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13.4.17

Cassi - Agenda e prestação de contas do Diretor de Saúde





Olá prezad@s associados e participantes da Cassi e companheir@s de lutas,

Estou encerrando a semana de trabalho. Normalmente eu não desligo hora nenhuma da nossa Caixa de Assistência e das lutas que enfrentamos diariamente pelos direitos dos associados, mas eu estou muito cansado e preciso de um respiro neste feriado.

Só nesta semana, além do dia de trabalho desta quinta 13, cheguei a emendar uma agenda de Cassi entre às 7h da manhã e a meia-noite de ontem, quarta-feira 12. Na terça foi quase a mesma coisa, fui até as duas horas da manhã. Na segunda eu estive de abono por questões pessoais.

Faz umas cinco semanas que o ritmo de jornada de trabalho tem sido assim porque estamos fazendo fortes enfrentamentos internos e isso demanda muito estudo e confecção de textos, votos e definição de estratégias. É muito difícil a vida de um representante eleito que faz enfrentamentos ideológicos ao patrão para dar conta de todas as frentes que se abrem para tentar limitar sua atuação. E enfrentamos uma máquina gigante. E isso é minha rotina há quase 3 anos. Pensem "O processo" de Kafka.

Mas as lutas que temos feito todos juntos, os associados e suas entidades representativas, tem valido a pena. O ano da Cassi de 2016 é um belo exemplo do êxito de nossas lutas coletivas. Após dois anos de enfrentamento do déficit do Plano de Associados da Cassi, conseguimos encerrar 2016 com uma proposta aprovada pelo corpo social que incluiu a entrada de recursos do patrão Banco do Brasil. Ele fez duas propostas anteriores, em 2014 e 2015, onerando só os associados e não se responsabilizando com sua parte nos resultados da autogestão que ele administra também. Nós associados vencemos uma etapa das lutas entre 2014/2016 e temos outras etapas pela frente em 2017, 2018 e 2019.

Mesmo com essa agenda interna de gestão e lutas que sempre nos consumiu, eu consegui cumprir o que determinei a mim mesmo desde o início do mandato, ir às bases sociais informar, ouvir, mobilizar e prestar contas. Só neste início de ano, já tivemos a felicidade de estar em 5 Estados (DF, SP, RJ, RN, SC) e conversar com a comunidade Banco do Brasil, os Conselhos de Usuários e lideranças representativas, os trabalhadores da Cassi.

Também assumimos em nosso mandato a defesa intransigente do modelo de Atenção Integral à Saúde, Estratégia Saúde da Família (ESF), as CliniCassi e as Unidades Administrativas que são base de nosso modelo de organização de serviços de saúde, e os funcionários da entidade, um patrimônio dos associados. Os programas de saúde são essenciais no modelo assistencial que definimos também. E evidentemente não abro mão da luta pela manutenção do modelo de custeio mutualista solidário e do fortalecimento da participação social em nossa Caixa de Assistência.

A defesa dos direitos dos associados que represento está na defesa desses pilares que citei acima. E para perseguir minha missão e minha causa, eu enfrento o mundo se preciso for. E não há espaço para inocência nesta questão de quem paga a conta na saúde e que direitos os trabalhadores podem ou não podem ter. Se o patrão não pagar, o trabalhador pagará sozinho, e quando não der conta de pagar, fica sem o direito. E nessa disputa entre capital versus trabalho eu tenho experiência de mais de 15 anos de representação dos trabalhadores.

Não vou me alongar. Um abraço a cada um e cada uma que nos acompanha neste mandato de gestor de saúde na Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014-18)

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