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30.1.07

Terça, 30 de janeiro (Dia nacional de lutas pela Cassi)


O dia de luta da Cassi começou com distribuição da Folha Bancária no Complexo São João e reuniões nas dependências. Participei de duas: na Nucac e na Ag. Boulevard

À tarde, trabalho na Contraf-CUT.

Trabalhei 11 horas.

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Post Scriptum: segue abaixo o boletim que fizemos sobre as negociações da Cassi. 


O Espelho Fax

  



DTX0 - Informativo da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil – nº 281/janeiro/07

 

Proposta do BB só agrava

os problemas da Cassi

 

Depois de dois anos de negociações, o Banco do Brasil apresentou nesta terça, dia 30, uma proposta para a Cassi, que soou como provocação e é uma verdadeira demonstração de como a diretoria trata de assuntos importantes para seus funcionários, como a Caixa de Assistência.

“A proposta do BB é insuficiente. Além de não resolver o problema do custeio da Cassi, o banco ainda tenta tomar a gestão da entidade para si, quando sugere o voto de minerva. Depois de tanto tempo negociando, é uma vergonha o BB nos apresentar uma proposta ridícula como essa”, comentou Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários.

Segundo a proposta, o BB admite investir R$ 300 milhões em serviços próprios da Cassi. Esse dinheiro, no entanto, seria pago durante os próximos quatro anos, dividido em uma parcela de R$ 150 milhões e mais três de R$ 50 milhões, sem qualquer tipo juros ou correção.

“A Cassi precisa de investimento em serviços próprios, mas isso não resolve o problema do déficit no Plano de Associados. Além disso, sem a devida correção do investimento, nem os serviços próprios terão o benefício imaginado, já que a inflação médica no país é muito maior que a inflação medida pelos indicadores tradicionais. O investimento vai se desvalorizar. E também exigimos o aporte financeiro para recompor as reservas do Plano de Associados”, explicou Milton Rezende, vice-presidente da Contraf-CUT.

 

Contribuição - O banco concorda em restabelecer a contribuição patronal em 4,5% para os admitidos após 1998. Mas altera o artigo 21, que prevê o pagamento de uma vez e meia o valor desembolsado pelo associado e que garante a relação 3% e 4,5%. “Essa é uma questão que precisa ser melhor debatida”, ressaltou Marcel.

Outro problema foi o valor da co-participação, estabelecida em 10% sobre todos os eventos, limitados a 1/24 avos do salário bruto. “Como fica a situação dos bancários que estão passando por tratamentos importantes como quimioterapia, radioterapia? E as doenças ocupacionais, que são na verdade acidentes de trabalho? O bancário vai ter que arcar com esta co-participação para se recuperar de uma doença causada pelas péssimas condições de trabalho? Essa proposta do banco se choca com todas as nossas teses. É inaceitável”, comenta Miltinho.

Durante as negociações, o BB também discutiu o Plano Odontológico, que os bancários reivindicam há anos. Mas o banco tergiversou em sua resposta e tentou enrolar os funcionários ao dizer que aceita o Plano, desde que o déficit esteja solucionado.

“Parece piada, mas se o BB está nos apresentado uma proposta que não resolve o problema financeiro da Cassi, como a direção diz que vai implantar o Plano Odontológico assim que o déficit for solucionado? Quer dizer que nunca vamos ter o Plano Odontológico?”, questiona Olivan Faustino, representante da Bahia e do Sergipe na Comissão de Empresa.

Além dessas questões pontuais, o Banco do Brasil apresentou outras propostas que, se implantadas como a empresa quer, significariam menos democracia para a Cassi. Entre elas estão a eleição de quatro em quatro anos, que traria problemas de continuidade da gestão já que toda a direção é trocada de uma única vez. Outro problema é a instituição do voto de minerva, que a Contraf-CUT não aceita de jeito nenhum.

“Em compensação, o banco se omitiu em discutir problemas graves, como o congelamento salarial que os bancários sofreram por quase uma década e que é uma das principais causas do déficit da Cassi. A proposta apresentada hoje pelo BB é ridícula, insuficiente e uma vergonha. São medidas paliativas que só agravam a situação da nossa Caixa de Assistência. Pelo visto, o banco está esperando a nossa greve para atender a demanda”, finalizou William Mendes, secretário de Imprensa da Contraf-CUT e membro da Comissão de Empresa.



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