Blog de William Mendes, ex-dirigente sindical bancário e ex-diretor eleito de saúde da Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil
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28.8.20
Campanha Nacional dos Bancários (V)
Estamos no ano de 2020 e a categoria bancária mais uma vez está em luta pela renovação de seus direitos coletivos. Este blog registrou a história dessa categoria ao longo de muitos anos, pois fui dirigente nacional dos bancários, eleito pelos trabalhadores para 4 mandatos no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e 3 mandatos na Contraf-CUT.
A história de luta dos bancários brasileiros é belíssima e uma das mais importantes desta categoria profissional no mundo capitalista porque em nosso país o segmento sempre teve grande quantidade de empregados e conquistou direitos sociais que foram estendidos para outras categoriais profissionais.
O maior banco público do país, o Banco do Brasil, foi criado em 1808 e resistiu aos ataques de diversos governos ao longo da história do Brasil. Tive o privilégio de passar a maior parte de minha vida trabalhando para o povo brasileiro no Banco do Brasil. Na ativa, vivi sob a direção dos governos de Fernando Collor, Itamar Franco, FHC, Lula, Dilma e Temer. Hoje, o país vive um de seus piores cenários da história, sob um governo inominável.
Enfim, as negociações entre bancários e banqueiros se dá num cenário bastante complicado, porque além da destruição econômica, política e social que o país já vivia após o golpe de Estado em 2016, sob o governo Temer, que impôs reformas trágicas para a classe trabalhadora, o país viria a ser capturado em 2018, por fraudes diversas nas eleições, por hordas de canalhas e todo tipo de criminoso que se possa imaginar.
Os bancários brasileiros sofrem ameaças sérias de redução de emprego, direitos, privatização dos bancos públicos e, para piorar o cenário, ainda viria a pandemia mundial do novo coronavírus em 2020, com a mudança radical na vida das pessoas mundo afora.
Os banqueiros seguiram na boa. O lucro dos poucos bancos brasileiros é tão grande que nada na economia se compara ao setor. O país está quebrado, mas os donos dos bancos e os próprios bancos estão em outro plano existencial. Em 2019, só os 4 maiores bancos tiveram lucro de mais de 80 bilhões e neste primeiro semestre tiveram lucro de quase 30 bilhões.
E mesmo assim, os caras não querem atender às reivindicações dos bancários, que estão na linha de frente, atendendo a população e os clientes, se expondo ao risco de morte por coronavírus e adoecidos por metas fora da realidade.
Nas primeiras rodadas, os banqueiros propuseram diversas reduções de direitos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), redução na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e redução em direitos como 13ª cesta alimentação, folgas e abonos, redução nos salários, já que não querem sequer repor a inflação do período. O que se poderia dizer desses caras donos de bancos?
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As negociações seguem no dia de hoje. Os banqueiros voltaram atrás em algumas cretinices, e neste momento em que escrevo esta postagem, 16h25 desta sexta-feira, os sindicatos informam que os banqueiros propuseram reajuste salarial de 1,5% mais abono de 2 mil reais. Propuseram o índice cheio da inflação estimada (2,74%) para as demais verbas como, por exemplo, cesta alimentação, vale refeição e auxílio creche. Decidiram manter as regras da PLR de anos anteriores. Ainda estão em negociação as mesas com BB e Caixa Federal.
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Hoje é Dia dos Bancários, 28 de agosto, e afirmo a vocês: essa categoria tem história de lutas, muita história de lutas. Eu mesmo vivi e participei das campanhas salariais da categoria por três décadas. Também é o dia de criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Ajudei a construir a história dessa entidade por muito tempo, como dirigente dos bancários brasileiros.
Parabéns aos bancários! Desejo que tudo corra da melhor forma possível nesta campanha salarial em andamento.
William Mendes
20.8.20
História da PLR no BB - Notícias da Contraf (set/2006)
Comentário e apresentação do texto:
Os bancários brasileiros estão em campanha salarial neste ano dramático de pandemia e bolsonarismo. Estamos há 5 anos vivendo sob regime de exceção, desde o golpe de Estado de 2016.
Nas mesas de negociação entre a Fenaban e o Comando Nacional dos Bancários os principais bancos estão propondo reduções diversas de direitos históricos da categoria. Querem reduzir drasticamente a PLR dos trabalhadores, apesar de ser praticamente um dos únicos setores cujo lucro segue absurdo mesmo em tempos de crise econômica pela pandemia mundial.
Reproduzo abaixo um texto de minha autoria, publicado na Confederação no ano de 2006. Fui dirigente nacional dos bancários entre 2002 e 2015 e tive a oportunidade de conhecer bastante diversas questões de nossa categoria, uma categoria de lutas e conquistas históricas.
William Mendes
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(reprodução de matéria da Contraf-CUT)
ARTIGO: Para entender a PLR do BB
22 de setembro de 2006 - 15:37 - Banco do Brasil
Por William Mendes*
Nestes tempos de negociações entre nós bancários e eles banqueiros, é recorrente os correios eletrônicos dos trabalhadores com dúvidas acerca da PLR conquistada por nós desde 1995 e que, ano a ano, procuramos melhorá-la para aqueles que, efetivamente, geram os lucros recordes seguidos dos bancos: seus funcionários.
A Contraf-CUT publicou um artigo de Vagner Freitas, seu presidente, “Bancos podem e devem pagar PLR maior, mas só greve irá convencê-los”, chamando aos bancários para a mobilização para que todos tenham uma PLR melhor.
Como negociador da Contraf-CUT junto ao Banco do Brasil, sempre tiro dúvidas dos colegas acerca desta conquista recente para os bancários deste banco, pois antes da greve histórica de 2003, não tínhamos PLR.
HISTÓRICO NO BB
Desde o final da década de 90, os funcionários do BB trabalhavam no intuito de serem reconhecidos como bancários e terem os direitos que a CCT (Convenção Coletiva Nacional) proporcionava aos trabalhadores em todo o país. Era o debate da unidade da categoria. Naquele período, os funcionários dos bancos públicos sofriam um ataque violento da política neoliberal dos tucanos.
Foram anos de PDV (plano de demissão voluntária), demissões e perseguições que eliminaram 50 mil postos de trabalho; julgamentos no TST impetrados pela famigerada Contec, que levaram os colegas do BB ao congelamento de salários (os juízes concordavam com a tese neoliberal do “custo vegetativo” das folhas de pagamento dos bancos públicos – diziam pôr em risco o “plano real”). Julgamentos que também levaram à perda do PCS que tínhamos até 1996 e do anuênio em 1999.
Até 2002, o banco havia feito um “monstrengo” de programa de distribuição de lucros unilateral, sem acordo com a CNB/CUT e, por 9 semestres, pagou valores que variavam de alguns reais para o povão e 100 vezes mais para os executivos (de R$ 180 para escriturários a R$ 20.000 para os executivos). É importante lembrar também que milhares de colegas não recebiam nada por diversos motivos: fazer greve, ficar doente e faltar, não cumprir as famigeradas metas na dependência, etc.
GREVE DE 2003: BANCÁRIOS DO BB CONQUISTAM PARÂMETROS DA CCT
A partir da unidade com a categoria, deixamos de sofrer sozinhos os ataques de qualquer governo de plantão.
Em 2003, conquistamos os tíquetes, vale-alimentação e auxílio-creche da categoria (que eram menores no BB). Passamos a ter reajuste sobre todas as verbas como os bancários em geral, ou seja, acabou o congelamento e a correção somente no VP (vencimento-padrão), que levava ao reajuste zero para todos os comissionados. E conquistamos a sonhada PLR nos moldes da Fenaban, que garantia o pagamento a todos os bancários sem discriminar quem faltasse, não cumprisse metas ou qualquer outro motivo.
A PLR NO BB E NOS BANCOS PRIVADOS
Alguns colegas não entenderam porque o presidente da Contraf-CUT diz em seu artigo que, em 2005, o valor de distribuição para os escriturários do BB chegou a 3,5 vezes o salário.
O que ocorre é que muitos colegas não têm clara a diferença que existe na forma de pagamento da PLR para o BB e para os bancos privados.
Vamos a ela:
Nos bancos privados, a primeira parcela é adiantada no fechamento da campanha salarial, ou seja, pegando o exemplo dos valores de 2005 de R$ 800 mais 80% do salário, em meados de outubro os bancários receberam cerca de R$ 400 fixos (metade do valor anual) mais 40% salário (R$ 400 para quem ganha R$ 1000) totalizando R$ 800 na primeira parcela (adiantada).
Quando chega em meados de fevereiro, os bancos apresentam seus resultados do exercício findo (no exemplo, 2005). Os bancos devem pagar para os bancários a segunda parcela. Nesse momento, após apurar o lucro altíssimo, a Contraf-CUT exige que os bancos utilizem a segunda regra da PLR que diz que eles devem gastar no mínimo 5% do lucro líquido. Então, eles têm que aumentar a distribuição até chegar a 2 salários ou no mínimo de 5% de distribuição, com os tetos em reais que existem.
No Banco do Brasil, exigimos, desde 2003, os parâmetros da Fenaban, ou seja, tem que pagar PLR para todos, sem exceção, sem atrelamento a metas, ou GDC ou faltas, e com regramento: valor fixo mais porcentagem do salário. E NÃO IMPORTA o limite estabelecido pela Dest, que proíbe distribuição acima de 6,25% do lucro líquido (a partir de 2003, o montante passou a cerca de 12%).
Em 2005, avançamos mais ainda, pois o BB foi o primeiro banco que cedeu ao novo formado proposto pela categoria que pede distribuição de uma porcentagem LINEAR DE 5% (no BB conseguimos 4%), além do valor fixo mais a porcentagem do salário.
Desta forma um escriturário E1 (primeiro nível) recebeu em 2005, respectivamente, R$ 1780,25 referente ao primeiro semestre e R$ 1887,07 no segundo, totalizando R$ 3667,32 no ano.
VAMOS À LUTA
A mensagem é bem clara a todos. Os bancários devem lutar para arrancar da Fenaban a reivindicação de uma PLR melhor, pois esses banqueiros deveriam ter vergonha na cara e fazer uma proposta que contemple aos bancários com aumento real e uma distribuição mais justa como estamos propondo. AO CONTRÁRIO de ficar levando juízes para passear e pedindo liminar contra nossos materiais de campanha que denunciam a irresponsabilidade social dos banqueiros.
* William Mendes é secretário de Imprensa da Contraf-CUT e integrante da Comissão de Empresa dos funcionários do BB pela Fetec CUT SP
HISTÓRICO NO BB
Desde o final da década de 90, os funcionários do BB trabalhavam no intuito de serem reconhecidos como bancários e terem os direitos que a CCT (Convenção Coletiva Nacional) proporcionava aos trabalhadores em todo o país. Era o debate da unidade da categoria. Naquele período, os funcionários dos bancos públicos sofriam um ataque violento da política neoliberal dos tucanos.
Foram anos de PDV (plano de demissão voluntária), demissões e perseguições que eliminaram 50 mil postos de trabalho; julgamentos no TST impetrados pela famigerada Contec, que levaram os colegas do BB ao congelamento de salários (os juízes concordavam com a tese neoliberal do “custo vegetativo” das folhas de pagamento dos bancos públicos – diziam pôr em risco o “plano real”). Julgamentos que também levaram à perda do PCS que tínhamos até 1996 e do anuênio em 1999.
Até 2002, o banco havia feito um “monstrengo” de programa de distribuição de lucros unilateral, sem acordo com a CNB/CUT e, por 9 semestres, pagou valores que variavam de alguns reais para o povão e 100 vezes mais para os executivos (de R$ 180 para escriturários a R$ 20.000 para os executivos). É importante lembrar também que milhares de colegas não recebiam nada por diversos motivos: fazer greve, ficar doente e faltar, não cumprir as famigeradas metas na dependência, etc.
GREVE DE 2003: BANCÁRIOS DO BB CONQUISTAM PARÂMETROS DA CCT
A partir da unidade com a categoria, deixamos de sofrer sozinhos os ataques de qualquer governo de plantão.
Em 2003, conquistamos os tíquetes, vale-alimentação e auxílio-creche da categoria (que eram menores no BB). Passamos a ter reajuste sobre todas as verbas como os bancários em geral, ou seja, acabou o congelamento e a correção somente no VP (vencimento-padrão), que levava ao reajuste zero para todos os comissionados. E conquistamos a sonhada PLR nos moldes da Fenaban, que garantia o pagamento a todos os bancários sem discriminar quem faltasse, não cumprisse metas ou qualquer outro motivo.
A PLR NO BB E NOS BANCOS PRIVADOS
Alguns colegas não entenderam porque o presidente da Contraf-CUT diz em seu artigo que, em 2005, o valor de distribuição para os escriturários do BB chegou a 3,5 vezes o salário.
O que ocorre é que muitos colegas não têm clara a diferença que existe na forma de pagamento da PLR para o BB e para os bancos privados.
Vamos a ela:
Nos bancos privados, a primeira parcela é adiantada no fechamento da campanha salarial, ou seja, pegando o exemplo dos valores de 2005 de R$ 800 mais 80% do salário, em meados de outubro os bancários receberam cerca de R$ 400 fixos (metade do valor anual) mais 40% salário (R$ 400 para quem ganha R$ 1000) totalizando R$ 800 na primeira parcela (adiantada).
Quando chega em meados de fevereiro, os bancos apresentam seus resultados do exercício findo (no exemplo, 2005). Os bancos devem pagar para os bancários a segunda parcela. Nesse momento, após apurar o lucro altíssimo, a Contraf-CUT exige que os bancos utilizem a segunda regra da PLR que diz que eles devem gastar no mínimo 5% do lucro líquido. Então, eles têm que aumentar a distribuição até chegar a 2 salários ou no mínimo de 5% de distribuição, com os tetos em reais que existem.
No Banco do Brasil, exigimos, desde 2003, os parâmetros da Fenaban, ou seja, tem que pagar PLR para todos, sem exceção, sem atrelamento a metas, ou GDC ou faltas, e com regramento: valor fixo mais porcentagem do salário. E NÃO IMPORTA o limite estabelecido pela Dest, que proíbe distribuição acima de 6,25% do lucro líquido (a partir de 2003, o montante passou a cerca de 12%).
Em 2005, avançamos mais ainda, pois o BB foi o primeiro banco que cedeu ao novo formado proposto pela categoria que pede distribuição de uma porcentagem LINEAR DE 5% (no BB conseguimos 4%), além do valor fixo mais a porcentagem do salário.
Desta forma um escriturário E1 (primeiro nível) recebeu em 2005, respectivamente, R$ 1780,25 referente ao primeiro semestre e R$ 1887,07 no segundo, totalizando R$ 3667,32 no ano.
VAMOS À LUTA
A mensagem é bem clara a todos. Os bancários devem lutar para arrancar da Fenaban a reivindicação de uma PLR melhor, pois esses banqueiros deveriam ter vergonha na cara e fazer uma proposta que contemple aos bancários com aumento real e uma distribuição mais justa como estamos propondo. AO CONTRÁRIO de ficar levando juízes para passear e pedindo liminar contra nossos materiais de campanha que denunciam a irresponsabilidade social dos banqueiros.
* William Mendes é secretário de Imprensa da Contraf-CUT e integrante da Comissão de Empresa dos funcionários do BB pela Fetec CUT SP
Fonte: site da Contraf-CUT
14.8.20
História da Cassi - Notícias da Contraf (agosto/2006)
Comentário do blog sobre a reprodução das matérias abaixo, de agosto de 2016:
Estamos em agosto de 2020. O Brasil sofreu um golpe de Estado em 2016 e após o fim da democracia representativa como a conhecíamos, muita coisa mudou para a classe trabalhadora. Mudou para pior, infelizmente. Os bancários estão no período de renovação de direitos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e na atual conjuntura de crise política, econômica e de saúde (pandemia mundial de Covid-19), e sob um regime de exceção (bolsonarismo, Congresso e Judiciário resultantes do golpe de Estado) as coisas serão difíceis para os trabalhadores.
Além das perdas reais de direitos sociais, políticos e civis, os trabalhadores estão perdendo a sua história e sem história um povo não é nada, não é um povo, é um bando, um aglomerado de gente sem vínculo algum, algo pior que boa parte dos animais, que nos dão exemplos de convívio em grupos. Os trabalhadores estão absolutamente divididos e isso só favorece a outra classe, a dos capitalistas e seus capatazes.
Enfim, quis guardar no blog algumas matérias sobre as negociações sobre direitos em saúde por parte dos funcionários do Banco do Brasil, já que a Caixa de Assistência e o Plano de Associados nunca foram um reles "plano de saúde". Este blog contém centenas de postagens sobre a história da Cassi, sobretudo durante os anos de 2014 e 2018 porque resgatamos a história durante o período em que estivemos na gestão como diretor de saúde eleito pelos associados.
Guardemos a história das lutas dos trabalhadores. Ela está sendo apagada e perdida e a que surge vem sob um regime de exceção no país, e sem democracia plena a história dos trabalhadores não é a versão deles próprios e sim a daqueles que estão no poder, por força ou por meios diversos.
Nestas matérias abaixo, é possível ver a questão da "ultratividade". Enquanto o sujeito na presidência vetou a manutenção dos direitos da CCT enquanto durar a pandemia, os governos do Partido dos Trabalhadores prorrogavam os efeitos da CCT enquanto as campanhas salariais não renovavam os direitos coletivos.
Também é importante lembrar o que apontamos durante as crises financeiras da Cassi: o patrocinador deu calote na receita do Plano de Associados por anos. Não cumpria o Estatuto e não pagava 4,5% e isso arrebentou as finanças da entidade. A coparticipação sobre exames, quando implantada, foi de 10% e não o abuso que é hoje, mesmo após uma reforma estatutária pra lá de favorável ao patrão e extremamente onerosa para os associados, com o fim da solidariedade no Plano de Associados. Enfim, a história é para ser conhecida pelos trabalhadores.
William Mendes
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(reprodução de matérias da Contraf-CUT)
Negociações com o BB terminam sem avanços
31 de agosto de 2006 - 20:13 - Banco do Brasil
(São Paulo) Terminaram em impasse as duas rodadas de negociações realizadas com o Banco do Brasil nesta quinta-feira para debater a Cassi e as reivindicações complementares do funcionalismo. Pela manhã, as discussões sobre a Caixa de Assistência continuaram sem avanços, já que o BB insiste em esconder os números que o levaram a apresentar sua proposta.
“A proposta do Banco do Brasil para a Cassi é muito diferente da nossa. Pelos dados que temos e que nos foram repassados pelos diretores eleitos da Caixa, precisamos de no mínimo R$ 850 milhões de receita para sustentar o Plano de Associados. Os números dos eleitos mostram também que a taxa de administração do Plano teria de ser fixada em 12% para um índice inflacionário de 13,75%. Com esses dados, a proposta do BB é insustentável”, afirma Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários.
Segundo o dirigente, o Banco do Brasil tem se recusado a apresentar seus números. “Deixamos claro na reunião que a diretoria do BB precisa abrir os dados sobre a Cassi para que possamos negociar e chegar a um denominador comum. Pelos números dos eleitos, a proposta do Banco não viabiliza financeiramente a Cassi. O BB, por exemplo, considera fundamental a coparticipação dos associados, que nós somos contra. Ao contrário dos diretores eleitos da Cassi que defendem este princípio. Mas não podemos negociar isso, sem os dados do banco”, destaca Marcel.
A Comissão de Empresa também cobrou a implantação do Plano Odontológico. O Banco diz que aceita negociar, mas novamente não apresentou nenhuma proposta durantes as negociações.
Reivindicações específicas
As negociações sobre a minuta complementar dos funcionários do BB, entregue no último dia 17, também não avançaram. Um dos principais anseios dos bancários, a implantação de um novo Plano de Cargos e Salários (PCS), não pôde ser negociado porque, segundo o banco, a Lei Eleitoral proíbe mudanças que possam levar a reajustes salariais às vésperas das eleições. As discussões sobre o PCS ficaram para depois de outubro.
Na questão da isonomia, a direção do BB jogou um balde de água fria no funcionalismo. Segundo os negociadores, o banco já avançou onde pôde e novas mudanças foram praticamente descartadas pela direção. “A licença-prêmio, por exemplo, foi totalmente negada pelo BB. Não conseguimos respostas para nenhuma das cláusulas apresentadas. Precisamos intensificar a pressão para arrancar novas conquistas do banco”, ressaltou Marcel.
Outras pendências, como a regularização do vale-transporte e o pagamento da verba de R$ 31,80, também continuam. O BB levou um técnico para provar que o vale-transporte está sendo pago corretamente. “Já entramos com uma representação no Ministério Público e vamos aguardar a manifestação dos promotores sobre o caso”, lembra Marcel.
A Comissão de Empresa provou para a diretoria do banco que a verba 109, de R$ 31,80, não está sendo paga a todos os funcionários que têm esse direito. O banco ficou de analisar.
Acordo prorrogado
Com o início das negociações complementares, o Banco do Brasil aceitou prorrogar as cláusulas do atual acordo até o dia 30 de setembro. A direção do BB se comprometeu a manter as conquistas trabalhistas dos funcionários na Campanha Nacional do ano passado. Com relação à PLR, o banco diz que pretende seguir o que for acordado com a Fenaban, mas manterá a proporcionalidade em relação ao que foi pago no ano passado.
Fonte: Contraf-CUT
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Negociações sobre a Cassi não avançam
24 de agosto de 2006 - 19:30 - Banco do Brasil
(São Paulo) A negociação desta quinta-feira entre a Comissão de Empresa dos Funcionários e o Banco do Brasil terminou sem avanços. As discussões centradas exclusivamente nas questões da Cassi continuam em impasse e nova rodada de negociações foi agendada para semana que vem, no dia 1º de setembro.
“As negociações estão muito devagar, o banco nos trouxe algumas propostas, mas elas são muito tímidas. Não são suficientes para resolver os problemas estruturais da Cassi, que precisam de soluções urgentes”, comentou Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa.
O Banco do Brasil concordou com as alterações estatutárias propostas pelos bancários, mas quer que as eleições da Cassi sejam realizadas de quatro em quatro anos e não a cada dois anos como é hoje.
O BB também aumentou a proposta de investimento de R$ 120 milhões para R$ 200 milhões que seriam utilizados em serviços próprios. “Este aumento foi positivo, mas o valor ainda está muito aquém do que o banco deve para a Cassi. Precisamos aumentar o investimento”, destacou Milton Rezende, vice-presidente da Contraf-CUT.
A diretoria do banco também propôs a redução da coparticipação de 20% para 15%, mas os bancários não concordam. “Nem queremos discutir esta questão porque não concordamos com o princípio da coparticipação proposto pelo banco. O BB também aceita assumir os dependentes indiretos, mas só daqui para frente. E o passado? E o déficit que temos hoje? O BB não quis discutir isto e a questão dos dependentes indiretos também não avançou”, explicou William Mendes, secretário de Imprensa da Contraf-CUT.
Plano Odontológico
O Banco do Brasil concorda em discutir a implantação do plano odontológico, mas a direção quer negociar na mesa específica. “Este é um assunto relativo à Cassi e queremos discutir sim na mesa da Cassi”, disse Olivan Faustino, do Sindicato da Bahia.
(São Paulo) A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil recebeu na tarde desta sexta-feira um projeto e estudos de proposta para a Cassi, entregue pelos diretores e conselheiros eleitos da Caixa de Assistência. Após a entrega, a coordenação da Comissão, a Contraf-CUT e os eleitos da Cassi debateram vários pontos importantes para os associados da Cassi.
“O estudo vai ao encontro das resoluções definidas pelos representantes dos funcionários no congresso do BB, realizado durante a Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, no final de julho. Ele quantifica a dívida do Banco do Brasil com a Cassi e exige o cumprimento do estatuto com a contribuição patronal de 4,5% para os funcionários que ingressaram no BB após 98. Também contempla a implantação do Plano Odontológico e traz estudos técnicos e atuariais que dão mais subsídios para a Comissão na hora de negociar com o banco”, explica Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa.
Segundo ele, a contraproposta que os eleitos da Cassi entregaram será analisada na reunião agendada para o próximo dia 16. No dia seguinte está marcada a negociação com o banco para debater os problemas da Caixa de Assistência.
“Vamos apresentar a nossa contraproposta para o banco, com vários pontos que garantem uma Cassi forte e obriga o BB a ter mais responsabilidade com a saúde dos seus funcionários. Na última negociação, o banco apresentou o seu projeto, mas ele foi rejeitado porque, depois de três anos de negociações, o BB quer passar a dívida para os associados. Vamos brigar muito, porque a Cassi é nossa prioridade”, afirma Marcel.
Os dirigentes eleitos da Cassi se colocaram também à disposição da Comissão de Empresa para participar dos debates, colaborarem nos estudos e nas negociações com o banco.
Fonte: Contraf-CUT
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Comissão de Empresa recebe sugestão de contraproposta para a Cassi
10 de agosto de 2006 - 18:58 - Banco do Brasil
(São Paulo) Os dirigentes eleitos da Cassi entregam nesta sexta-feira para a coordenação da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil um projeto de contraproposta para a Caixa de Saúde.
Segundo Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa, a contraproposta que os eleitos da Cassi vão entregar será analisada na reunião agendada para o próximo dia 16. “Um dia depois vamos negociar com o banco e a Cassi será um dos temas centrais da pauta”, explicou.
Durante a 8ª Conferência Nacional, os representantes dos funcionários do BB realizaram um Encontro específico e reafirmaram a rejeição da proposta de custeio da Cassi apresentada pela direção do banco.
“Os dirigentes sindicais autorizaram a Comissão de Empresa a negociar uma contraproposta que tenha como premissa a quitação do passivo do banco com a Caixa de Assistência, incluindo o pagamento dos 4,5% referentes à contribuição dos funcionários pós-98 e dos dependentes indiretos. Os delegados aprovaram ainda a implantação do Plano Odontológico”, detalhou Marcel Barros.
Fonte: Contraf-CUT
William Mendes
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(reprodução de matérias da Contraf-CUT)
Negociações com o BB terminam sem avanços
31 de agosto de 2006 - 20:13 - Banco do Brasil
(São Paulo) Terminaram em impasse as duas rodadas de negociações realizadas com o Banco do Brasil nesta quinta-feira para debater a Cassi e as reivindicações complementares do funcionalismo. Pela manhã, as discussões sobre a Caixa de Assistência continuaram sem avanços, já que o BB insiste em esconder os números que o levaram a apresentar sua proposta.
“A proposta do Banco do Brasil para a Cassi é muito diferente da nossa. Pelos dados que temos e que nos foram repassados pelos diretores eleitos da Caixa, precisamos de no mínimo R$ 850 milhões de receita para sustentar o Plano de Associados. Os números dos eleitos mostram também que a taxa de administração do Plano teria de ser fixada em 12% para um índice inflacionário de 13,75%. Com esses dados, a proposta do BB é insustentável”, afirma Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários.
Segundo o dirigente, o Banco do Brasil tem se recusado a apresentar seus números. “Deixamos claro na reunião que a diretoria do BB precisa abrir os dados sobre a Cassi para que possamos negociar e chegar a um denominador comum. Pelos números dos eleitos, a proposta do Banco não viabiliza financeiramente a Cassi. O BB, por exemplo, considera fundamental a coparticipação dos associados, que nós somos contra. Ao contrário dos diretores eleitos da Cassi que defendem este princípio. Mas não podemos negociar isso, sem os dados do banco”, destaca Marcel.
A Comissão de Empresa também cobrou a implantação do Plano Odontológico. O Banco diz que aceita negociar, mas novamente não apresentou nenhuma proposta durantes as negociações.
Reivindicações específicas
As negociações sobre a minuta complementar dos funcionários do BB, entregue no último dia 17, também não avançaram. Um dos principais anseios dos bancários, a implantação de um novo Plano de Cargos e Salários (PCS), não pôde ser negociado porque, segundo o banco, a Lei Eleitoral proíbe mudanças que possam levar a reajustes salariais às vésperas das eleições. As discussões sobre o PCS ficaram para depois de outubro.
Na questão da isonomia, a direção do BB jogou um balde de água fria no funcionalismo. Segundo os negociadores, o banco já avançou onde pôde e novas mudanças foram praticamente descartadas pela direção. “A licença-prêmio, por exemplo, foi totalmente negada pelo BB. Não conseguimos respostas para nenhuma das cláusulas apresentadas. Precisamos intensificar a pressão para arrancar novas conquistas do banco”, ressaltou Marcel.
Outras pendências, como a regularização do vale-transporte e o pagamento da verba de R$ 31,80, também continuam. O BB levou um técnico para provar que o vale-transporte está sendo pago corretamente. “Já entramos com uma representação no Ministério Público e vamos aguardar a manifestação dos promotores sobre o caso”, lembra Marcel.
A Comissão de Empresa provou para a diretoria do banco que a verba 109, de R$ 31,80, não está sendo paga a todos os funcionários que têm esse direito. O banco ficou de analisar.
Acordo prorrogado
Com o início das negociações complementares, o Banco do Brasil aceitou prorrogar as cláusulas do atual acordo até o dia 30 de setembro. A direção do BB se comprometeu a manter as conquistas trabalhistas dos funcionários na Campanha Nacional do ano passado. Com relação à PLR, o banco diz que pretende seguir o que for acordado com a Fenaban, mas manterá a proporcionalidade em relação ao que foi pago no ano passado.
Fonte: Contraf-CUT
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Negociações sobre a Cassi não avançam
24 de agosto de 2006 - 19:30 - Banco do Brasil
(São Paulo) A negociação desta quinta-feira entre a Comissão de Empresa dos Funcionários e o Banco do Brasil terminou sem avanços. As discussões centradas exclusivamente nas questões da Cassi continuam em impasse e nova rodada de negociações foi agendada para semana que vem, no dia 1º de setembro.
“As negociações estão muito devagar, o banco nos trouxe algumas propostas, mas elas são muito tímidas. Não são suficientes para resolver os problemas estruturais da Cassi, que precisam de soluções urgentes”, comentou Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa.
O Banco do Brasil concordou com as alterações estatutárias propostas pelos bancários, mas quer que as eleições da Cassi sejam realizadas de quatro em quatro anos e não a cada dois anos como é hoje.
O BB também aumentou a proposta de investimento de R$ 120 milhões para R$ 200 milhões que seriam utilizados em serviços próprios. “Este aumento foi positivo, mas o valor ainda está muito aquém do que o banco deve para a Cassi. Precisamos aumentar o investimento”, destacou Milton Rezende, vice-presidente da Contraf-CUT.
A diretoria do banco também propôs a redução da coparticipação de 20% para 15%, mas os bancários não concordam. “Nem queremos discutir esta questão porque não concordamos com o princípio da coparticipação proposto pelo banco. O BB também aceita assumir os dependentes indiretos, mas só daqui para frente. E o passado? E o déficit que temos hoje? O BB não quis discutir isto e a questão dos dependentes indiretos também não avançou”, explicou William Mendes, secretário de Imprensa da Contraf-CUT.
Plano Odontológico
O Banco do Brasil concorda em discutir a implantação do plano odontológico, mas a direção quer negociar na mesa específica. “Este é um assunto relativo à Cassi e queremos discutir sim na mesa da Cassi”, disse Olivan Faustino, do Sindicato da Bahia.
Antes da nova rodada de negociações sobre a Caixa de Assistência, os bancários e o BB agendaram um encontro no dia 31 para discutir as reivindicações específicas. A data ainda precisa ser confirmada, mas a ideia é negociar um dia antes da mesa da Cassi.
Fonte: Contraf-CUT
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Negociação unificada, reafirmada em reunião com o BB
17 de agosto de 2006 - 18:26 - Banco do Brasil
Fonte: Contraf-CUT
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Negociação unificada, reafirmada em reunião com o BB
17 de agosto de 2006 - 18:26 - Banco do Brasil
Entre as reivindicações estão isonomia e PCS. Discussão abrangeu ainda contraproposta para a Cassi e denúncia de casos de assédio moral
(Brasília) Na reunião do Comando Nacional e da Comissão de Empresa dos Funcionários com os representantes da direção do Banco do Brasil, foi reafirmada a participação do BB na negociação unificada que ocorrerá com todas as empresas financeiras na Fenaban, ao mesmo tempo da discussão de temas específicos.
Entre esses temas, a minuta entregue ressalta a devolução das horas compensadas em virtude das greves de 2004-2005, a isonomia de direitos entre todos os funcionários e Plano de Cargos e Salários a partir de 01/09/2006, independentemente da data de fechamento da Campanha Nacional do Ramo Financeiro.
Outro ponto discutido foi a contraproposta feita pelos trabalhadores para a Cassi, que inclui aporte de R$ 400 milhões por parte do banco (entre investimento em serviços próprios e recomposição de reservas do Plano de Associados), ressarcimento de déficits anuais e cumprimento do estatuto, com contribuição patronal equivalente a 1,5 vez a do funcionário. A direção do BB comprometeu-se a estudar e dar resposta a esse e outros pontos na próxima negociação.
O Comando voltou a cobrar também o pagamento de todos os meses da verba 109, de R$ 31,80, que o BB vem descumprindo para bancários com salário abaixo de R$ 1.500, como os das centrais CABB de São Paulo e Paraná. O banco disse que está avaliando juridicamente e que, se devido, fará o pagamento.
Denúncia de assédio moral
Na reunião, foram relatados casos de assédio moral por conta do programa Sinergia de Norte a Sul do País. Foi cobrada iniciativa concreta para combater essa prática. “Chegaram, num primeiro momento, a atribuir essa prática a uma ‘cultura autoritária’ da sociedade brasileira, dizendo que é coibida na empresa. Mas o que precisamos é de medidas efetivas de combate ao assédio moral e incentivar a educação dos gestores que utilizam essa prática, denunciados com documentos, para servir de exemplo”, conclui Marcel Juviniano, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários.
Fonte: Contraf-CUT
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Comissão de Empresa recebe estudo e proposta dos eleitos pra Cassi
11 de agosto de 2006 - 18:23 - Banco do Brasil
(Brasília) Na reunião do Comando Nacional e da Comissão de Empresa dos Funcionários com os representantes da direção do Banco do Brasil, foi reafirmada a participação do BB na negociação unificada que ocorrerá com todas as empresas financeiras na Fenaban, ao mesmo tempo da discussão de temas específicos.
Entre esses temas, a minuta entregue ressalta a devolução das horas compensadas em virtude das greves de 2004-2005, a isonomia de direitos entre todos os funcionários e Plano de Cargos e Salários a partir de 01/09/2006, independentemente da data de fechamento da Campanha Nacional do Ramo Financeiro.
Outro ponto discutido foi a contraproposta feita pelos trabalhadores para a Cassi, que inclui aporte de R$ 400 milhões por parte do banco (entre investimento em serviços próprios e recomposição de reservas do Plano de Associados), ressarcimento de déficits anuais e cumprimento do estatuto, com contribuição patronal equivalente a 1,5 vez a do funcionário. A direção do BB comprometeu-se a estudar e dar resposta a esse e outros pontos na próxima negociação.
O Comando voltou a cobrar também o pagamento de todos os meses da verba 109, de R$ 31,80, que o BB vem descumprindo para bancários com salário abaixo de R$ 1.500, como os das centrais CABB de São Paulo e Paraná. O banco disse que está avaliando juridicamente e que, se devido, fará o pagamento.
Denúncia de assédio moral
Na reunião, foram relatados casos de assédio moral por conta do programa Sinergia de Norte a Sul do País. Foi cobrada iniciativa concreta para combater essa prática. “Chegaram, num primeiro momento, a atribuir essa prática a uma ‘cultura autoritária’ da sociedade brasileira, dizendo que é coibida na empresa. Mas o que precisamos é de medidas efetivas de combate ao assédio moral e incentivar a educação dos gestores que utilizam essa prática, denunciados com documentos, para servir de exemplo”, conclui Marcel Juviniano, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários.
Fonte: Contraf-CUT
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Comissão de Empresa recebe estudo e proposta dos eleitos pra Cassi
11 de agosto de 2006 - 18:23 - Banco do Brasil
(São Paulo) A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil recebeu na tarde desta sexta-feira um projeto e estudos de proposta para a Cassi, entregue pelos diretores e conselheiros eleitos da Caixa de Assistência. Após a entrega, a coordenação da Comissão, a Contraf-CUT e os eleitos da Cassi debateram vários pontos importantes para os associados da Cassi.
“O estudo vai ao encontro das resoluções definidas pelos representantes dos funcionários no congresso do BB, realizado durante a Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, no final de julho. Ele quantifica a dívida do Banco do Brasil com a Cassi e exige o cumprimento do estatuto com a contribuição patronal de 4,5% para os funcionários que ingressaram no BB após 98. Também contempla a implantação do Plano Odontológico e traz estudos técnicos e atuariais que dão mais subsídios para a Comissão na hora de negociar com o banco”, explica Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa.
Segundo ele, a contraproposta que os eleitos da Cassi entregaram será analisada na reunião agendada para o próximo dia 16. No dia seguinte está marcada a negociação com o banco para debater os problemas da Caixa de Assistência.
“Vamos apresentar a nossa contraproposta para o banco, com vários pontos que garantem uma Cassi forte e obriga o BB a ter mais responsabilidade com a saúde dos seus funcionários. Na última negociação, o banco apresentou o seu projeto, mas ele foi rejeitado porque, depois de três anos de negociações, o BB quer passar a dívida para os associados. Vamos brigar muito, porque a Cassi é nossa prioridade”, afirma Marcel.
Os dirigentes eleitos da Cassi se colocaram também à disposição da Comissão de Empresa para participar dos debates, colaborarem nos estudos e nas negociações com o banco.
Fonte: Contraf-CUT
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Comissão de Empresa recebe sugestão de contraproposta para a Cassi
10 de agosto de 2006 - 18:58 - Banco do Brasil
(São Paulo) Os dirigentes eleitos da Cassi entregam nesta sexta-feira para a coordenação da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil um projeto de contraproposta para a Caixa de Saúde.
Segundo Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa, a contraproposta que os eleitos da Cassi vão entregar será analisada na reunião agendada para o próximo dia 16. “Um dia depois vamos negociar com o banco e a Cassi será um dos temas centrais da pauta”, explicou.
Durante a 8ª Conferência Nacional, os representantes dos funcionários do BB realizaram um Encontro específico e reafirmaram a rejeição da proposta de custeio da Cassi apresentada pela direção do banco.
“Os dirigentes sindicais autorizaram a Comissão de Empresa a negociar uma contraproposta que tenha como premissa a quitação do passivo do banco com a Caixa de Assistência, incluindo o pagamento dos 4,5% referentes à contribuição dos funcionários pós-98 e dos dependentes indiretos. Os delegados aprovaram ainda a implantação do Plano Odontológico”, detalhou Marcel Barros.
Fonte: Contraf-CUT
8.8.20
História da Cassi - Notícia da Contraf-CUT (22/maio/06)
22 de Maio de 2006 - 19:26 - Banco do Brasil
(São Paulo) Depois de três anos de negociações, o Banco do Brasil finalmente apresentou sua proposta para a Cassi. E causou profunda irritação nos representantes dos funcionários, com um projeto irresponsável e que cobra dos associados sua dívida de anos e anos de descumprimento do Estatuto.
“A proposta é um tapa na cara dos associados. O banco, além de não assumir sua responsabilidade, ainda quer passar a conta para aqueles a quem prejudicou. Depois de três anos e de ter falado que 2005 era o ano da Cassi, o banco vem com esta proposta lamentável”, comentou Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
Pela proposta, o banco continua descumprindo o Estatuto que define a contribuição patronal em 4,5% dos salários. Desde os tempos de FHC, o BB só paga 3% para os novos funcionários contratados após 1998. “Em vez de corrigir essa irregularidade, o BB ainda quer onerar o associado”, explicou Eduardo Araújo, representante de Brasília na Comissão de Empresa. O banco quer aumentar a participação dos associados pós-98 de 3% para 3,75% dos salários e também quer estabelecer sua participação em 3,75%. Ou seja, em vez de pagar 1,5 por 1, como prevê o Estatuto, quer equiparar suas contribuições às do funcionário.
O Banco do Brasil também prejudica o associado da Cassi em sua proposta de criar a participação compulsória do associado em exames e eventos. “A Comissão de Empresa não concorda com uma proposta que tem como fundamento aumentar a taxação dos trabalhadores. Foi o banco que levou a Cassi a sua situação atual e agora deveria assumir as consequências”, afirmou William Mendes, da Comissão de Empresa.
A proposta apresentada pelo banco também ignora o Plano Odontológico, reivindicação antiga do funcionalismo.
Os únicos pontos positivos da proposta ficaram por conta da assunção, por parte do banco, do custeio dos dependentes indiretos e de um aporte financeiro de R$ 120 milhões que se compromete a repassar em quatro anos, a título de investimento em serviços próprios da Cassi.
Fonte: Contraf-CUT
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COMENTÁRIO DO BLOG (08/08/20):
A história das lutas dos movimentos populares e dos trabalhadores está sendo apagada. Primeiro porque vivemos um período trágico de revisionismo por parte dos grupos conservadores que chegaram ao poder por golpe. Segundo porque a história das lutas sindicais está em boa parte em meio virtual, que deixa de existir assim que os sites originais fazem mudanças em seus servidores.
Um povo que não conhece sua história, não valoriza as conquistas que foram obtidas com muita luta de classe. Eu percebi isso quando fui eleito diretor de saúde da nossa Caixa de Assistência, com mandato entre junho/2014 a maio/2018.
Basta olhar a matéria reproduzida acima, de maio de 2006, para entender por que durante o período que representei os associados não permitimos que o banco "passasse a conta para o associado" sem assumir a responsabilidade dele nos déficits do sistema de saúde Cassi. Também fomos firmes em não permitir a quebra da solidariedade no Plano de Associados.
É isso! Imprimam e guardem a nossa história, pois já vivemos os tempos sombrios em que as fake news e a pós-verdade têm ludibriado a classe trabalhadora.