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14.11.13

Agenda de luta... pré feriado (e vem formação aí)


Nesta semana de 11 a 14 de novembro estive com a agenda sindical toda aqui em São Paulo.

Tratamos de questões relativas à minha função de coordenação nacional da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. Também estamos fechando os textos da revista nacional O Espelho abordando a campanha nacional da categoria em 2013, bem como questões inerentes à Previ, à Cassi e ao nosso novo direito político no BB - ter um Conselheiro Representante no Conselho de Administração do Banco (Caref), Rafael Matos. A revista será distribuída no início do mês de dezembro para os bancários das bases sindicais filiadas à Contraf-CUT

FORMAÇÃO SINDICAL

Também tive um foco no fechamento da turma de formação que vamos iniciar na semana que vem. É o curso de formação Sindicato, Sociedade e Sistema Financeiro, um curso PCDA realizado em parceria entre a Contraf-CUT e o Dieese, juntamente com as entidades sindicais que apostam na formação, para preparar e dar mais capacitação aos dirigentes do Ramo Financeiro.

Já deixo grande agradecimento a toda a equipe de funcionários da Contraf e dieese que ajudou a montar a turma, os materiais, atualizar a grade do curso e preparar tudo pra receber o pessoal do Brasil todo neste domingo e segunda.

PCDA - Programa de Capacitação de Dirigentes e Assessores

De acordo com as políticas de formação definidas no Enafor da CUT deste ano, cabe às confederações e ramos realizar cursos de formação complementares à grade nacional formativa de nossa Central.

É isso que estamos fazendo na Contraf-CUT. Realizando cursos temáticos com especialização em grandes temas e eixos de luta do ramo financeiro, além do curso PCDA voltado para capacitar dirigentes bancários.

Serão 3 módulos entre novembro e fevereiro e conseguimos montar uma boa turma com dirigentes de todo o Brasil.

As expectativas de iniciar uma turma de formação são sempre as melhores possíveis...

No domingo estaremos com a turma para o início, na segunda 18, logo cedo.

É isso,

SOMOS FORTES, SOMOS CUT!
A FORMAÇÃO SALVA!


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Post Scriptum:

POLÍTICA BRASILEIRA - compartilhei na mesma data (14/11/13), em meu perfil do Facebook, excelente artigo de Eduardo Guimarães sobre o absurdo que a "justiça" brasileira vem fazendo com o companheiro José Genoíno e outros dirigentes do PT e do campo democrático-popular. Reproduzo abaixo o artigo:


Preto, pobre, prostituta e petista

Por: Eduardo Guimarães (Blog da Cidadania)


Charge de Vítor T, feita para a matéria no
Blog da Cidadania sobre condenação de
José Genoíno e demais petistas.
“Num tempo

Página infeliz da nossa história

Passagem desbotada na memória

Das nossas novas gerações

Dormia

A nossa pátria mãe tão distraída

Sem perceber que era subtraída

Em tenebrosas transações”

Vai Passar (Chico Buarque)


O Brasil amanheceu pior do que ontem. A partir de agora, torna-se oficial o que, até então, era uma tenebrosa possibilidade: cidadãos brasileiros estão sendo privados de suas liberdades individuais apenas pelas ideologias político-partidárias que acalentam.

A “pátria mãe tão distraída” foi “subtraída em tenebrosas transações” entre grupos políticos partidários e de comunicação e juízes politiqueiros.

Na foto que ilustra este texto, o leitor pode conferir o único patrimônio de um político que foi condenado pelos crimes de “corrupção ativa e formação de quadrilha” pelo Supremo Tribunal Federal em 9 de outubro de 2012.

Junto com ele, outros políticos ou militantes políticos filiados ao Partido dos Trabalhadores, todos com evoluções patrimoniais modestas diante dos cargos que ocupavam na política.

José Dirceu, José Genoíno, João Paulo Cunha e Henrique Pizzolato tiveram suas prisões decretadas com base em condenações por uma Corte na qual, ao longo de sua existência secular, jamais políticos de tal importância foram condenados.

A condenação desses quatro homens, todos de relevância político-partidária, poderia até ser comemorada. Finalmente, políticos começariam a responder por seus atos. Afinal, até aqui o STF sempre foi visto como a principal rota de fuga dos políticos corruptos.

Infelizmente, a única condenação a pena de prisão que aquela Corte promulgou contra um grupo político foi construída em cima de uma farsa gigantesca, denunciada até por adversários políticos dos condenados, como, por exemplo, o jurista Ives Gandra Martins, que, apesar de suas divergências com o PT, reconheceu que não houve provas para condenar José Dirceu, ou como o formulador da teoria usada para condenar os réus do mensalão, o alemão Claus Roxin, que condenou o uso que o STF fez de sua revisão da teoria do Domínio do Fato.

Dirceu e Genoíno foram condenados por “formação de quadrilha” e “corrupção ativa” apesar de o primeiro ter estado infinitamente mais distante dos fatos que geraram o “escândalo do mensalão” do que estão Geraldo Alckmin e José Serra dos escândalos Alston e Siemens, por exemplo.

Acusaram e condenaram Dirceu apesar de, à época dos fatos do mensalão, estar distante do Partido dos Trabalhadores, por então integrar o governo Lula. Foi condenado simplesmente porque “teria que saber” dos fatos delituosos por sua importância no PT.

Por que Dirceu “tinha que saber” das irregularidades enquanto que Alckmin e Serra não são nem citados pelo Ministério Público, pela Justiça e pela mídia como tendo responsabilidade direta sobre os governos nos quais os escândalos supracitados ocorreram?

O caso Genoíno é mais grave. Sua vida absolutamente espartana, seu microscópico patrimônio, sua trajetória ilibada, nada disso pesou ao ser julgado e condenado como um “corruptor” que teria usado milhões de reais para “comprar” parlamentares.

O caso João Paulo Cunha é igualmente ridículo, em termos de sua condenação. Sua mulher foi ao banco sacar, em nome próprio, com seu próprio CPF, repasse do partido dele para pagar por uma pesquisa eleitoral. 50 mil reais o condenaram por “corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro”.

O caso mais doloroso de todos, porém, talvez seja o de Henrique Pizzolato, funcionário do Banco do Brasil, filiado ao PT e que, por ter assinado um documento que dezenas de servidores da mesma instituição também assinaram sem que contra eles pesasse qualquer consequência, foi condenado, também, por “corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro”.

Isso está acontecendo em um país em que se sabe que dois governadores do PSDB de São Paulo, apesar de ter ocorrido em suas administrações uma roubalheira de BILHÕES DE REAIS, não são considerados responsáveis por nada.

Isso está acontecendo em um país em que um político como Paulo Maluf, cujas provas de corrupção se avolumam há décadas, jamais foi condenado à prisão.

Isso está acontecendo em um país em que um governador como Marconi Perillo, do PSDB, envolveu-se até o pescoço com um criminoso do porte de Carlinhos Cachoeira, foi gravado em relações promíscuas com esse criminoso e nem acusado foi pelo Ministério Público.

Isso está acontecendo, finalmente, no mesmo país em que os ex-prefeitos José Serra e Gilberto Kassab toleraram durante anos roubalheira dentro da prefeitura e quando essa roubalheira de MEIO BILHÃO de reais vem à tona, a mídia e o Ministério Público acusam quem mesmo? O PT, claro.

Já entrou para o imaginário popular, portanto, que, neste país, cadeia é só para pretos, pobres, prostitutas e, a partir de agora, petistas.

No Brasil, as pessoas são condenadas com dureza pela “justiça” se tiverem mais melanina na pele, parcos recursos econômicos, se venderem o que só pertence a si (o próprio corpo) para sobreviver ou se tiverem convicções políticas que a elite brasileira não aceita.

A condenação de alguém a perder a liberdade por suas convicções políticas, porém, é mais grave. É característica das ditaduras, pois a desigualdade da Justiça com os outros três pês deriva de falta de recursos para se defender, não de retaliação a um ideário.

Agora, pois, é oficial: você vive em um país em que se deve ter medo de professar e exercer suas verdadeiras convicções políticas, pois sabe-se que elas expõem a retaliações ditatoriais como as que levarão para cadeia homens cuja culpa jamais foi provada.

Fonte: reprodução de texto do Blog da Cidadania

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