Blog de William Mendes, ex-dirigente sindical bancário e ex-diretor eleito de saúde da Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil
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10.4.15
10º Boletim - Dirigentes eleitos divulgam propostas para a sustentabilidade da Cassi
Os dirigentes eleitos da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil divulgaram nesta sexta-feira 10 a décima edição do Boletim Prestando Contas Cassi, na qual apresentam suas propostas para a sustentabilidade da entidade, que incluem o equacionamento do déficit financeiro do Plano de Associados e medidas que vão da gestão à ampliação do Sistema Integrado de Saúde.
Veja aqui o Boletim em PDF, que está disponível na seção "Publicações" do site www.contrafcut.org.br para que os sindicatos possam imprimir e distribuir nas suas bases.
A Cassi fechou o exercício de 2014 com um déficit de 108 milhões, resultado consolidado do Plano de Associados (déficit de 177 milhões) e dos Planos Cassi Família I e II (superávit de 68 milhões). Isso não foge do que acontece com todo o setor de saúde, que movimenta mais de R$ 100 bilhões ao ano e enfrenta grave crise de sustentabilidade.
Medidas estruturantes
Para se alcançar o equilíbrio e a sustentabilidade na Cassi, os dirigentes eleitos defendem a extensão para o conjunto dos associados do Modelo de Atenção Integral à Saúde, baseado na Estratégia Saúde da Família (ESF). O modelo é conhecido como Sistema Integrado e tem referência nos modelos mais exitosos no mundo, como o canadense e o inglês.
O programa, conhecido como Excelência no Relacionamento, foi entregue ao Banco do Brasil em dezembro passado e é constituído de iniciativas estratégicas com cinco eixos estruturantes:
1- Aperfeiçoamento dos mecanismos de regulação.
2- Gestão da rede de prestadores.
3- Acesso qualificado através do Sistema Integrado de Saúde.
4- Gestão integrada de informações de estudos estatísticos e atuariais.
5- Aperfeiçoamento dos processos orientados ao Sistema de Saúde Cassi.
"As mudanças estruturantes têm fases distintas de implantação e piloto do Sistema Integrado de Saúde em duas localidades, fazendo mapeamento e estudos epidemiológicos de toda a população Cassi, disponibilizando equipes multidisciplinares da ESF em CliniCassi adequadas ao número de participantes e com rede referenciada e credenciada de qualidade", explicam os eleitos no boletim divulgado nesta sexta-feira.
"O modelo trabalha com a perspectiva de redução da sinistralidade (relação das receitas x despesas assistenciais). Após validação nas duas localidades implantadas, a extensão às demais bases seria mais rápida porque os demais eixos estruturantes já estariam em funcionamento. A implantação dos eixos de regulação, gestão de rede e estudos e indicadores têm efeito imediato e contribuem para redução de despesas e otimização no uso dos recursos financeiros já a partir de 2017", acrescentam os representantes dos associados na gestão da Caixa de Assistência.
E concluem: "O projeto está precificado em parceria com o Banco do Brasil e a previsão é de um investimento em 5 anos de R$ 150 milhões e um retorno em economia da ordem de R$ 950 milhões, o que traria o equilíbrio do novo modelo inclusive para a extensão às demais localidades".
Equação do déficit
Para solucionar o déficit do Plano de Associados, o Banco do Brasil propôs em dezembro que o Corpo Social aumentasse em 50% o valor de suas mensalidades, o que daria uma receita nova anual para a Cassi de cerca de R$ 300 milhões.
A proposta dos dirigentes eleitos, ao contrário, é que o BB faça duas contribuições extraordinárias do mesmo valor, de R$ 300 milhões, em 2015 e 2016, para que as iniciativas estratégicas estruturantes sejam implantadas em suas primeiras fases, o que já garantiria uma economia de R$ 165 milhões até 2017.
"Com o novo modelo em funcionamento após as fases estruturantes implantadas em 2015/16, e com a redução da sinistralidade nas localidades dos pilotos do Sistema Integrado de Saúde, a Cassi passará a administrar receitas e despesas em novos patamares, favorecendo com isso os dois patrocinadores, Banco do Brasil e Corpo Social", avaliam os dirigentes eleitos no Boletim Prestando Contas Cassi nº 10.
"Essa proposta dos eleitos, por ser extraordinária e não de aporte definitivo, não gera a obrigação alegada pela Direção do Banco de cumprir a CVM 695 em fazer provisões no balanço do BB por obrigações passivas relativas aos aposentados", concluem.
Divulgação do Boletim
Os eleitos da Cassi solicitam às entidades sindicais e representativas do funcionalismo do BB que divulguem o Boletim em seus portais na internet e em suas bases de representação.
Fonte: Contraf-CUT
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