Entidades buscam soluções que não prejudiquem os associados. Foto: Guina |
Dando prosseguimento aos debates da Mesa Específica da Cassi, entre entidades representativas dos funcionários e o Banco do Brasil, a Comissão de Negociação apresentou ao Banco, nesta quinta-feira (27), em Brasília, propostas de caráter emergencial e reafirmou as sugestões que já haviam sido colocadas na mesa em outras rodadas de negociação.
A série de propostas e sugestões, apresentadas para análise de viabilidade por parte do Banco, têm por objetivo contemplar um reforço de caixa na Cassi, para que medidas de caráter mais permanente e de sustentabilidade sejam discutidas com mais tranquilidade.
Foram apresentadas as seguintes propostas de caráter emergencial:
- antecipação do repasse da contribuição patronal e pessoal do valor referente à Cassi sobre o 13º salário do ano de 2015, sendo que na parte pessoal também seria uma antecipação feita pelo Banco;
- contribuições para a Cassi sobre os acordos de CCP e CCV. Este item também é integrante da minuta de reivindicações aprovada no Congresso dos Funcionários do BB;
- que nos acordos judiciais e processos trabalhistas sejam recolhidas contribuições para a Cassi;
- destinação para a Cassi de percentual de 5% sobre o montante a ser distribuído na PLR, antes da distribuição aos funcionários.
- antecipação do percentual destinado à Cassi sobre valor do BET - Benefício Especial Temporário - já provisionado para ser pago pela Previ aos funcionários da ativa integrantes do Plano 1, assim que se aposentarem. Já consta do regulamento do BET a contribuição para a Cassi e os valores seriam antecipados do montante já contabilizado na Previ.
Os representantes também reafirmaram ao Banco propostas já apresentadas e discutidas entre as entidades e dirigentes eleitos da Cassi:
- dois aportes, de 300 milhões de reais cada, para cobertura dos déficits até início do projeto piloto de ampliação da Estratégia Saúde da Família (ESF) e implantação das medidas estruturantes;
- aporte extraordinário de 150 milhões para implantação do projeto piloto;
- inclusão no Estatuto da Cassi do compromisso de proporcionalidade de contribuição de uma vez e meia do BB para uma dos associados.
O Banco do Brasil ficou de analisar as propostas e a sua viabilidade legal e os impactos no provisionamento pelas resoluções da CVM - Comissão de Valores Mobiliários.
Os representantes dos funcionários questionaram o BB, afirmando que não se pode usar a CVM como impedimento das soluções propostas pelos funcionários. A direção afirmou que o BB vai sempre analisar este aspecto, para saber se o Banco pode ou não absorver os impactos no balanço.
Quanto às contribuições para a Cassi sobre os processos judiciais, o Banco informou que vai analisar mais detalhadamente, mas que considera mais difícil um encaminhamento por se tratar de tema que também envolve contribuições para a Previ e aspectos relativos às próprias decisões da justiça.
O Banco também apresentou dados mais atualizados sobre os números financeiros da Cassi, incluindo as projeções de déficit para 2015, 2016 e o consumo das reservas técnicas.
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a reunião foi produtiva: "As propostas apresentadas têm por objetivo construir soluções para a Cassi, de forma a não prejudicar os associados e não ter nenhuma perda de benefício ou problemas de atendimento. Por isso, o debate de caráter emergencial neste momento", afirmou.
A próxima rodada está marcada para o dia 04 de setembro, quando o banco apresentará os estudos de viabilidade das propostas emergenciais apresentadas até o momento.
Fonte: Contraf-CUT
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