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8.4.15

Estudos: Cassi 2005 (II)


(reprodução do texto original)

Relatório Anual - Apresentação

2005, um ano de grandes mudanças, por Diretoria



Prezadas e Prezados Associadas e Associados,

A Cassi chegou aos 62 anos em janeiro de 2006. E no próximo mês de agosto completará 10 anos de gestão compartilhada, adotada na reforma estatutária de 1996.

É preciso ter em mente esses marcos históricos para compreender melhor o significado das reformas implementadas pela Caixa de Assistência em 2005 em favor dos participantes.

Antes da última reforma do Estatuto, a Cassi dependia exclusivamente do Banco do Brasil para prestar assistência à saúde dos associados e dependentes. Os gestores de agência respondiam pelas negociações com prestadores de serviços. O relacionamento com associados e prestadores era feito pelo Setor de Funcionalismo (Sefun), que comandava os pagamentos de serviços processados nos Cesecs e da mesma forma as despesas administrativas. O sistema tecnológico antes baseado no Cedip-Londrina transferiu-se para a Tecnologia em Brasília, sempre processando os serviços contratados. Os Ceasp/Cemed cumpriam a função de auditoria e perícia médica, assistência complementar em saúde e outros serviços para que a Cassi oferecesse seus serviços em saúde.

Nas próximas páginas deste Relatório Anual os participantes poderão constatar que a Cassi completou seu ciclo de transição para se compor como instituição de prestação de serviços em saúde suplementar.

Foram concluídas ou estão em execução mais de 30 reformulações estruturais na Cassi. É o resultado de muito trabalho e dedicação com o objetivo de melhorar sempre o atendimento aos associados e seus dependentes.

Concluímos o projeto de Tecnologia da Informação, com o processamento das contas pelo Sistema Operacional Cassi (SOC) e com a inauguração do Sistema de Gerenciamento Empresarial (SGE), que automatiza os processos administrativos e de gestão.

Implementado em 2005, o Sistema de Documentação Cassi (SDC), além de possibilitar acesso pela rede de computadores a todas as dependências e funcionários, hierarquizou o conjunto normativo da instituição. O novo Regimento Interno atualizou responsabilidades e definiu alçadas e competências, oferecendo um novo conjunto de organização de serviços para a Cassi agilizar seus processos internos.

Com a vigência do novo Código de Ética, foram implantadas as Normas de Conduta Profissional e aprovadas as Políticas de Comunicação, de Risco Operacional e de Controles Internos; criadas as novas gerências executivas de Atendimento a Clientes, de Rede de Atendimento, de Auditoria Interna, de Controles Internos e implantada a nova Consultoria Jurídica.

Conquistas importantes no ano passado também foram a aprovação do primeiro projeto estratégico institucional da Cassi e a implantação do planejamento plurianual 2006/2008, assim como a instituição de um fundo exclusivo para cuidar das reservas dos planos, do Fundo de Investimentos do Cassi Família, do planejamento financeiro de longo prazo, dos ajustes entre as reservas do Cassi Família e Associados e a revisão de procedimentos alocados em investimentos.

A Cassi instituiu, ainda em 2005, os primeiros comitês gerenciais para descentralização da gestão e aprimoramento da relação institucional, incrementou o projeto de automação do faturamento, do prontuário eletrônico, de unificação de processos das Centrais de Pagamentos e de integração dos módulos administrativo e de atendimento da Central Cassi. E adotou sistemas de Gestão de Qualidade na Central de Pagamentos.

Como resultado desse esforço visando a melhoria da qualidade de vida dos associados e suas famílias, a Cassi chegou ao melhor índice da história no Exame Periódico de Saúde, iniciou a implantação da Política de Referenciamento, prosseguiu a implantação da Estratégia Saúde da Família e introduziu novos indicadores de acompanhamento, lançou novos programas de saúde (como o Viva Coração e o Bem Viver), adotou a inclusão dos dependentes homoafetivos - uma revolução contra o preconceito e a discriminação -; iniciou a implantação do Programa Educação Permanente em Saúde e o treinamento dos profissionais de Regulação.

A Cassi lançou ainda o Programa de Excelência no Atendimento, consolidando-se como uma marca de respeito ao ser apontada numa pesquisa da imprensa como a primeira autogestão em saúde (a quinta entre todas as empresas) de maior confiança no segmento de assistência médica no Brasil. Ainda assim, foi criado um Comitê de Relações com Participantes para oferecer um novo canal para análise de recursos para tratamentos médicos.

Como se vê, o ano de 2005 se constituiu numa grande revolução interna nos serviços oferecidos pela Cassi, que agora em agosto completará seus primeiros 10 anos de gestão compartilhada entre o patrocinador Banco do Brasil e o Corpo Social.

Depois de muitos anos investindo em sua autonomia empresarial, a Cassi conclui 2005 precisando debater seus problemas. Um sistema de saúde suplementar sofre mudanças constantes em tecnologia de saúde e de sistemas, de aprimoramento nos procedimentos médicos e sua remuneração e de transformações no controle do Poder Público e suas exigências legais e de custeio.

Como você verá no balanço econômico financeiro deste Relatório, o Plano de Associados continua deficitário e vem consumindo reservas desde 1999. Em razão disso, a patrocinadora apresentou em maio de 2006 um novo modelo de custeio e financiamento da Cassi. Conhecer os números e a situação da Instituição poderá contribuir para um debate mais sereno sobre as mudanças tão necessárias ao futuro da Caixa de Assistência.

Neste Relatório Anual, a Cassi mostra as ações implementadas pela Diretoria e os resultados financeiros de 2005. Sua leitura é importante porque ele traz informações imprescindíveis para esse debate e para que o Corpo Social forme sua opinião antes da consulta sobre o Relatório.

Prezados Associados e Associadas, boa leitura e atenta reflexão. Esse é o desejo da Diretoria, na esperança de que essa prestação de contas tenha alcançado as expectativas de todo o Corpo Social, no cumprimento da Atenção Integral à Saúde dos Participantes, a missão da Cassi.

Fonte: Relatório Anual da Cassi 2005, no site da Cassi.


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COMENTÁRIO DO BLOG (atualizado em 4/05/15):

- Os sublinhados são marcações do Blog;

- Esta revisita aos relatórios anuais da história recente da Cassi são importantes para mim como gestor eleito neste momento (2014/18) porque vamos vendo a dinâmica e a vida real de nossa querida Caixa de Assistência.

Houve erros e acertos nos rumos tomados pela entidade, por gestores eleitos e indicados, pelo patrocinador Banco do Brasil e pelo patrocinador Corpo Social;


- Estratégia Saúde da Família (ESF):

Relatório diz na página 9:

"Revista e atualizada em 2005, recebeu novos indicadores

Em 2005, a ESF começou a ser acompanhada por novos indicadores desenvolvidos pelos técnicos da Caixa de Assistência, com assessoria da Fundação Dom Cabral. Foram selecionadas cinco cidades que receberão o investimento total até o terceiro e último estágio de implantação dos serviços próprios: Aracaju, Belém, Campinas, Campo Grande e Cuiabá.

Nas demais cidades em que já houve a implantação do primeiro estágio da ESF, onde já se contam 75 mil participantes cadastrados, 92 equipes - compostas de médicos de família e técnicos de enfermagem - oferecem Atenção Integral à Saúde dos participantes da Estratégia. Essas equipes contam com o auxílio multidisciplinar de nutricionista, enfermeiro, psicólogo e assistente social. Todo esse trabalho é agora monitorado pelos indicadores de eficácia da ESF, que avaliam simultaneamente a viabilidade econômica, a satisfação dos participantes e os resultados de saúde."


COMENTÁRIO SOBRE ESSA INFORMAÇÃO DA DIREÇÃO SOBRE ESF: agora em 2015, o BB criou um site de mão única entre o BB e os bancários, onde uma "suposta" pergunta de funcionário sobre a CliniCassi não trazer vantagem alguma, a direção do Banco - que está na gestão desde 1996 - diz que "as unidades e CliniCassi, na forma como estão atualmente estruturadas, não têm atingido os resultados esperados. Portanto, o Banco considera prudente rever esse modelo de atuação".

Muito interessante a fala do BB em 2015 porque vendo os relatórios anuais desde 2004, fica claro que a ESF e as CliniCassi tinham um planejamento de implantação por parte da Cassi (indicados BB e eleitos) e, de repente, depois que o Corpo Social aprovou novos aportes e receitas em 2007, a Direção simplesmente deixou de seguir implantando a ESF conforme previsto, de maneira que hoje, 2015, a Direção do BB fala que o modelo não teria o resultado esperado, mas sem assumir a culpa pelo fato e sem provar isso em números.

William

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