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18.3.15

O BB não vai me impedir de fortalecer a participação social na Cassi


Tirei o estresse do dia saindo para correr e
refletindo sobre minhas convicções na
defesa da Caixa de Assistência e no
fortalecimento dos Conselhos de Usuários.

Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,


Saí da Cassi nesta terça-feira 17 quase 10 horas da noite. Trabalhei umas 30 horas nestes dois dias. Como se diz, foram dois longos dias na burocracia da nossa Caixa de Assistência. E isso é necessário.

A pauta da nossa reunião de Diretoria Executiva foi gigante. Foram cerca de 50 súmulas para debater e deliberar.

Confesso que saí tão estressado que ao chegar após às 22h precisei colocar um calção e sair embaixo de garoa para correr. Correr, digerir a raiva, e, através das passadas, pensar os próximos passos. Corri pouco mais de 30 minutos, uns 5 km, e passou a bronca que estava, além de refrescar a cabeça com a garoa fina.

Também refleti sobre as sinalizações passadas a mim hoje pelo patrocinador Banco do Brasil.


Conferências de Saúde e Renovações dos Conselhos de Usuários correm o risco de não acontecerem em 2015 se não houver anuência do patrocinador Banco do Brasil

Algumas coisas nos deixam revoltados. Eu aprendi desde cedo e acho que isso é fundamental para nunca perdermos a nossa posição no quadro social: a capacidade de se indignar!

Vejam vocês. Nós fomos eleitos com um programa de gestão para a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, a Cassi, onde defendemos alguns princípios. Um deles é o fortalecimento dos Conselhos de Usuários e a participação social.

A Cassi é associação, está no seu estatuto no Artigo 1º. Uma associação tem como princípio ontológico a participação social. Eu sou um defensor dos Conselhos de Usuários da Cassi. Boa parte das lideranças do funcionalismo já devem ter percebido isso nestes meus nove meses de mandato como Diretor de Saúde. Nossa Diretoria é responsável pela relação com os Conselhos de Usuários da Cassi.

Se teve diretores de saúde eleitos anteriores a mim que esvaziavam os fóruns dos Conselhos ou não ligavam para a existência deles, não é o meu caso. Cada um com a sua cabeça e visão de mundo.

Acredito piamente que o maior envolvimento no dia a dia da Caixa de Assistência por parte das lideranças dos associados, como sindicatos, associações da ativa e aposentados e os Conselhos de Usuários pode dar mais Espírito de Pertencimento e facilitar a aderência aos programas de saúde e o melhor uso de nossa Cassi por parte dos 720 mil associados.

Isso pode trazer aumento dos resultados em saúde, com maior participação no modelo de Atenção Integral à Saúde, que na Cassi se dá pela Estratégia de Saúde da Família (ESF), menor índice de judicialização e redução de despesas assistenciais. A economia, ou uso mais racional dos recursos, pode ser da ordem de milhões de reais por ano.

A Cassi está com o orçamento contingenciado neste início de ano administrativo. Ainda não aprovamos a peça orçamentária. Isso não quer dizer que semanalmente nós não renovemos as licenças para os programas de informática, que não renovemos contratos de manutenção, que não estejamos pagando em dia nossas despesas assistenciais etc. Até porque a empresa tem uma dinâmica da máquina administrativa.

Aliás, eu não gostaria de pensar que há tratamento diferenciado aos eleitos deste momento, porque a Cassi já passou por outros momentos de contingenciamento em anos anteriores. Eu já verifiquei como o Banco se portou com os eleitos daquele momento contingenciado. E não impediram a realização das Conferências de Saúde. 

Ao apresentar a programação e orçamento para cumprir as obrigações estatutárias da Diretoria de Saúde no que diz respeito às Conferências de Saúde e a renovação dos Conselhos de Usuários da Cassi em 2015, recebo sinalizações de que o Banco é contrário a esse importante instrumento de participação social na Caixa de Assistência por causa do contingenciamento. O valor previsto para o 1º semestre é relativamente pequeno, se comparado a dezenas de outros eventos na entidade.

Aguardem os próximos capítulos deste drama. As decisões sobre as questões administrativas da entidade neste mês, dentre elas a das Conferências, serão decididas na próxima semana na reunião mensal do Conselho Deliberativo, órgão máximo da Caixa de Assistência.


Conferências e fortalecimento dos Conselhos de Usuários serão mantidos!

Uma coisa eu aprendi como dirigente sindical e representante dos trabalhadores. Eu tenho firmeza nos princípios e flexibilidade nas táticas.

Após me tornar dirigente, nunca deixei de fazer o que tinha que ser feito ou encaminhar as lutas que tinha que lutar por dificuldades comuns e reais que enfrentamos. 

Foi assim para nunca deixar de fazer o trabalho de base e organizar os bancários, mesmo quando ocupei funções nas estruturas executivas do movimento sindical. Foi assim para fazer os cursos de formação que fizemos ao longo de dois mandatos na Contraf-CUT. Quem me conhece sabe disso.

Eu só quero fazer o meu trabalho e aquilo em que me comprometi e acredito

Os embates na gestão paritária entre Eleitos e Indicados na Cassi já tiveram decisões infelizes neste início de ano por parte do Banco do Brasil que estão prejudicando os representantes do Corpo Social e os associados. Um exemplo disso foi a posição do Banco do Brasil pela não renovação dos contratos das empresas que executavam o Programa de Atenção aos Crônicos (PAC). Mais de 10 mil pessoas deixaram de receber os cuidados do Programa.

Outro exemplo: por causa do contingenciamento orçamentário momentâneo, o Banco do Brasil quis tirar a participação dos suplentes nos Conselhos e nós não aceitamos isso. Os eleitos estão fazendo sacrifícios para manterem seus compromissos com a governança e com os representados ao estarem nas reuniões mensais daqueles colegiados.

Eu mesmo, tenho usado recursos de minha remuneração, onerando minha família, por convicções que acredito e porque nosso foco é o projeto que defendemos para nossa Cassi. E eu não me importo. Mas isso não quer dizer que não fico indignado com algumas pequenezas por parte do Banco.

As Conferências de Saúde e a renovação dos Conselhos de Usuários da Cassi acontecerão este ano sob o meu mandato na Diretoria de Saúde, independente de o patrocinador Banco do Brasil aprovar ou não o orçamento para elas.

Eu não vou ofender ninguém com quem trabalho na gestão de nossa Caixa de Assistência, e vou continuar me comportando com educação e civilidade como representante do Corpo Social. Mas eu sei quem sou, o que defendo e não me abalo com futricas de corredor ou rede social por parte de "adversários" em próximas eleições e coisas do gênero. Isso faz parte da democracia e eu sou defensor dela.

Se não tiver orçamento formal para realizarmos as Conferências de Saúde de 2015, eu vou pedir ajuda para as entidades representativas do funcionalismo e, se não der certo, pago do meu salário para que elas aconteçam. Nossa Diretoria de Saúde pretende fazer as 16 conferências previstas mais a constituição do Conselho de Usuários do Amapá.

Foi um desabafo! Mas amanhã sigo firme do mesmo jeito na nossa gestão na Diretoria de Saúde da Cassi.

Reafirmo o que tenho dito: é preciso UNIDADE entre nós do corpo social para conseguirmos uma correlação de forças melhor para lidar com o nosso patrão, o Banco do Brasil.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi

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