Páginas

14.12.17

Cassi realiza a 4ª prestação de contas do Memorando de Entendimentos (Opinião do Diretor de Saúde)


Publicado no site da Cassi em: 13/12/2017

A Cassi promoveu, dia 12 de dezembro, em Brasília, a quarta prestação de contas do Memorando de Entendimentos, para apresentar ações realizadas entre setembro e novembro de 2017. Participaram os diretores executivos da Instituição e representantes do Banco do Brasil e de entidades ligadas ao funcionalismo do BB: Aafbb, Anabb, Contec, Contraf-CUT e Faabb.

O Presidente da Cassi, Luís Aniceto, abriu o evento destacando a importância do trabalho realizado e da mobilização das pessoas em torno da sustentabilidade da Caixa de Assistência. “Todos nós buscamos aqui construir a Cassi mais forte operacional e financeiramente, garantindo a sua perenidade”, disse.

O Diretor de Administração e Finanças, Dênis Corrêa, realizou a prestação de contas do trimestre, mostrando números referentes à receita, incluindo a contribuição extraordinária dos associados e o ressarcimento pelo BB, e à despesa, que compõem o resultado financeiro da Caixa de Assistência.

Os Diretores de Saúde e Rede de Atendimento, William Mendes, e de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, Humberto Almeida, fizeram considerações sobre a execução dos trabalhos em relação ao aperfeiçoamento do atual modelo operacional da Cassi.

O representante da consultoria Accenture, Rodrigo Rocha, apresentou o diagnóstico da atual situação da Cassi, realizado ao longo de 18 semanas. O trabalho envolveu, dentre outros aspectos, análise do modelo de remuneração de prestadores e a forma de acesso aos serviços de saúde. O modelo assistencial, focado na prevenção de doenças e promoção de saúde, foi apontado com um diferencial da Caixa de Assistência.

A Estratégia Saúde da Família, segundo a consultoria, também é favorável, e agora, é importante analisar os dados da população cuidada para ver a evolução das condições de saúde dos participantes ao logo do tempo. Segundo o estudo, os programas da Cassi são mais efetivos que os pesquisados no mercado, e podem ser mais assertivos quanto ao público-alvo e ao engajamento dos participantes.

A consultoria também apresentou possíveis modelos de relação com credenciados, que podem representar benefícios tanto para a Cassi como para os prestadores. O plano de implantação das ações será apresentado até o fim do mês de dezembro pela Accenture.

Veja, abaixo, o que disseram outros participantes.

“A clareza das informações apresentadas nos dá segurança de que a Mesa vem cumprindo o seu papel para o bom desempenho da Cassi. Algumas medidas apontadas pela consultoria, inclusive, já eram objeto das ações estruturantes durante o processo de negociação.”
Wagner Nascimento, Coordenador da Mesa de Negociação.

“O mais importante agora é a união de toda a Diretoria na adoção de ações estruturantes, para a perenidade da Cassi, e a humildade em receber as sugestões da consultoria, voltadas à sustentabilidade da Instituição. Ficou claro, na apresentação que vimos, que a Cassi é boa tanto para o patrocinador Banco do Brasil quanto para os associados.”
Emerson Luis Zanin, Gerente Executivo da Diretoria de Governança do Banco do Brasil.

“A consultoria nos trouxe uma nova realidade à tona. Para contribuir com a continuidade do bom trabalho realizado é preciso da participação dos associados da Cassi.”
Reinaldo Fujimoto, Presidente da Anabb.

“O trabalho da consultoria agregou conhecimento e desmistificou algumas conclusões erradas sobre a nossa Caixa de Assistência. A partir do trabalho realizado, vislumbro um futuro de desafios, mas otimista para a Cassi”.
Loreni Senger Correa, representante da Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil (Faabb).


Fonte: Cassi (com adaptações do Blog)


Post Scriptum:

OPINIÃO

Mesa de negociação foi processo de luta, nada veio por liberalidade

Prezad@s associados e entidades representativas, o momento é difícil, complexo. Vejam vocês que estamos vivendo um período de desmobilização social (final de ano, férias, carnaval etc), inclusive de nossa comunidade BB, e vamos atravessar meses que exigirão unidade em defesa dos direitos dos trabalhadores associados da ativa e aposentados no que diz respeito à Cassi e aos direitos em geral do povo brasileiro.

A constituição de uma mesa de negociação entre o patrocinador BB e entidades sindicais, sendo convidadas também as maiores entidades representativas dos associados, foi fruto de estratégia, compromisso com a base por parte dos eleitos que estavam na Cassi ao final de 2014 e luta unitária que fez com que o Banco abrisse negociações para buscar solução sobre o déficit do Plano de Associados, pois se dependesse da "técnica" e das formalidades nunca teriam havido negociações, porque as "soluções" teriam que ser internas, no "âmbito da governança", e as propostas eram todas desfavoráveis aos participantes e associados.

Nós procuramos as entidades sindicais no dia 17/12/14 para pedir apoio ao processo de lutas que se iniciaria a partir dali em defesa dos direitos em saúde dos associados e da própria Cassi (ler AQUI). A luta foi vitoriosa e ao final deste período de mais de 3 anos, os direitos foram mantidos - e as propostas eram todas desfavoráveis aos associados -, a Cassi tem reconhecido seu modelo assistencial ESF, que é hoje referência em todo o mercado de saúde, inclusive privado que visa lucro, e, neste ano, foi registrado na ANS. Agora, vamos ter que lutar unidos em 2018 contra as ameaças antigas e as novas em relação aos direitos em saúde dos trabalhadores.

Essa é a história real da existência dessa mesa negocial que levou ao acordo do Memorando de Entendimentos entre os patrocinadores da Cassi e, ao conquistar recursos extraordinários ao final de 2016, só uma etapa da luta pela Cassi e associados foi cumprida. Outra etapa começou logo em seguida. Quem segue nossas publicações neste Blog sabe a nossa opinião a respeito de tudo que é relativo à Cassi e aos direitos dos associados. A única solução viável para a Caixa de Assistência seguir cumprindo sua missão com solidariedade e manutenção dos direitos dos trabalhadores (ativos e aposentados) é ampliando a cobertura da APS/ESF/CliniCassi. Outras soluções podem ser "viáveis", "possíveis", "técnicas", seguir tendências do "mercado", mas a Cassi não seria mais a mesma.

No entanto, mesmo após mostrarmos os resultados impressionantes entre pessoas cuidadas por nosso modelo assistencial, vinculadas à ESF, ao se comparar com os resultados de pessoas não cadastradas ao modelo, e após 3 anos e meio de trabalho não tivemos recursos para ampliar a estrutura do modelo. Em nossa opinião, é necessário estender APS/ESF para o conjunto da população assistida pela Cassi. O que ampliamos no cuidado dos participantes foi pelo nosso compromisso e dos funcionários da Cassi, ou seja, saímos de 155 mil pessoas cadastradas na ESF no meio de 2014 para cerca de 180 mil, em um dos períodos mais difíceis da história da Cassi, com orçamento contingenciado nas unidades e CliniCassi. Valeu muito a pena, porque cada cadastrad@ a mais é uma vida que pode ter sido salva.

Durante nosso período de contribuição à gestão da Cassi, em um mandato na Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento (2014/18), além de não aceitar que só os associados fossem onerados e responsabilizados pelos déficits do Plano, déficits que têm diversos motivos externos relativos ao mercado de saúde, mas que tem, também, responsabilidades do patrão Banco do Brasil como, por exemplo, no eixo das receitas por mudança no PCS, anuênio, congelamento salarial nos anos 90 e recentes reestruturações, enfim, atuamos para fortalecer a participação social - Conselhos de Usuários e entidades representativas -, e todas as lideranças sabem disso, fortalecemos o modelo de Atenção Integral, APS, ESF, CliniCassi, e desenvolvemos estudos que provam a eficiência do modelo assistencial da nossa Caixa de Assistência.

Amig@s, os tempos exigirão mais unidade ainda entre nós na defesa da Cassi, dos direitos dos trabalhadores e de nosso banco público.

Abraços,

William Mendes
Diretor de Saúde da Cassi

Nenhum comentário: