Blog de William Mendes, ex-dirigente sindical bancário e ex-diretor eleito de saúde da Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil
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28.11.11
Por onde ando... planejamento Seeb SP
Nesta segunda, terça e quarta-feira estarei no planejamento 2011/14 do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, realizado no interior de S.Paulo. Estarei sem computador.
26.11.11
CURSO DE FORMAÇÃO SINDICATO, SOCIEDADE E SISTEMA FINANCEIRO - CONTRAF-CUT e DIEESE
REFLEXÃO
Ontem à noite, quando voltava do aeroporto conversando com um taxista conhecido, vindo de Florianópolis SC, estava refletindo a respeito do feito que foi conseguir realizar ao longo de nosso mandato na Contraf-CUT os cinco cursos de formação pelo País afora. Um curso de parceria entre a Contraf-CUT e o Dieese, apoiado pelas nossas entidades bancárias CUTistas.
Daqui a duas semanas estaremos realizando o 15º e último módulo dessa saga formativa dos dirigentes bancários CUTistas.
Não posso negar e não consigo esconder a emoção da sensação de missão cumprida. A tarefa não era de fácil realização. Qualquer pessoa ou entidade que trabalhe com formação sabe do que estou falando, em relação a dificuldades financeiras, políticas e ideológicas, e sobretudo dificuldades em estabelecer nosso curso como prioridade na agenda sindical. Foi preciso muita amarração política para o sucesso do projeto.
Ao longo desses três anos, quase não perdemos ninguém pelo caminho. De quase uma centena de participantes, somente três fizeram um módulo e não prosseguiram.
Sabemos, pelo contato constante e solidário que o movimento sindical nos permite, que o nosso curso mudou e ajudou muita/os dirigentes militantes que despertaram novos interesses na luta sindical e outra/os renovaram a energia para mais um período de doação pessoal à luta dos trabalhadores.
A relação de carinho e irmandade que foi ficando a cada grupo, a cada módulo formativo ao longo desses quase três anos nos dá uma certeza que o papel da formação em qualquer movimento social é a chave de tudo. Dificilmente alguém compra uma ideia, uma utopia, se não houver uma compreensão do mundo, do seu mundo e do papel que cada um tem a desempenhar na luta pela mudança na sociedade em busca de um mundo melhor, mais justo, igualitário e solidário.
Conhecemos tantas pessoas, pessoas maravilhosas, heróis e heroínas, não porque têm um super-poder e tudo podem como nos desenhos e estórias, heróis e heroínas porque fizeram a escolha pela luta ao lado dos trabalhadores e oprimidos, escolheram o lado mais difícil, mais duro e, no entanto, o único que vale a pena e que engrandece a dimensão humana em cada um de nós - mamíferos e feras tidos como os racionais na fauna do mundo.
Posso dizer que valeu a pena todo o sacrifício que foi para instalar cada um desses quinze módulos ao longo desses três anos.
Todos nós que estivemos envolvidos de alguma forma no processo mudamos e crescemos: os participantes, a coordenação, os palestrantes, os funcionários e entidades às quais pertencemos.
Enfim, crescemos juntos enquanto categoria, enquanto classe, e posso afirmar com tranquilidade que
SOMOS FORTES, SOMOS CUT!
William Mendes, sec. formação da Contraf-CUT
24.11.11
CURSO SINDICATO, SOCIEDADE E SISTEMA FINANCEIRO
Participantes do curso de formação da Contraf-CUT, 5ª etapa. Na foto acima estamos com a camiseta do ENAFOR da CUT. Foto: William Mendes |
Pela manhã, o grupo teve a presença de Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador da CCASP e da mesa temática de segurança bancária com a Fenaban.
Esse tema foi uma inovação na grade do curso e foi uma sugestão feita pelo próprio grupo no início do curso. A apresentação foi muito boa e parte do tema foi novidade para a maioria dos participantes.
Na parte da tarde, o grupo contou com outra apresentação de peso: Miguel Pereira trouxe o tema da regulamentação do artigo 192 da CF e a proposta dos bancários discutida através da Contraf-CUT.
Foi um dia de trabalho muito intenso pois os dois temas são bastante complexos e mesmo assim o grupo participou de forma exemplar.
Aprendemos muito hoje e construímos mais conhecimento coletivo para a categoria bancária e para a classe trabalhadora. E aqui o grupo tem uma forte visão CUTista de formação e de movimento sindical classista e voltado para as bases dos trabalhadores.
23.11.11
CURSO SINDICATO, SOCIEDADE E SISTEMA FINANCEIRO
Hoje foi o terceiro dia do segundo módulo do curso SINDICATO, SOCIEDADE E SISTEMA FINANCEIRO, organizado pela Contraf-CUT e Dieese. Esta é a quinta etapa do curso que já percorreu todas as regiões do País. Agora estamos na Escola Sul da CUT em Florianópolis.
No primeiro módulo do curso, realizado em outubro, os participantes oriundos de seis bases sindicais - PR, MS, RS, RO, SC e SP -, produziram muito conhecimento acerca da história do movimento sindical mundial, brasileiro e da contemporaneidade, passando principalmente pelo sindicalismo da CUT e dos BANCÁRIOS.
Este segundo módulo é bastante focado em questões relativas ao setor financeiro em si: moeda, bancos, sistema financeiro internacional, acordos de Basileia, Bretton Woods, Consenso de Washington. Além disso, os participantes estudam também os planos econômicos no Brasil, Plano Real, Proer e Proes, a proposta dos bancários para a regulamentação do artigo 192 da CF, segurança bancária, etc.
Eu não pude acompanhar a turma nos primeiros dois dias pois estava em um evento nacional na Contraf-CUT em SP. Chegando hoje pela manhã, o que pudemos perceber foi a participação incansável e engajada da turma do curso. Os sindicatos que enviaram os participantes estão de parabéns, pois já têm e terão excelentes dirigentes para ajudar na luta dos trabalhadores do ramo financeiro a combater as mazelas dos donos do Capital, os banqueiros-quebra-mundo.
William Mendes, sec. formação da Contraf-CUT
PS: ao mesmo tempo em que os bancários estão em formação na belíssima Escola Sul da CUT, está ocorrendo no mesmo local o ENAFOR, onde a nossa central está organizando as estratégias e a rede de formação CUTista à disposição da classe trabalhadora para o próximo período formativo e de luta.
5ª turma do curso da Contraf-CUT/Dieese - foto: William Mendes |
No primeiro módulo do curso, realizado em outubro, os participantes oriundos de seis bases sindicais - PR, MS, RS, RO, SC e SP -, produziram muito conhecimento acerca da história do movimento sindical mundial, brasileiro e da contemporaneidade, passando principalmente pelo sindicalismo da CUT e dos BANCÁRIOS.
Este segundo módulo é bastante focado em questões relativas ao setor financeiro em si: moeda, bancos, sistema financeiro internacional, acordos de Basileia, Bretton Woods, Consenso de Washington. Além disso, os participantes estudam também os planos econômicos no Brasil, Plano Real, Proer e Proes, a proposta dos bancários para a regulamentação do artigo 192 da CF, segurança bancária, etc.
Eu não pude acompanhar a turma nos primeiros dois dias pois estava em um evento nacional na Contraf-CUT em SP. Chegando hoje pela manhã, o que pudemos perceber foi a participação incansável e engajada da turma do curso. Os sindicatos que enviaram os participantes estão de parabéns, pois já têm e terão excelentes dirigentes para ajudar na luta dos trabalhadores do ramo financeiro a combater as mazelas dos donos do Capital, os banqueiros-quebra-mundo.
William Mendes, sec. formação da Contraf-CUT
PS: ao mesmo tempo em que os bancários estão em formação na belíssima Escola Sul da CUT, está ocorrendo no mesmo local o ENAFOR, onde a nossa central está organizando as estratégias e a rede de formação CUTista à disposição da classe trabalhadora para o próximo período formativo e de luta.
22.11.11
TERCEIRIZAÇÃO DE TUDO!! SE NÃO HOUVER ENVOLVIMENTO DA SOCIEDADE CIVIL E DO MOVIMENTO SINDICAL ORGANIZADO, CHAMANDO INCLUSIVE UMA GREVE GERAL, O CONGRESSO VAI ACABAR COM OS DIREITOS DOS TRABALHADORES NO BRASIL
Contraf orienta mobilização nesta quarta contra projeto que amplia terceirização
A Contraf-CUT orienta os sindicatos e federações a se mobilizarem nesta quarta-feira, dia 23, para o convencimento dos deputados federais membros da Comissão Especial sobre a Regulamentação do Trabalho Terceirizado da Câmara na votação do substitutivo do deputado Roberto Santigo (PSD-SP) ao Projeto de Lei nº 4330/2004, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO). Combatido pela CUT e diversas outras entidades, o projeto legaliza irrestritamente a prática da terceirização no Brasil e é uma ameaça aos direitos dos trabalhadores.
A votação do substitutivo estava prevista para o dia 9 de novembro, mas foi adiada para que novas negociações entre trabalhadores e deputados pudessem ocorrer. "A CUT, CTB e Nova Central Sindical não concordam com o substitutivo de Roberto Santiago e conseguimos um processo de negociação com a Comissão Especial que ocorrerá nesta terça-feira, dia 22", afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.
Além dos bancários, outras categorias de trabalhadores, entidades e intelectuais vêm manifestando posições contrárias ao substitutivo. Para articular esse diversos setores, foi lançado na última quinta-feira, dia 17, em Brasília, o Fórum em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização.
Com participação da CUT e da Contraf, o fórum reúne representantes das Universidades de Campinas (Cesit/Unicamp e IFCH/Unicamp), Federal de Minas Gerais e Federal da Bahia, do Dieese, da CUT, da CTB da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra) e da Associação Latino-americana de Juízes do Trabalho.
"Esta quarta-feira será decisiva para a discussão sobre o tema, que coloca em risco os direitos de todos os trabalhadores do Brasil. Trata-se de uma verdadeira reforma trabalhista disfarçada", alerta Miguel. "É fundamental o envolvimento e mobilização de todas as entidades no Congresso", diz.
Fonte: Contraf-CUT
A Contraf-CUT orienta os sindicatos e federações a se mobilizarem nesta quarta-feira, dia 23, para o convencimento dos deputados federais membros da Comissão Especial sobre a Regulamentação do Trabalho Terceirizado da Câmara na votação do substitutivo do deputado Roberto Santigo (PSD-SP) ao Projeto de Lei nº 4330/2004, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO). Combatido pela CUT e diversas outras entidades, o projeto legaliza irrestritamente a prática da terceirização no Brasil e é uma ameaça aos direitos dos trabalhadores.
A votação do substitutivo estava prevista para o dia 9 de novembro, mas foi adiada para que novas negociações entre trabalhadores e deputados pudessem ocorrer. "A CUT, CTB e Nova Central Sindical não concordam com o substitutivo de Roberto Santiago e conseguimos um processo de negociação com a Comissão Especial que ocorrerá nesta terça-feira, dia 22", afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.
Além dos bancários, outras categorias de trabalhadores, entidades e intelectuais vêm manifestando posições contrárias ao substitutivo. Para articular esse diversos setores, foi lançado na última quinta-feira, dia 17, em Brasília, o Fórum em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização.
Com participação da CUT e da Contraf, o fórum reúne representantes das Universidades de Campinas (Cesit/Unicamp e IFCH/Unicamp), Federal de Minas Gerais e Federal da Bahia, do Dieese, da CUT, da CTB da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra) e da Associação Latino-americana de Juízes do Trabalho.
"Esta quarta-feira será decisiva para a discussão sobre o tema, que coloca em risco os direitos de todos os trabalhadores do Brasil. Trata-se de uma verdadeira reforma trabalhista disfarçada", alerta Miguel. "É fundamental o envolvimento e mobilização de todas as entidades no Congresso", diz.
Fonte: Contraf-CUT
21.11.11
Bancários de Campo Grande (MS) filiam-se à Fetec-CN para fortalecer a luta
Os bancários de Campo Grande e Região (MS) decidiram em assembleia na noite do último dia 17, com apenas dois votos contrários, mudar de federação, abandonando a Feeb-SP/MS e filiando-se à Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro-Oeste e Norte (Fetec/CN-CUT), entidade à qual também estão filiados o Sindicato de Brasília e o Sintraf-Ride.
“A mudança de representação federativa faz parte da estratégia dos bancários de Campo Grande de avançar sua atuação política e sindical, participando ainda mais das lutas nacionais e fortalecendo a unidade da categoria em nível regional e nacional”, explicou a presidente do Sindicato, Iaci Azamor Torres.
“Estamos deixando uma estrutura e um modelo de luta sindical ultrapassados e implementando um ritmo mais acelerado nas lutas, caminhando em outra direção para tirar o sindicato do comodismo, do isolamento político e sindical, que só interessavam aos patrões e às forças conservadoras”, acrescentou a dirigente sindical.
Ao aprovar a migração para a Fetec/CN-CUT, os bancários de Campo Grande optaram por ligar-se a uma federação mais combativa e alinhada aos interesses dos bancários. “É a maneira mais coerente da diretoria de fazer a defesa intransigente dos interesses da categoria, especialmente na organização das lutas, e empenhando-se no combate aos problemas que afligem os trabalhadores do segmento”, argumentou Edvaldo Barros, secretário-geral do Sindicato.
A diretoria defendeu a filiação do Sindicato à Fetec/CN-CUT porque já há uma aproximação com a federação e uma afinidade de propostas e porque já tem recebido total apoio da entidade nas lutas, na inserção e organização dos movimentos, na formação de dirigentes sindicais, no debate sindical e político.
A busca por uma federação mais forte e representativa se deu à medida que foi sendo constatando que os problemas mais aflitivos não são solucionados apenas em nível regional, por mais que reforçasse a organização por local de trabalho. O enfrentamento, portanto, só poderia se dar, segundo os dirigentes, com a união e a organização de todos os bancários em lutas e campanhas unificadas em todo o país, para aumentar a força e poder de pressão por respeito aos direitos e por novas conquistas.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Rodrigo Britto, participa da inauguração da Pousada do Bancário, novo espaço do Sindicato de Campo Grande destinado ao trabalhador em trânsito pela cidade
Com a aprovação pela mudança de federação, o Sindicato passa a participar de todas as representações superiores filiadas à CUT, a maior central sindical do país, que abriga cerca de 3.700 sindicatos. Além da CUT estadual e nacional, o Sindicato de Campo Grande já era filiado à Contraf-CUT, que reúne oito federações e 103 sindicatos, representando mais de 90% dos 480 mil bancários, além de coordenar o Comando Nacional nas campanhas salariais da categoria.
Inúmeros dirigentes bancários da CUT, da Fetec/CN e dos sindicatos da região Centro-Oeste e Norte, especialmente os de Brasília, estiveram em Campo Grande acompanhando a assembleia. A adesão de mais um sindicato do Mato Grosso do Sul foi recebida com muita satisfação pelos sindicalistas. Veja como foi a repercussão e a avaliação sobre essa nova filiação:
“A filiação do Sindicato de Campo Grande à Fetec/CNCUT é uma decisão coerente com a atuação da diretoria da entidade, que já está ligada à CUT e à Contraf-CUT. É o elo que faltava na consolidação do seu trabalho, que respeita os princípios de unidade e solidariedade dos trabalhadores, de democracia, liberdade e autonomia sindicais.”
Jacy Afonso,
secretário de Organização da CUT Nacional
“Nós entendemos que o Sindicato dos Bancários de Campo Grande virá compor a Fetec/CN para unir forças e fortalecer ainda mais o movimento bancário. A atuação democrática da nossa Federação é reconhecida nesse momento com a filiação de mais este sindicato. Atualmente a Federação conta com 11 sindicatos e está presente em oito estados das regiões Centro-Oeste e Norte, o que mostra a representatividade e força da entidade.”
José Avelino,
presidente da Fetec/CN-CUT
“A consolidação da nova fase do Sindicato de Campo Grande como agente formulador e atuante no movimento sindical do ramo financeiro nacional passa por sua filiação à Fetec/CN-CUT, fortalecendo e fazendo parte da unidade nacional da categoria bancária."
Rodrigo Britto,
presidente do Sindicato de Brasília e diretor da CUT-DF
“Considerando o aspecto geográfico e a proximidade de Campo Grande à região central, entendemos que essa é uma oportunidade para fazer crescer ainda mais a base sindical da Fetec/CN. A mudança não traz prejuízos para a Federação de SP e MS (Feeb SP-MS), que já conta com um número expressivo em sua base essencialmente localizada no interior do Estado e está distante de Campo Grande. Além disso, a participação do Sindicato dos Bancários de Campo Grande na Fetec/CN certamente será maior do que era na Feeb SP-MS.”
Eduardo Araújo,
Coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e diretor do Sindicato de Brasília
“Quem sabe faz a hora não espera acontecer. Os bancários de Campo Grande já demonstraram nas urnas sua vontade de lutar e mudar elegendo a nova diretoria. E com a vinda para Fetec/CN-CUT darão mais um passo para avançar e consolidar o fortalecimento da categoria. Assim, os bancários de Campo Grande se inserem ainda mais, com a cara e a coragem próprias do trabalhador e com sentimento de classe, nas lutas e na organização nacional da categoria.”
Matuzalém Albuquerque,
secretário de Relações Sindicais da Fetec/CN-CUT
“O Sindicato de Campo Grande e Região tem representatividade e porte expressivos na categoria. A entidade que já faz parte do Comando Nacional dos Bancários só vem reforçar a unidade dos trabalhadores estando junto com outros sindicatos cutistas da região na Fetec–CN.”
Clever Bomfim,
Presidente do Sintraf-Ride
Fonte: Seeb DF - Da Redação
“A mudança de representação federativa faz parte da estratégia dos bancários de Campo Grande de avançar sua atuação política e sindical, participando ainda mais das lutas nacionais e fortalecendo a unidade da categoria em nível regional e nacional”, explicou a presidente do Sindicato, Iaci Azamor Torres.
“Estamos deixando uma estrutura e um modelo de luta sindical ultrapassados e implementando um ritmo mais acelerado nas lutas, caminhando em outra direção para tirar o sindicato do comodismo, do isolamento político e sindical, que só interessavam aos patrões e às forças conservadoras”, acrescentou a dirigente sindical.
Ao aprovar a migração para a Fetec/CN-CUT, os bancários de Campo Grande optaram por ligar-se a uma federação mais combativa e alinhada aos interesses dos bancários. “É a maneira mais coerente da diretoria de fazer a defesa intransigente dos interesses da categoria, especialmente na organização das lutas, e empenhando-se no combate aos problemas que afligem os trabalhadores do segmento”, argumentou Edvaldo Barros, secretário-geral do Sindicato.
A diretoria defendeu a filiação do Sindicato à Fetec/CN-CUT porque já há uma aproximação com a federação e uma afinidade de propostas e porque já tem recebido total apoio da entidade nas lutas, na inserção e organização dos movimentos, na formação de dirigentes sindicais, no debate sindical e político.
A busca por uma federação mais forte e representativa se deu à medida que foi sendo constatando que os problemas mais aflitivos não são solucionados apenas em nível regional, por mais que reforçasse a organização por local de trabalho. O enfrentamento, portanto, só poderia se dar, segundo os dirigentes, com a união e a organização de todos os bancários em lutas e campanhas unificadas em todo o país, para aumentar a força e poder de pressão por respeito aos direitos e por novas conquistas.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Rodrigo Britto, participa da inauguração da Pousada do Bancário, novo espaço do Sindicato de Campo Grande destinado ao trabalhador em trânsito pela cidade
Com a aprovação pela mudança de federação, o Sindicato passa a participar de todas as representações superiores filiadas à CUT, a maior central sindical do país, que abriga cerca de 3.700 sindicatos. Além da CUT estadual e nacional, o Sindicato de Campo Grande já era filiado à Contraf-CUT, que reúne oito federações e 103 sindicatos, representando mais de 90% dos 480 mil bancários, além de coordenar o Comando Nacional nas campanhas salariais da categoria.
Inúmeros dirigentes bancários da CUT, da Fetec/CN e dos sindicatos da região Centro-Oeste e Norte, especialmente os de Brasília, estiveram em Campo Grande acompanhando a assembleia. A adesão de mais um sindicato do Mato Grosso do Sul foi recebida com muita satisfação pelos sindicalistas. Veja como foi a repercussão e a avaliação sobre essa nova filiação:
“A filiação do Sindicato de Campo Grande à Fetec/CNCUT é uma decisão coerente com a atuação da diretoria da entidade, que já está ligada à CUT e à Contraf-CUT. É o elo que faltava na consolidação do seu trabalho, que respeita os princípios de unidade e solidariedade dos trabalhadores, de democracia, liberdade e autonomia sindicais.”
Jacy Afonso,
secretário de Organização da CUT Nacional
“Nós entendemos que o Sindicato dos Bancários de Campo Grande virá compor a Fetec/CN para unir forças e fortalecer ainda mais o movimento bancário. A atuação democrática da nossa Federação é reconhecida nesse momento com a filiação de mais este sindicato. Atualmente a Federação conta com 11 sindicatos e está presente em oito estados das regiões Centro-Oeste e Norte, o que mostra a representatividade e força da entidade.”
José Avelino,
presidente da Fetec/CN-CUT
“A consolidação da nova fase do Sindicato de Campo Grande como agente formulador e atuante no movimento sindical do ramo financeiro nacional passa por sua filiação à Fetec/CN-CUT, fortalecendo e fazendo parte da unidade nacional da categoria bancária."
Rodrigo Britto,
presidente do Sindicato de Brasília e diretor da CUT-DF
“Considerando o aspecto geográfico e a proximidade de Campo Grande à região central, entendemos que essa é uma oportunidade para fazer crescer ainda mais a base sindical da Fetec/CN. A mudança não traz prejuízos para a Federação de SP e MS (Feeb SP-MS), que já conta com um número expressivo em sua base essencialmente localizada no interior do Estado e está distante de Campo Grande. Além disso, a participação do Sindicato dos Bancários de Campo Grande na Fetec/CN certamente será maior do que era na Feeb SP-MS.”
Eduardo Araújo,
Coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e diretor do Sindicato de Brasília
“Quem sabe faz a hora não espera acontecer. Os bancários de Campo Grande já demonstraram nas urnas sua vontade de lutar e mudar elegendo a nova diretoria. E com a vinda para Fetec/CN-CUT darão mais um passo para avançar e consolidar o fortalecimento da categoria. Assim, os bancários de Campo Grande se inserem ainda mais, com a cara e a coragem próprias do trabalhador e com sentimento de classe, nas lutas e na organização nacional da categoria.”
Matuzalém Albuquerque,
secretário de Relações Sindicais da Fetec/CN-CUT
“O Sindicato de Campo Grande e Região tem representatividade e porte expressivos na categoria. A entidade que já faz parte do Comando Nacional dos Bancários só vem reforçar a unidade dos trabalhadores estando junto com outros sindicatos cutistas da região na Fetec–CN.”
Clever Bomfim,
Presidente do Sintraf-Ride
Fonte: Seeb DF - Da Redação
Por onde ando... agenda 21 a 25 de novembro
SEGUNDA-FEIRA
SP: Encontro Nacional da Articulação Bancária/CUT
TERÇA-FEIRA
SP: Encontro Nacional da Articulação Bancária/CUT
QUARTA, QUINTA E SEXTA
SC: 2º módulo do curso de formação SINDICATO, SOCIEDADE E SISTEMA FINANCEIRO na Escola Sul da CUT em Floripa.
SP: Encontro Nacional da Articulação Bancária/CUT
TERÇA-FEIRA
SP: Encontro Nacional da Articulação Bancária/CUT
QUARTA, QUINTA E SEXTA
SC: 2º módulo do curso de formação SINDICATO, SOCIEDADE E SISTEMA FINANCEIRO na Escola Sul da CUT em Floripa.
19.11.11
bb - O banco da ilegalidade!
NÁUSEA... é o que o bb nos causa com suas ilegalidade s e imoralidades - foto GerardoLazari |
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região precisou acordar cedo neste sábado para barrar mais uma ILEGALIDADE do bb (bb minúsculo, pois age com pequeneza).
A categoria bancária conquistou na legislação brasileira o direito de trabalhar com jornada de 6 horas e com semana de trabalho cujos dias úteis são de segunda a sexta-feira.
Na eventualidade de algum trabalho extraordinário é necessário que haja autorização da justiça do trabalho e o Sindicato da categoria deve ser contatado para que ocorra negociação entre as partes.
O bb da atualidade vem perdendo completamente a moral e o respeito aos trabalhadores e suas entidades de representação, bem como já não vem respeitando seus clientes e usuários há um bom tempo (vide ser o campeão de reclamações por coisas não autorizadas pelos clientes).
Alguns gestores iluminados de São Paulo convocaram 160 bancários e bancárias para trabalharem neste sábado ligando para os clientes em suas casas, no fim de semana, para lhes encherem o saco e lhes proporem crédito. É ISSO MESMO!
OS BANCÁRIOS FORAM CONVOCADOS EM DIA NÃO-ÚTIL PARA LIGAREM PRA CASA DOS CLIENTES E ENCHEREM O SACO DELES NO SABADÃO!
O SINDICATO NÃO PERMITIU ESSA ABERRAÇÃO!!
A pergunta que eu faço para a DIREÇÃO DO BANCO é a seguinte: VOCÊS AUTORIZARAM OS GESTORES PAULISTAS A COMETEREM ESSAS IRREGULARIDADES E ESSAS ILEGALIDADES?
William Mendes, diretor do Sindicato
18.11.11
Bancários retomam debates das mesas temáticas com BB na próxima quarta
A Contraf-CUT, federações e sindicatos se reúnem na próxima quarta-feira (23) com o Banco do Brasil para iniciar os debates das mesas temáticas, em cumprimento ao previsto no acordo coletivo 2011/2012 (parágrafo segundo da cláusula 48ª do ACT/Contraf e da 54ª do ACT/Contec, que tratam da negociação permanente e solução de divergências).
A direção do BB confirmou a reabertura das discussões com a representação dos trabalhadores em correspondência encaminhada à Contraf-CUT nesta quinta-feira (17). Com o encontro confirmado, a Comissão de Empresa dos Funcionários, reunida nesta quinta na sede da Contraf-CUT, em Brasília, decidiu que vai propor na primeira reunião um calendário de debates, sendo que a representação do banco deverá se manifestar sobre a proposição na ocasião.
A ideia é que as discussões sejam encerradas até meados de março de 2012, antes do início dos encontros e congressos de preparação da Campanha Nacional dos Bancários.
A proposta também inclui focar na primeira reunião a jornada de 6 horas, uma das principais reivindicações do funcionalismo.
Veja o calendário que será apresentado pelos representantes dos bancários para as discussões com o BB:
- 23/11 e 05/12: Jornada de trabalho
- 06/12: Saúde e previdência de funcionários egressos de bancos incorporados
- 20/12: Negociação permanente
- 16/01/2012, 09/02 e 05/03: Plano de carreira
- 17/01, 10/02 e 06/03: Saúde e previdência de funcionários egressos de bancos incorporados
Fonte: Contraf-CUT com Seeb DF
A direção do BB confirmou a reabertura das discussões com a representação dos trabalhadores em correspondência encaminhada à Contraf-CUT nesta quinta-feira (17). Com o encontro confirmado, a Comissão de Empresa dos Funcionários, reunida nesta quinta na sede da Contraf-CUT, em Brasília, decidiu que vai propor na primeira reunião um calendário de debates, sendo que a representação do banco deverá se manifestar sobre a proposição na ocasião.
A ideia é que as discussões sejam encerradas até meados de março de 2012, antes do início dos encontros e congressos de preparação da Campanha Nacional dos Bancários.
A proposta também inclui focar na primeira reunião a jornada de 6 horas, uma das principais reivindicações do funcionalismo.
Veja o calendário que será apresentado pelos representantes dos bancários para as discussões com o BB:
- 23/11 e 05/12: Jornada de trabalho
- 06/12: Saúde e previdência de funcionários egressos de bancos incorporados
- 20/12: Negociação permanente
- 16/01/2012, 09/02 e 05/03: Plano de carreira
- 17/01, 10/02 e 06/03: Saúde e previdência de funcionários egressos de bancos incorporados
Fonte: Contraf-CUT com Seeb DF
17.11.11
Entidades lançam fórum em defesa de direitos ameaçados pela terceirização
Ato de lançamento do fórum. No destaque, Miguel Pereira, da Contraf-CUT Crédito da foto: Agnaldo Azevedo |
O fórum reúne representantes das Universidades de Campinas (Cesit/Unicamp e IFCH/Unicamp), Federal de Minas Gerais e Federal da Bahia, do Dieese, da CUT, da CTB da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra) e da Associação Latino-americana de Juízes do Trabalho.
"O objetivo é ampliar o debate sobre esse tema fundamental. A sociedade brasileira precisa participar do debate sobre a terceirização, que pode alterar completamente as relações de trabalho, com prejuízo para os trabalhadores", afirma Miguel Pereira, secrtário de Organizaçaõ da Contraf-CUT, que esteve presente no ato de lançamento do Fórum.
As entidades lançaram um manifesto público e um abaixo-assinado para pressionar o governo federal e o Congresso sobreo tema. Os representantes do Fórum criticam, especialmente, a proposta do deputado Roberto Santiago (PV-SP), um substitutivo ao Projeto de Lei 4330, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que acaba com o conceito de atividade-meio e atividade-fim, liberando a terceirização para todas as atividades. Segundo os representantes do Fórum, esta proposta é um enorme retrocesso para as relações de trabalho no Brasil e vai contribuir para aumentar a precarização do trabalho.
O grupo vai pedir uma audiência com o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), e com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República, para cobrar uma regulamentação da terceirização que garanta os direitos dos trabalhadores. Além disso, foi aprovada também a realização de um seminário sobre a terceirização no Brasil, com data indicativa para março de 2012.
"Agora é fundamental o envolvimento e mobilização de todas as entidades em torno da regulamentação da terceirização no Congresso, particularmente a votação do substitutivo de Roberto Santiago na Comissão Especial da Câmara, no dia 23 de novembro", diz Miguel. "É importante que os dirigentes e entidades sindicais bancários participem buscando assinaturas para a petição on-line e pressionando os deputados", afirma. Miguel informa ainda que a CUT vai lançar uma campanha nos próximos dias para que o debate chegue aos locais de trabalho.
Clique aqui para assinar o abaixo-assinado.
Fonte: Contraf-CUT
16.11.11
Por onde ando... agenda sindical
SEGUNDA-FEIRA
Trabalhei em casa. Tratei das questões relativas ao segundo módulo do curso de formação Sindicato, Sociedade e Sistema Financeiro, que acontecerá na próxima semana na Escola Sul da CUT, lá em Floripa.
TERÇA-FEIRA
Feriado Nacional.
QUARTA-FEIRA
Dia de trabalho na Contraf-CUT em SP.
QUINTA-FEIRA
Dia de trabalho na ContrafCUT em DF. Reunião da COE do bb.
SEXTA-FEIRA
Reunião de diretoria no Sindicato desde as 9h até final da tarde.
SÁBADO
Atividade sindical em SP.
Trabalhei em casa. Tratei das questões relativas ao segundo módulo do curso de formação Sindicato, Sociedade e Sistema Financeiro, que acontecerá na próxima semana na Escola Sul da CUT, lá em Floripa.
TERÇA-FEIRA
Feriado Nacional.
QUARTA-FEIRA
Dia de trabalho na Contraf-CUT em SP.
QUINTA-FEIRA
Dia de trabalho na ContrafCUT em DF. Reunião da COE do bb.
SEXTA-FEIRA
Reunião de diretoria no Sindicato desde as 9h até final da tarde.
SÁBADO
Atividade sindical em SP.
14.11.11
Artigo sobre Corrupção na Política, Democracia e Ideologia, Gramsci...
COMENTÁRIO DO BLOG
Recebi uma sugestão de leitura do mestre mineiro Carlindo Oliveira, coordenador de cursos do Dieese, e companheiro de formação no curso Sindicato, Sociedade e Sistema Financeiro - da Contraf-CUT.
O texto aborda temas como citei acima e é de autoria de Maria Inês Nassif, publicado no site da Carta Maior e apresentado no Seminário Internacional sobre a Corrupção, dia 7 de novembro de 2011, em Porto Alegre.
Vale a pena a leitura por todos que buscam formação política e sindical.
Saudações CUTistas, William Mendes
Site Carta Maior, 08/11/2011
O poder permanente de derrubar governos
As ondas de pânico criadas em torno de casos de corrupção, desde Collor, têm servido mais a desqualificar a política do que propriamente moralizar a nossa democracia. Apesar da imensa caça às bruxas movida pela mídia contra os governos, em nenhum momento essa sucessão de escândalos, reais ou não, incluíram seriamente a opinião pública num debate sobre a razão pela qual um sistema inteiro é apropriado pelo poder privado, e, principalmente, porque não se questiona essa apropriação. O artigo é de Maria Inês Nassif.
Maria Inês Nassif (*)
A corrupção do sistema político merece uma reflexão para além das manchetes dos jornais tradicionais. Em especial neste momento que o país vive, quando a nova democracia completou 26 anos e a política, que é a sua base de representação, se desgasta perante a opinião pública. Este é o exato momento em que os valores democráticos devem prevalecer sobre todas as discordâncias partidárias, pois chegou no limite de uma escolha: ou diagnostica e aperfeiçoa o sistema político, ou verá sucumbi-lo perante o descrédito dos cidadãos.
O país pós-redemocratização passou por um governo que foi um fracasso no combate à inflação, um primeiro presidente eleito pelo voto direto pós-ditadura apeado do poder por denúncias de corrupção, dois governos tucanos que, com uma política antiinflacionária exitosa, conseguiram colocar o país no trilho do neoliberalismo que já havia grassado o mundo, e por fim dois governos do PT, um partido de difícil assimilação por parcela da população. Nesse período, a mídia incorporou como poder próprio o julgamento e o sentenciamento moral, numa magnitude tal que vai contra qualquer bom senso.
Este é um assunto difícil porque pode ser facilmente interpretado como uma defesa da corrupção, e não é. Ou como questionamento à liberdade de imprensa, e está longe disso. O que se deve colocar na mesa, para discussão, é até onde vai a legitimidade da mídia tradicional brasileira para exercer uma função fiscalizadora que invade áreas que não lhes são próprias. Existe um limite tênue entre o exercício da liberdade de imprensa na fiscalização da política e a usurpação do poder de outras instituições da República.
Outra questão que preocupa muito é que a discussão emocional, fulanizada, mantida pelos jornais e revistas também como um recurso de marketing, tem como maior saldo manter o sistema político tal como é. É impossível uma discussão mais profunda nesses termos: a escandalização da política e a demonização de políticos trata-os como intrinsicamente corruptos, como pessoas de baixa moral que procuram na atividade política uma forma de enriquecimento privado. Ninguém se pergunta como os partidos sobrevivem mantidos por dinheiro privado e que tipo de concessão têm que fazer ao sistema.
Desde Antonio Gramsci, o pensador comunista italiano que morreu na masmorra de Mussolini, a expressão “nenhuma informação é inocente” tem pontuado os estudos sobre o papel da imprensa na formulação de sensos comuns que ganham a hegemonia na sociedade. Gramsci já usava o termo “jornalismo marrom” para designar os surtos de pânico promovidos pela mídia, de forma a ganhar a guerra da opinião pública pelo medo.
No Brasil atual, duas grandes crises de pânico foram alimentadas pela mídia tradicional brasileira no passado recente. Em 2002, nas eleições em que o PT seria vitorioso contra o candidato do governo FHC, a mídia claramente mediou a pressão dos mercados financeiros contra o candidato favorito, Luiz Inácio Lula da Silva. Tratava-se, no início, de fixar como senso comum a referência “ou José Serra [o candidato tucano] ou o caos”.
Depois, a meta era obrigar Lula e o PT ao recuo programático, garantindo assim a abertura do mercado financeiro, recém-completada, para os capitais internacionais. Em 2005, na época do chamado “mensalão”, o discurso do caos foi redirecionado para a corrupção. Politicamente, era uma chance fantástica para a oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a única alternativa para se contrapor a um líder carismático em popularidade crescente era tirar de seu partido, o PT, a bandeira da moralidade. A ofensiva da imprensa, nesse caso, não foi apenas mediadora de interesses. A mídia não apenas mediava, mas pautava a oposição e era pautada por ela, num processo de retroalimentação em que ela própria [a mídia] passou a suprir a fragilidade dos partidos oposicionistas. Ao longo desse período, tornou-se uma referência de poder político, paralelo ao instituído pelo voto.
Eleita Dilma Rousseff, a oposição institucional declinou mais ainda, num país que historicamente voto e poder caminham juntos, e ao que tudo indica a mídia assumiu com mais vigor não apenas o papel de poder político, mas de bancada paralela. Dilma está se tornando uma máquina de demitir ministros. Nas primeiras demissões, a ofensiva da mídia deu a ela um pretexto para se livrar de aliados incômodos, nas complicadas negociações a que o Poder Executivo se vê obrigado em governos de coalizão num sistema partidário como o brasileiro. Caiu, todavia, numa armadilha: ao ceder ministros, está reforçando o poder paralelo da mídia; em vez de virar refém de partidos políticos que, de fato, têm deficiências orgânicas sérias, tornou-se refém da própria mídia.
As ondas de pânico criadas em torno de casos de corrupção, desde Collor, têm servido mais a desqualificar a política do que propriamente moralizar a nossa democracia. Mais uma vez, volto à frase de Gramsci: não existe notícia inocente. O Brasil saído da ditadura já trazia, como herança, um sistema político com problemas que remontam à Colônia. O compadrio, o mandonismo e o coronelismo são a expressão clássica do que hoje se conhece por nepotismo, privatização da máquina pública e falha separação entre o público e o privado. A política tem sido constituída sobre essas bases e, depois de cada momento autoritário e a cada período de redemocratização no país, seus problemas se desnudam, soluções paliativas são dadas e a cultura fica. Por que fica? Porque é a fonte de poderes – poderes privados que podem se sobrepor ao poder público legitimamente constituído.
O sistema político é mantido por interesses privados, e é de interesse de gregos e troianos que assim permaneça. Segundo levantamento feito pela Comissão Especial da Câmara que analisa a reforma política, cerca de 360 deputados, em 513, foram eleitos porque fizeram as mais caras campanhas eleitorais de seus Estados. Com dinheiro privado. Em sã consciência, com quem eles têm compromissos? Eles apenas tiveram acesso aos instrumentos midiáticos e de marketing político cada vez mais sofisticados porque foram financiados pelo poder econômico. É o interesse privado quem define se o dinheiro doado aos candidatos e partidos é lícito ou ilícito.
O dinheiro do caixa dois passou a fazer parte desse sistema. Não existe nenhum partido, hoje, que consiga se financiar privadamente – como define a legislação brasileira – sem se envolver com o dinheiro das empresas; e são remotíssimas as chances de um político financiado pelo poder privado escapar de um caixa dois, porque normalmente é o caixa dois das empresas que está disponível. Num sistema eleitoral onde o dinheiro privado, lícito e ilícito, é o principal financiador das eleições, ocorre a primeira captura do sistema político pelo poder privado. E isso não acaba mais.
Esse é o âmago de nosso sistema político. A democratização trouxe coisas fantásticas para a política brasileira, como o voto do analfabeto, a ampla liberdade de organização partidária e a garantia do voto. Mas falhou no aperfeiçoamento de um sistema que obrigatoriamente teria de ser revisto, no momento em que o poder do voto foi restabelecido pela Constituição de 1988.
Num sistema como esse, por qualquer lado que se mexa é possível desenrolar histórias da promiscuidade entre o poder público e o dinheiro privado. Por que isso não entra, pelo menos, em discussão? Acredito que a situação permaneça porque, ao fim e ao cabo, ela mantém o poder político sob o permanente poder de chantagem privado. De um lado, os financiadores de campanhas se apoderam de parcela de poder. De outro, um sistema imperfeito torna facilmente capturável o poder do voto também por aparelhos privados de ideologia, como a mídia. Como nenhuma notícia é inocente, a própria pauta leva a relações particulares entre políticos e o poder econômico, ou entre a máquina pública e o partido político. A guerra permanente entre um governo eleito que tem a oposição de uma mídia dominante é alimentada pelo sistema.
O apoderamento da imprensa é ainda maior. Se, de um lado, a pauta expressa seu imenso poder sobre a política brasileira, ela não cumpre o papel de apontar soluções para o problema. Não existe intenção de melhorá-lo, de atacar as verdadeiras causas da corrupção. Apesar da imensa caça às bruxas movida pela mídia contra os governos, em nenhum momento essa sucessão de escândalos, reais ou não, incluíram seriamente a opinião pública num debate sobre a razão pela qual um sistema inteiro é apropriado pelo poder privado, inclusive e principalmente porque não se questiona o direito de apropriação do poder público pelo poder privado. A mídia tradicional não fez um debate sério sobre financiamento de campanha; não dá a importância devida à lei do colarinho branco; colocou a CPMF, que poderia ser um importante instrumento contra o dinheiro ilícito que inclusive financia campanhas eleitorais, no rol da campanha contra uma pretensa carga insuportável de impostos que o brasileiro paga.
Pode fazer isso por superficialidade no trato das informações, por falta de entendimento das causas da corrupção – mas qualquer boa intenção que porventura exista é anulada pelo fato de que é este o sistema que permite à imprensa capturar, para ela, parte do poder de instituições democráticas devidamente constituídas para isso.
(*) Texto apresentado no Seminário Internacional sobre a Corrupção, dia 7 de novembro de 2011, em Porto Alegre.
11.11.11
TERCEIRIZAÇÃO DE TUDO!!
Vejam abaixo algumas matérias que chamam a atenção dos trabalhadores para o que está em jogo no debate do Congresso Nacional sobre a TERCEIRIZAÇÃO.
10/11/2011
Contraf-CUT convoca entidades para lançamento do fórum contra terceirização
A Contraf-CUT convoca as entidades sindicais dos bancários a participarem do ato de lançamento do Fórum de Combate à Terceirização, que será realizado na próxima quinta-feira, dia 17, às 10h, em Brasília. Na ocasião, será divulgado manifesto de repúdio à precarização do trabalho, representada pela terceirização. O evento acontece no Plenário 9, Anexo II, Corredor das Comissões, da Câmara dos Deputados.
A criação do Fórum é uma iniciativa do Centro de Estudos Sindicais e da Economia do Trabalho (Cesit), CUT, CNB e Dieese e contará com a participação de sindicatos, centrais, confederações e federações de trabalhadores, entidades acadêmicas, procuradores e juízes do trabalho.
O manifesto chama a atenção para o embate, que vem sendo travado no Congresso Nacional, sobre a regulamentação da terceirização. Em especial, trata dos prejuízos que representariam ao trabalhador e a toda a sociedade brasileira a aprovação de projetos de lei, como o PL nº 4.302-C, apresentado pelo Executivo em 1998, na gestão FHC; e o substitutivo ao PL nº 4.330/2004 do deputado e empresário Sandro Mabel (PMDB-GO).
O texto ressalta alguns dos pontos mais nocivos desses projetos: a possibilidade de terceirização de todas as atividades das empresas, até mesmo as atividades-fim; a adoção da responsabilidade subsidiária entre as empresas e não da responsabilidade solidária, como defendem as entidades representativas dos trabalhadores; e a não garantia das mesmas condições de trabalho e de direitos entre terceirizados e empregados diretos. "Rejeitá-los coloca-se como essencial à defesa da sociedade como um todo e da ordem jurídica do nosso país", diz o manifesto.
O projeto está sendo avaliado pela Comissão Especial sobre a Regulamentação do Trabalho Terceirizado, criada em abril pela Câmara Federal. A matéria deve ser votada nessa comissão no próximo dia 23. Em seguida deve ser enviada à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A CUT, CTB e Nova Central Sindical estão com nova reunião marcada para o próximo dia 22 com representantes da Comissão Especial, a fim de tentar reverter a ameaça da terceirização.
Clique aqui para assinar o manifesto contra a terceirização.
Fonte: Contraf-CUT
09/11/2011
Mobilização adia votação do substitutivo ao projeto que amplia terceirização
A Contraf-CUT participou na tarde de terça-feira (8) da reunião entre três centrais sindicais e representantes da Comissão Especial sobre a Regulamentação do Trabalho Terceirizado, criada em abril pela Câmara Federal, em Brasília. Na pauta esteve o debate sobre o texto substitutivo que está sendo preparado ao Projeto de Lei nº 4330/2004, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que legaliza irrestritamente a prática da terceirização no Brasil.
Após debates, a votação do substitutivo foi adiada. A previsão era de que o texto fosse votado nesta quarta-feira (9) na Comissão Especial. Mas durante a reunião foi consensuada nova rodada de negociação, marcada para o próximo dia 22, sendo que a votação deverá acontecer no dia 23.
"Como a CUT, CTB e Nova Central Sindical não concordaram com o substitutivo apresentado pelo deputado Roberto Santiago (PSD/SP), abrimos um processo de negociação com a Comissão Especial", afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, que participou das discussões. "Além dos bancários, outras categorias de trabalhadores vêm manifestando posições contrárias ao substitutivo", destaca.
Também esteve presente Ana Tércia Sanches, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Substitutivo é prejudicial aos trabalhadores
O dirigente da Contraf-CUT aponta como positivo o adiamento da votação. "A proposta contém uma série de questões prejudiciais aos trabalhadores e precisam ser superadas. Temos a oportunidade de continuar os debates e evidenciar ainda mais os problemas e mostrar toda a precarização decorrente da terceirização à sociedade", explica.
Dentre outras questões, três pontos fundamentais são defendidos pelas centrais sindicais, para que constem no substitutivo. "É necessário que a responsabilidade entre tomadores e prestadores de serviços seja solidária; que seja proibida a terceirização na atividade-fim e, além disso, que sejam garantidos os mesmos direitos, inclusive salariais, dos acordos e convenções coletivas das categorias preponderantes ou que valha a regra mais benéfica", esclarece Miguel.
O diretor da Contraf-CUT aponta que houve outro avanço. "Os representantes da Comissão Especial afirmaram ser possível avançar na questão da responsabilidade solidária. Isso é positivo", afirma.
"Vamos aproveitar esta prorrogação das discussões para mobilizar a sociedade. O substitutivo, que vai contra o Enunciado 331 do TST, abole os conceitos de atividade-fim e atividade-meio. Amplia a possibilidade da terceirização para qualquer atividade da empresa, etapa ou processo produtivo, bastando apenas que a prestadora seja uma empresa especializada. Na prática, isso representaria o fim das categoriais formais, uma vez que as 'empresas especializadas' não mantêm a regra de enquadramento sindical, não respeitando o conceito de categoria profissional, pulverizando ainda mais as estruturas de organização dos trabalhadores", avalia Miguel.
"O nosso posicionamento contrário ao substitutivo é o resgate do consenso que foi construído anteriormente entre as seis centrais sindicais e o Ministério do Trabalho e Emprego, cujo conteúdo foi enviado à Casa Civil da Presidência da República para servir como proposta de regulamentação da terceirização do Poder Executivo. O que é estranho é o fato de que centrais ausentes no debate anunciaram apoio a essa proposta de substitutivo", avalia Miguel.
Fórum lança manifesto no dia 17
A partir da audiência pública do TST, realizada no começo de outubro sobre a terceirização da mão-de-obra, o Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit-Unicamp) sugeriu a criação de um fórum, composto por representantes da academia, órgãos da magistratura do trabalho, procuradores do trabalho e centrais sindicais, que participaram dos debates, para aglutinar setores da sociedade com pontos de vista similares sobre essa questão.
"Ficaram evidenciados, durante a audiência, todos os efeitos precarizantes da terceirização, sejam eles nos direitos trabalhistas, no nível de renda e nas relações laborais e sociais diferenciadas. A partir daí houve esta convergência", explica Miguel.
O fórum será lançado no próximo dia 17, em Brasília, com um manifesto público expressando o seu posicionamento politico contrário à precarização do trabalho, representada pela terceirização.
"A ideia é que, a partir da apresentação do manifesto, o fórum atue ainda mais no sentido de conjugar atores da sociedade civil. Isso é importante para demonstrar que os efeitos da terceirização são profundos e atingem diversos aspectos da vida social", avalia.
Outra iniciativa, que deve ser divulgada com mais detalhes nos próximos dias, será uma ampla campanha de esclarecimento que a CUT irá apresentar a todas as entidades filiadas. "O objetivo é que a campanha ganhe as ruas, de modo que a sociedade tome consciência e acompanhe o que está em jogo. É preciso que todos fiquem em alerta neste momento", completa o dirigente sindical.
Impedir a precarização total
Para as três centrais sindicais contrárias ao texto apresentado pela Comissão Especial, pelo menos cinco premissas do projeto precisam ser revistas. Caso contrário, ao invés de regulamentação da terceirização, a Câmara vai aprovar uma reforma da legislação trabalhista que provocará sérios impactos no mercado de trabalho brasileiro, institucionalizando a precarização.
Veja os cinco itens questionados:
1. O conceito de atividade-meio e atividade-fim: objetivo é que fique claro na proposta que a terceirização nas atividades-fim permanece proibida;
2. Responsabilidade solidária da empresa contratante pelas obrigações trabalhistas: não vai resolver o problema dos trabalhadores colocar a responsabilidade solidária da empresa contratante apenas pelas obrigações trabalhistas, ou seja, relacionadas à contratação, fiscalização e/ou execução da empresa;
3. Isonomia e igualdade de direitos entre todos trabalhadores e trabalhadoras: a proposta não detalha que os terceirizados terão as mesmas convenções coletivas, os mesmos salários etc.
4. Direito à informação prévia e negociação coletiva por ramo preponderante: para CUT e CTB, o direito a informação não é acordo coletivo. O que precisa deixar claro no texto é que os sindicatos serão informados previamente quando uma empresa decidir terceirizar algum serviço.
5. Proibição de terceirização das atividades que são tipicamente de responsabilidade do setor público.
Fonte: Contraf-CUT
10/11/2011
Contraf-CUT convoca entidades para lançamento do fórum contra terceirização
A Contraf-CUT convoca as entidades sindicais dos bancários a participarem do ato de lançamento do Fórum de Combate à Terceirização, que será realizado na próxima quinta-feira, dia 17, às 10h, em Brasília. Na ocasião, será divulgado manifesto de repúdio à precarização do trabalho, representada pela terceirização. O evento acontece no Plenário 9, Anexo II, Corredor das Comissões, da Câmara dos Deputados.
A criação do Fórum é uma iniciativa do Centro de Estudos Sindicais e da Economia do Trabalho (Cesit), CUT, CNB e Dieese e contará com a participação de sindicatos, centrais, confederações e federações de trabalhadores, entidades acadêmicas, procuradores e juízes do trabalho.
O manifesto chama a atenção para o embate, que vem sendo travado no Congresso Nacional, sobre a regulamentação da terceirização. Em especial, trata dos prejuízos que representariam ao trabalhador e a toda a sociedade brasileira a aprovação de projetos de lei, como o PL nº 4.302-C, apresentado pelo Executivo em 1998, na gestão FHC; e o substitutivo ao PL nº 4.330/2004 do deputado e empresário Sandro Mabel (PMDB-GO).
O texto ressalta alguns dos pontos mais nocivos desses projetos: a possibilidade de terceirização de todas as atividades das empresas, até mesmo as atividades-fim; a adoção da responsabilidade subsidiária entre as empresas e não da responsabilidade solidária, como defendem as entidades representativas dos trabalhadores; e a não garantia das mesmas condições de trabalho e de direitos entre terceirizados e empregados diretos. "Rejeitá-los coloca-se como essencial à defesa da sociedade como um todo e da ordem jurídica do nosso país", diz o manifesto.
O projeto está sendo avaliado pela Comissão Especial sobre a Regulamentação do Trabalho Terceirizado, criada em abril pela Câmara Federal. A matéria deve ser votada nessa comissão no próximo dia 23. Em seguida deve ser enviada à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A CUT, CTB e Nova Central Sindical estão com nova reunião marcada para o próximo dia 22 com representantes da Comissão Especial, a fim de tentar reverter a ameaça da terceirização.
Clique aqui para assinar o manifesto contra a terceirização.
Fonte: Contraf-CUT
09/11/2011
Mobilização adia votação do substitutivo ao projeto que amplia terceirização
A Contraf-CUT participou na tarde de terça-feira (8) da reunião entre três centrais sindicais e representantes da Comissão Especial sobre a Regulamentação do Trabalho Terceirizado, criada em abril pela Câmara Federal, em Brasília. Na pauta esteve o debate sobre o texto substitutivo que está sendo preparado ao Projeto de Lei nº 4330/2004, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que legaliza irrestritamente a prática da terceirização no Brasil.
Após debates, a votação do substitutivo foi adiada. A previsão era de que o texto fosse votado nesta quarta-feira (9) na Comissão Especial. Mas durante a reunião foi consensuada nova rodada de negociação, marcada para o próximo dia 22, sendo que a votação deverá acontecer no dia 23.
"Como a CUT, CTB e Nova Central Sindical não concordaram com o substitutivo apresentado pelo deputado Roberto Santiago (PSD/SP), abrimos um processo de negociação com a Comissão Especial", afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, que participou das discussões. "Além dos bancários, outras categorias de trabalhadores vêm manifestando posições contrárias ao substitutivo", destaca.
Também esteve presente Ana Tércia Sanches, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Substitutivo é prejudicial aos trabalhadores
O dirigente da Contraf-CUT aponta como positivo o adiamento da votação. "A proposta contém uma série de questões prejudiciais aos trabalhadores e precisam ser superadas. Temos a oportunidade de continuar os debates e evidenciar ainda mais os problemas e mostrar toda a precarização decorrente da terceirização à sociedade", explica.
Dentre outras questões, três pontos fundamentais são defendidos pelas centrais sindicais, para que constem no substitutivo. "É necessário que a responsabilidade entre tomadores e prestadores de serviços seja solidária; que seja proibida a terceirização na atividade-fim e, além disso, que sejam garantidos os mesmos direitos, inclusive salariais, dos acordos e convenções coletivas das categorias preponderantes ou que valha a regra mais benéfica", esclarece Miguel.
O diretor da Contraf-CUT aponta que houve outro avanço. "Os representantes da Comissão Especial afirmaram ser possível avançar na questão da responsabilidade solidária. Isso é positivo", afirma.
"Vamos aproveitar esta prorrogação das discussões para mobilizar a sociedade. O substitutivo, que vai contra o Enunciado 331 do TST, abole os conceitos de atividade-fim e atividade-meio. Amplia a possibilidade da terceirização para qualquer atividade da empresa, etapa ou processo produtivo, bastando apenas que a prestadora seja uma empresa especializada. Na prática, isso representaria o fim das categoriais formais, uma vez que as 'empresas especializadas' não mantêm a regra de enquadramento sindical, não respeitando o conceito de categoria profissional, pulverizando ainda mais as estruturas de organização dos trabalhadores", avalia Miguel.
"O nosso posicionamento contrário ao substitutivo é o resgate do consenso que foi construído anteriormente entre as seis centrais sindicais e o Ministério do Trabalho e Emprego, cujo conteúdo foi enviado à Casa Civil da Presidência da República para servir como proposta de regulamentação da terceirização do Poder Executivo. O que é estranho é o fato de que centrais ausentes no debate anunciaram apoio a essa proposta de substitutivo", avalia Miguel.
Fórum lança manifesto no dia 17
A partir da audiência pública do TST, realizada no começo de outubro sobre a terceirização da mão-de-obra, o Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit-Unicamp) sugeriu a criação de um fórum, composto por representantes da academia, órgãos da magistratura do trabalho, procuradores do trabalho e centrais sindicais, que participaram dos debates, para aglutinar setores da sociedade com pontos de vista similares sobre essa questão.
"Ficaram evidenciados, durante a audiência, todos os efeitos precarizantes da terceirização, sejam eles nos direitos trabalhistas, no nível de renda e nas relações laborais e sociais diferenciadas. A partir daí houve esta convergência", explica Miguel.
O fórum será lançado no próximo dia 17, em Brasília, com um manifesto público expressando o seu posicionamento politico contrário à precarização do trabalho, representada pela terceirização.
"A ideia é que, a partir da apresentação do manifesto, o fórum atue ainda mais no sentido de conjugar atores da sociedade civil. Isso é importante para demonstrar que os efeitos da terceirização são profundos e atingem diversos aspectos da vida social", avalia.
Outra iniciativa, que deve ser divulgada com mais detalhes nos próximos dias, será uma ampla campanha de esclarecimento que a CUT irá apresentar a todas as entidades filiadas. "O objetivo é que a campanha ganhe as ruas, de modo que a sociedade tome consciência e acompanhe o que está em jogo. É preciso que todos fiquem em alerta neste momento", completa o dirigente sindical.
Impedir a precarização total
Para as três centrais sindicais contrárias ao texto apresentado pela Comissão Especial, pelo menos cinco premissas do projeto precisam ser revistas. Caso contrário, ao invés de regulamentação da terceirização, a Câmara vai aprovar uma reforma da legislação trabalhista que provocará sérios impactos no mercado de trabalho brasileiro, institucionalizando a precarização.
Veja os cinco itens questionados:
1. O conceito de atividade-meio e atividade-fim: objetivo é que fique claro na proposta que a terceirização nas atividades-fim permanece proibida;
2. Responsabilidade solidária da empresa contratante pelas obrigações trabalhistas: não vai resolver o problema dos trabalhadores colocar a responsabilidade solidária da empresa contratante apenas pelas obrigações trabalhistas, ou seja, relacionadas à contratação, fiscalização e/ou execução da empresa;
3. Isonomia e igualdade de direitos entre todos trabalhadores e trabalhadoras: a proposta não detalha que os terceirizados terão as mesmas convenções coletivas, os mesmos salários etc.
4. Direito à informação prévia e negociação coletiva por ramo preponderante: para CUT e CTB, o direito a informação não é acordo coletivo. O que precisa deixar claro no texto é que os sindicatos serão informados previamente quando uma empresa decidir terceirizar algum serviço.
5. Proibição de terceirização das atividades que são tipicamente de responsabilidade do setor público.
Fonte: Contraf-CUT
9.11.11
PSO no bb: MAIS UMA ETAPA DA TERCEIRIZAÇÃO BANCÁRIA
O banco do brasil decidiu, dias atrás, que vai expandir sua Plataforma de Suporte Operacional - PSO. O piloto dessas plataformas foi implantado em São Paulo - Capital - e mais algumas capitais do País. A experiência foi muito ruim para todo mundo - clientes, usuários e bancários que atuam no caixa. Deve ser por isso que o banco decidiu implantá-la em todo o Brasil, pois o que temos hoje no banco é uma gestão de "cabeças de planilha" que só enxergam redução de custos (redução burra) e metas e mais metas impossíveis e sem critérios mercadológicos nenhum.
bb e a ilegalidade como meta
O que podemos observar nas gestões do bb nos últimos anos é a ilegalidade como meta.
O bb na sua perseguição burra da redução de custos, fez um plano de desligamento funcional que causou um prejuízo de quase 1 bilhão e que lhe trouxe uma perda de mais de 7 mil funcionários de carreira altamente treinados e qualificados com investimento do próprio banco. Fez um plano de desligamento pensando em pouco mais de 2 mil pessoas e perdeu grande parte de seu conhecimento gerencial e administrativo - aliás, perdeu para o mercado concorrente.
O bb tem uma reestruturação permanente que foi acelerada de 2007 adiante e que, na primeira etapa, parou de pagar todas as substituições de funções e exigiu que os funcionários exerçam atividades com desvio de função desde então. São milhões e milhões de reais em passivo trabalhista sendo acumulado a cada dia que funcionários exercem funções acima de suas alçadas e não recebem por elas.
O bb vem terceirizando paulatinamente as atividades-fim como processamento de envelopes de depósitos, operações que envolvem crédito e cadastro dos clientes em conta corrente, cartões de crédito, seguros e outras operações bancárias.
O bb tem um projeto de ser um banco que opere apenas como loja de serviços para clientes de alta renda. Para isso usa eufemismos para justificar suas terceirizações ilegais como "rentabilizar" os clientes das classes C, D e E.
Objetivo do bb é terceirizar os serviços dos caixas e escriturários
O bb sempre buscou desorganizar a vanguarda do movimento dos trabalhadores - os escriturários e caixas. É só pesquisar ao longo da história que veremos que o banco já tentou de tudo para se ver livre dos caixas das agências.
Só na última década, o banco já tentou implantar uma regra "velada", não escrita, a partir de seus administradores estaduais e regionais de que nenhum caixa deveria ser caixa efetivo. A sacanagem era impor uma regra nas agências de que todo mundo era caixa substituto e que eles deveriam rodiziar na função. Com isso, criava uma disputa interna e prejudicava os caixas por não receberem a PLR de caixa e não permitir a eles que tenham uma remuneração estável.
Os sindicatos fizeram forte resistência e conseguimos que o bb voltasse a efetivar mais de 4 mil caixas no Brasil.
A automação bancária é outra mazela para clientes e usuários. O banco diminuiu os caixas das agências e implantou alguns terminais de autoatendimento que "é o caos!". Os clientes ficam em filas intermináveis para "tentar" usar uma máquina, pagam pelo serviço e muitas vezes não conseguem realizar as operações que precisavam.
Os correspondentes bancários são uma das melhores soluções para os bancos e o Capital Financeiro nos anos 2000, pois os caixas executivos nos bancos recebem os direitos da categoria bancária. Já os banqueiros, na busca da redução de custos, se negam a cumprir com suas obrigações de atender clientes e usuários e os mandam para a rede terceirizada, que custa 80% menos que a mão-de-obra bancária, além do problema da falta de segurança para serviços bancários em drogarias, lotéricas, mercados etc.
PSO no bb - os caixas e os serviços de execução não pertencem mais às agências
A etapa atual da extinção dos caixas e de qualquer serviço bancário nas agências é a implantação das plataformas de serviços operacionais.
O banco tem como objetivo terceirizar esses serviços. A desculpa de falar que os caixas continuarão existindo é uma etapa como todas as etapas das reestruturações capitalistas. O banco está dizendo que criará funções comissionadas de gerenciamento nas PSO. Isso também é uma etapa da terceirização.
O "bb do futuro" pensado pelo conselho diretor atual é ser um banco com agências que vendem produtos financeiros para a alta renda e empresas. Só! O restante dos serviços de banking devem ser feitos em redes "de apoio" e terceirizadas a baixíssimo custo e sem movimento sindical organizado para encarecer os "custos" com funcionalismo.
A retirada dos caixas das dotações e da vida das agências é uma estratégia de política antisindical e contra a organização dos trabalhadores. Parte dos administradores da cúpula do banco sempre detestaram os caixas, pois eles exercem um papel de vanguarda juntamente com os escriturários na hora de se organizarem contra as imposições maléficas do banco e nas campanhas salariais e de lutas por direitos coletivos.
BANCÁRIOS DEVEM COMBATER A IMPLANTAÇÃO DA PSO no bb
Os bancários do bb devem combater e não permitir que o banco mude nessas próximas semanas a vida de milhares de escriturários e caixas, retirando todos eles das dotações das agências.
Devemos lutar e nos mobilizar para reverter essa etapa de reestruturação que transforma agência em loja de produtos financeiros e cria prefixos que contenham caixas flutuantes, caixas viajantes, que muitas vezes não conseguem parar em lugar fixo por muito tempo. A PSO é uma nova tentativa do bb de implantar o "suporte zero", que nos anos 90 foi feito com os CESECs e depois desfeitos porque o banco virou o caos.
O projeto piloto em duas regiões de São Paulo foi e é muito ruim. Ser caixa se tornou algo tão ruim que quem foi para a PSO como caixa e viu o que é aquilo não quis mais ser caixa. O bb está inclusive mandando novos bancários diretamente da posse para a PSO pois assim é mais fácil convencer alguém que precise passar dois anos no mesmo prefixo a aceitar ir para o caixa.
A PSO desestrutura completamente as agências e prejudica além dos próprios caixas, escriturários e gerentes de atendimento, prejudica também o bom andamento das agências. No sistema atual, o administrador tem o controle da agência. Se aumenta a demanda de serviço no caixa, um escriturário pode abrir caixa e receber a comissão. Na PSO em uma região com 5 agências, por exemplo, na eventualidade de movimento muito maior que o normal, o administrador das agências não têm o que fazer, pois ele não tem controle sobre parte de sua própria dependência. O administrador perde a capacidade de administrar os "picos" e "vales" no atendimento.
VAMOS NOS ORGANIZAR ATRAVÉS DE NOSSOS SINDICATOS, FEDERAÇÕES E DA CONTRAF-CUT E DIZER AO BANCO QUE QUEREMOS MAIS BANCÁRIOS NAS AGÊNCIAS, COM DOTAÇÕES ADEQUADAS E EQUIPES COMPLETAS PARA ATENDER CLIENTES E POPULAÇÃO.
bb e a ilegalidade como meta
O que podemos observar nas gestões do bb nos últimos anos é a ilegalidade como meta.
O bb na sua perseguição burra da redução de custos, fez um plano de desligamento funcional que causou um prejuízo de quase 1 bilhão e que lhe trouxe uma perda de mais de 7 mil funcionários de carreira altamente treinados e qualificados com investimento do próprio banco. Fez um plano de desligamento pensando em pouco mais de 2 mil pessoas e perdeu grande parte de seu conhecimento gerencial e administrativo - aliás, perdeu para o mercado concorrente.
O bb tem uma reestruturação permanente que foi acelerada de 2007 adiante e que, na primeira etapa, parou de pagar todas as substituições de funções e exigiu que os funcionários exerçam atividades com desvio de função desde então. São milhões e milhões de reais em passivo trabalhista sendo acumulado a cada dia que funcionários exercem funções acima de suas alçadas e não recebem por elas.
O bb vem terceirizando paulatinamente as atividades-fim como processamento de envelopes de depósitos, operações que envolvem crédito e cadastro dos clientes em conta corrente, cartões de crédito, seguros e outras operações bancárias.
O bb tem um projeto de ser um banco que opere apenas como loja de serviços para clientes de alta renda. Para isso usa eufemismos para justificar suas terceirizações ilegais como "rentabilizar" os clientes das classes C, D e E.
Objetivo do bb é terceirizar os serviços dos caixas e escriturários
O bb sempre buscou desorganizar a vanguarda do movimento dos trabalhadores - os escriturários e caixas. É só pesquisar ao longo da história que veremos que o banco já tentou de tudo para se ver livre dos caixas das agências.
Só na última década, o banco já tentou implantar uma regra "velada", não escrita, a partir de seus administradores estaduais e regionais de que nenhum caixa deveria ser caixa efetivo. A sacanagem era impor uma regra nas agências de que todo mundo era caixa substituto e que eles deveriam rodiziar na função. Com isso, criava uma disputa interna e prejudicava os caixas por não receberem a PLR de caixa e não permitir a eles que tenham uma remuneração estável.
Os sindicatos fizeram forte resistência e conseguimos que o bb voltasse a efetivar mais de 4 mil caixas no Brasil.
A automação bancária é outra mazela para clientes e usuários. O banco diminuiu os caixas das agências e implantou alguns terminais de autoatendimento que "é o caos!". Os clientes ficam em filas intermináveis para "tentar" usar uma máquina, pagam pelo serviço e muitas vezes não conseguem realizar as operações que precisavam.
Os correspondentes bancários são uma das melhores soluções para os bancos e o Capital Financeiro nos anos 2000, pois os caixas executivos nos bancos recebem os direitos da categoria bancária. Já os banqueiros, na busca da redução de custos, se negam a cumprir com suas obrigações de atender clientes e usuários e os mandam para a rede terceirizada, que custa 80% menos que a mão-de-obra bancária, além do problema da falta de segurança para serviços bancários em drogarias, lotéricas, mercados etc.
PSO no bb - os caixas e os serviços de execução não pertencem mais às agências
A etapa atual da extinção dos caixas e de qualquer serviço bancário nas agências é a implantação das plataformas de serviços operacionais.
O banco tem como objetivo terceirizar esses serviços. A desculpa de falar que os caixas continuarão existindo é uma etapa como todas as etapas das reestruturações capitalistas. O banco está dizendo que criará funções comissionadas de gerenciamento nas PSO. Isso também é uma etapa da terceirização.
O "bb do futuro" pensado pelo conselho diretor atual é ser um banco com agências que vendem produtos financeiros para a alta renda e empresas. Só! O restante dos serviços de banking devem ser feitos em redes "de apoio" e terceirizadas a baixíssimo custo e sem movimento sindical organizado para encarecer os "custos" com funcionalismo.
A retirada dos caixas das dotações e da vida das agências é uma estratégia de política antisindical e contra a organização dos trabalhadores. Parte dos administradores da cúpula do banco sempre detestaram os caixas, pois eles exercem um papel de vanguarda juntamente com os escriturários na hora de se organizarem contra as imposições maléficas do banco e nas campanhas salariais e de lutas por direitos coletivos.
BANCÁRIOS DEVEM COMBATER A IMPLANTAÇÃO DA PSO no bb
Os bancários do bb devem combater e não permitir que o banco mude nessas próximas semanas a vida de milhares de escriturários e caixas, retirando todos eles das dotações das agências.
Devemos lutar e nos mobilizar para reverter essa etapa de reestruturação que transforma agência em loja de produtos financeiros e cria prefixos que contenham caixas flutuantes, caixas viajantes, que muitas vezes não conseguem parar em lugar fixo por muito tempo. A PSO é uma nova tentativa do bb de implantar o "suporte zero", que nos anos 90 foi feito com os CESECs e depois desfeitos porque o banco virou o caos.
O projeto piloto em duas regiões de São Paulo foi e é muito ruim. Ser caixa se tornou algo tão ruim que quem foi para a PSO como caixa e viu o que é aquilo não quis mais ser caixa. O bb está inclusive mandando novos bancários diretamente da posse para a PSO pois assim é mais fácil convencer alguém que precise passar dois anos no mesmo prefixo a aceitar ir para o caixa.
A PSO desestrutura completamente as agências e prejudica além dos próprios caixas, escriturários e gerentes de atendimento, prejudica também o bom andamento das agências. No sistema atual, o administrador tem o controle da agência. Se aumenta a demanda de serviço no caixa, um escriturário pode abrir caixa e receber a comissão. Na PSO em uma região com 5 agências, por exemplo, na eventualidade de movimento muito maior que o normal, o administrador das agências não têm o que fazer, pois ele não tem controle sobre parte de sua própria dependência. O administrador perde a capacidade de administrar os "picos" e "vales" no atendimento.
VAMOS NOS ORGANIZAR ATRAVÉS DE NOSSOS SINDICATOS, FEDERAÇÕES E DA CONTRAF-CUT E DIZER AO BANCO QUE QUEREMOS MAIS BANCÁRIOS NAS AGÊNCIAS, COM DOTAÇÕES ADEQUADAS E EQUIPES COMPLETAS PARA ATENDER CLIENTES E POPULAÇÃO.
8.11.11
Ia falar das mazelas do BB... mas vamos falar da PM do PSDB
COMENTÁRIO DO BLOG:
Após a reunião de trabalho em Brasília sobre questões do banco do brasil, eu ia falar de quanta MERDA o bb está fazendo para punir e sacanear os grevistas que lutaram e conseguiram uma proposta que atendeu à toda a categoria, inclusive os fura-greves. Mas comento depois.
A violência e o despropósito da PM paulista do PSDB contra os estudantes da USP são aberrações mais urgentes. Reproduzo aqui o texto do Blog da Cidadania, que acompanho e recomendo aos novos leitores progressistas.
(matéria do Eduardo Guimarães do Movimento dos Sem Mídia)
Enquanto PM brinca de ditadura na USP, bandidagem se esbalda
O elevador para em um dos andares inferiores enquanto desce para a garagem. A vizinha embarca de cabeça baixa, emite um bom dia quase inaudível e permanece de perfil para nós. Geralmente simpática, está equidistante. A patroa puxa papo. A mulher não tem como deixar de se voltar e responder. Aí entendemos a razão da esquiva.
Um Band-aid se estende espalhafatosamente pela face esquerda. Tina, espontânea como de costume, espanta-se e solta um gemido, ao que a cutuco pedindo discrição. A vizinha baixa os olhos e, inevitavelmente, fica constrangida. A curiosíssima e indiscreta companheira não deixa por menos:
– Meu Deus! Está tudo bem?
Cutuco de novo, em vão. A curiosidade da companheira é tão grande quanto o coração. Seu tom carinhoso e solidário, porém, solta a língua da vizinha.
– Aconteceu alguma coisa, querida? A gente pode ajudar?
– Eu… Fui assaltada ontem, no trânsito.
– Nossa! Mas onde? Te agrediram?
– Ali no fim da Frei Caneca, no semáforo. Comecei a chorar e ele me espetou com o canivete. Quase pega no olho…
A esta altura, a voz da mulher já está embargada e os olhos, rasos d’água. A Tina a abraça e lhe acaricia os cabelos, pedindo “calma, calma, calma…”.
O elevador para no térreo e desembarcamos com a vizinha, apesar de que estávamos indo para a garagem. Sentam-se no sofá do hall do prédio e continuam a conversa.
– Você deu queixa?
– Pra que? Pra nada… Fui cuidar do machucado. Eu acho, acho que… E se ficar marca?
A mulher volta a chorar, agora copiosamente.
*
Chegamos tarde ao escritório. A vizinha nos tomou, pelo menos, uma meia hora. Já são nove e meia. Mas, enfim, manifestar solidariedade é uma obrigação, sobretudo entre vizinhos.
Não há vaga para estacionar. A universidade em frente à casa em que fica meu escritório consome cada vaga em um raio de pelo menos uns 500 metros ao redor. Começo a percorrer a redondeza e, surpreendentemente, encontro vaga menos distante do que de costume quando chego tarde.
Quando começo a manobrar para estacionar, minha passageira de todas as manhãs me adverte que pare porque a vaga está cheia de “cacos de vidro”. Paro o carro e desço para olhar. Não são cacos de um vidro qualquer, são cacos de um para-brisa ou de qualquer outra janela de um veículo.
A cena é comum em São Paulo. É difícil que alguém que possua um veículo nunca tenha sido vítima desse tipo de depredação de seu patrimônio. Não há semana em que não se encontre cacos de vidro de automóveis espalhados pela rua. O roubo de toca-fitas ou do próprio veículo é uma praga que só faz aumentar, por aqui.
*
Roubos, furtos, assassinatos, estupros, latrocínios, agressões racistas e/ou homofóbicas, tudo isso se tornou incontrolável, em São Paulo. Regiões movimentadas e centrais como a avenida Paulista, por exemplo, não têm policiamento. Aqui e ali, uma dupla de policiais entediados em guaritas adornadas com os motivos da Polícia Militar.
Não há policiamento, em São Paulo. Por conta disso, até na principal avenida da cidade os paulistanos podem ser vitimados por ataques de gangues, assaltos etc. É comum encontrar alguém consumindo drogas tranquilamente, por ali. Dia desses, passei por um casal que fumava um verdadeiro charuto de maconha despreocupadamente.
Quando se olha para os contingentes imensos que a Polícia Militar paulista costuma deslocar para reprimir manifestações de professores ou de alunos, por exemplo, a questão vem à mente: onde fica toda aquela polícia, no resto do tempo? Para desocupar a USP, cerca de QUATROCENTOS policiais. Helicópteros, viaturas, um verdadeiro aparato de guerra.
A imprensa, em vez de denunciar a falta de polícia para proteger os cidadãos, une-se ao pequeno exército de policiais militares que o governo tucano de São Paulo mobilizou para produzir cenas como a da imagem que encima este texto. Apontar um trabuco desses para um estudante… O governo paulista enlouqueceu. Seria ridículo, se não fosse trágico.
E os repórteres da grande imprensa hostilizando os estudantes? É papel da imprensa insultar manifestantes? A repórter do SBT que chamou os estudantes da USP de “maconheiros” estava lá para colher informações ou para ajudar a polícia que desguarneceu ainda mais as ruas para combater os “perigosos” garotos e garotas que ocuparam a reitoria da universidade?
Não dá para criticar os estudantes da USP. Pouco importa se o método que escolheram para protestar contra o aumento do efetivo da PM no campus foi equivocado. Quando o governo monta uma operação de guerra com um contingente policial desse tamanho enquanto a cidade pena nas mãos dos bandidos, tudo mais perde o sentido.
Esse episódio simboliza à perfeição o massacre que a educação sofre no Estado de São Paulo por obra dos governos fascistas do PSDB. E a polícia tucana, em vez de policiar a cidade, só dá as caras contra “perigosos” mestres ou alunos que ocupam o lugar dos criminosos nas mentes reacionárias que governam este Estado decadente.
Charge
Fonte: http://www.blogcidadania.com.br/
7.11.11
Berzoini critica Projeto de Lei que desregulamenta relação de trabalho
PL de Mabel pode tornar terceirização ainda mais impactante no mercado de trabalho |
Em pronunciamento na Câmara, deputado diz que projeto de Sandro Mabel amplia terceirização
O deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP) pronunciou-se em sessão ordinária da Câmara contra a precarização do trabalho e o Projeto de Lei (PL) 4.330/2004, de autoria do deputado e empresário Sandro Mabel (PR-GO). Segundo o parlamentar petista, esse PL estabelece um marco legal que amplia a terceirização, desorganizando e desregulamentando a relação capital e trabalho.
A proposta de Mabel, que permite inclusive a terceirização pelas empresas de suas atividades-fim, aguarda parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara, da qual Berzoini é integrante.
“Sabemos que por definição a relação capital e trabalho é uma relação desigual, e como tal deve ser tratada, com a perspectiva de que o Estado deve proteger os direitos e a livre organização dos trabalhadores. E o projeto do deputado Sandro Mabel peca no sentido de desregulamentar essa relação e criar uma figura (terceirização) que já existe, mas que pode se tornar muito mais impactante no mercado de trabalho”, afirmou Berzoini.
O parlamentar, que já foi presidente do Sindicato, ressaltou que por trás de um discurso neoliberal de flexibilização e modernização das relações de trabalho está a ganância pelo lucro cada vez maior, com a diminuição dos custos com mão de obra, e a intenção de enfraquecer sindicatos e a capacidade de organização dos trabalhadores.
Berzoini lembrou que no Brasil, onde o neoliberalismo começou a despontar nas décadas de 80 e 90, o discurso de modernização das gestões era na verdade “uma busca insaciável de reduzir custos de trabalho e, de uma maneira mais disfarçada do que explícita, estabelecer a desorganização da estrutura sindical.”
E continuou: “Para o bem da economia nacional, para o bem de uma estrutura sindical democrática e representativa, é fundamental que em qualquer regulamentação da terceirização se tenha princípios de proteção ao trabalhador e de proteção à organização sindical”. E para isso, afirmou, “temos que buscar um equilíbrio, estabelecendo a distinção entre atividade fim e meio, diferenciando o que é especialização e o que, na verdade, é locação de mão de obra.”
O deputado finalizou parabenizando a iniciativa da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) que, em declaração conjunta, estabeleceram princípios para limitar o processo de terceirização e a precarização do emprego no país. “A iniciativa da CUT e da CTB chama a atenção para a necessidade de uma regulamentação que tenha uma visão moderna no sentido de proteger os trabalhadores e seus direitos e proteger a legítima organização sindical dos trabalhadores”, disse.
Leia matéria completa.
Fonte: FB Seeb SP
Por onde ando... agenda 7 a 11 novembro
SEGUNDA-FEIRA
Trabalho na parte da tarde. Reunião do Grupo de Trabalho de Formação no Planejamento do Sindicato.
TERÇA-FEIRA
DF: reunião sobre Banco do Brasil com a COE do BB.
QUARTA-FEIRA
Pela manhã, reunião na Fetec CUT SP sobre Economus, Cassi e Previ.
À tarde e à noite na Contraf-CUT. Fiz texto sobre PSO.
QUINTA-FEIRA
Pela manhã: estudando pra ser um dirigente melhor.
À tarde: reunião na Fetec às 14h e reunião do GT Formação no Seeb SP às 16h.
SEXTA-FEIRA
Reunião do Coletivo de bancos no Seeb SP até as 20h.
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Post Scriptum (11/6/18):
Segue abaixo uma bela foto de rua postada pelo companheiro e amigo Jacy Afonso no dia 9/11/11 no Facebook. Estávamos em alguma atividade de luta.
Companheiros cutistas em luta. Jacy Afonso, William e Eduardo Araújo. |
3.11.11
BB lucra R$ 9,1 bilhões e cria 4.558 novos empregos até setembro
O Banco do Brasil alcançou lucro de R$ 9,154 bilhões nos nove primeiros meses de 2011, segundo dados do balanço oficial da empresa, divulgado nesta quinta-feira (3). O resultado é 18,9% maior que o apurado no mesmo período de 2010. Neste mesmo período, a empresa abriu 4.568 novos postos de trabalho.
No entanto, outros números presentes no balanço do Banco não são tão animadores. O Banco arrecadou com tarifas cobradas de seus clientes R$ 13,215 bilhões, um crescimento de 11,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, mesmo com o aumento no número de funcionários, as despesas de pessoal da empresa ficaram em R$ 9,9 bilhões. Assim, o Banco consegue pagar 1,32 vez sua folha de pagamento apenas com o arrecadado em tarifas bancárias.
"O aumento do número de funcionários é uma boa notícia, mas a enorme arrecadação do Banco somente com tarifas cobradas diretamente dos clientes mostra que há muito espaço para mais contratações", afirma Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT e funcionário do BB. "É preciso contratar mais para diminuir a sobrecarga dos bancários e melhorar o atendimento aos clientes. Além disso, a geração de emprego e renda é fundamental para que o Brasil possa enfrentar os efeitos da crise internacional", sustenta.
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COMENTÁRIO DO BLOG:
Eu diria que não é papel de um banco público espoliar os clientes e usuários com tarifas abusadas e em sistema de cartel com os outros bancos. O bb deveria balizar o mercado bancário, com taxas de juros, spread e tarifas diminutas.
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Crédito
Os clientes também são atingidos pelo spread bancário (diferença entre o custo do Banco ao captar dinheiro e os juros cobrados nos empréstimos). Enquanto o spread global está em 5,8%, a taxa nas operações de crédito (que exclui operações subsidiadas pelo governo) é bem maior: 8,5%. No caso das pessoas físicas, o spread fica em 14,6%.
Os dados referentes ao crescimento da carteira de crédito do Banco mostram que o crédito à pessoa física segue no foco da instituição. As modalidades CDC Consignação e CDC Salário cresceram respectivamente 16,2% e 19,9%, alcançando R$ 65 bilhões. Enquanto isso, o crédito para o Agronegócio, setor em que o Banco tem tradicionalmente forte presença, cresceu a taxas menores: 14,1 para pessoa jurídica e 11,4% para pessoas físicas.
"Essas variações mostram que o Banco cada vez mais aposta no crédito para o consumo e não para a produção", afirma Marcel. Essa visão é corroborada pelas estimativas de crescimento para o próximo período divulgadas pelo Banco. A empresa esperar aumentar em 21% as operações de crédito para pessoa física, enquanto os empréstimos para o agronegócio devem crescer 12%. "Com isso, a empresa deixa de financiar atividades que geram empregos e desenvolvimento para o País, se afastando de seu papel de banco público", completa.
Fonte: Contraf-CUT
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Post Scriptum:
Reprodução de matéria do Sindicato dos Bancários de Brasília, recebida nesta data (03/11/11) por informativo da entidade, sobre ação movida em defesa dos funcionários de bancos incorporados, aqui especificamente do BEP, sobre direitos em saúde, adesão à Cassi:
Após ação do Sindicato, Justiça garante Cassi aos funcionários egressos do BEP
Vitória do Sindicato. A Justiça julgou procedente ação ajuizada pela entidade e garantiu Cassi aos funcionários egressos do Banco do Estado do Piauí (BEP), instituição financeira incorporada pelo Banco do Brasil. Antes da decisão, os trabalhadores do BEP, que não contavam com cobertura nacional de um plano de saúde, enfrentavam sérios problemas.
Com mais essa importante vitória do Sindicato, os bancários do BEP que moram em Brasília agora poderão optar pela Cassi. A direção do BB, que de uma certa forma não se empenhava para resolver o problema, a partir de agora terá de cumprir decisão judicial e oferecer Cassi aos que manifestarem expressa vontade pela adesão ao plano, afirma o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Rafael Zanon.
Como a sentença é de primeira instância ainda cabe recurso.
Reunião com egressos do Besc e da Nossa Caixa nesta quinta 3
Diante da importante vitória para os bancários do BEP, o Sindicato convoca reunião nesta quinta-feira (3), às 19h, na sede da entidade (EQS 314/315) com os trabalhadores egressos do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e da Nossa Caixa. Na pauta, Previ e Cassi para os bancários incorporados pelo BB.
Confira, abaixo, trecho da decisão.
CONCLUSÃO - Pelo exposto, julgo procedente a ação ajuizada pelo SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE BRASÍLIA contra o BANCO DO BRASIL S/A e contra a CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL CASSI para: 1) condenar o Banco do Brasil a incluir no quadro de associados à CASSI os empregados do BEP que manifestarem expressa vontade pela adesão a esse plano de assistência, observando os termos da fundamentação acima; 2) condenar os reclamados ao pagamento de honorários advocatícios em favor do sindicato autor no valor de R$ 10.000,00. Custas, pelos reclamados, no importe de R$ 500,00, calculadas sobre R$ 25.000,00, valor arbitrado para tal fim. Não há recolhimentos previdenciários decorrentes da presente sentença. Intimem-se as partes, por seus procuradores, mediante publicação eletrônica. Nada mais.
Imaginem se o bb atendesse também as classes C, D e E? |
No entanto, outros números presentes no balanço do Banco não são tão animadores. O Banco arrecadou com tarifas cobradas de seus clientes R$ 13,215 bilhões, um crescimento de 11,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, mesmo com o aumento no número de funcionários, as despesas de pessoal da empresa ficaram em R$ 9,9 bilhões. Assim, o Banco consegue pagar 1,32 vez sua folha de pagamento apenas com o arrecadado em tarifas bancárias.
"O aumento do número de funcionários é uma boa notícia, mas a enorme arrecadação do Banco somente com tarifas cobradas diretamente dos clientes mostra que há muito espaço para mais contratações", afirma Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT e funcionário do BB. "É preciso contratar mais para diminuir a sobrecarga dos bancários e melhorar o atendimento aos clientes. Além disso, a geração de emprego e renda é fundamental para que o Brasil possa enfrentar os efeitos da crise internacional", sustenta.
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COMENTÁRIO DO BLOG:
Eu diria que não é papel de um banco público espoliar os clientes e usuários com tarifas abusadas e em sistema de cartel com os outros bancos. O bb deveria balizar o mercado bancário, com taxas de juros, spread e tarifas diminutas.
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Crédito
Os clientes também são atingidos pelo spread bancário (diferença entre o custo do Banco ao captar dinheiro e os juros cobrados nos empréstimos). Enquanto o spread global está em 5,8%, a taxa nas operações de crédito (que exclui operações subsidiadas pelo governo) é bem maior: 8,5%. No caso das pessoas físicas, o spread fica em 14,6%.
Os dados referentes ao crescimento da carteira de crédito do Banco mostram que o crédito à pessoa física segue no foco da instituição. As modalidades CDC Consignação e CDC Salário cresceram respectivamente 16,2% e 19,9%, alcançando R$ 65 bilhões. Enquanto isso, o crédito para o Agronegócio, setor em que o Banco tem tradicionalmente forte presença, cresceu a taxas menores: 14,1 para pessoa jurídica e 11,4% para pessoas físicas.
"Essas variações mostram que o Banco cada vez mais aposta no crédito para o consumo e não para a produção", afirma Marcel. Essa visão é corroborada pelas estimativas de crescimento para o próximo período divulgadas pelo Banco. A empresa esperar aumentar em 21% as operações de crédito para pessoa física, enquanto os empréstimos para o agronegócio devem crescer 12%. "Com isso, a empresa deixa de financiar atividades que geram empregos e desenvolvimento para o País, se afastando de seu papel de banco público", completa.
Fonte: Contraf-CUT
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Post Scriptum:
Reprodução de matéria do Sindicato dos Bancários de Brasília, recebida nesta data (03/11/11) por informativo da entidade, sobre ação movida em defesa dos funcionários de bancos incorporados, aqui especificamente do BEP, sobre direitos em saúde, adesão à Cassi:
Após ação do Sindicato, Justiça garante Cassi aos funcionários egressos do BEP
Vitória do Sindicato. A Justiça julgou procedente ação ajuizada pela entidade e garantiu Cassi aos funcionários egressos do Banco do Estado do Piauí (BEP), instituição financeira incorporada pelo Banco do Brasil. Antes da decisão, os trabalhadores do BEP, que não contavam com cobertura nacional de um plano de saúde, enfrentavam sérios problemas.
Com mais essa importante vitória do Sindicato, os bancários do BEP que moram em Brasília agora poderão optar pela Cassi. A direção do BB, que de uma certa forma não se empenhava para resolver o problema, a partir de agora terá de cumprir decisão judicial e oferecer Cassi aos que manifestarem expressa vontade pela adesão ao plano, afirma o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Rafael Zanon.
Como a sentença é de primeira instância ainda cabe recurso.
Reunião com egressos do Besc e da Nossa Caixa nesta quinta 3
Diante da importante vitória para os bancários do BEP, o Sindicato convoca reunião nesta quinta-feira (3), às 19h, na sede da entidade (EQS 314/315) com os trabalhadores egressos do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e da Nossa Caixa. Na pauta, Previ e Cassi para os bancários incorporados pelo BB.
Confira, abaixo, trecho da decisão.
CONCLUSÃO - Pelo exposto, julgo procedente a ação ajuizada pelo SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE BRASÍLIA contra o BANCO DO BRASIL S/A e contra a CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL CASSI para: 1) condenar o Banco do Brasil a incluir no quadro de associados à CASSI os empregados do BEP que manifestarem expressa vontade pela adesão a esse plano de assistência, observando os termos da fundamentação acima; 2) condenar os reclamados ao pagamento de honorários advocatícios em favor do sindicato autor no valor de R$ 10.000,00. Custas, pelos reclamados, no importe de R$ 500,00, calculadas sobre R$ 25.000,00, valor arbitrado para tal fim. Não há recolhimentos previdenciários decorrentes da presente sentença. Intimem-se as partes, por seus procuradores, mediante publicação eletrônica. Nada mais.
Orientações sobre compensação de dias de greve
Sindicato esclarece funcionários do Banco do Brasil a respeito do acordo
São Paulo – O Sindicato presta orientações aos bancários sobre a compensação dos dias parados. A força do movimento dos trabalhadores venceu as teses dos bancos e do governo e garantiu o não desconto dos dias de paralisação. Aprovado pelas assembleias, o acordo prevê a compensação dos dias até 15 de dezembro, de segunda a sexta (exceto feriados), em no máximo duas horas por dia para realização de serviços bancários. Após este prazo, o saldo de horas será anistiado.
O Banco do Brasil ratificou a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e a cláusula 55ª, sobre os dias não trabalhados (greve), é a seguinte:
Os dias não trabalhados entre 27 de setembro de 2011 e 17 de outubro de 2011, por motivo de paralisação, não serão descontados e serão compensados, com a prestação de jornada suplementar de trabalho no período compreendido entre a data da assinatura desta Convenção Coletiva de Trabalho até 15 de dezembro de 2011, inclusive, e, por consequência, não será considerada como jornada extraordinária, nos termos da lei.
Parágrafo primeiro
Para os efeitos do caput desta cláusula, não serão considerados os dias em que houve trabalho parcial, pelo empregado, durante a jornada diária contratada.
Parágrafo segundo
A compensação será limitada a duas horas diárias, de segunda a sexta-feira, excetuados os feriados.
Parágrafo terceiro
As horas extraordinárias realizadas anteriormente à assinatura desta Convenção Coletiva de Trabalho não poderão compensar os dias não trabalhados.
“As relações devem voltar ao normal. O banco não pode adotar a compensação como forma de punição aos manifestantes e a necessidade dos serviços e a disponibilidade dos funcionários deve ser respeitada. Os trabalhadores são responsáveis e cumprirão o acordo que aprovaram nas assembleias, mas não aceitarão pressões ou retaliações pela greve, que caracterizem o desrespeito ao acordo, como convocações indiscriminadas para compensação, cancelamento de férias ou folgas. É importante os empregados manterem a unidade para continuar o combate por novas conquistas e aqueles que não participaram devem fazer uma reflexão, pois o resultado de todas as campanhas é proporcional à mobilização. Sem os lutadores e lutadoras de vários bancos não haveriam avanços”, diz Ernesto Izumi, diretor do sindicato.
Fonte: Redação Seeb SP - 03/11/2011
1.11.11
Contraf-CUT parabeniza bancários pela participação na Campanha Nacional
Amig@s Leitor@s, eu respeito o companheiro Carlão, mesmo quando discutimos e temos divergências, pois é um militante leal e atua com o mesmo nível de franqueza que busco atuar, e isso às vezes incomoda. Camarada Carlão, estamos juntos na luta!
A Contraf-CUT, que coordena o Comando Nacional dos Bancários, divulgou na segunda-feira (31) uma mensagem parabenizando as bancários e os bancários de todo Brasil pela participação na Campanha Nacional. Na saudação, a entidade "deseja apresentar ao conjunto de dirigentes sindicais, militantes, enfim companheiras e companheiros, os parabéns pela exemplar condução desse movimento, que garantiu a realização de mais uma campanha vitoriosa".
"Fomos à luta e enfrentamos todas as adversidades, alimentados pela certeza de que a nossa causa era justa e merecia nosso esforço. Mais uma vez a nossa unidade foi determinante", destaca o texto, assinado por Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
"Nunca é demais repetir que a nossa luta, a nossa garra, a nossa determinação, a nossa ousadia e a nossa unidade foram essenciais para as conquistas que tivemos e por isso nos estimulam a enfrentar os novos desafios na batalha cotidiana por emprego decente, por um sistema financeiro cidadão e por uma vida melhor", salienta.
Leia a íntegra da mensagem:
Caras companheiras, caros companheiros!
Mais uma campanha nacional chegou ao fim com a certeza de que avançamos na busca de emprego decente e um mundo mais justo para todos.
Logo no início de nossa campanha já pudemos ver quão dura ela seria. O governo federal, os patrões e a grande mídia, uníssonos, ameaçavam a classe trabalhadora quanto às suas reivindicações. Lutar por aumento real, novos direitos etc seria colocar o País no rumo do abismo, do desequilíbrio, das perdas sociais.
Fomos à luta e enfrentamos todas as adversidades, alimentados pela certeza de que a nossa causa era justa e merecia nosso esforço.
Mais uma vez a nossa unidade foi determinante. O Comando Nacional dos Bancários apontou o calendário e os sindicatos e as federações o seguiram, demonstrando a confiança na condução do processo.
Iniciamos as negociações buscando avanços sociais nas áreas de emprego, saúde, segurança e igualdade de oportunidades. Debatemos temas caros a todos nós, como o emprego, o fim da rotatividade, o combate ao assédio moral, o fim das metas abusivas e chegamos às questões financeiras, brigando por aumento real, valorização do piso e melhor distribuição dos lucros.
Como nos anos anteriores, outra vez faltou aos banqueiros sensibilidade e respeito aos seus trabalhadores, que deveriam vir traduzidos em uma proposta digna. Frustrado o processo negocial, fomos novamente à greve. Iniciamos no mesmo momento numa demonstração de união, maturidade e organização. A cada dia o movimento mais se fortalecia ante o silêncio da Fenaban, que continuou por três semanas e igualmente a nossa greve. Trabalhadores de bancos públicos e privados unidos na busca de uma proposta digna e decente.
Com firmeza, o Comando Nacional cobrou dos bancos e do governo federal uma proposta que permitisse às assembleias dos sindicatos a avaliação e aprovação, retornando ao trabalho com dignidade.
A força da greve e a determinação de cada dirigente sindical, de cada militante e de cada trabalhador e trabalhadora fizeram com que arrancássemos uma proposta com aumento real de salário, valorização do piso da categoria, melhoria na PLR e avanços na segurança com a proibição de transporte de numerário por bancários e no combate ao assédio moral com o fim da divulgação dos rankings individuais de vendas de produtos.
Também os maiores bancos federais, Caixa e BB, apresentaram suas propostas complementares para avaliação das assembleias. Após debates, o Comando Nacional orientou os sindicatos e as federações que, de forma madura e séria, defenderam as propostas, sendo aprovadas nas assembleias e permitindo que a greve terminasse de maneira unida e vitoriosa, ao mesmo tempo em todo o Brasil.
Nos dias que se seguiram, os trabalhadores arrancaram propostas específicas das direções dos bancos estaduais, que também trouxeram avanços, fazendo com que a campanha igualmente terminasse de forma vitoriosa. Os funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) precisaram de mais enfrentamento, mas também obtiveram conquistas importantes após 29 dias de greve.
A Contraf-CUT, na qualidade de coordenadora do Comando Nacional, deseja apresentar ao conjunto de dirigentes sindicais, militantes, enfim companheiras e companheiros, os parabéns pela exemplar condução desse movimento, que garantiu a realização de mais uma campanha vitoriosa.
Mais do que os números, conquistamos uma vitória política sem precedentes. Derrotamos a união da grande mídia, do capital e do governo federal que desejavam impor o fim do aumento real e dos avanços sociais. O resultado da Campanha Nacional passa a balizar o movimento de inúmeras outras categorias em lutas salarias no segundo semestre em todo o Brasil.
Nunca é demais repetir que a nossa luta, a nossa garra, a nossa determinação, a nossa ousadia e a nossa unidade foram essenciais para as conquistas que tivemos e por isso nos estimulam a enfrentar os novos desafios na batalha cotidiana por emprego decente, por um sistema financeiro cidadão e por uma vida melhor.
Parabéns a todas as bancárias e a todos os bancários do Brasil!
Carlos Cordeiro
Presidente da Contraf-CUT
Coordenador do Comando Nacional dos Bancários
Fonte: Contraf-CUT
Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, durante a greve nacional - crédito Seeb SP |
"Fomos à luta e enfrentamos todas as adversidades, alimentados pela certeza de que a nossa causa era justa e merecia nosso esforço. Mais uma vez a nossa unidade foi determinante", destaca o texto, assinado por Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
"Nunca é demais repetir que a nossa luta, a nossa garra, a nossa determinação, a nossa ousadia e a nossa unidade foram essenciais para as conquistas que tivemos e por isso nos estimulam a enfrentar os novos desafios na batalha cotidiana por emprego decente, por um sistema financeiro cidadão e por uma vida melhor", salienta.
Leia a íntegra da mensagem:
Caras companheiras, caros companheiros!
Mais uma campanha nacional chegou ao fim com a certeza de que avançamos na busca de emprego decente e um mundo mais justo para todos.
Logo no início de nossa campanha já pudemos ver quão dura ela seria. O governo federal, os patrões e a grande mídia, uníssonos, ameaçavam a classe trabalhadora quanto às suas reivindicações. Lutar por aumento real, novos direitos etc seria colocar o País no rumo do abismo, do desequilíbrio, das perdas sociais.
Fomos à luta e enfrentamos todas as adversidades, alimentados pela certeza de que a nossa causa era justa e merecia nosso esforço.
Mais uma vez a nossa unidade foi determinante. O Comando Nacional dos Bancários apontou o calendário e os sindicatos e as federações o seguiram, demonstrando a confiança na condução do processo.
Iniciamos as negociações buscando avanços sociais nas áreas de emprego, saúde, segurança e igualdade de oportunidades. Debatemos temas caros a todos nós, como o emprego, o fim da rotatividade, o combate ao assédio moral, o fim das metas abusivas e chegamos às questões financeiras, brigando por aumento real, valorização do piso e melhor distribuição dos lucros.
Como nos anos anteriores, outra vez faltou aos banqueiros sensibilidade e respeito aos seus trabalhadores, que deveriam vir traduzidos em uma proposta digna. Frustrado o processo negocial, fomos novamente à greve. Iniciamos no mesmo momento numa demonstração de união, maturidade e organização. A cada dia o movimento mais se fortalecia ante o silêncio da Fenaban, que continuou por três semanas e igualmente a nossa greve. Trabalhadores de bancos públicos e privados unidos na busca de uma proposta digna e decente.
Com firmeza, o Comando Nacional cobrou dos bancos e do governo federal uma proposta que permitisse às assembleias dos sindicatos a avaliação e aprovação, retornando ao trabalho com dignidade.
A força da greve e a determinação de cada dirigente sindical, de cada militante e de cada trabalhador e trabalhadora fizeram com que arrancássemos uma proposta com aumento real de salário, valorização do piso da categoria, melhoria na PLR e avanços na segurança com a proibição de transporte de numerário por bancários e no combate ao assédio moral com o fim da divulgação dos rankings individuais de vendas de produtos.
Também os maiores bancos federais, Caixa e BB, apresentaram suas propostas complementares para avaliação das assembleias. Após debates, o Comando Nacional orientou os sindicatos e as federações que, de forma madura e séria, defenderam as propostas, sendo aprovadas nas assembleias e permitindo que a greve terminasse de maneira unida e vitoriosa, ao mesmo tempo em todo o Brasil.
Nos dias que se seguiram, os trabalhadores arrancaram propostas específicas das direções dos bancos estaduais, que também trouxeram avanços, fazendo com que a campanha igualmente terminasse de forma vitoriosa. Os funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) precisaram de mais enfrentamento, mas também obtiveram conquistas importantes após 29 dias de greve.
A Contraf-CUT, na qualidade de coordenadora do Comando Nacional, deseja apresentar ao conjunto de dirigentes sindicais, militantes, enfim companheiras e companheiros, os parabéns pela exemplar condução desse movimento, que garantiu a realização de mais uma campanha vitoriosa.
Mais do que os números, conquistamos uma vitória política sem precedentes. Derrotamos a união da grande mídia, do capital e do governo federal que desejavam impor o fim do aumento real e dos avanços sociais. O resultado da Campanha Nacional passa a balizar o movimento de inúmeras outras categorias em lutas salarias no segundo semestre em todo o Brasil.
Nunca é demais repetir que a nossa luta, a nossa garra, a nossa determinação, a nossa ousadia e a nossa unidade foram essenciais para as conquistas que tivemos e por isso nos estimulam a enfrentar os novos desafios na batalha cotidiana por emprego decente, por um sistema financeiro cidadão e por uma vida melhor.
Parabéns a todas as bancárias e a todos os bancários do Brasil!
Carlos Cordeiro
Presidente da Contraf-CUT
Coordenador do Comando Nacional dos Bancários
Fonte: Contraf-CUT