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9.10.15

Mobilizações ganham força nos centros administrativos no 4º dia de greve



Em Curitiba, adesão à greve chega a 69% da categoria.
Crédito: Seeb Curitiba

A greve nacional dos bancários chega ao seu quarto dia com um crescimento na adesão dos trabalhadores do ramo financeiro de todo o Brasil. Nesta sexta-feira (09), as mobilizações foram ampliadas nos centros administrativos, onde há concentração de maior número de funcionários. No total 10.818 locais de trabalho paralisaram suas atividades. 

Para se ter uma ideia, apenas na capital paulista, mais de 52 mil trabalhadores de 700 locais de trabalho, sendo 23 centros administrativos e 677 agências, cruzaram os braços a fim de pressionar por uma proposta digna dos bancos. 

Segundo o presidente da Contraf-CUT, Roberto Von der Osten, é notório o grau de insatisfação dos trabalhadores do setor. "Estamos percorrendo os locais paralisados, que cresceram mais uma vez e ouvindo a indignação dos bancários. Afirmam, entre outras coisas, que foi uma proposta desleal e desmotivadora e criticam os bancos com frases como 'depois eles vêm fazer campanhas internas de motivação e mandar cartinhas dizendo que nos valorizam. Só que não! Sem a inflação e sem ganho real não dá. Isto é exploração. Exploração não tem perdão'. Esperamos que os banqueiros ouçam estes protestos e mudem a sua posição".

Sem uma proposta decente, que contemple reposição da inflação e aumento real, a greve segue forte nos 26 Estados da Federação e no Distrito Federal, com adesões das agências e centros administrativos de todo o País.

Juros e lucros exorbitantes


Os bancos são os principais responsáveis pela greve. É um setor que tem todas as condições de contemplar seus trabalhadores com um reajuste digno, visto que lucrou R$ 36,3 bilhões somente no primeiro semestre deste ano. 

Segundo a pesquisa feita pela Fundação Procon, os juros do cheque especial atingiram em outubro média de 12,28% ao mês, a maior desde setembro de 1995. No mês anterior, a média estava em 11,9% a.m.


COMENTÁRIOS DO BLOG


Além das questões gerais na mesa da Fenaban, temos as mesas concomitantes com os bancos públicos como o BB.


Uma das prioridades é relativa às questões da Cassi. O 26º Congresso dos funcionários aprovou as propostas dos eleitos na Cassi, em conjunto com as entidades representativas do funcionalismo, que constituíram mesa com o Banco desde maio para discutir o déficit e o equilíbrio do Plano de Associados, que defendem aportes extraordinários por parte do patrocinador BB, dois aportes de R$ 300 milhões e mais R$ 150 milhões para avanços no modelo de saúde e medidas estruturantes na gestão.


Segue abaixo a moção aprovada no 26º Congresso em junho que defende aportes na Cassi e o modelo de Atenção Integral à Saúde.







Moção em Defesa da proposta dos Representantes do Corpo Social da Cassi e Dia Nacional de Luta em Defesa da Cassi


Nós participantes do 26º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, registramos nosso total apoio às propostas dos representantes do Corpo Social a Cassi, apresentadas pela Comissão Nacional das Entidades Representativas dos Funcionários (CONTRAF-CUT, CONTEC, ANABB, FAABB, AAFBB), em especial a proposta de aporte especial do BB no montante de R$ 600 milhões (R$ 300 milhões em 2015 e R$ 300 milhões em 2016), para cobrir os déficits operacionais da Cassi, enquanto são implementadas as medidas de aprofundamento do Modelo de Atenção Integral a Saúde, com a Estratégia Saúde da Família, em todo o Brasil. Os aportes realizados apenas pelo patrocinador BB fundamentam-se pelo não investimento no modelo assistencial acordado em 2007 com o Corpo Social.

Pactuamos construir um dia nacional de luta em defesa da Cassi e por melhores condições de trabalho.




26º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil - Anhembi/SP


Fonte: Contraf-CUT, com alterações do Blog

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