente sou contrário. Sempre me posicionei contra a ideia de transferir para terceiros, no caso o judiciário, as divergências entre nós trabalhadores e os patrões. Acredito mais na mobilização e correlação de forças nos embates entre capital e trabalho.
Entendo que judicializar o caso pode trazer mais riscos que soluções coletivas. Mas posso ser convencido do contrário também.
Abraços, William