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20.10.11

Para Contraf-CUT, é preciso acelerar queda da Selic para incentivar emprego

Carlos Cordeiro - crédito Contraf-CUT
A Contraf-CUT considerou muito lento o ritmo da queda da Selic, que foi reduzida nesta quarta-feira, dia 21, de 12% para 11,5% ao ano na reunião do Comitê de Politica Monetária (Copom), em Brasília. "É preciso ousar e acelerar o corte da Selic porque o Brasil ainda mantém o título de campeão mundial dos juros altos, o que freia o emprego, a produção e o desenvolvimento e somente incentiva a entrada de capital especulativo", afirmou o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.



"O patamar elevado da Selic é um problema e deve ser combatido, pois penaliza sobretudo as pessoas mais pobres, que dependem de políticas públicas", destaca. "Trata-se do maior programa de transferência de renda do mundo aos donos de títulos públicos, a chamada bolsa-banqueiro, cujo orçamento da União prevê o repasse da ordem de R$ 240 bilhões em 2011. Isso representa 18 vezes mais do que o orçamento previsto de R$ 13,4 bilhões para o Bolsa Família", compara.


"É uma obrigação do governo eleito pelas forças populares e democráticas deste país acabar com esse nefasto programa de transferência de renda às avessas que está sangrando o povo brasileiro", ressalta Cordeiro.


O presidente da Contraf-CUT defende que, além das metas de inflação, o Banco Central deveria fixar também metas sociais, como o aumento do emprego e da renda dos trabalhadores e a redução das desigualdades sociais do país. "Para isso, é fundamental ampliar o Conselho Monetário Nacional, de forma a contemplar a participação da sociedade civil organizada na discussão dos rumos da economia", propõe.


Cordeiro também cobra do BC medidas para forçar a redução dos juros cobrados pelos bancos dos clientes, que também se encontram entre os maiores do mundo. Isso porque a queda da Selic não está se refletindo em juros menores aos consumidores. "Em agosto, o spread bancário atingiu 27,8% ao ano, percentual mais alto desde maio de 2009", apontou.


"Está na hora de discutir o papel do Banco Central e dos bancos na sociedade brasileira. Por isso, defendemos a realização da 1ª Conferência Nacional sobre o Sistema Financeiro, onde todos possam debater a atuação dos bancos e o acesso ao crédito barato para financiar o desenvolvimento econômico e social do país", concluiu.


Fonte: Contraf-CUT

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