O BB prometeu aos funcionários comissionados que aderissem ao novo plano de 6h com redução de salário, como forma de incentivá-los a aderirem, que teriam o direito de realizar 20 horas extras por mês até o fim de janeiro de 2014. Ao gestor do banco competiria determinar a forma de realização dessas horas extras.
O gerente de área da monitoria do Cenop 1900, entretanto, tem proibido os trabalhadores que optaram pela jornada de seis horas de realizar as horas extras, prejudicando a compensação financeira desses trabalhadores e contrariando a norma geral do BB. Ele disse estar agindo com a aprovação da Gepes-SP (*comentário abaixo).
A Contraf-CUT entrou em contato com a direção do BB na sexta-feira 2, recebendo a confirmação desse direito que cada bancário aderente ao novo plano tem, ou seja, a gerência do Cenop 1900 está descumprindo as normas do próprio banco. Os bancários que aderiram à jornada de 6 horas do novo plano de funções têm o direito de fazer 20 horas mensais de horas extras, com reflexos nos fins de semana. O gestor escolhe os dias e a forma, mas não pode tolher o direito dos funcionários de fazerem horas extras.
"Se o gestor acha que seu departamento está com o serviço em dia, o bancário pode, por exemplo, fazer os cursos que o banco exige dele. O bom administrador tem aí uma ótima oportunidade de usar as normas do banco ajudando a qualificar sua equipe", afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
Pressão por metas, outro problema
O Cenop 1900 realiza análise de cadastro, operações comerciais e rurais, atividades que exigem cautela e muito critério. No entanto, metas cada vez mais difíceis de serem atingidas têm sido impostas no setor. O gerente-geral criou o chamado D-0 (sigla para "zero dia"), que obriga os funcionários a realizarem as análises e liberações de contratos no mesmo dia. Em outros Cenop, não existe o D-0.
Bancários do setor afirmam que essa pressão por metas D-0 induz ao erro e, consequentemente, prejudica o funcionário e o próprio banco. "No Cenop 1900, parece haver uma 'galerinha do mal' que está barbarizando. Eles prejudicam o trabalhador e o banco. Tentando ser mais realistas do que o rei, transformaram o ambiente de trabalho em um inferno. Com isso, muitos colegas estão adoecendo. Não toleramos isso", afirma o dirigente sindical Paulo Rangel.
Fonte: Contraf-CUT, com Seeb São Paulo
*O blog apurou que não é verdade o que o gestor do Cenop 1900 afirmou. A Gepes havia orientado corretamente sobre o direito dos bancários de fazerem hora extra.
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