Blog de William Mendes, ex-dirigente sindical bancário e ex-diretor eleito de saúde da Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil
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26.10.06
Eleições 2006 - Por que voto em Lula (e informes da assinatura da CCT)
Já li mensagens emocionantes de pessoas dizendo por que votam em Lula. Também já li algumas escabrosas dizendo por que não votam nele.
Para mim é uma questão bastante clara: voto em Lula porque tenho lado.
Esta eleição, principalmente o 2º turno, trouxe à tona algo que andava meio disfarçado: a sociedade está em disputa. Não existe uma suposta harmonia de classes.
Voto em Lula, pois:
Ao invés do privado, sou o público;
Ao invés do neoliberal, sou o progressista;
Ao invés da elite, sou o povo;
Ao invés do desemprego, sou o emprego formal;
Ao invés de criminalizar os movimentos sociais, sou o diálogo;
Em vez da "competência" em esconder a corrupção (e a midiaelite nem ligar);
Sou mais a competência de enfrentar o desafio da inclusão social, mesmo com a má vontade dos conservadores.
Enfim, chega dessa hipocrisia de se dizer imparcial, isento, neutro, apolítico etc.
Tudo e todos têm lado. O meu lado é o do trabalhador e do povo brasileiro.
William Mendes (bancário do BB, sindicalista, Secretário de Imprensa da Contraf-CUT e estudante de letras)
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Post Scriptum:
Dias antes, em 18 de outubro, era assinado o ACT do BB, aditivo à CCT dos bancários. Eu era dirigente tanto do Seeb SP, quanto da Contraf-CUT. Veja matéria abaixo do site do Seeb SP.
BB assina a Convenção Coletiva e PLR
PLR será paga nesta sexta, dia 20. Dias parados na greve não serão descontados
São Paulo – Os representantes dos bancários assinaram nesta quarta-feira, dia 18, o acordo coletivo e de PLR com a direção do Banco do Brasil. O Banco vai cumprir todas as cláusulas acordadas com a Fenaban, que garantem, entre outros pontos, melhoras no auxílio-creche ou babá, a ajuda de deslocamento noturno, desconto do vale-transporte, gratificação de função, gratificação de compensador de cheques e ausências legais.
Os bancários do BB receberão em até 48 horas, PLR semestral de 95% do salário, parte fixa de R$ 412, mais R$ 1.819,49 (equivalente a 4% do lucro líquido linear dividido por todos os funcionários), além do módulo-bônus que varia de acordo com a referência salarial da função. O valor total do módulo será pago para as agências que atingirem os 400 pontos do ATB e proporcional para as agências que garantirem no mínimo 325,5 pontos.
“A PLR deste ano teve um avanço no Banco do Brasil e pode servir de parâmetro para os trabalhadores de outras instituições. Agora, no BB, temos pela frente mais desafios nas negociações específicas, como o PCS, a Cassi e a questão de isonomia”, disse o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.
Greve – “Os bancários do BB de São Paulo, Osasco e Região, tiveram a garantia de que não haveria desconto dos dias parados nas assembleias realizadas na campanha salarial”, destaca o funcionário do BB e diretor do Sindicato William Mendes.
“Também temos garantido o acordo da Fenaban na compensação dos dias de greve, cujo prazo termina em 31/12/2006. Até que as negociações sobre o tema se encerrem, os funcionários devem aguardar, pois é nossa intenção melhorar o acordo”, acrescentou o diretor.
Para os bancários de outras praças que estenderam a greve além do dia 11, foi necessária a intervenção da Contraf-CUT para evitar que o Banco descontasse os dias parados. Além disso, a entidade garantiu para todos os funcionários um crédito extra-folha no próximo dia 20, para anular o débito dos dias parados de setembro, que será cobrado na folha de pagamento de outubro.
Fonte: Redação do Seeb SP - 18/10/2006
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