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10.4.13

BB não negocia plano de funções e Contraf-CUT marca greve para dia 30


Crédito: Guina - Contraf-CUT
Guina - Contraf-CUTContraf-CUT, federações e sindicatos protestam em frente à sede do BB

O calendário de luta e mobilização construído pelo Comando Nacional dos Bancários havia feito o Banco do Brasil anunciar uma mesa com a Contraf-CUT, federações e sindicatos para esta terça-feira 9, para discutir o plano de funções comissionadas. 

Em cima da hora, na tarde do dia 8, o banco desmarcou a reunião com a representação dos trabalhadores, informando à Contraf-CUT através de um frio comunicado e desrespeitando os dirigentes que já se encontravam em Brasília, vindos de todas as partes do país. 

A direção do banco mandou um boletim pessoal para todos os funcionários, negando a possibilidade de negociar quaisquer alterações no plano de funções. O banco não quer negociar, mas aceita, segundo o comunicado, "prestar qualquer tipo de esclarecimento, quer individual, quer coletivamente", e ainda pinta de cor de rosa a sua relação com os trabalhadores, afirmando que houve "adesão integral às Funções de Confiança" e "30% de adesão às Funções Gratificadas". 

"Essas afirmações mostram a distância abissal que a diretoria mantém dos funcionários. A política de recursos humanos que a diretoria do banco pratica é mandar ordens através de torpedos, inclusive nos fins de semana, cobrar metas por telefone, mandar vender, vender e vender, humilhar gestores e funcionários, pressionar, exaltar os puxa-sacos, descomissionar e incentivar a postura ditatorial de alguns gestores", critica William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. "Cada diretor que assume a gestão de pessoas (com letra minúscula) torna mais cruel o tratamento. Com esse inferno criado pelo banco, é crescente o número de bancários que vive à base de calmantes e medicamentos tarja-preta." 

O banco diz que não negocia o Plano de Funções. Não quer ouvir os sindicatos dizerem que o objetivo do banco é transformar em teto o VR de cada cargo comissionado. Não quer ouvir a discordância dos sindicatos com a diminuição do valor das funções gratificadas. Não quer ouvir a reivindicação da Contraf-CUT de não reduzir o valor do Adicional de Função de Confiança. Não quer atender a reivindicação dos funcionários de não mexer nos direitos conquistados com greve, como o adicional por mérito, o aumento real de 36% no piso e o reajuste de mais de 16% acima da inflação sobre todas as verbas salariais, inclusive as gratificações de função, o que fez com que mais de 30 mil comissionados passassem a ganhar mais que o VR na última década de campanhas unificadas. 

"O banco não dá ouvidos à realidade. Os funcionários aderiram às funções de confiança por saberem que, nesse clima de terror, perderiam as comissões. Mas eles estão com ódio do que a direção do banco faz com eles. Muitos aderiram às funções gratificadas com medo de serem discriminados e colocados na 'geladeira' em futuras promoções. Mas o banco prefere ver o mundo cor de rosa, desprezando a realidade e publicando boletins da 'direção' e não 'pessoal', acrescenta William.

'Se o banco só negocia com greve, é o que terá'

Para fazer o banco ouvir o que os funcionários estão transmitindo aos sindicatos, a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, que assessora a Contraf-CUT nas mesas específicas, fez manifestação nesta terça-feira 9 em Brasília entre os prédios da direção geral, no horário da reunião desmarcada pelo BB, mandando à direção todos os protestos, reivindicações e reclamações que seriam levados na mesa de negociação.

A Contraf-CUT e os sindicatos resolveram convocar os funcionários do Banco do Brasil para uma greve de 24 horas no dia 30 de abril, dando continuidade às paralisações e protestos que já marcaram os três Dias Nacionais de Luta feitos desde fevereiro.

"Se a direção do banco só ouve as reclamações dos funcionários quando tem greve, é isso que eles vão ter", adverte o secretário de Formação da Contraf-CUT. 


Fonte: Contraf-CUT

4 comentários:

  1. Anônimo7:27 PM

    O GOVERNO Dilma usa vcs como bucha de canhão, apenas para as horas dificeis e depois...Se não fossem as ONGS teria perdido facil do PSDB e sua "bolinha de papel/Globo". Graças as redes sociais e sindicatos a farsa foi desmascarada e a vitoria do PT consolidada. Mas SEMPRE trataram os sindicatos como esmoleis, sem respeito. Há necessidade de um gesto de independencia e, se necessario, confronto com o governo do PT, que vai mal das pernas, pais sem crescimento, inflação crescente, contas estagnadas. Vcs são importantes, então se façam importantes!

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  2. É isso aí colega!

    Vamos construir juntos com todo mundo uma bela greve no dia 30 para fazer o governo e a direção do banco se ligarem que nós queremos mudanças no plano que prejudica os bancários e mudança de rumo na política do banco e do governo.

    Abraços, William

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  3. Anônimo8:49 PM

    Estamos com vcs. Como CAIEX espero que tambem entre em pauta a terrível situação que vivemos, não temos local de trabalho, não sabemos onde vamos estar hoje (conheço caixas que´foram mandados, no mesmo dia, a 3 agencias diferentes!), fora a pressão por "rapidez" no atendimento, como se o atendimento e os problemas do cliente fossem resolvidos em 2 minutos.

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  4. Anônimo8:49 PM

    Estamos com vcs. Como CAIEX espero que tambem entre em pauta a terrível situação que vivemos, não temos local de trabalho, não sabemos onde vamos estar hoje (conheço caixas que´foram mandados, no mesmo dia, a 3 agencias diferentes!), fora a pressão por "rapidez" no atendimento, como se o atendimento e os problemas do cliente fossem resolvidos em 2 minutos.

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