Blog de William Mendes, ex-dirigente sindical bancário e ex-diretor eleito de saúde da Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil
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30.4.13
Bancários do bb aderem à greve de 24h contra plano de funções em todo país
Os funcionários do Banco do Brasil das principais cidades e capitais dos estados paralisaram suas atividades nesta terça-feira (30) para protestar contra o novo plano de funções e cobrar a abertura de negociações com o banco.
O plano foi implementado de maneira unilateral pelo banco e a direção do bb desmarcou reunião em que as entidades sindicais iriam apresentar reivindicações para mudanças. A greve de 24 horas no bb foi chamada pelos sindicatos representados pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT.
Levantamento preliminar da Contraf-CUT aponta que o movimento foi intenso em todo país e os bancários fizeram paralisações, protestos e manifestações em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Salvador, Porto Alegre, Fortaleza, Campo Grande, Teresina, Maceió, Vitória, João Pessoa, Porto Velho, Dourados, Macapá, Santos, ABC Paulista, Campinas, Criciúma e Itamarajú (BA), dentre outras.
"Os funcionários do bb de todo o país deram forte demonstração à direção do banco de que não aceitarão práticas arbitrárias e autoritárias. Estamos atentos e mobilizados", afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do bb.
"O banco não quer ouvir a discordância dos sindicatos com a diminuição do valor das funções gratificadas. Não quer ouvir a reivindicação da Contraf-CUT de não reduzir o valor do Adicional de Função de Confiança. Não quer atender a reivindicação dos funcionários de não mexer nos direitos conquistados com greve, como o adicional por mérito, o aumento real de 36% no piso e o reajuste de mais de 16% acima da inflação sobre todas as verbas salariais, inclusive as gratificações de função, o que fez com que mais de 30 mil comissionados passassem a ganhar mais que o VR na última década de campanhas unificadas", aponta William.
"Se a direção do banco só ouve as reclamações dos funcionários quando tem greve, é isso que eles vão ter. E os bancários de todo o Brasil demonstraram sua força de mobilização", salienta diretor da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT
Funcionários do BB reagem e param nesta terça 30
Protesto é contra plano de funções imposto pelo banco, assédio moral e práticas antissindicais da direção
São Paulo – A paralisação de 24 horas contra a série de desmandos que a direção do Banco do Brasil vem impondo conta com a adesão de funcionários de complexos e agências em diversas regiões de São Paulo. Os bancários seguem o Calendário Nacional de Lutas, que vem organizando uma série de protestos contra a imposição do plano de funções, assédio moral e práticas antissindicais.
> Vídeo: orientações sobre paralisação
Aderirar as concentrações da São João, XV de Novembro, CSI, Crédito Imobiliário, CABB, SAC, além das agências xv de novembro, Patriarca, São Bento, João Mendes, Boa Vista, Largo do Anhangabaú, Rua da Quitanda, Xavier de Toledo, 7 de Abril, 24 de Maio, Consolação, São Luis, Vieira de Carvalho, Rego Freitas, Luz, Brigadeiro Luiz Antonio I e Brigadeiro Luiz Antonio II; Brooklin; Brooklin Paulista; Moema; Ibirapuera e Ruben Berta.
A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, enfatizou no ato desta terça-feira 30 que apenas com mobilização e luta essas situações poderão ser revertidas. “O que está colocado em questão é se a gente vai baixar a cabeça para os desmandos da direção do banco. Nós estamos lutando para que amanhã eles não retirem outros direitos dos trabalhadores. Se nós não fizermos esse movimento, é o que vai acontecer”.
Plano de funções – De acordo com análise do Sindicato, todos os funcionários do BB foram afetados, direta ou indiretamente, com a imposição do novo plano. Escriturários e caixas, ao serem promovidos para assistentes ou gerentes, ingressarão com valor da função reduzido e sem garantia de reajustes futuros nas respectivas verbas. Assistentes que optaram pela jornada de seis horas tiveram redução salarial de 16,25% e, quem não aderiu, sofreu diminuição do valor recebido pela função. Os gerentes foram prejudicados pela redução do montante pago pela função, atingindo imediatamente comissionados com mais tempo de banco e que tinham zerado a antiga verba CTVF (Complemento Temporário de Valores de Função), com reflexo para todos, pois o que era piso virou teto.
Transferência para terreno contaminado – No ato também foi destacada a transferência dos funcionários do complexo São João para um prédio localizado em um terreno contaminado na Lapa. “Se o funcionário do Banco do Brasil não reagir agora, amanhã ele será apenas mais um número, sem emoção, sem sentimento, sem vontade própria, sem coragem, então, para não ser anulado, reaja! Faça alguma coisa! Não seja uma peça de manipulação na mão do banco, venha para a discussão”, afirmou a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas.
Você está satisfeito? – O Banco do Brasil diz que as condições de trabalho na empresa não estão ruins e que os bancários estão com identidade cada vez mais forte com a instituição financeira. A declaração feita após lançamento de oferta pública de ações da BB Seguridade na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). De acordo com a instituição financeira a satisfação dos trabalhadores pode ser verificada em suas pesquisas. Além disso, o banco alega que investe na capacitação dos funcionários e melhora das condições de trabalho.
Fonte: Seeb SP - Rodolfo Wrolli - 30/4/2013
(Atualizado às 14h41)
São Paulo – A paralisação de 24 horas contra a série de desmandos que a direção do Banco do Brasil vem impondo conta com a adesão de funcionários de complexos e agências em diversas regiões de São Paulo. Os bancários seguem o Calendário Nacional de Lutas, que vem organizando uma série de protestos contra a imposição do plano de funções, assédio moral e práticas antissindicais.
> Vídeo: orientações sobre paralisação
Aderirar as concentrações da São João, XV de Novembro, CSI, Crédito Imobiliário, CABB, SAC, além das agências xv de novembro, Patriarca, São Bento, João Mendes, Boa Vista, Largo do Anhangabaú, Rua da Quitanda, Xavier de Toledo, 7 de Abril, 24 de Maio, Consolação, São Luis, Vieira de Carvalho, Rego Freitas, Luz, Brigadeiro Luiz Antonio I e Brigadeiro Luiz Antonio II; Brooklin; Brooklin Paulista; Moema; Ibirapuera e Ruben Berta.
A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, enfatizou no ato desta terça-feira 30 que apenas com mobilização e luta essas situações poderão ser revertidas. “O que está colocado em questão é se a gente vai baixar a cabeça para os desmandos da direção do banco. Nós estamos lutando para que amanhã eles não retirem outros direitos dos trabalhadores. Se nós não fizermos esse movimento, é o que vai acontecer”.
Plano de funções – De acordo com análise do Sindicato, todos os funcionários do BB foram afetados, direta ou indiretamente, com a imposição do novo plano. Escriturários e caixas, ao serem promovidos para assistentes ou gerentes, ingressarão com valor da função reduzido e sem garantia de reajustes futuros nas respectivas verbas. Assistentes que optaram pela jornada de seis horas tiveram redução salarial de 16,25% e, quem não aderiu, sofreu diminuição do valor recebido pela função. Os gerentes foram prejudicados pela redução do montante pago pela função, atingindo imediatamente comissionados com mais tempo de banco e que tinham zerado a antiga verba CTVF (Complemento Temporário de Valores de Função), com reflexo para todos, pois o que era piso virou teto.
Transferência para terreno contaminado – No ato também foi destacada a transferência dos funcionários do complexo São João para um prédio localizado em um terreno contaminado na Lapa. “Se o funcionário do Banco do Brasil não reagir agora, amanhã ele será apenas mais um número, sem emoção, sem sentimento, sem vontade própria, sem coragem, então, para não ser anulado, reaja! Faça alguma coisa! Não seja uma peça de manipulação na mão do banco, venha para a discussão”, afirmou a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas.
Você está satisfeito? – O Banco do Brasil diz que as condições de trabalho na empresa não estão ruins e que os bancários estão com identidade cada vez mais forte com a instituição financeira. A declaração feita após lançamento de oferta pública de ações da BB Seguridade na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). De acordo com a instituição financeira a satisfação dos trabalhadores pode ser verificada em suas pesquisas. Além disso, o banco alega que investe na capacitação dos funcionários e melhora das condições de trabalho.
Fonte: Seeb SP - Rodolfo Wrolli - 30/4/2013
(Atualizado às 14h41)
> Vídeo: orientações sobre paralisação
Aderirar as concentrações da São João, XV de Novembro, CSI, Crédito Imobiliário, CABB, SAC, além das agências xv de novembro, Patriarca, São Bento, João Mendes, Boa Vista, Largo do Anhangabaú, Rua da Quitanda, Xavier de Toledo, 7 de Abril, 24 de Maio, Consolação, São Luis, Vieira de Carvalho, Rego Freitas, Luz, Brigadeiro Luiz Antonio I e Brigadeiro Luiz Antonio II; Brooklin; Brooklin Paulista; Moema; Ibirapuera e Ruben Berta.
A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, enfatizou no ato desta terça-feira 30 que apenas com mobilização e luta essas situações poderão ser revertidas. “O que está colocado em questão é se a gente vai baixar a cabeça para os desmandos da direção do banco. Nós estamos lutando para que amanhã eles não retirem outros direitos dos trabalhadores. Se nós não fizermos esse movimento, é o que vai acontecer”.
Plano de funções – De acordo com análise do Sindicato, todos os funcionários do BB foram afetados, direta ou indiretamente, com a imposição do novo plano. Escriturários e caixas, ao serem promovidos para assistentes ou gerentes, ingressarão com valor da função reduzido e sem garantia de reajustes futuros nas respectivas verbas. Assistentes que optaram pela jornada de seis horas tiveram redução salarial de 16,25% e, quem não aderiu, sofreu diminuição do valor recebido pela função. Os gerentes foram prejudicados pela redução do montante pago pela função, atingindo imediatamente comissionados com mais tempo de banco e que tinham zerado a antiga verba CTVF (Complemento Temporário de Valores de Função), com reflexo para todos, pois o que era piso virou teto.
Transferência para terreno contaminado – No ato também foi destacada a transferência dos funcionários do complexo São João para um prédio localizado em um terreno contaminado na Lapa. “Se o funcionário do Banco do Brasil não reagir agora, amanhã ele será apenas mais um número, sem emoção, sem sentimento, sem vontade própria, sem coragem, então, para não ser anulado, reaja! Faça alguma coisa! Não seja uma peça de manipulação na mão do banco, venha para a discussão”, afirmou a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas.
Você está satisfeito? – O Banco do Brasil diz que as condições de trabalho na empresa não estão ruins e que os bancários estão com identidade cada vez mais forte com a instituição financeira. A declaração feita após lançamento de oferta pública de ações da BB Seguridade na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). De acordo com a instituição financeira a satisfação dos trabalhadores pode ser verificada em suas pesquisas. Além disso, o banco alega que investe na capacitação dos funcionários e melhora das condições de trabalho.
Fonte: Seeb SP - Rodolfo Wrolli - 30/4/2013
(Atualizado às 14h41)
Greve de 24 horas no bb nesta terça é para negociar Plano de Funções
Direção do bb age igualzinho ao personagem acima. |
O funcionalismo está descontente com a redução salarial imposta para as novas Funções Gratificadas de 6 horas e com o novo valor do Adicional de Função Gratificada, definido pelo banco em 10% do valor do VR da função. Os comissionados de 8 horas também ficaram revoltados com o novo valor estabelecido para o Adicional de Função de Confiança e só aderiram ao novo plano porque o banco colocou a faca no pescoço de cada um, ameaçando descomissionar quem não aderisse.
O funcionalismo também percebeu que o critério de remuneração do novo Plano de Funções transformou o VR para cada cargo de piso em teto, reduzindo as verbas de ajuste para cada aumento no salário que o funcionário tiver. A intenção do banco é reduzir despesas com a folha de pagamento - esta foi a maneira que o banco encontrou para não incorporar de vez no salário do comissionado conquistas como o adicional de mérito e outras verbas, impedindo que o funcionário ultrapasse o valor do VR correspondente a seu cargo.
Em vez de diálogo, ataques e truculência
A direção do bb, em vez de dialogar e negociar com os representantes dos trabalhadores, tem abusado de boletins pessoais dirigidos aos funcionários para atacar os sindicatos da Contraf-CUT e do Comando, que juntos representam 95% dos bancários de todo o Brasil através da Convenção Coletiva de Trabalho - CCT. Este ataque do patrão mostra que os sindicalistas estão no caminho certo, criticando, questionando, reivindicando, organizando os trabalhadores e incomodando os dirigentes da empresa.
No último boletim pessoal, a direção do banco mandou um diretor reafirmar que não negocia o Plano de Funções, mostrando total falta de respeito com os funcionários, que estão descontentes com o modelo do plano de funções e a maneira como foi implantado. Não reconhecem também que transformaram a vida dos bancários num inferno, com tanta pressão por metas, ameaças, torpedos, telefonemas estúpidos e outras formas de assédio moral.
O banco ressuscitou outro tema, a PLR, criticando o fato de existir uma parcela fixa paga a todo mundo, independente do salário. Como todos sabem, a PLR é composta de uma parcela fixa e outra proporcional ao salário modal de cada cargo. A parcela fixa é uniforme para todos. Foi criada para favorecer os salários mais baixos. A direção do banco nunca concordou com esta forma de distribuição, porque sempre quis pagar menos a quem ganha menos para sobrar mais para a cúpula do banco, principalmente para eles próprios.
Nos últimos anos o banco reduziu o valor da parcela fixa e propôs zerá-la na campanha salarial de 2012. Diante desta proposta indecente, os negociadores da Contraf-CUT exigiram escrever no Acordo Coletivo o valor da parcela fixa, de no mínimo R$ 495. O banco aceitou escrever o valor, mas não a palavra "mínimo", para poder dar o troco no semestre seguinte, como de fato aconteceu.
Fonte: Contraf-CUT
Bancários do Banco do Brasil param por 24 horas
Paralisação nacional no dia 30 contra novo plano de funções, assédio moral e praticas antissindicais da direção da instituição pública federal
São Paulo - Imposição do novo plano de funções, assédio moral e práticas antissindicais são alguns dos motivos que levam os funcionários do Banco do Brasil a paralisar suas atividades nesta terça 30. O protesto ocorre em todo o país e integra o calendário de mobilização do Comando Nacional dos Bancários.
> Vídeo: orientações sobre paralisação no BB
A organização do movimento foi detalhada em assembleia realizada na noite de segunda 29, na Quadra, por trabalhadores de agências e concentrações. “As medidas da direção do banco atingem a todos indistintamente. Por isso é fundamental que todos ajudem a fortalecer a paralisação, ao lado do Sindicato”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreria.
Durante a assembleia, a direção do Banco do Brasil foi duramente criticada por ter enviado comunicados internos nos quais, em vez de dialogar sobre problemas que os bancários apontaram nacionalmente e suas reivindicações, faz ameaças e aposta na desinformação. “Essa é mais uma prática antissindical que não toleramos. A conduta já foi, inclusive, denunciada a órgãos internacionais. Se o banco quer resolver o problema, basta negociar com seriedade”, afirma o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, William Mendes.
Plano de funções – De acordo com análise do Sindicato, todos os funcionários do BB foram afetados, direta ou indiretamente, com a imposição do novo plano.
Escriturários e caixas, ao serem promovidos para assistentes ou gerentes, ingressarão com valor da função reduzido e sem garantia de reajustes futuros nas respectivas verbas. Assistentes que optaram pela jornada de seis horas tiveram redução salarial de 16,25% e, quem não aderiu, sofreu diminuição do valor recebido pela função. Os gerentes foram prejudicados pela redução do montante pago pela função, atingindo imediatamente comissionados com mais tempo de banco e que tinham zerado a antiga verba CTVF, com reflexo para todos, pois o que era piso virou teto.
Mobilização constante - A paralisação de 24 horas desta terça é mais um capítulo da luta dos trabalhadores contra as medidas abusivas da direção do Banco do Brasil.
O desrespeito da direção já foi denunciado a parlamentares e ao governo federal. Além disso, em 8 de abril, o Sindicato enviou à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) documento denunciando a implantação do plano de funções sem negociação prévia, utilização do interdito proibitório para evitar manifestações contra a imposição do plano de funções e a transferência unilateral dos bancários de um complexo do centro de São Paulo para outro, localizado em um terreno contaminado no bairro da Lapa. “Da mesma forma que fizemos com o Itaú e o Santander, também denunciamos o BB à OCDE, que acatou a denúncia”, afirma a secretária-geral do Sindicato, Raquel kacelnikas.
> OCDE acata denúncia do Sindicato contra BB
> Bancários vão ao Congresso em defesa da categoria
> Cetesb confirma que terreno na Lapa está contaminado
Você está satisfeito? - O Banco do Brasil diz que as condições de trabalho na empresa não estão ruins e que os bancários estão com identidade cada vez mais forte com a instituição financeira.
A declaração foi feita a jornalistas após lançamento de oferta pública de ações – chamado IPO – na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) da BB Seguridade, empresa de seguros do Banco do Brasil. De acordo com a instituição financeira a afirmação pode ser verificada em suas pesquisas de satisfação. Além disso, o banco alega que investe na capacitação dos funcionários e na melhora das condições de trabalho.
“Diariamente recebemos queixas dos funcionários contra a precariedade nas condições de trabalho. Isso é averiguado também nas diversas reuniões que fazemos em agências e departamentos”, afirma o diretor executivo do Sindicato, Ernesto Izumi. “Portanto, essas declarações só reforçam a necessidade de fazermos forte paralisação nacional nesta terça 30”, diz o dirigente sindical.
Jair Silva - 29/4/2013
> Vídeo: orientações sobre paralisação no BB
A organização do movimento foi detalhada em assembleia realizada na noite de segunda 29, na Quadra, por trabalhadores de agências e concentrações. “As medidas da direção do banco atingem a todos indistintamente. Por isso é fundamental que todos ajudem a fortalecer a paralisação, ao lado do Sindicato”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreria.
Durante a assembleia, a direção do Banco do Brasil foi duramente criticada por ter enviado comunicados internos nos quais, em vez de dialogar sobre problemas que os bancários apontaram nacionalmente e suas reivindicações, faz ameaças e aposta na desinformação. “Essa é mais uma prática antissindical que não toleramos. A conduta já foi, inclusive, denunciada a órgãos internacionais. Se o banco quer resolver o problema, basta negociar com seriedade”, afirma o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, William Mendes.
Plano de funções – De acordo com análise do Sindicato, todos os funcionários do BB foram afetados, direta ou indiretamente, com a imposição do novo plano.
Escriturários e caixas, ao serem promovidos para assistentes ou gerentes, ingressarão com valor da função reduzido e sem garantia de reajustes futuros nas respectivas verbas. Assistentes que optaram pela jornada de seis horas tiveram redução salarial de 16,25% e, quem não aderiu, sofreu diminuição do valor recebido pela função. Os gerentes foram prejudicados pela redução do montante pago pela função, atingindo imediatamente comissionados com mais tempo de banco e que tinham zerado a antiga verba CTVF, com reflexo para todos, pois o que era piso virou teto.
Mobilização constante - A paralisação de 24 horas desta terça é mais um capítulo da luta dos trabalhadores contra as medidas abusivas da direção do Banco do Brasil.
O desrespeito da direção já foi denunciado a parlamentares e ao governo federal. Além disso, em 8 de abril, o Sindicato enviou à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) documento denunciando a implantação do plano de funções sem negociação prévia, utilização do interdito proibitório para evitar manifestações contra a imposição do plano de funções e a transferência unilateral dos bancários de um complexo do centro de São Paulo para outro, localizado em um terreno contaminado no bairro da Lapa. “Da mesma forma que fizemos com o Itaú e o Santander, também denunciamos o BB à OCDE, que acatou a denúncia”, afirma a secretária-geral do Sindicato, Raquel kacelnikas.
> OCDE acata denúncia do Sindicato contra BB
> Bancários vão ao Congresso em defesa da categoria
> Cetesb confirma que terreno na Lapa está contaminado
Você está satisfeito? - O Banco do Brasil diz que as condições de trabalho na empresa não estão ruins e que os bancários estão com identidade cada vez mais forte com a instituição financeira.
A declaração foi feita a jornalistas após lançamento de oferta pública de ações – chamado IPO – na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) da BB Seguridade, empresa de seguros do Banco do Brasil. De acordo com a instituição financeira a afirmação pode ser verificada em suas pesquisas de satisfação. Além disso, o banco alega que investe na capacitação dos funcionários e na melhora das condições de trabalho.
“Diariamente recebemos queixas dos funcionários contra a precariedade nas condições de trabalho. Isso é averiguado também nas diversas reuniões que fazemos em agências e departamentos”, afirma o diretor executivo do Sindicato, Ernesto Izumi. “Portanto, essas declarações só reforçam a necessidade de fazermos forte paralisação nacional nesta terça 30”, diz o dirigente sindical.
Jair Silva - 29/4/2013
28.4.13
Agenda de luta... Foram 12 dias ininterruptos em prol da Classe Trabalhadora
Neste sábado, estive no Encontro Estadual do/as bancário/as do bb, encontro promovido pela Federação RJ/ES. Esta agenda de luta finalizou uma sequência de duas semanas sem um dia sequer para ficar em casa e descansar um pouco. O corpo sentiu. Estou quebrado!
Durante a semana trabalhei uma média de umas 15 horas por dia. Estive no Congresso Nacional (DF), finalizei a tese para o 24º Congresso Nacional dos Funcionários do bb, tese da nossa corrente política Articulação Sindical.
Tivemos reunião do Comando Nacional dos Bancários (SP) definindo os temas e a estratégia da Campanha Nacional dos Bancários.
Na segunda-feira tivemos uma reunião nacional da Articulação Sindical (SP) pensando um pouco questões da luta no bb.
No fim de semana anterior, entre quinta e domingo, estive no XVIII ENAFOR, Encontro Nacional de Formação da CUT (interior de SP). Ali a minha presença foi fundamental a mim mesmo, porque nós precisamos cada vez mais de uma injeção de princípios e práticas cutistas nos objetivos de classe e da nossa razão de ser representante da Classe Trabalhadora.
Tenho pensado muito na questão da unidade de classe neste período que estamos vivendo de embate entre a reorganização do Capital x Trabalhadores no mundo. A coisa está feia! E mesmo assim, o nosso lado de lideranças de esquerda está todo fragmentado lutando uns contra os outros...
O momento é de somarmos forças e energias de toda a Classe Trabalhadora contra os detentores do Capital e seus lacaios.
O corpo sentiu a falta de descanso, mas sei que tenho que me recuperar bem rápido porque terei mais uns 15 dias sem descanso e a luta não pode parar.
TEMOS QUE LUTAR CONTRA O CAPITALISMO!
TEMOS QUE ORGANIZAR A CLASSE TRABALHADORA!
SOMOS FORTES, SOMOS CUT!
25.4.13
GREVE - Bancários do bb aprovam greve de 24h na próxima terça 30
Várias bases sindicais aprovaram em assembleias nesta quinta-feira uma greve de 24 horas no Banco do Brasil.
A direção do banco vem acumulando ataques ao funcionalismo e a cada semana a gestão "truculenta" de pessoas inventa uma nova barbaridade contra os trabalhadores.
Bancári@s aprovaram a greve em Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Paraíba, Salvador, Rondônia, Juiz de Fora, dentre outras bases que não consegui apurar nesta noite.
São Paulo, Osasco e região já tem calendário inteiro de luta aprovado em assembleia desde março. Na segunda 29 faz nova assembleia para organizar a greve de 24h.
Os bancários são uma categoria de luta e vamos lutar como sempre fazemos quando atacam nossos direitos e nossa dignidade.
Fora gestão-truculenta de pessoas!
SOMOS FORTES, SOMOS CUT!
Funcionalismo do BB decide em assembleias a greve de 24 horas no dia 30
O funcionalismo do Banco do Brasil decide em assembleias por todo o país a paralisação de 24 horas no dia 30 de abril, em protesto contra os ataques aos direitos conquistados com muitas greves na última década e que o BB retirou num só golpe com a implantação do plano de funções comissionadas, que elimina efeitos das conquistas de 36% de aumento real no piso e 16% de aumento real nas gratificações de funções e verbas internas. O plano reduz ainda as gratificações de funções em até 80% e elimina a percepção da conquista da carreira de mérito.
Vários sindicatos fazem assembleia nesta quinta, outros na sexta 26 e alguns na segunda-feira 29.
Na manhã desta quinta-feira 25 o presidente e os vice-presidentes do Banco do Brasil mandaram publicar um boletim pessoal incitando os funcionários a comparecerem às assembleias sindicais para rejeitar a greve de 24 horas do dia 30. A mensagem pessoal não disfarça seu objetivo autoritário, mandando os funcionários refletirem sobre o plano de funções e a atividade convocada pelos sindicatos.
Depois o boletim do banco arranca a máscara para ameaçar sindicatos e funcionários, dizendo que vai combater o direito de greve e de livre manifestação garantidos pela Constituição Federal. E termina truculento, dizendo que não negocia o plano de funções definido pela direção do banco, sugerindo que os 120 mil funcionários devem calar a boca e aceitar o plano porque ele é maravilhoso.
'Funcionalismo não teme ameaças e vai à greve'
O banco nunca fala que o objetivo do plano de funções é reduzir o valor dos adicionais de função gratificada e de confiança, transformando em teto de remuneração o Valor de Referência (VR) de cada cargo comissionado. O banco quer impedir que as conquistas dos funcionários nas últimas campanhas salariais, como o adicional por mérito, não melhore o valor de seus salários. Como o retorno do banco vem caindo, quer economizar reduzindo o salário dos funcionários.
"Os funcionários refletiram e já entenderam a verdade. E não é um boletim truculento que vai encobrir as verdadeiras intenções do banco. Se ele não quer ouvir, os funcionários vão dizer em alto e bom som que isso não pode continuar e vão fazer a greve de 24 horas no dia 30", afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
"Os trabalhadores devem parar no dia 30 porque entrar em uma agência para trabalhar é ultrapassar o Portal do Inferno. Metas, cobranças, torpedos, ligações dos paus-mandados da direção do banco e das superintendências, humilhações, descomissionamentos e transferências para quem não conseguir cumprir as metas", denuncia William. "Os funcionários não aguentam mais tanta pressão e devem parar dia 30 para fazer o banco negociar mudanças no plano de funções e para protestar contra a política de relações desumanas da direção do Banco do Brasil".
Clique aqui para acessar Espelho Especial em pdf com essa matéria para ser distribuída nas assembleias.
Fonte: Contraf-CUT
24.4.13
Contraf denuncia a parlamentares caos no e demissão nos bancos privadbb
Crédito: Agnaldo Azevedo
Parlamentares recebem Contraf-CUT e sindicatos na liderança do PT no Senado
A Contraf-CUT reuniu-se nesta terça-feira 23 com o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), e com o deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), para discutir os principais problemas da categoria bancária, como as demissões, a rotatividade e a terceirização nos bancos privados e as práticas antissindicais e absoluta falta de diálogo no Banco do Brasil. Por conta dessa conduta do bb, o funcionalismo marcou greve de 24 horas no dia 30, em todo o país.
"Estamos muito preocupados com essas questões fundamentais para os bancários. Apesar dos lucros astronômicos, os bancos privados, principalmente o Itaú, estão fechando postos de trabalho e usando a rotatividade para reduzir custos. No Banco do Brasil, todas as portas foram fechadas para o movimento sindical. Por isso, estamos orientando a greve no BB no dia 30", disse Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, aos parlamentares.
Participaram também da reunião, realizada na liderança do PT no Senado, em Brasília, a presidenta do Sindicato de São Paulo Osasco e região, Juvandia Moreira, o presidente eleito do Sindicato de Brasília, Eduardo Araújo, e o diretor de Formação da Contraf-CUT, William Mendes, também coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do bb.
O senador Wellington Dias, empregado da Caixa, e o deputado Ricardo Berzoini, funcionário do BB, anotaram todas as denúncias e assumiram o compromisso de encaminhar as reivindicações dos bancários.
A perversa política antissindical no bb
"Desde 2010, a relação do movimento sindical com o Banco do Brasil só piora", relatou Eduardo Araújo, citando os descomissionamentos de gestores que não cumprem as metas abusivas impostas pela direção, a penalização por meio de transferências para agências com classificação e remuneração menores, os cancelamentos de férias já programadas e 20 demissões sem justa causa somente em Brasília.
"A relação com o BB é a pior possível. Os bancários não aguentam mais essa situação", confirmou Juvandia, presidenta do Sindicato de São Paulo.
"Existe uma falta de diálogo absoluta na relação do BB com o movimento sindical e com os funcionários", acusou William Mendes, acrescentando entre os desmandos da direção do banco alteração unilateral na PLR negociada desde 2005 e a implantação das novas funções comissionadas, também unilateralmente, com perdas para os 30 mil funcionários desse segmento.
Demissões e rotatividade nos bancos privados
A Contraf-CUT também denunciou a política dos bancos privados de fechar postos de trabalho, apesar dos lucros exorbitantes, e de manter a rotatividade como mecanismo de redução dos salários, como forma de buscar "eficiência" diante da postura correta da presidenta Dilma Roussef de forçar a queda dos juros e do spread.
"O Itaú cortou mais de nove mil empregos em 2012, o Santander demitiu mais de 1.200 bancários somente em dezembro e o Bradesco fechou quase dois mil postos de trabalho no primeiro trimestre deste ano", informou Carlos Cordeiro.
"Outro dado preocupante é a rotatividade nos bancos privados, que utilizam esse mecanismo de redução de custos salariais e, com isso, tentam anular, por meio de suas políticas de gestão de pessoas, as conquistas obtidas pela categoria bancária em suas recentes greves e campanhas salariais", acrescentou o presidente da Contraf-CUT.
A Pesquisa de Emprego Bancário realizada pela Contraf e pelo Dieese mostra que o salário médio dos bancários contratados (R$ 2.678,77) em 2012 foi 38,9% inferior ao dos desligados (R$ 4.385,33).
A ameaça da terceirização e dos correspondentes
A Contraf-CUT também manifestou aos parlamentares a preocupação com a discussão sobre a terceirização no Congresso Nacional. Para a Confederação, o parecer favorável do deputado Arthur Maia sobre o substitutivo ao Projeto de Lei 4.330/04, de autoria do deputado Roberto Santiago, abre caminho para uma virtual reforma sindical à revelia de mudanças constitucionais e pode ensejar uma perversa segmentação da classe trabalhadora entre uma parcela amparada pela legislação e por acordos e convenções coletivas e outra parcela precarizada, cujos direitos se limitarão aos patamares mínimos previstos na CLT.
"Se esse projeto de lei for aprovado, a terceirização será ampliada e oficializada no sistema financeiro, precarizando ainda mais as relações de trabalho. Por isso estamos mobilizando os bancários para se juntarem a outros setores da CUT para combater essa legislação. E queremos o apoio dos parlamentares na luta por emprego decente", alertou Carlos Cordeiro.
O presidente da Contraf-CUT disse que esse risco vem se somar à rápida disseminação dos correspondentes bancários, que os bancos estão usando para expulsar das agências a população de baixa renda, precarizando tanto as relações de trabalho dos bancários quanto o atendimento à sociedade.
Conferência do Sistema Financeiro Nacional
A Contraf-CUT também apresentou aos parlamentares a proposta de realização, em 2014, de uma Conferência Nacional para debater o papel dos bancos no Brasil.
"Entendemos que o Sistema Financeiro que o país necessita deve ser controlado democraticamente pela sociedade e direcionado, efetivamente, ao desenvolvimento do país e aos interesses da sociedade, como prevê o Artigo 192 da Constituição Federal", concluiu Carlos Cordeiro.
Fonte: Contraf-CUT
Contraf disponibiliza revista O Espelho sobre plano de funções comissionadas
A Contraf-CUT disponibilizou na seção Publicações do portal a edição da revista O Espelho Nacional de março de 2013, que traz uma análise aprofundada dos prejuízos do novo plano de funções comissionadas imposto unilateralmente pelo Banco do Brasil. Os bancários que não receberam a publicação podem acessar aqui a revista em PDF.
"Ela é fundamental para que todos percebam a importância de participação massiva na greve de 24 horas da próxima terça-feira, 30 de abril, porque só a mobilização fará o banco discutir mudanças nos prejuízos causados pelo plano que reduz salário e gratificações de funções... bem como para que a luta e a unidade dos funcionários interrompam as práticas de assédio moral generalizadas vindas da direção, principalmente da Dipes de Carlos Netto", afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
Fonte: Contraf-CUT
Bancários vão ao Congresso em defesa da categoria
Em reunião com parlamentares, representantes sindicais expuseram problemas nos bancos públicos e privados
São Paulo – Representantes da categoria reuniram-se com o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) e o senador Wellington Dias (PT-PI), ambos também bancários, para expor problemas enfrentados por trabalhadores de bancos públicos e privados.
Foram abordados, especialmente, temas como demissões nos bancos privados e questões recorrentes nos públicos, como o plano de cargos no Banco do Brasil, assédio moral e melhores condições de trabalho. “Buscamos interlocução de nossos representantes com o governo federal e com a direção das instituições privadas, a fim de que possam nos ajudar a sanar os problemas”, disse a presenta do Sindicato, Juvandia Moreira, presente à reunião.
Além dela, estiveram na reunião o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, o coordenador da Comissão de Empresa do Banco do Brasil e diretor do Sindicato, William Mendes, e o presidente eleito do sindicato de Brasília, Eduardo Araújo.
Fonte: Redação Seeb SP – 23/4/2013
Foram abordados, especialmente, temas como demissões nos bancos privados e questões recorrentes nos públicos, como o plano de cargos no Banco do Brasil, assédio moral e melhores condições de trabalho. “Buscamos interlocução de nossos representantes com o governo federal e com a direção das instituições privadas, a fim de que possam nos ajudar a sanar os problemas”, disse a presenta do Sindicato, Juvandia Moreira, presente à reunião.
Além dela, estiveram na reunião o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, o coordenador da Comissão de Empresa do Banco do Brasil e diretor do Sindicato, William Mendes, e o presidente eleito do sindicato de Brasília, Eduardo Araújo.
Fonte: Redação Seeb SP – 23/4/2013
22.4.13
CUT quer formar dirigentes qualificados para transformar o mundo
Crédito: Dino Santos - CUT
A CUT deve ter uma preocupação em formar novos quadros de dirigentes capazes de transformar o mundo e interferir na disputa de hegemonia na sociedade em torno de um modelo que melhor represente a classe trabalhadora.
Assim, o presidente da Central, Vagner Freitas, externou a importância de fortalecer a Rede Nacional de Formação da CUT. Destacando os 30 anos da maior e mais representativa central do Brasil, organizada em todos os ramos de atividades, Vagner disse que a CUT é a única entidade sindical das Américas que tem condição de ser agente social e influir na vida política do país.
Vagner participou do XVIII Encontro Nacional de Formação (Enafor) da CUT, realizado de 18 a 21 de abril, em São Paulo. Pela Contraf-CUT, esteve presente William Mendes, secretário de Formação.
"Sem educação você não faz revolução, sem consciência não tem transformação. Sem formação, você não faz o sindicalismo com a qualidade que nós queremos. Sindicato tem que ser um instrumento de luta para transformar a sociedade", declarou o presidente da CUT.
Para Maria Godói, secretária adjunta da Secretaria-Geral da CUT, ao investir na formação, na estruturação e na equipe das escolas, a Central está pensando no futuro e na organização da classe trabalhadora para que de fato se possa interferir nas políticas do País e nas mudanças tão necessárias.
"Tenho certeza que pelo o que a Secretaria de Formação apresentou, assimilando todo processo que tivemos nos planejamentos até agora, vamos conseguir dar de fato um salto de qualidade a partir de um esforço e comprometimento de todos nós junto às demais secretarias. Em cada encontro macrossetor apareceu a importância do fortalecimento, crescimento e sindicalização para que as pessoas possam compreender a história e a importância da Formação da CUT", informou.
Fundada em alguns princípios políticos que orientam a prática educativa, a metodologia de formação CUTista está organizada em três bases fundamentais: classista, democrática e emancipadora.
Quando se forjou a concepção de Rede Nacional de Formação garantiram-se dois outros princípios políticos estratégicos: organicidade, com ação em rede em consonância com a estratégia organizativa da CUT desde os locais de trabalho, e indelegabilidade, ou seja, a formação dos/as trabalhadores/as que se identificam com o projeto estratégico da CUT é de responsabilidade das próprias instâncias da Central.
Os objetivos da rede hoje são potencializar ações nacionalmente articuladas, desenvolver um processo de reflexões e formulações contribuindo para qualificar as definições de políticas por parte das instâncias, fortalecer a estratégia organizativa da CUT e que as escolas sindicais recuperem seu papel de espaço de formulação para além da formação.
"Temos que fortalecer nossos espaços de formação de dirigentes para intervir nessa complexa agenda que temos hoje, seja do ponto de vista do mercado de trabalho, como também na questão do desenvolvimento", afirmou Martinho.
CUT 30 anos
No final dos trabalhos, em ato pelos 30 anos da CUT, o Enafor prestou uma homenagem a dois companheiros que estiveram presentes no 1º Encontro Nacional de Formação e que tanto contribuíram para a história da Central: Roberto Franklin de Leão, presidente da CNTE, e Archimedes Lazzeri, ex-assessor da Secretaria Nacional de Formação.
O presidente e o secretário nacional de Formação da CUT, José Celestino Lourenço, o Tino, entregou aos homenageados uma placa com os seguintes dizeres: 'olhar o passado é compreender o presente, é obter da experiência, sabedoria e vigor capazes de transformar um país.'
Fonte: William Pedreira - CUT
21.4.13
XVIII Enafor debate sustentabilidade, gestão financeira, planejamento e Política Nacional de Formação da CUT
19/04/2013
Presente no Enafor, Jacy Afonso,
secretário nacional de Organização e Política Sindical da CUT, apresentou aos
dirigentes a metodologia e as ações que serão implementadas.
Fonte: CUT
Ao completar 30 anos, CUT organizará
grande campanha de sindicalização e filiação de novos sindicatos
Escrito por: Pedreira
Enafor aprofunda debate sobre orçamento participativo. Fotos: Santos |
Em prosseguimento ao XVIII Encontro
Nacional de Formação – Enafor, dirigentes da CUT e da Rede Nacional de Formação
da Central debateram na manhã desta sexta-feira (19) a sustentabilidade, a
gestão financeira, o processo de planejamento e a Política Nacional de Formação
da CUT.
Com base nas resoluções do 11º
Congresso Nacional da CUT, o secretário Nacional de Administração e Finanças da
Central, Quintino Severo, afirmou que a sustentação financeira tem papel
essencial na definição da estratégia de atualização do projeto organizativo da
CUT e, consequentemente, na luta pela mudança da estrutura sindical brasileira.
“Nosso desafio é politizar o debate
sobre a política de financiamento da Central, buscando romper com o
sindicalismo corporativo construído na era Vargas e resgatar os valores
estratégicos da CUT na luta por um novo sindicalismo”, elencou Quintino,
destacando também a importância de aprofundar o processo de implantação dos
princípios CUTistas na base e fazer avançar a compreensão do sindicalismo como
instrumento de luta.
“Queremos um sindicalismo cada vez mais
enraizado no local de trabalho e que se sustente com as contribuições
voluntárias decididas de forma democrática pelos próprios trabalhadores.”
Quintino também falou sobre os desafios
na construção do orçamento participativo. “Temos que aprofundar a gestão mais
democrática e transparente com fortalecimento das direções e das entidades de
base da CUT. Construir uma gestão participativa, descentralizando os recursos
com informações ao alcance de todos/as, integrando o planejamento político com
o planejamento financeiro é um dos nossos desafios. Todo este processo tem um efeito
educativo de ampliação da conscientização, da solidariedade de classe, no
fortalecimento do projeto político organizativo e na valorização das
Estaduais”, pontuou o dirigente CUTista.
A primeira mesa da manhã foi coordenada
pelo secretário de Formação da CUT-PA, Ribamar Barroso.
Planejamento da Central – reafirmando
a importância estratégica da Formação na política da CUT, Alex Sgreccia, atual
coordenador da secretaria geral da Central, discorreu sobre o planejamento da
CUT para o próximo período.
Alex (à esquerda) destaca a importância da Formação CUTista. |
Ele destacou que um dos objetivos
principais é fazer a integração e convergência de ação entre a CUT Nacional e
estaduais com os ramos, hoje organizados em macrossetores.
“Os encontros nacionais dos
macrossetores e os encontros regionais da CUT que acontecem até o final de maio
possuem esse papel. No encontro do Sudeste, por exemplo, se constatou que não
há integração regional, é cada estado pensando sua política. Diferentemente do
Nordeste, onde há uma experiência anterior e um grande sentimento de integração
regional”, explicou.
“Nestes encontros recebemos uma
variedade de sugestões e o momento agora é de integrarmos essas propostas. As
ações devem acontecer com a colaboração efetiva da formação no processo de
planejamento da CUT Nacional”, complementou Sgreccia.
A mesa teve coordenação da dirigente da
CUT-SC, Adriana Maria.
Luta contra o preconceito e o racismo – logo no
início dos trabalhos no período da tarde a secretária Nacional de Combate ao
Racismo da CUT, Maria Julia, falou sobre a 3ª Conferência Nacional de Promoção
da Igualdade Racial (Conapir).
Publicada oficialmente no Diário
Oficial da União na última quarta-feira (17), a Conferência se realizará entre
os dias 5 a 7 de novembro de 2013 na cidade de Brasília, com o tema ‘Democracia
e Desenvolvimento por um Brasil Afirmativo’.
A CUT, com toda a sua história de
combate a todas as formas de preconceito e racismo, é uma das entidades que
compõem a comissão organizadora e a comissão executiva da Conferência.
Até 25 de julho devem ocorrer as
plenárias nacionais de comunidades tradicionais e até 30 de agosto acontecerão
as etapas distritais e estaduais.
“O tema da Conferência tem uma relação
direta com o debate da temática racial que estamos desenvolvendo na CUT.
Precisamos nos organizar nos estados e se articular junto ao movimento negro
para participar das etapas preparatórias”, explanou Julia.
Fortalecer e ampliar a base da CUT – ao
completar 30 anos de grandes lutas e conquistas para a classe trabalhadora, a
CUT lançará uma campanha nacional de sindicalização.
Jacy: somos a maior Central graças ao esforço e trabalho de toda/os. |
O objetivo central é conquistar 13% de
crescimento chegando a um milhão de novos associados e também a filiação de mil
novas entidades.
A Campanha, aprovada na direção
nacional da CUT realizada neste ano, será lançada oficialmente no 1º de maio em
todos os estados.
Com materiais específicos trabalhará
com toda a diversidade, dialogando com os diversos ramos da CUT.
“É uma Campanha que terá o envolvimento
de todas as estâncias da Central: estaduais, ramos, escolas sindicais,
dirigentes formados nos programas da Secretaria Nacional de Formação”, disse
Jacy.
Ele informou que serão organizadas
semanas sindicais ‘CUT nas ruas e CUT nas estradas’ com visitas aos sindicatos
filiados para tratar da regularização junto ao Ministério do Trabalho e Emprego
e orientação sobre a certificação sindical e as portarias 186 e 326 da
Secretaria de Relações do Trabalho do MTE para registro sindical e também
visitas aos sindicatos sem filiação à Central.
“A CUT é a maior central sindical do
país e a quinta do mundo, representando 35,60% dos trabalhadores
sindicalizados. Protagonista do movimento sindical, sempre embasou suas lutas
num sindicalismo combativo, autônomo e de classe visando manter e ampliar as
conquistas dos trabalhadores. Mesmo com todas as dificuldades somos a maior
central sindical. Isso confirma nossa combatividade e que somos a melhor, mas
isso é uma realidade porque vocês constroem a CUT no dia a dia”, destacou Jacy.
O debate contou também com a presença
de Sueli Veiga, coordenadora da Escola Centro-Oeste da CUT.
Após as
mesas de debate, o secretário Nacional de Formação da CUT, José Celestino
Lourenço, o Tino, apresentou a estratégia da Política Nacional de Formação para
o período 2013-2015. Na sequência, os/as dirigentes puderam acompanhar o Cine
CUT: Paulo Freire.
Fonte: CUT
19.4.13
Enafor aprova moção de apoio ao Dia Nacional de Mobilização da CUT
18/04/2013
Dirigentes e militantes da Rede Nacional de Formação da Central reforçam luta em defesa da pauta da classe trabalhadora
Mística abre os trabalhos do Enafor. Escrito por Pedreira. Fotos: Santos - CUT |
Ao som de ‘Vai Passar’ de Chico
Buarque, com uma mística em homenagem aos 30 anos da Central Única dos
Trabalhadores (CUT) e um vídeo sobre a história da Política Nacional de
Formação da Central teve início na manhã desta quinta-feira (18) o XVIII Encontro
Nacional de Formação – ENAFOR.
José Celestino Lourenço, o Tino,
secretário nacional de Formação da CUT, recordou que muitas das reivindicações
que estavam no projeto de fundação da CUT ainda se fazem presente nos dias de
hoje: reforma agrária, fim da censura, jornada de 40 horas semanais e liberdade
e autonomia sindical.
Bandeiras de luta que integram o Dia
Nacional de Mobilização da CUT que ocorreu na quinta-feira com ações por todo o Brasil. É a
militância da CUT nas ruas para cobrar do governo federal e do Congresso
Nacional uma resposta a pauta de reivindicações entregue ao governo no dia 6 de
março.
Aproveitando a ocasião, o secretário de
Formação da CUT apresentou uma moção de apoio ao Dia Nacional de Mobilização
que foi aprovada por todos os participantes que compõem a Rede Nacional de
Formação da CUT, reforçando a luta em defesa da pauta da classe trabalhadora.
(veja aqui)
Formação para construir um novo
sindicalismo – a Política Nacional de Formação
da CUT está enquadrada numa perspectiva de construção coletiva do conhecimento
a partir de um sindicalismo de massa, democrático e combativo.
Segundo Tino, o projeto de formação
passa por um novo momento onde está sendo implementado um planejamento
estratégico com várias etapas em conjunto com as estaduais e ramos e mais
aproximado no ponto de vista da territorialidade.
Admirson Medeiros, o Greg, secretário
adjunto de Formação da CUT, ressaltou em sua fala que o grande objetivo deste
Encontro é atualizar as diretrizes da Política Nacional de Formação para o
período de 2013 a 2015.
Dirigentes falam sobre a Política Nacional de Formação. |
Para Sônia Auxiliadora, secretária da
Mulher Trabalhadora da CUT-SP, a formação colabora no processo de construção de
uma nova sociedade com um olhar mais detalhado para questões atuais como a
paridade. “Formação e educação são fundamentais para as mudanças na sociedade
que tanto queremos”, acrescentou.
Citando um trecho da fala do
ex-presidente Lula em evento anterior na CUT, Carmen Foro, vice-presidenta da
Central, lembrou que “a gente só compreende o que é a CUT quando imaginamos o
que seria a sociedade e a classe trabalhadora sem a Central”.
Esgotamento da agenda atual –
após as primeiras intervenções iniciou-se o debate sobre o cenário atual de
desenvolvimento brasileiro e o mundo do trabalho.
Analisando o contexto político,
econômico e social do País, Arilson Favareto, que já foi educador da escola São
Paulo da CUT e é hoje professor da Universidade Federal do ABC, acredita que
apesar da última década ter representado um momento de expressivas conquistas,
a experiência do Brasil mostra que é insustentável uma mesma agenda sobreviver
por duas décadas seguidas. E a atual já dá sinais de esgotamento.
Com dados sobre a realidade brasileira,
Favareto mostrou que diminuiu significativamente a pobreza no Brasil, porém
houve um aumento nos índices de desigualdade. 3483 municípios que representam
141 milhões de pessoas tiveram melhora na renda e consequentemente redução da
pobreza. Já em 1359 municípios que representam 44 milhões de pessoas a
desigualdade aumentou e em 296 municípios com 4,3 milhões de pessoas a renda
diminuiu.
Ao citar dois vetores do
desenvolvimento brasileiro na década passada, o crescimento das exportações de
commodities e a expansão do mercado consumidor interno, Favareto afirmou que
este cenário necessita de renovação, o que demanda grandes esforços dos
movimentos progressistas, sociais e da CUT.
Mesa debate o desenvolvimento brasileiro e o mundo do trabalho. |
“O Brasil continua exportando
produtos de baixo valor agregado, ou seja, produtos que não contribuem para a
competitividade das nossas exportações no cenário internacional. Isso tem uma
série de implicações como o fortalecimento de setores de posições mais
conservadoras no Congresso Nacional como o agronegócio e de um modelo
predatório ao meio ambiente”, ressaltou.
Aproveitando as considerações feitas
por Favareto, Carmen destacou que os programas e políticas públicas voltadas à
agricultura familiar também passam por um momento de esgotamento e necessitam
de adequação e reformulação.
“Há uma clara disputa entre o modelo do
campo da agricultura familiar que produz 70% dos alimentos que chegam as mesas
dos brasileiros e o campo do agronegócio e seu modelo majoritariamente exportador
de commodities. Assim, é necessário uma intervenção do governo no sentido de
garantir uma reforma agrária ampla e democrática e políticas de apoio a
produção e combate a grande concentração de terra”, cobrou Carmen.
Rosane Bertotti, secretária nacional de
Comunicação da CUT, também criticou a estagnação das políticas para a
agricultura familiar. Assim, pontuou a dirigente, é fundamental discutir o
papel da formação no projeto de desenvolvimento para o campo. “Você não
consolida avanços em políticas públicas se não houver, por exemplo,
democratização dos meios da comunicação. Precisamos nos desafiar a construir
uma política específica de formação em comunicação a partir da nossa história e
dos princípios CUTistas e pensar em uma formação relacionada a esse processo de
avanço e consolidação da democracia, das novas tecnologias, do novo método de
trabalho e seus aspectos e dimensões”, declarou.
De acordo com Tino, “se por um lado
temos a possibilidade de fazer a transição democrática com propostas
implementadas a partir de reivindicações da classe trabalhadora, por outro é
extremamente preocupante a aliança de setores conservadores da sociedade liderados
pela imprensa e partidos de direita articulado com o judiciário. Aí, a formação
tem um grande peso e responsabilidade articulando com todas as outras políticas
da Central a construção de uma sociedade justa, fraterna, socialista e
democrática.”
Fonte: CUT