10/02/2011 - 17h05
Paula Laboissière
Da Agência Brasil
Em Brasília
PT defende acordo feito com centrais sindicais para reajuste do salário mínimo
O Diretório Nacional do PT aprovou hoje (10), em reunião, resolução que defende a manutenção do acordo feito com as centrais sindicais para o reajuste do salário mínimo. Desde que o projeto de lei do Orçamento Geral da União foi enviado ao Congresso, no final do ano passado, com o mínimo estipulado em R$ 540, as centrais defendem que suba para R$ 580.
“O PT defende a manutenção das regras até aqui acordadas”, afirma o documento, além de ressaltar que a valorização permanente do salário mínimo não apenas aumenta a renda dos trabalhadores como constitui um poderoso estímulo à economia.
A presidente Dilma Rousseff encaminhou ontem (9) ao Congresso Nacional a mensagem com o projeto de lei do salário mínimo. De acordo com o líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), o projeto prevê o valor de R$ 545. Segundo ele, o projeto será votado na próxima quarta-feira (16), em sessão extraordinária.
Outro tema debatido na reunião do Diretório Nacional do PT foi a reforma política. De acordo com o relatório do encontro, o assunto vai além de uma mera reforma eleitoral e representa uma condição necessária para o fortalecimento da democracia e do sistema representativo.
“Ela [a reforma política] é indispensável para a consolidação de um sistema partidário baseado em valores programáticos e não em interesses subalternos. Contribuirá decisivamente para a transparência de nossas instituições e para a lisura dos processo eleitorais”, concluiu o texto.
Em relação ao governo de Dilma Rousseff, o partido se considera a principal base de apoio à presidente e também como elo com a sociedade, sobretudo no que diz respeito às demandas dos trabalhadores.
O presidente do PT, Eduardo Dutra, negou que estejam sendo feitas comparações entre o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o de Dilma. Segundo ele, as resoluções aprovadas apenas reforçam “o legado de Lula” e apontam para a continuidade dos projetos com Dilma. “Essa discussão de comparação, para nós, é indevida”, disse.
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