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31.7.20

Lutas bancárias em julho - Ameaças e resistências





Olá colegas bancári@s, em especial colegas do Banco do Brasil da ativa e aposentados e militância sindical bancária, espaço social onde passei a maior parte de minha vida.

Depois de dois anos sem postar neste blog sobre as lutas da Categoria Bancária, voltei a escrever nele neste mês de julho. Mesmo não estando mais no dia a dia das lutas diárias da categoria, pertenço à comunidade Banco do Brasil, segmento que concentra 200 mil trabalhadores da ativa e aposentados e o nosso espírito de pertencimento nos faz acompanhar a luta permanente pela manutenção do nosso banco público e dos direitos históricos que conquistamos com unidade, resistência e estratégias.

Estamos vivendo um período muito complicado de nossa história e não temos outra alternativa que não seja resistir aos ataques e ameaças que diariamente desafiam nossa sobrevivência. Vamos superar essa fase difícil do país e voltar a fortalecer nossos bancos públicos e recuperar sua importância para ajudar a sociedade. Também vamos resgatar nossos direitos que já nos roubaram e temos que envolver cada colega que conhecemos para resistirmos aos novos ataques do governo fascista e antipatriótico que quer destruir tudo que construímos em décadas de lutas.

Neste mês de julho, publicamos texto no blog alertando sobre a ameaça grave de redução de direitos de nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que se renova na data-base de setembro (ler aqui). Como a reforma trabalhista dos golpistas acabou com a ultratividade, e o governo Bolsonaro vetou a manutenção de direitos da CCT pelo menos enquanto durasse a pandemia, sem participação e mobilização, podemos perder direitos centrais da categoria ao final de agosto.

O sujeito que ficou na presidência do Banco do Brasil pediu para sair neste fim de mês. Isso não diminui a preocupação com nosso banco público porque o próximo que vier, pode ser pior. Como temos visto, toda vez que o governo troca um ministro ruim, entra um pior que o anterior. Estão enfraquecendo nosso banco. A entrega quase de graça de uma carteira de crédito para o banco do amigo (por 10% do valor) é um exemplo de gestão temerária desse pessoal que faz parte do mal chamado bolsonarismo.

Tivemos eleições em nosso fundo de pensão e, felizmente, a Chapa 1 - Previ para o associado venceu com um bom retorno dos participantes. A chapa representa o associativismo e a unidade das entidades dos associados. A eleição não facilita a vida que teremos pela frente por causa das diversas crises que enfrentamos, mas melhora a nossa perspectiva de luta em defesa da Previ e dos nossos direitos de complemento de aposentadoria.

Por fim, os banqueiros e governo já receberam as reivindicações dos bancários e a primeira rodada de negociação acontece na próxima semana. Um dos temas das discussões é o teletrabalho. Escrevi uma reflexão a respeito aqui no blog e apesar de concordar com a necessidade do home office por causa da tragédia da pandemia de Covid-19 que já matou mais de 91 mil brasileiras e brasileiros, no artigo discuto uma preocupação mais de fundo, em relação ao emprego bancário e à condição dos trabalhadores e seus direitos.

Não quero me alongar. A volta a escrever no blog é porque pelo menos registro impressões, registro a história de nossas lutas e isso é muito importante para a classe trabalhadora. Um problema sério da atualidade é a falta de registro das lutas porque sempre que vou pesquisar sobre nossa história, que nas últimas décadas passou a ter registro virtual (na internet), percebe-se que os links de matérias de pouco tempo atrás, dessa década mesmo, já não existem mais (história apagada!).

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Resumindo julho: vencemos eleição na Previ; os bancários começam as negociações com banqueiros e governo; direitos históricos da CCT estão em risco; tivemos dias de lutas na Caixa Econômica Federal; governo fascista ameaça a existência de nossos bancos públicos; e na minha opinião, teletrabalho é importante durante a pandemia, mas temos que pensar no emprego e direitos bancários após o controle desse vírus mortal.

Bom fim de semana a todas e todos. Se informem pelos sites das entidades sindicais e associativas e não pelos portais dos patrões e seus gestores do topo da estrutura. Nem aposte todas as fichas na imprensa, pois em algum momento ela vai falar mal da campanha salarial como fizeram com os metroviários nesta semana (a imprensa é quase toda dos banqueiros, literalmente). 

Bancári@s, fortaleçam os sindicatos se associando a eles, as entidades são a casa do trabalhador. Mesmo que vocês tenham alguma desconfiança ou discordância do seu sindicato, é ali que se organiza a defesa de nossos direitos históricos.

William Mendes

27.7.20

Chapa 1 - Previ para o associado vence eleições



(18h58)

A Chapa 1 - Previ para o associado venceu a eleição na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil.

Chapa 1 - 64.880 (58,14%)

Chapa 2 - 37.948 (27,73%)

Brancos - 5.978 

Nulos - 9.787 

(as informações do resultado são extraoficiais, ainda não constam do site da Previ. Mais tarde, atualizarei os dados)

Parabenizo a todos os participantes da Caixa de Previdência por terem participado e se envolvido no processo eleitoral. A Previ é uma gigante e mais de 100 mil pessoas participaram das eleições.

Parabenizo os componentes da Chapa 1 e desejo bom trabalho à frente da Diretoria de Seguridade e que todos os eleitos nos conselhos e diretorias possam realizar um bom trabalho em conjunto com os gestores indicados pela patrocinadora.

Agradeço a todos e todas que confiaram em nossa indicação de voto.

Se eu tivesse que tecer um único comentário a respeito deste processo, diria que a unidade do conjunto das forças progressistas e associativas da comunidade Banco do Brasil fez toda a diferença. Que esse processo traga reflexões ao conjunto dos movimentos populares e de trabalhadores.

Abraços, 

William Mendes

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Post Scriptum (21h10): 

(reprodução de matéria)
Chapa 1 vence as Eleições Previ 2020

Com 64.880 (58,14% do total de votantes), a Chapa 1 foi a eleita

A votação para definir quem são os dirigentes eleitos nos próximos quatro anos terminou nesta segunda-feira, 27/7, às 18h. A vencedora foi a Chapa 1 - Previ para o Associado. Confira abaixo o total de votos recebidos pelas duas chapas concorrentes:

VOTOS POR CHAPA 

Chapa                                              Votos                     %

Chapa 1 - Previ para o Associado  64.880               58,14
Chapa 2 - Mais União                      30.948               27,73

Foram 86.508 abstenções, 5.970 votos em branco e 9.787 nulos. O número total de eleitores foi de 111.595 (cento e onze mil e quinhentos e noventa e cinco). Confira o resultado final por estado consolidado no site da Previ.

O resultado das Eleições Previ 2020 será homologado pela Comissão Eleitoral após a conclusão das verificações que são realizadas pela auditoria externa e pela auditoria da Previ. Confira os membros da vencedora:

CHAPA 1 - PREVI PARA O ASSOCIADO

Nome                                        Cargo                               Mandato

Wagner de Sousa Nascimento - Diretor de Seguridade:  1/6/2020 até 2/6/2024

Ernesto Shuji Izumi - Titular do Conselho Deliberativo: 1/6/2020 até 2/6/2024

Fábio Santana dos Santos Ledo - Suplente do Conselho Deliberativo: 1/6/2020 até 2/6/2024

Carlos Alberto Guimarães de Sousa - Titular do Conselho Deliberativo: 1/6/2020 até 2/6/2024

Odali Dias Cardoso - Suplente do Conselho Deliberativo: 1/6/2020 até 2/6/2024

José Eduardo Rodrigues Marinho - Titular do Conselho Fiscal: 1/6/2020 até 2/6/2024

Rene Nunes dos Santos - Suplente do Conselho Fiscal: 1/6/2020 até 2/6/2024

Mirian Cleusa Fochi - Titular do Conselho Consultivo do Plano 1: 1/6/2020 até 2/6/2024

Rita de Cássia de Oliveira Mota - Suplente do Conselho Consultivo do Plano 1: 1/6/2020 até 2/6/2024

Maria Cristina Vieira dos Santos - Titular do Conselho Consultivo do Previ Futuro: 1/6/2020 até 2/6/2024

Tânia Dalmau Leyva - Suplente do Conselho Consultivo do Previ Futuro: 1/6/2020 até 2/6/2024

Próximos passos

Em conformidade com a Instrução Previc nº 13/2019, os documentos dos candidatos eleitos para mandatos de diretor, conselheiro deliberativo e conselheiro fiscal serão enviados para a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), que emite um atestado de habilitação do dirigente.

Esse atestado de habilitação será recebido pela Previ antes da posse do candidato eleito. A qualificação de seus dirigentes e sua prévia habilitação, na forma da legislação vigente, reforçam a boa governança e a garantia de uma gestão técnica e voltada para o cumprimento da missão da Entidade.

Transparência

De 13 a 27/7/2020 os associados puderam votar para definir o diretor de Seguridade, dois membros titulares e dois suplentes para o Conselho Deliberativo, um titular e um suplente para o Conselho Fiscal, e um titular e um suplente para os Conselhos Consultivos do Plano 1 e do Previ Futuro. A Diretoria Executiva e os Conselhos Deliberativo, Fiscal e Consultivo têm metade de seus integrantes indicados pelo Banco do Brasil, entre seus funcionários da ativa, enquanto a outra metade é eleita pelos participantes. Esse modelo de paridade é um dos pilares da governança fortalecida da Previ, reconhecidamente uma das melhores no segmento entre as entidades fechadas de previdência complementar.

Para que os associados pudessem exercer seu direito ao voto de forma consciente, a Previ implementou uma série de ações que proporcionaram mais transparência nas Eleições. Todas as informações sobre o processo eleitoral foram divulgadas na página especial das Eleições, como os materiais de campanha de cada chapa, publicados semanalmente às quartas-feiras no site da Previ e no App, e o Boletim Especial das Eleições Previ 2020, que trouxe propostas, composição e currículos dos membros das duas chapas concorrentes.

O associado pôde também consultar a Resenha Previ Especial Eleições, que explicou a importância da votação para o futuro da Entidade, e assistir ao programa Previ Entrevista, disponível no canal da Previ no YouTube, que sabatinou candidatos à Diretoria de Seguridade com perguntas enviadas pelos associados.

Fonte: site da Previ

25.7.20

Campanha Nacional dos Bancários (IV)




Olá colegas bancários e bancárias e demais trabalhadores! Olá colegas bancári@s aposentados!

Em linhas gerais, o que vi de acontecimentos nesta semana que passou em relação à categoria bancária, ao setor bancário e à política relativa a isso?

No início da semana, os trabalhadores aprovaram as minutas reivindicatórias da categoria bancária em assembleias virtuais, meio de consulta utilizado por causa da pandemia do novo coronavírus. Ainda durante a semana, as reivindicações foram entregues aos bancos. Bancários pedem aumento real para salários e demais conquistas remuneratórias e assistenciais e querem debater teletrabalho.

As ameaças ao emprego bancário e às conquistas históricas são fortíssimas! São sérias e se cada pessoa não se informar e não se envolver, os bancários terão perdas de direitos importantes! Se informem através dos sites de suas entidades sindicais e associativas.

Ameaças aos bancos públicos: o governo fascista segue destruindo nossos maiores patrimônios - o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. A Caixa já perdeu bilhões de reais de seu patrimônio. Esta semana teve novo dia nacional de lutas, na quinta 23. A estratégia de desfazer as empresas públicas fatiando e vendendo suas estruturas é uma forma lesiva de fragilizar a atuação das empresas.

O Banco do Brasil segue nas páginas de notícias por atos e fatos que nos causam grande tristeza, pelo espírito de pertencimento que temos em relação ao nosso BB e nossas comunidades. Depois do ato muito suspeito de entregar uma carteira de crédito para empresa com ligações com um dos ministros do governo fascista, com desconto de 90% do valor (90%), a direção expediu comunicado nesta semana que pode levar milhares de colegas a se exporem ao Covid-19, mesmo tendo coabitação com grupos de risco. Contraf-CUT e sindicatos atuaram para amenizar a questão.

BB SEM PRESIDENTE - O sujeito que estava na presidência do Banco do Brasil pediu para sair nesta semana. Ele era das relações do "super" ministro da economia. Deixa em sua passagem exemplos do que nunca se deveria fazer como gestor de uma empresa como a nossa. Proibiu campanha publicitária com destaque para a diversidade e em busca de novos clientes; passou todos os dias de sua atuação no banco defendendo o fim do próprio banco, sua privatização. E no final, deu uma carteira de crédito por 10% de seu valor, para empresa dos amigos.

A direção da Caixa Econômica Federal não compareceu à entrega das reivindicações dos bancários à Fenaban. Sabemos que o governo fascista e seus indicados nas direções dos bancos públicos querem isolar os trabalhadores, retirando eles da campanha nacional dos bancários. Resistam, resistam colegas! Porque nossa unidade dificultou muito a vida dos banqueiros e governos, ao fortalecer a nossa luta. Foram anos de lutas para que o BB e a Caixa assinassem a CCT da categoria em 2005 e 2006. Ajudei a construir essa história de unidade.

Eleições na Previ

Amig@s, segue em andamento até segunda-feira o processo eleitoral na nossa Caixa de Previdência, a Previ. Nós apoiamos a Chapa 1 - Previ para o associado. São quase 200 mil participantes com direito a voto e o quórum é de 50% + 1 para que a eleição seja válida. Contatem os colegas que não votaram ainda e vamos proteger o nosso fundo de pensão contra as ameaças que a crise nos impõe. O governo já indica a metade da direção através do patrocinador BB. Vamos eleger a nossa metade. Votem Chapa 1.

Abraços a todas e todos! Se informem através dos canais das entidades dos trabalhadores. Não são os banqueiros e seus representantes diretos que vão defender seus direitos. Sindicalizem-se também!

William Mendes

22.7.20

Como anda a saúde da classe trabalhadora?



Reflexão

Falar sobre saúde não é uma coisa simples, principalmente para aqueles que não têm formação ou atuação e experiência na área. A pergunta deste artigo não é uma pergunta neutra. Nem poderia ser, pois quem fala, sempre fala de algum lugar, mesmo aqueles denominados ou autodeclarados "técnicos" e "especialistas". Todos somos humanos e não somos neutros, mesmo quando temos que atuar de forma imparcial por profissão ou representação social como, por exemplo, devem ser os juízes nos órgãos de Justiça.

Como será que anda a saúde da classe trabalhadora? Se especifico "classe trabalhadora" é porque vejo duas condições dadas para as pessoas que vivem em nossa sociedade, dois segmentos em relação ao acesso à saúde: o segmento das pessoas que vendem ou venderam sua força de trabalho para sobreviver e vivem de seu salário ou dos bicos que fazem, do benefício de aposentadoria, ou algum tipo de assistência fornecida pelo Estado ou por alguém (talvez o segmento social que abranja mais de 95% do nosso povo); o outro segmento é o daquelas pessoas que vivem do capital, de renda, de herança, de aluguéis e arrendamentos, da exploração dos outros, da mais-valia retirada daquelas pessoas que vendem sua força de trabalho.

Falar sobre saúde não é uma coisa simples, mas é uma coisa necessária. É possível falar de saúde sendo um técnico ou especialista na área, bem como sendo uma pessoa que acumulou conhecimento e experiência na área. Aliás, a área "saúde" é imensa, e é bem provável que um técnico ou especialista em saúde saiba muito de sua especialidade e não saiba quase nada de outra área da saúde. Exemplo: um médico especialista em coração, em sistema circulatório, pode ainda ser um generalista em saúde integral, por ter tido contato de forma panorâmica com todas as áreas ou feito especialização em Saúde da Família e Comunidade. Mas será que ele, especialista em coração e sistema circulatório, tem conhecimento para falar de gestão de sistemas de saúde? Pode ser que sim e pode ser que não.

Durante nossa vida de representação sindical, aprendemos as noções básicas de diversas áreas de interesse da classe trabalhadora e do mundo do trabalho, até porque negociamos sobre os temas em mesas com patrões e seus especialistas nas áreas negociadas. A categoria bancária se organizou ao longo da história para fazer debates de alto nível com os bancos e governos. Nas negociações temáticas e por banco, se acumula grande experiência e conhecimento. Ser dirigente sindical é uma oportunidade ímpar para se aprender além do que se aprende nas grades curriculares da educação formal. Aprende-se muito como representante de classe.

A jornada de lutas e representação dos bancários me proporcionou um novo saber, após ganhar conhecimento do mundo do trabalho bancário: a oportunidade de ser um gestor de saúde eleito pelos trabalhadores da ativa e aposentados do BB. Foi uma experiência incrível sob diversos pontos de vista. Aprendi bastante sobre sistemas de saúde, sobre direitos em saúde; aprendi sobre a história de lutas por saúde na categoria bancária e na comunidade do Banco do Brasil. E também conhecemos um pouco sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). Tive contato direto por quatro anos com os mapas de saúde dos colegas do banco na ativa. Conheci a condição de saúde dos colegas aposentados por gerir o sistema Cassi.

Em linhas gerais, pelo que pude acompanhar durante 4 anos lidando com gestão de saúde, os mapas de saúde do povo brasileiro pedem atenção. Temos um nível alto de doenças crônicas em nossa população. Doenças evitáveis e que mesmo após serem realidade na vida das pessoas, são doenças que poderiam ser tratadas e acompanhadas permitindo boa qualidade de vida aos crônicos. A questão central é que para as pessoas terem melhores condições de saúde é necessário um conjunto de fatores multidimensionais que envolvem, por exemplo, condições de trabalho, de remuneração, de educação e cultura, de moradia, saneamento básico, alimentação, segurança, controle de estresse e pressões no dia a dia etc. As pessoas deveriam ser acompanhadas por sistemas de Atenção Primária e Estratégia de Saúde da Família e Comunidade.

Através de estudos que fizemos no sistema de saúde dos bancários do BB, pudemos comprovar o quanto a condição de saúde é favorecida quando as pessoas têm acompanhamento por um sistema de prevenção e monitoramento como é o caso da APS/ESF e programas de saúde ao longo do tempo. As despesas assistenciais em grupos cuidados são bem menores que as despesas assistenciais em grupos não cuidados de forma permanente. 

Nível de estresse e sofrimento após a pandemia de Covid-19 pode piorar as condições de saúde e as doenças crônicas dos colegas da ativa e aposentados

Por conhecer um pouco da condição de saúde do povo brasileiro e conhecer um pouco mais da condição de saúde das pessoas na comunidade Banco do Brasil, fico me perguntando como deve estar a condição de saúde dos colegas após o advento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) neste momento de nossas vidas. É provável que todo ser humano esteja passando por algum nível de estresse emocional neste momento, independente de suas visões de mundo. E é provável que os níveis de estresse vão aumentando e se tornando causadores de maiores sofrimentos à medida que o colega esteja na ativa e tenha que se arriscar a estar nos locais de trabalho, e se deslocar para o trabalho, e voltar para casa com risco de contaminação de sua família etc.

O mesmo nível de estresse e sofrimento pode estar ocorrendo com os colegas dos grupos de risco, com mais idade, com comorbidades, que tenham que se manter em isolamento por tantos meses como já vivenciamos neste semestre de pandemia. E as colegas bancárias que criam sozinhas seus filhos? E os colegas bancários que estão sem plano de saúde, então? E os colegas bancários que não estão mais conseguindo pagar a mensalidade do plano de saúde (que ainda pagam coparticipações abusivas) e já excluíram dependentes do plano? E os trabalhadores desempregados? E os milhões de pessoas sem condição alguma de cidadania? Enfim, são tempos de grande estresse emocional e níveis de sofrimento.

Por ter espírito de pertencimento à classe trabalhadora e à categoria bancária, a gente se solidariza com todo esse sofrimento coletivo e com o sofrimento de cada pessoa, porque cada pessoa é única e cada vida importa. É provável que a gente escreva mais sobre esse tema saúde porque tudo pode ser diferente, tudo pode mudar e a vida das pessoas pode ser melhor e mais saudável. Nós já experimentamos tempos melhores e mais felizes para a classe trabalhadora brasileira. As oportunidades traziam realizações pessoais e coletivas. Os tempos estão difíceis, mas com unidade, consciência e mais envolvimento das pessoas, podemos resgatar a felicidade e os direitos da cidadania.

Abraços a todas e todos da classe trabalhadora.

William Mendes


Post Scriptum:

Hoje pela manhã, fiquei muito triste ao saber do falecimento do companheiro Fábio França, companheiro de trabalho e lutas em prol da classe trabalhadora. Pelo que pude apurar através das mensagens, Fábio teve um AVC e não resistiu. Estivemos juntos ano passado, quando gravamos no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região um vídeo falando sobre os 30 anos dos congressos dos funcionários do Banco do Brasil. Fábio era jovem, atuava na área da educação, e deixará saudades a tod@s que conviviam com ele. Meus sinceros sentimentos à família e amig@s. Fábio, presente!

20.7.20

Campanha Nacional dos Bancários (III)



(Reprodução de matéria)

Bancários realizam assembleias para aprovarem minuta de reivindicações

Sindicatos divulgarão link para votação por meio eletrônico, que se inicia a partir das 18h desta segunda-feira e segue até 22h de terça


Sindicatos de bancários de todo o país realizam assembleias nesta segunda e terça-feira (20 e 21) para aprovarem a minuta de reivindicações da categoria, aprovada na 22ª Conferência Nacional no sábado (18). A votação se inicia às 18h desta segunda-feira (20) e segue terça, às 22h.

Em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus, as assembleias serão virtuais.

A maioria dos sindicatos do país optou por realizar suas assembleias pelo sistema eletrônico de votação disponibilizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), mas, o ideal é que, para votar, os bancários e as bancárias acessem os sites de seus sindicatos e busquem informações sobre a assembleia e o link para a votação.

Após a aprovação pelas assembleias, a minuta será apresentada à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na quinta-feira (23), às 14h30.


Índice

Depois do debate sobre as propostas, os delegados aprovaram a reivindicação de reajuste de inflação mais 5% de aumento real nos salários e todas as cláusulas econômicas.

Home office

A 22ª Conferência também aprovou a inclusão na minuta de uma cláusula para regular o trabalho home office, que não pode ser imposto pelo banco, para estabelecer, entre outras coisas, que os custos do teletrabalho sejam arcados pelos empregadores, assim como o fornecimento dos equipamentos de trabalho e ergonômicos. A cláusula também proíbe que sejam retirados direitos dos trabalhadores que cumprirem suas funções em suas casas, à exceção do vale-transporte/combustível, que deve ser fornecido com valor proporcional aos dias de comparecimento do trabalhador no banco, definindo que estes tenham de realizar suas atividades no próprio local de trabalho, pelo menos, uma vez por semana.

Metas abusivas

A Conferência também aprovou uma proposta para que seja feita uma atualização da cláusula que trata sobre o estabelecimento e a cobrança de metas pelos bancos.

Uma vez que um dos eixos da campanha será a luta pela saúde e melhores condições de trabalho para a categoria.

Demais cláusulas

As demais cláusulas hoje presentes na CCT foram mantidas na minuta de reivindicações.

Outros eixos

A campanha terá como prioridade a manutenção dos empregos e dos direitos, a defesa dos bancos públicos e o reajuste do valor da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) pelo mesmo índice da campanha.

Fonte: Contraf-CUT

17.7.20

Campanha Nacional dos Bancários 2020 (II)



Nesta sexta e sábado, bancárias e bancários brasileiros se reúnem em Conferência Nacional para traçarem estratégias e definirem pautas e bandeiras de lutas para a categoria, que tem sua data-base no mês de setembro. Vi a programação do evento e percebe-se que teremos palestrantes de qualidade no encontro, que promete ter transmissão pela internet.

Após duas décadas de participação direta na construção das estratégias e da luta desta categoria com longa história de lutas e conquistas, hoje não estou mais na ativa junto com os colegas, mas confesso que minha preocupação e militância não arrefeceu e tenho espírito de pertencimento, tanto em relação à comunidade BB, inclusive por causa de nossas caixas de saúde e previdência, quanto em relação ao forte sentimento solidário que sinto pelos bancári@s nas bases.

Neste momento de pandemia mundial e de novas realidades que isolam cada dia mais os trabalhadores uns dos outros, temos que pensar formas de nos mantermos informados e irmanados porque sozinhos não somos nada e o patronato fica muito à vontade para destruir todos os nossos direitos históricos, inclusive os direitos sociais em saúde, previdência e participações nas instâncias e instituições da comunidade bancária.

Colegas da ativa e aposentados, vamos nos unir mesmo que virtualmente neste momento e tomar conhecimento de tudo o que está acontecendo e das ameaças que pairam sobre nossos direitos e as formas de resistirmos e seguirmos existindo.

Abraços e vamos nos inteiras dos debates da Conferência dos Bancárixs.

William

16.7.20

Eleições Previ - Chapa 1 é a melhor opção




Olá colegas da comunidade Banco do Brasil!

O processo eleitoral de nossa Caixa de Previdência, a Previ, se iniciou nesta segunda-feira 13 e vai até o dia 27 de julho. A Previ renova parte das diretorias e dos conselhos neste ano, sendo parte das renovações eleita pelos associados e parte indicada pelo patrocinador Banco do Brasil.

Só pela apresentação que fizemos acima já fica fácil para os associados perceberem que o patrocinador - o Banco do Brasil (Governo Federal) - já indica uma parte da gestão do maior fundo de previdência complementar da América Latina. É muito importante que os associados escolham representações identificadas com o lado dos trabalhadores. O banco já indicará gente de sua confiança na gestão.

Nesta eleição, temos duas chapas inscritas. A Chapa 1 - Previ para o associado é a chapa que tem identificação com os trabalhadores da ativa e aposentados e suas entidades associativas: somos uma comunidade secular de bancários e bancárias. 

É fundamental mantermos o equilíbrio decisório em nossa Caixa de Previdência. A Chapa 1 congrega homens e mulheres, da ativa e aposentados, dos dois planos, com experiência e com história de defesa dos direitos dos associados e trabalhadores para seguirmos mantendo a Previ com o equilíbrio econômico-financeiro e a estabilidade que ela conquistou ao longo de sua história.

Colegas, participem e votem. Até a tarde de hoje, mais de 66 mil associados já haviam exercido o seu direito de votar. Somos mais de 198 mil participantes com direito a voto. Participem.

Fraterno abraço a todas e todos.

William Mendes

15.7.20

O Banco do Brasil é dos brasileiros


Olá colegas bancários e bancárias da ativa e aposentados!


Neste fim de semana aconteceu o 31º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil. Por causa da pandemia mundial de Covid-19 o evento foi virtual e transmitido pela internet. Como cidadão que participou da história de construção da organização nacional dos bancários, dediquei o meu dia a assistir a todos os painéis.

Reproduzo abaixo uma das matérias a respeito do 31º CNFBB. Vale a pena dedicarmos dez minutos para ler sobre a importância do nosso banco público e sobre a importância de nossos direitos históricos: defender o BB é mais que uma agenda corporativa, é uma agenda de desenvolvimento nacional.

As informações nos ajudam a criar um espírito de pertencimento sobre o quanto a nossa existência é fundamental para o Brasil e os brasileiros. 

Leiam! Compartilhem com um ou dois colegas. Dediquem dez minutos por dia para esse tema de nossa vida.

Abraços, 

William Mendes

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(reprodução de matéria)

Painel "O banco é dos brasileiros" abre os debates do 31º CNFBB

Após debater sobre questões de organização, o painel “O banco é dos brasileiros” abriu os debates do 31º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, na manhã deste domingo (12). Os convidados falaram a respeito do papel desempenhado pelo Banco do Brasil no microcrédito, crédito para pequenos e microempreendedores, para agricultura familiar e a importância deste patrimônio para a sociedade brasileira.

Leonardo Penafiel Pinho, presidente da Unisol Brasil e vice-presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos, foi o primeiro a falar e disse que ficou muito orgulho de participar do 31º Congresso Nacional, pelos trabalhadores e trabalhadoras do Banco do Brasil que, apesar dessa pandemia, têm feito essa grande mobilização virtual. “Esses trabalhadores estão neste congresso defendendo o Banco do Brasil não numa perspectiva apenas de defender uma agenda corporativa, por ser funcionários do banco. É uma defesa do desenvolvimento nacional, de uma agenda em defesa do Brasil. É nesta perspectiva que a Unisol reafirma seu compromisso com um Banco do Brasil público e voltado a uma agenda de desenvolvimento sustentável, um desenvolvimento social no Brasil.”

O presidente da Unisol Brasil baseou a fala em duas grandes agendas em que o cooperativismo internacional tem compromisso: A agenda 2030, um plano de ação para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade, com 17 objetivos e mais de 200 metas que visam o desenvolvimento sustentável do Planeta; e ‘A década da agricultura familiar’, um plano de ação global contra a fome e a pobreza rural até 2028. “A agenda de privatização do Banco do Brasil é uma agenda contra o Brasil. É o entreguismo aos interesses do mercado financeiro internacional. Querem entregar um banco que é lucrativo e premiado.”

Pinho defendeu o BB público ao mostrar as transformações sociais que o banco realiza ao seguir um modelo de desenvolvimento social. “A carteira de negócios de impacto social do banco movimentou por volta de R$ 70 bilhões em saldo, só o ano passado. Esses arranjos produtivos criam uma indução econômica que movimenta parcelas importantes do PIB brasileiro. Nós estamos falando de um banco indutor de desenvolvimento, um banco indutor de desenvolvimento sustentável, atrelados à agenda 2030.”

O palestrante lembrou ainda que além da agricultura familiar, da agroecologia, da agenda 2030, dos negócios de impacto social que movimentam bilhões de cadeias produtivas no Brasil, o Banco do Brasil cumpre um papel na cultura brasileira. “Graças ao Banco do Brasil foram mais de 3 milhões de pessoas que tiveram acesso à cultura, através dos eventos culturais Banco do Brasil. Então o Banco do Brasil também é um importante instrumento de fomento à cultura e à identidade nacional. É um importante instrumento também na habitação popular”, afirmou.

“Eu venho aqui em nome da Unisol Brasil e do Conselho Nacional de Direitos Humanos afirmar que o Banco do Brasil é um banco de promoção de desenvolvimento nacional. Quem defende a sua privatização não é patriota, não é nacionalista. É entreguista aos interesses do mercado financeiro internacional. Queremos um BB público para garantir o desenvolvimento sustentável, um desenvolvimento nacional, que agregue valor no campo brasileiro, fomentando a agroecologia, agricultura familiar e também tragam o desenvolvimento sustentável nas cidades. Para isso precisamos, não de fechamento de agências. Nós precisamos interiorizar cada vez mais o Banco do Brasil, para ter uma economia solidária e promover o bem viver para a sociedade brasileira. Parabéns aos trabalhadores do Banco do Brasil, conte com a Unisol Brasil e com o Conselho Nacional de Direitos Humanos”, finalizou Leonardo Penafiel Pinho.


Fundos de Previdência

Em sua palestra, o diretor de Seguridade da Previ, Marcel Juviniano Barros, destacou a importância dos bancos públicos e de seus fundos de previdência na dinamização da economia do Brasil, principalmente no interior do País. “O maior pagador de benefícios, como os do INSS, é o Banco do Brasil. Trabalhei em agências do Interior e vi que o banco público é o maior pagador. Os bancos privados ficam só nas capitais. Em Alagoas, por exemplo, são os bancos públicos que estão nas cidades do Interior. Não interessa para os bancos privados ir para essas cidades”.

Marcel explicou como os fundos de previdência dos bancos públicos são importantes para as pequenas, micro e médias empresas, bem como para a agricultura familiar. “Em um fundo de previdência como a Previ, todos os funcionários do Banco do Brasil colocam um pouco de seus salários em investimentos que vão para o setor produtivo. Já os bancos privados investem quase 90% em renda fixa, um investimento que é contra o País. Quem paga essa conta somos nós, os cidadãos”, alertou Marcel.

Os bancos públicos, destacou Marcel na palestra, colocam seus investimentos em empresas que vão gerar a riqueza do país. “O investimento da Previ vai fazer o país crescer. São os bancos públicos que têm esse compromisso”, disse. Marcel falou que se o ministro da Economia, Paulo Guedes, tivesse compromisso com o Brasil, faria com que os investimentos dos bancos privados fossem também colocados na produção do País.

As diferenças entre as políticas de investimentos dos bancos públicos e os privados, para Marcel, precisam ser debatidas no movimento popular. Ele acredita que o debate tem de ser feito, por exemplo, pelas associações de moradores e cooperativas de produtores.


Instituição de Estado para o desenvolvimento do Brasil

O economista Murillo Francisco ressaltou a importância do Banco do Brasil como uma instituição de Estado, imprescindível para o desenvolvimento do país e para ajudar o país a se recuperar no pós-pandemia. “A pandemia paralisou a economia. Prejudicou o capital de giro das empresas e o desemprego, que já estava em alta, aumentou ainda mais. Além dos 12,8% de desempregados, existem outros 17 milhões de pessoas que desistiram de procurar emprego e não são considerados como desempregados pela pesquisa do IBGE. Isso dá um número muito grande que chega a cerca de 30 milhões de pessoas desocupadas”, observou o economista.

Segundo Murillo, houve redução enorme dos postos de trabalho em várias áreas da economia, o que gerou uma queda de 7,3 bilhões na massa de rendimento, com consequência no aumento do endividamento e da paralisação da economia.

Neste contexto, os bancos estão sendo muito criteriosos na concessão de crédito e as empresas não conseguem ter aceso aos recursos. “Em situação de crise e de aumento de risco, os bancos retiram crédito, aprofundam a crise, não ajudam na sua superação”, destacou o economista.

Murillo disse que, se observarmos os dados, veremos que teremos uma profunda e prolongada crise econômica e a atividade bancária, de concessão de credito, está sendo barrada por essa perspectiva.

“É aí que entram os bancos públicos. Neste contexto os riscos têm que ser compartilhados e a gente precisa de concessão de crédito com análise diferente da do mercado e prazo mais alongados. O mercado não se dispõe a isso”, disse o economista. “O Banco do Brasil tem mais de 200 anos e tem expertise de atuação na ponta, junto às micro, pequenas e médias empresas e ao produtor rural. Está presente em todos os setores da economia de maneira geográfica e estrutural. O Brasil não é para amadores e o Banco do Brasil tem esse conhecimento e pode realizar isso para contribuir com a recuperação da economia”, disse Murillo ao concluir sua reflexão.

Fonte: Contraf-CUT

14.7.20

Teletrabalho ou home office é bom pra quem?




A condição de pandemia é uma exceção, uma excepcionalidade. Vai passar uma hora. Mas, e depois? Os capitalistas decidiram apostar neste modelo de organização do trabalho que tem menos custo fixo e isola o trabalhador em sua bolha caseira (de sofrimento?). E aí? Isso é bom pra quem?


Olá colegas bancárias e bancários!

A pandemia mundial do novo coronavírus chegou de forma abrupta em nossas vidas mudando tudo, mudando a nossa realidade, o nosso cotidiano no trabalho, na família, nos espaços de formação, no lazer, nas mais diversas dimensões de nossas vidas.

Todos os eventos diários (que viram "notícia") nos levam a nos concentrarmos em alguns assuntos e temas e nos levam a deixar de lado outros assuntos e temas. Essa é uma questão de pauta, de quem define a pauta, a agenda de interesses em nossas vidas. De acordo com a realidade objetiva, a maioria de nós somos pessoas que vivem do seu trabalho atual ou do fruto do seu trabalho ao longo da vida.

As mulheres estão inseridas no mundo do trabalho assim como os homens. Mulheres e homens compõem os 90% ou mais de pessoas que não vivem de renda ou riqueza ou herança (aquela pequena porcentagem de donos do mundo). Na categoria bancária, as mulheres representam praticamente a metade da categoria, sendo pouco mais de 50% conforme o banco observado.

FAMÍLIAS FORMADAS POR MÃES SOLO

Li uma pesquisa recente que aponta que 11,6 milhões de famílias brasileiras são formadas por mães solo. É muita coisa! Sempre que lemos alguma pesquisa sobre desigualdade de gênero, vemos que as mulheres são mais escolarizadas e que, mesmo assim, as mulheres ganham menos que os homens. Que ocupam menos postos de trabalho nos níveis hierárquicos maiores. Que as mulheres negras têm remuneração menor ainda que as mulheres brancas. E além de tudo isso, cuidam sozinhas de seus filhos.

A campanha nacional dos bancários está em seu início e um dos temas que devem e precisam ser debatidos, entendidos e negociados com os bancos de lucros bilionários é o estabelecimento de direitos para essa realidade imposta de forma abrupta para a classe trabalhadora. E o patronato está se movimentando rapidamente para aumentar seus lucros e sua exploração em cima dos trabalhadores.

Os meios de comunicação que constroem a pauta, aquilo que falei no início do artigo e que faz a gente se concentrar em algumas coisas e não ver ou esquecer outras, estão vendendo a ideia que trabalhar em casa é tudo de bom! Num passado recente (últimas 3 décadas), esses meios de comunicação disseram que era ótimo não ter mais salário, quando os capitalistas inventaram a remuneração variável para diminuir custos fixos com mão de obra (se não vende, não recebe nada). 

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Para acabar com nossos direitos foi "ótimo" não pagarem mais salário. Agora parece "ótimo" trabalhar em casa, tudo por sua conta e risco.
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Temos que pensar a respeito! A cesta alimentação dos bancários é de R$ 609,88 ao mês, temos inclusive a 13ª cesta alimentação; o vale refeição é de R$ 35,18 ao dia (R$ 773,96), o auxílio creche/babá é de 468,42 ao mês. Essas conquistas arrancadas com organização sindical e greves são as cláusulas 14, 15, 16 e 17 da Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários (CCT/Contraf-CUT 2018/20120). 

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Vocês acham que banqueiro gosta de pagar direitos a bancários? E se os bancários estiverem sozinhos em bolhas caseiras sem organização?
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Os bancos já decidiram se desfazerem de prédios inteiros onde trabalhavam milhares e milhares de bancários. Vão lucrar milhões e milhões com isso. Enquanto isso, as bancárias e os bancários, muitas delas pertencentes às famílias de mães solo, estão tentando trabalhar e cumprir metas absurdas cuidando dos filhos e das diversas jornadas que as mulheres já enfrentam.

Pensem nisso! Os bancos e os capitalistas não brincam em serviço. As mídias deles (praticamente todas as mídias comerciais pertencem a banqueiros e capitalistas) já estão atuando para dizer que é "ótimo" trabalhar em casa e se estão vendendo essa ideia é porque alguma coisa deve ser bem ruim para a classe trabalhadora e a máquina de construção de pauta e agendas já está em funcionamento.

Como os trabalhadores vão se organizar sozinhos em suas bolhas caseiras de sofrimento? Como vamos fortalecer nossos sindicatos dessa forma? Vocês são sindicalizad@s? Pensem a respeito e conversem com seus representantes sindicais.

Abraços a todas e todos,

William Mendes


Fonte de informações:

- Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários (CCT/Contraf-CUT)
- Artigo: https://falauniversidades.com.br/abandono-afetivo-paterno-alem-das-estatisticas/

13.7.20

Voto Chapa 1 - Previ para o associado




Olá colegas da comunidade Banco do Brasil!

Hoje, segunda-feira 13, começa o processo de votação para a renovação de parte da diretoria e conselhos da nossa Caixa de Previdência, a Previ.

Nossa Previ é uma das caixas de previdência complementar mais antigas do mundo e o fato de ela ainda hoje existir e ser uma das maiores entidades de previdência fechada em funcionamento tem uma razão central: ela é administrada pelos próprios associados que a criaram e é protegida pelas entidades representativas dos associados.

Os processos históricos gastam certo tempo para se fazerem notar em retrospectiva, isso é da natureza da história. No entanto, alguns eventos históricos estão se mostrando com mais velocidade neste início de século XXI. Em duas décadas deste século, pudemos ver claramente a importância das entidades sindicais e associativas na defesa da Previ, dos associados e do próprio Banco do Brasil.

O modelo de gestão da Previ foi construído pelos associados na reforma estatutária de 1996 e, de lá para cá, nossa Caixa de Previdência enfrentou com muita segurança cenários políticos e econômicos bons e ruins. A Previ está bem, equilibrada e pagando os benefícios em dia num dos cenários mais graves de sua história. Que bom!

Nossas entidades sindicais e associativas já reverteram ataques importantes contra nossos recursos e direitos na Previ. Revertemos ataques aos recursos como o governo FHC fez no início dos anos dois mil. Melhoramos benefícios e direitos dos beneficiários por quase duas décadas. Isso também é bom! Não podemos abrir mão dessa parceria histórica com as entidades associativas e cair em falácias contra a organização dos trabalhadores.

Voto e apoio a Chapa 1 - Previ para o associado porque é uma Chapa que congrega as competências necessárias para a gestão da nossa Previ e congrega em seu apoio as entidades do funcionalismo. Isso é fundamental em momento de crise tão profunda em nosso país e no mundo, por causa das crises sanitárias, políticas e econômicas que enfrentamos.

Contamos com o apoio e voto dos colegas associados desta comunidade Banco do Brasil.

William Mendes

12.7.20

Defesa dos bancos públicos e dos trabalhadores


Olá colegas bancários da ativa e aposentados!

A categoria bancária esteve reunida em congresso virtual neste fim de semana debatendo e organizando a pauta de reivindicações e as bandeiras de lutas dos trabalhadores dos bancos públicos brasileiros para que na próxima semana a pauta geral seja concluída na Conferência Nacional dos Bancários.

Os trabalhadores bancários são uma das categorias mais organizadas do país em relação à estrutura representativa e o resultado dessa organização é a Convenção Coletiva de Trabalho e aditivos por bancos (CCT/ACT), assinados com as entidades representativas dos bancos públicos e privados ao final da campanha unificada da categoria. 

Conheço bastante essa história porque participei por duas décadas da construção das estratégias da categoria. A história de lutas dos bancários é referência no mundo todo e neste momento de crise política, econômica e social será necessário que cada colega da ativa se envolva na campanha de 2020, pelo menos dedicando alguns minutos por dia para se informar sobre os acontecimentos. 

Aliás, os colegas aposentados dos bancos públicos precisam se envolver também. Qualquer alteração ou perda de direitos em saúde e previdência complementar, e qualquer ameaça aos bancos públicos, equivale a risco sério para Cassi, Previ, Saúde Caixa, Funcef e demais entidades de saúde e previdência dos colegas bancários.

Participar da campanha nacional dos bancários equivale a manter os nossos bancos públicos fortalecidos e protegidos contra a privatização. A manutenção dos bancos públicos é fundamental para o país. Além disso, os colegas da ativa e aposentados têm que lutar por nossos direitos sociais como emprego, remuneração, condições de trabalho, saúde e previdência, dentre outros.

Se envolvam. Participem. Compartilhem esse chamado. Serão meses de muita luta, muita contradição (que só existe em democracia) e de busca de consciência e pertencimento. Leiam as informações nos sites das entidades sindicais.

Abraços a tod@s

William Mendes

10.7.20

Campanha Nacional dos Bancários 2020



Nesta sexta-feira 10, a categoria bancária realizou a abertura dos congressos dos trabalhadores dos bancos públicos do país. Pela primeira vez na história da categoria, o evento foi realizado de forma virtual devido à pandemia do vírus Covid-19.

Além da tradicional saudação das representações das entidades sindicais, o evento contou com a participação do economista e professor da Unicamp Luiz Gonzaga Belluzzo, trazendo para nós o ponto de vista dele em relação ao cenário econômico do país e abordando a importância central dos bancos públicos neste momento de crise. 

Ele nos lembrou da crise econômica da década passada (crise do subprime) e do papel central dos bancos públicos brasileiros na concessão de crédito e na retomada da economia durante o governo Lula/PT. Eu era dirigente nacional dos bancários (Contraf-CUT) e me lembro perfeitamente do quanto fomos importantes para o Brasil e o povo brasileiro. 

Reli dias atrás cerca de 50 postagens no blog sobre a Campanha Nacional dos Bancários de 2010 e me emocionei ao relembrar dos 15 dias de greve daquele ano e as conquistas que tivemos, enquanto no mundo grandes categorias profissionais sofriam miseravelmente os efeitos da crise do subprime - trabalhadores de países da Europa e Estados Unidos. O Brasil era governado pelo PT, e os trabalhadores eram foco do governo federal.

Ao relembrar a história de uma categoria profissional tão importante quanto a nossa e ver o início de mais uma jornada de lutas pela renovação de direitos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e aditivos por bancos (ACT), quero deixar uma mensagem de esperança na luta, porque passei mais de duas décadas vivendo a experiência das lutas coletivas e elas dão esperança e dão sentido ao trabalho.

A categoria bancária deve ter orgulho de seu papel social. Os bancários fazem parte de um segmento produtivo contraditório, o setor financeiro, porque ao mesmo tempo em que ele pode atuar de forma decisiva para fortalecer a economia de um país, e o emprego e a distribuição de riqueza, o setor pode também ser um explorador da sociedade, concentrando riqueza na mão de rentistas. 

Para o setor financeiro ser útil ao país depende muito da atuação do governo, da legislação, e do papel dos bancos públicos, que podem liderar o setor no apoio econômico e social como fez o governo Lula entre os anos de 2008 e 2010.

Nós dos bancos públicos, podemos ajudar a sociedade com a concessão de crédito para grandes, médios e pequenos setores produtivos do país, e ajudar a população também com o suporte de programas sociais. Na crise do subprime nossos bancos públicos conquistaram dezenas de milhões de clientes dos bancos privados do país (imaginem se eles gostaram disso?), porque nós concedíamos crédito e financiamento para a produção de alimentos, para as indústrias e comércios, crédito para construção civil, educação, pequenos negócios e empreendedorismo etc.

Desejo que os trabalhadores bancários resistam a esse duro momento que enfrentamos com a pandemia da Covid-19 e os ataques aos direitos históricos da classe trabalhadora e aos direitos específicos da categoria. Tirem alguns minutos por dia para se informarem da campanha salarial e compartilhem com os colegas as informações que fortalecem a luta.

Abraços a tod@s,

William Mendes

9.7.20

Mexeu com a Caixa, mexeu com o Brasil


Dia Nacional de Luta

Olá colegas bancários e colegas aposentados!

É importante que tod@s vocês se informem sobre os acontecimentos nos dois maiores bancos públicos do país, a Caixa e o BB. Hoje é um dia de luta na Caixa e ter pertencimento é uma das primeiras ações práticas de um bancário para que nossos bancos públicos continuem a existir e continuem a ajudar o Brasil e o povo brasileiro.

Defender a Caixa e defender o BB é defender as nossas previdências complementares Previ e Funcef; defender o BB e a Caixa é defender nossos sistemas de saúde suplementares Cassi e Saúde Caixa. Pensem nisso e se envolvam ao menos tendo a consciência sobre o que é ser bancário do BB e da Caixa. Não é qualquer coisa! É pertencer a uma comunidade nacional com direitos históricos. Compartilhem essa reflexão.

Não importa se você, empregado da Caixa e funcionário do BB, seja a favor de partido "a" ou "b", se você apoia fulano ou ciclano. O que importa é que você se junte a nós na defesa da Caixa Econômica Federal neste dia 9 de julho e na defesa dos direitos de seus trabalhadores.

É possível unirmos as pessoas com causas comuns. 

Mexeu com a Caixa, mexeu com o Brasil! Compartilhem!

#MexeuComACaixaMexeuComOBrasil

William Mendes

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(reprodução de matéria)

Os empregados da Caixa de todo o Brasil realizam, nesta quinta-feira (9), um Dia Nacional de Luta. De forma digital, eles darão o recado ao governo e à direção do banco: #MexeucomACaixaMexeuComOBrasil. A ação faz parte de uma grande mobilização nacional contra a agenda privatista do governo federal em meio a uma das mais graves crises de todos os tempos, a pandemia do coronavírus, contra a pressão ao retorno precoce ao trabalho presencial, colocando em risco funcionários e a população em geral.

O banco público se mostrou imprescindível com o pagamento do auxílio emergencial e à economia, com a concessão de empréstimos ao setor produtivo, neste momento crítico pelo qual o país atravessa. Ainda assim, o presidente do Banco, Pedro Guimarães, voltou a reforçar os planos de privatização da Caixa.

A intenção da equipe econômica não se alterou com o trabalho do banco público nesta pandemia, pois a direção da Caixa continua avaliando as condições de mercado e enxerga “uma janela de oportunidade para a realização da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Caixa Seguridade” ainda este ano.


Resistência no Congresso Nacional

Para tentar frear a agenda privatista do governo federal, tramita na Câmara dos Deputados o PL 2715/2020, que propõe a suspensão das privatizações até um ano após o fim do estado de calamidade pública. Na prática, os processos de desestatização e desinvestimentos só poderão ser retomados em 2022.

Retorno precoce

Além da luta contra a venda do maior banco público do país, os empregados lutam pela vida. A direção do banco aumenta a pressão para o retorno precoce dos trabalhadores ao trabalho em meio ao crescente número de casos de Covid-19 no Brasil. Mesmo com números alarmantes e a alta taxa de contágio do coronavírus, a Caixa insiste em convocar os empregados para que reassumam o trabalho presencial nas centralizadoras, filiais e representações. O fim do distanciamento social é precoce e coloca os trabalhadores em risco desnecessário e reforça a falta de preocupação da empresa com os trabalhadores.

Fonte: Contraf-CUT

8.7.20

Convênio entre Previ e INSS pode ser mantido


Olá prezados colegas da comunidade Banco do Brasil!

Segue abaixo uma matéria de interesse de todos nós. Após seis meses de ansiedade e preocupações por causa da possibilidade de não podermos mais receber os benefícios de aposentadoria da Previdência Social através da nossa Caixa de Previdência, a Previ, convênio que já existe há bastante tempo, a possibilidade está mantida após a inclusão dessa permissão na MP 936, sancionada nesta semana como lei. A matéria abaixo, do site da Anabb, conta um pouco da história dessa luta.

Não posso deixar de comentar com vocês o quanto a vida da classe trabalhadora está difícil na atual conjuntura política, econômica e social do país. A MP 936 sancionada pela Presidência da República com vetos é a mesma que permitia a manutenção da ultratividade dos direitos em Acordos e Convenções Coletivos de Trabalho (ACT/CCT) enquanto perdurarem os efeitos da pandemia de Covid-19 no país. 

Os bancários têm data-base em setembro, e sem a possibilidade da ultratividade (perdida na reforma trabalhista após o Golpe de 2016) em cenário tão adverso para a renovação de direitos coletivos na campanha salarial 2020, o estoque de direitos da CCT está sob séria ameaça após 31 de agosto.

Esta MP 936 contou com a importante mobilização dos bancários, suas entidades representativas e de parlamentares para manter direitos básicos de nossa categoria secular como, por exemplo, a jornada de 6 horas, a ultratividade dos direitos nas convenções coletivas de trabalho e este item de possibilidade de convênio e contratos de cooperação técnica entre sindicatos, empresas e caixas de previdência fechada com o INSS. Bolsonaro não vetou esta facilidade que o convênio traz aos aposentados, mas vetou a chance de manutenção de direitos históricos da categoria.

Informem-se sobre nossos direitos e compartilhem com os colegas porque ter informações sobre nosso mundo do trabalho é o primeiro passo para tomada de decisões conscientes quando somos chamados a opinar e participar de lutas sociais. É necessário que haja UNIDADE e pertencimento de colegas da ativa e aposentados para que possamos manter direitos históricos de nossa comunidade.

Abraços,

William Mendes

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(reprodução de matéria)

Sancionada MP 936/2020 que permite convênio entre INSS e Previ

A Anabb realizou um intenso trabalho de articulação no Congresso Nacional para que MP fosse aprovada e encaminhada para sanção

Em 07.07.2020, às 18:07h



Agora é lei. A possibilidade do INSS celebrar acordos com entidades fechadas de previdência complementar, como a Previ, é um dos artigos que integram a MP 936/2020, sancionada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, nesta segunda-feira, 6 de julho.

O artigo 31 que foi incluído na Medida Provisória altera a Lei nº 8.213/ 1991 e representa mais uma vitória conquistada para os associados. Para chegar a esse resultado, foram quase seis meses de articulação da Anabb com diversos parlamentares buscando a melhor forma de solucionar o impasse que surgiu em janeiro de 2020.

Graças ao trabalho conjunto realizado com outras entidades como a Abrapp e Previ, foi possível alcançar esse benefício para milhares de aposentados, em especial para os colegas que integram a família BB. A Anabb contou também com o apoio fundamental do deputado Christino Áureo (PP/RJ), que realizou diversas reuniões com a Associação, com INSS e outras entidades parceiras, e apresentou emendas ao texto de diversas medidas provisórias com o objetivo de solucionar a questão.

"Com essa conquista, um grande problema para os associados chega ao fim. Com a legalização do assunto, os benefícios de aposentadoria do INSS poderão continuar tramitando na folha de pagamentos da Previ, sem prejuízos ao corpo social”, reforça o presidente da Anabb, Reinaldo Fujimoto.

O QUE DIZ O ARTIGO 31 DA MP 936

Na MP 936, a possibilidade de o INSS celebrar acordos de cooperação técnica com entidades fechadas de previdência complementar está contemplada no artigo 31 que diz:

Art. 31. A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 117. Empresas, sindicatos e entidades fechadas de previdência complementar poderão, mediante celebração de acordo de cooperação técnica com o INSS, encarregar-se, relativamente a seus empregados, associados ou beneficiários, de requerer benefícios previdenciários por meio eletrônico, preparando-os e instruindo-os nos termos do acordo.

"Art. 117-A. Empresas, sindicatos e entidades fechadas de previdência complementar poderão realizar o pagamento integral dos benefícios previdenciários devidos a seus beneficiários, mediante celebração de contrato com o INSS, dispensada a licitação.

§ 1º Os contratos referidos no caput deste artigo deverão prever as mesmas obrigações, condições e valores devidos pelas instituições financeiras responsáveis pelo pagamento dos benefícios pelo INSS.

§ 2º As obrigações, condições e valores referidos no § 1º deste artigo serão definidos em ato próprio do INSS."

HISTÓRICO DE ATUAÇÃO DA ANABB

A questão dos convênios entre o INSS e as entidades fechadas de previdência complementar foi fortemente articulada pela Anabb desde o anúncio de rompimento do convênio até a sanção presidencial, veja um breve resumo do intenso trabalho:

Janeiro


O INSS comunica a decisão unilateral de encerrar o acordo entre INSS e Previ, que permitia o adiantamento dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social na folha de pagamento da Caixa de Previdência a partir de junho/2020. A Anabb inicia o trabalho de articulação no Congresso Nacional para a inclusão de um artigo na Medida Provisória nº 905 de 2019, cujo relator era o deputado Christino Áureo (PP/RJ).

Março


Em março, a MP 905/2019, do Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, com a inclusão de artigo que possibilitaria o convênio entre INSS e Previ foi aprovada em Comissão Mista no Congresso Nacional.

Abril


Em abril, a MP 905 foi revogada pela Presidência da República. No mesmo mês a Anabb, a Abrapp e a Previ fizeram um esforço conjunto de articulação para inclusão do tema na MP 936/2020.

Junho


A MP 936 foi aprovada no Senado Federal, contemplando temas favoráveis ao funcionalismo como a possibilidade do INSS celebrar acordos com entidades fechadas de previdência complementar, como a Previ, e a jornada de trabalho dos bancários. Até a aprovação a Anabb manteve contato permanente com vários parlamentares e lideranças dos partidos, dentre eles, PP, PSD, PT, PC do B, Cidadania, Rede, PDT, Podemos, PL, e Bloco Resistência Democrática.

Julho


MP 936 é sancionada pela Presidência da República e vira lei com a manutenção da possibilidade do INSS celebrar acordos com entidades fechadas de previdência complementar, como a Previ.


Fonte: Anabb