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13.4.15

Estudos: Cassi 2007


(reprodução do texto original)

Relatório Anual - Apresentação

Mensagem da Diretoria




A Cassi registrou superávit de R$ 326,5 milhões em 2007, sendo R$ 137,5 milhões do Cassi Família e R$ 189 milhões do Plano de Associados, considerados os R$ 150 milhões repassados pelo Banco do Brasil em novembro de 2007.

O resultado do Cassi Família foi 66,2% superior ao apurado em 2006, que totalizou R$ 82,7 milhões. Quanto ao Plano de Associados, a Entidade reverteu um histórico de déficits crescentes. Em 2004, o resultado negativo totalizou R$ 17,5 milhões, chegando a R$ 63,2 milhões, em 2005, e a R$ 105,4 milhões, em 2006.

As medidas estruturantes implementadas com a aprovação do novo Estatuto mudaram a trajetória deficitária do Plano de Associados, fato que trouxe uma melhora expressiva no desempenho da Caixa de Assistência, que havia apresentado, em 2006, resultado negativo de R$ 22,6 milhões.

Mesmo sem o repasse financeiro do BB, as contas do Plano de Associados ficariam positivas em R$ 37,9 milhões (já excluídos juros sobre aplicação financeira), em virtude das medidas da reforma estatutária. Foram R$ 11,8 milhões vindos do acordo pelo qual o Banco do Brasil assumiu o déficit dos dependentes indiretos. A contribuição pela patrocinadora de 4,5% sobre o salário dos funcionários admitidos a partir de 1998 aumentou as receitas em R$ 18,5 milhões. Já as contribuições pessoais e patronais sobre o 13º salário permitiram a contabilização de mais R$ 64,5 milhões em receitas.

Sem o impacto financeiro da reforma estatutária, o Plano de Associados voltaria a apresentar déficit, no valor de R$ 57,6 milhões, em 2007.

Os números de 2007 confirmam nossa previsão, feita quando o novo Estatuto foi submetido à aprovação do Corpo Social, de que as medidas estruturantes colocariam o Plano de Associados no caminho da sustentabilidade.

Buscamos sempre acompanhar e monitorar os números da Cassi para adaptá-la às mudanças do setor em que atua. É a gestão da Entidade que a prepara para os custos crescentes em saúde. Os índices de inflação médica, nos últimos anos, superaram os apurados pelos principais indicadores de reajuste de preços utilizados no País. O surgimento de novas tecnologias nas áreas médica e hospitalar contribuiu com grande parte do crescimento de despesas no setor.

É preciso considerar ainda o aumento da longevidade da população, um aspecto positivo, mas que traz custos adicionais aos planos de saúde, em função das patologias crônicas que acometem as pessoas nas faixas etárias mais altas.

Esse cenário do setor de saúde tende a se perpetuar, exigindo que a Caixa de Assistência tenha capacidade financeira para fazer frente às necessidades dos participantes.

Destacamos também que aprimoramos as práticas gerenciais necessárias para a melhoria da eficiência operacional da Entidade. Em 2007, ressaltamos o início do Projeto Íris, que tem a finalidade de automatizar a autorização do atendimento e do faturamento das contas médicas. Ao final do ano, havia 5.161 prestadores implantados no autorizador eletrônico, 1.449 prestadores homologados e outros 1.263 em homologação. Com a automação, conseguiremos reduzir as despesas básicas, melhorar o relacionamento com o prestador de serviços e reduzir o custo operacional da análise de faturas.

Todo esse empenho pela sustentabilidade da Cassi veio acompanhado pela preocupação em oferecer assistência à saúde com qualidade. Ao final de 2007, o número acumulado de participantes cadastrados na Estratégia Saúde da Família chegou a 132 mil (26,43% de crescimento em relação a 2006), que totalizaram aproximadamente 596 mil atendimentos (aumento de 24,83% quando comparado ao ano anterior) nos módulos de atenção à saúde. Em 2006, esses números foram de 104 mil e 477 mil, respectivamente.

Nosso compromisso com a Caixa de Assistência se destina, acima de tudo, a permitir que a Entidade continue oferecendo ampla cobertura de serviços médicos e hospitalares. Essa tarefa depende de você. É esse o objetivo deste Relatório Anual 2007: informá-lo sobre as realizações do ano passado, para que, de forma consciente, você possa manifestar seu parecer sobre um tema que interfere na sua qualidade de vida.

Boa leitura.

A Diretoria


Conselho Deliberativo

- Maria das Graças C. Machado Costa (presidente)
- Denise Lopes Vianna (vice-presidente)


- Roosevelt Rui dos Santos (efetivo)
- Solon Coutinho de Lucena Filho (efetivo)
- Carlos Frederico Tadeu Gomes (efetivo)
- Antonio Sérgio Riede (efetivo)


- Cláudio Alberto Barbirato Tavares (suplente)
- Geraldo Pedroso Magnanelli (suplente)
- Marcelo Gonçalves Farinha (suplente)
- Maria do Carmo Trivizan (suplente)

- Geraldo Brandi Regato Filho (suplente)
- Jandyra Pacheco Barbosa (suplente)

Conselho Fiscal

- Ana Lúcia Landin (presidente)
- Íris Carvalho Silva (titular)
- Urbano de Moraes Brunoro (titular)
- Fernando Sabbi Melgarejo (titular)
- Carlos Célio de Andrade Santos (titular)
- João Ângelo Loures (titular)

- Décio Bottechia Júnior (suplente)
- Francisco Alves e Silva (suplente)
- Maria do Céu Brito de Medeiros (suplente)
- João Vagner de Moura Silva (suplente)
- Agostinho de Oliveira Mello (suplente)
- Daniela Góes Valadão (suplente)


Diretoria Executiva

- Carlos Eduardo Leal Neri (Presidente)
- Roberto Francisco Casagrande Herdeiro (Diretor de Administração e Finanças)
- José Antonio Diniz de Oliveira (Diretor de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes)
- Douglas José Scortegagna (Diretor de Saúde e Rede de Atendimento)

Fonte: Relatório Anual 2007, site da Cassi


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COMENTÁRIOS DO BLOG (atualizado em 21/09/16)

- Os sublinhados são marcações do Blog;

- Esse relatório é bastante peculiar. O tempo decorrido entre 2007 e 2014 iria comprovar que não foi verdadeira a afirmação que disse "as medidas estruturantes colocariam o Plano de Associados no caminho da sustentabilidade";

- Não está dito, por exemplo, que a negociação entre Corpo Social e Banco do Brasil especificou que os R$ 300 milhões de aporte eram carimbados para repor as reservas e para ampliar o modelo de Atenção Integral à Saúde e Estratégia Saúde da Família (ESF) e CliniCassi. Não é difícil verificar nos relatórios anuais dos anos seguintes que isso não foi encaminhado pelas direções da Cassi;

- ESF: a população cadastrada na Estratégia Saúde da Família foi ampliada e registrou em dezembro 132.220 participantes, para uma população total do Plano de Associados de 402.602 vidas, o que dá uma porcentagem incluída na ESF de 32,84% (considerando o tamanho do Plano de Associados). Mas devemos lembrar que a Direção da Cassi havia dado ordem em 2005 de incluir os crônicos do Cassi Família, fato que teve consequências no Modelo de Atenção Primária à Saúde (APS), porque não se obtém os resultados possíveis com um perfil de população na ESF bastante agravado, crônico e idoso;

- Crescimento do cadastro de participantes na ESF de 2006 para 2007: 26,4% (104.582 em 2006 e 132.220 em 2007)

O que nós vamos ver nos próximos anos na gestão da Cassi é o descumprimento do que o Corpo Social e o BB definiram na aprovação da Reforma Estatutária de 2007: investir no Modelo de Atenção Integral e Estratégia Saúde da Família os R$ 300 milhões de aporte.

Voltarei ao tema.


William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (Mandato 2014/18)

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