Blog de William Mendes, ex-dirigente sindical bancário e ex-diretor eleito de saúde da Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil
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17.4.11
PCR do BB - Algumas informações para os colegas
Reproduzo aqui um bom texto explicativo de Carlos Eduardo, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, companheiro cutista, sobre o PCR do BB, que entrou em vigor em abril de 2011 retroativo a setembro de 2010.
PCR DO BB
1. O PCR é melhor que o PCS anterior, mesmo que não seja o pleno atendimento das reivindicações dos sindicatos.
2. Não é miserável, pois sendo um plano de carreira teve em sua implantação impacto financeiro (pecuniário) positivo para mais de 20 mil colegas do BB que aumentaram suas verbas salariais em até 15%.
3. O fato de o PCR conter em sua tabela de mérito (que antes era apêndice no padic a tabela E) o exercício de funções comissionadas para ascender nas promoções já existia no PCS anterior e levou ao congelamento de muitos colegas veteranos que antes de 30 anos de banco já chegaram e congelaram no E12. Com o mérito estes podem ainda ter algum acréscimo de verba salarial.
4. O papel do movimento sindical sempre será ideológico mas também representativo e contratador de direitos. Algumas posições ideológicas pensam o sindicato única e exclusivamente como célula revolucionária e não atuam na perspectiva cutista, portanto não defendem contrato coletivo de trabalho.
5. A falta de conhecimento sobre o plano anterior ou atual também leva a considerações equivocadas que não situam a história dos trabalhadores. A compreensão estática dos impactos de um plano de carreira leva a considerações equivocadas sobre a vida, salários e direitos dos trabalhadores.
6. O novo plano não resolve o conjunto das reivindicações, mas traz alguns avanços, portanto, a luta continua com a estratégia de aumentar conquistas e não tendo retrocessos.
7. O plano interfere na vida de quem assume funções na empresa, sendo assim, mais de 70 % dos funcionários têm alterações na folha de pagamento. Quem recebe próximo ou acima do VR percebe financeiramente já.
8. O movimento sindical não defende que o escriturário entre na lógica de remuneração flexível por metas. Pelo contrário, através da carreira de mérito, diminui a influência da verba não salarial flexível CTVF por verba salarial 11 - adicional por mérito. O escriturário é o único cargo que recebe seu salário sem interferência da política de metas da empresa. É remunerado pelas tarefas contidas no edital de concurso e é protegido por elas. Qualquer intenção de incluir os escriturários nesta lógica está fragilizando sua remuneração fixa direta e salarial e elegendo a remuneração variável. Temos que continuar aumentando o piso acima do índice de reajuste da inflação com aumento real, assim levamos todas as comissões menores, inclusive, a receberem mais que a remuneração do VR de suas funções como é o caso de assistentes de negócios, auxiliares administrativos, atendentes de central de atendimento e alguns analistas. Estes tiveram aumento com o novo PCR.
9. Os valores da tabela M são vinculados a tabela A (antiguidade com teto no A12), sendo assim, com os reajustes das verbas salariais, funcionais e do piso, se altera o teto da tabela de antiguidade e, consequentemente, também a tabela de mérito. Todo ano este valor irá aumentando conforme nossa luta na estratégia de mobilização, representação, negociação e contratação da campanha nacional dos bancários (CCT) com respectivo aditivo do BB (ACT BB, aditivo a CCT).
10. A carreira de mérito também leva em conta o VR para pontuação; assim, as promoções são garantidas de acordo com o nível de crescimento na carreira. O BB não negociou o plano de comissões o que deverá ser outra luta sindical.
11. Os sindicatos lutam por valorizar as verbas salariais e desta forma construir proteção à remuneração do trabalhador.
Carlos Eduardo
Presidente do Seeb CE
Funcionário do BB
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