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27.10.17

Congresso Unidas Autogestões - Saúde hoje e amanhã


Experiência em APS/ESF - A trajetória da Cassi

Autogestão Cassi - compartilhando as experiências e resultados
em Atenção Primária (APS) e Estratégia Saúde da Família (ESF).

Olá prezad@s associad@s e participantes da Cassi e companheir@s de lutas pela saúde dos trabalhadores.

Estamos fechando a nossa semana de gestão e lutas em defesa de nossa Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, a maior e mais antiga autogestão em atividade no país, criada em 1944. 

Somos uma das experiências mais exitosas que se tem notícias em se tratando de um sistema de saúde solidário e organizado para atuar na promoção e prevenção, acompanhando os participantes em todas as fases de suas vidas e nos diversos níveis de atenção de cuidados necessários. Desde que chegamos eleitos à gestão da área de saúde em 2014 temos explicado isso para a comunidade BB e hoje temos estudos que balizam nossas convicções.

Nesta semana atuamos em Brasília entre segunda e quarta-feira e estamos participando do 20º Congresso Internacional Unidas, com o tema "Saúde hoje e amanhã", onde fomos convidados para sermos um dos palestrantes. O evento está sendo realizado em Foz do Iguaçu, no Paraná, e vai até este sábado 28.




Em nossa palestra, compartilhamos a experiência dos trabalhadores do Banco do Brasil na criação e evolução da Caixa de Assistência ao longo de mais de sete décadas, chegando ao momento atual pós reforma estatutária de 1996, quando ousamos sair da lógica de meros pagadores de serviços de saúde para a rede credenciada no mercado e passamos a fazer a gestão da saúde da comunidade BB.

Demos alguns exemplos de resultados bastante exitosos que temos conseguido obter por meio da Atenção Primária (APS), através da Estratégia Saúde da Família (ESF). O que precisamos hoje é de investimento na ampliação do modelo para cobrir o conjunto dos assistidos no Brasil.

Quando observamos a famosa "Curva ABC", que existe em todos os planos de saúde e que equivale ao segmento de assistidos que é mais agravado e utiliza a maior parte dos recursos do sistema, vemos o quanto é melhor o resultado no uso dos recursos comparando o segmento de participantes vinculados à APS/ESF da Cassi em relação aos não cadastrados ainda.

Em nosso sistema de saúde Cassi, 9% (Curva A) dos participantes consomem 70% dos recursos. No entanto, quando olhamos o comportamento das despesas dentro da Curva A, vemos que o grau 3 de agravamento (ou nível de complexidade), o maior em nosso conceito, apresenta o grupo de vinculados com uma despesa per capita 13,9% menor em relação aos não cadastrados e não cuidados ainda por nós na ESF. É um resultado muito expressivo em se tratando de pacientes agravados.


Resultados de estudos do modelo assistencial APS/ESF,
desenvolvidos pela Diretoria de Saúde da Cassi, apontam
que o caminho para a sustentabilidade está em investir mais
na Atenção Integral à Saúde e nas unidades CliniCassi.

Quando comparamos a curva de crescimento das despesas assistenciais do segmento de participantes com o grau mais agravado (grau 3), vemos que os resultados obtidos com os assistidos cuidados pelo modelo assistencial Cassi (APS/ESF) evidenciam a necessidade de se investir mais no modelo para que TODOS os associados estejam cobertos no próximo período. O que nós precisamos, nós Cassi/Associados/Banco do Brasil, é seguir firmes com o investimento necessário para ampliar a cobertura e alcançar a tão esperada sustentabilidade.

É isso, eu faço sempre questão de agradecer ao conjunto de funcionários da Cassi que trabalham conosco - seja na sede em Brasília, seja nas Unidades Cassi e CliniCassi -, porque eles têm atendido plenamente os resultados da missão Cassi quando se trata do modelo assistencial e não medem esforços em fazer o melhor na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação dos participantes, mesmo com todas as dificuldades do setor.

Abraços a tod@s os meus pares da classe trabalhadora.

Wiliam Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)

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