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24.11.14

Contraf-CUT inicia 9ª turma do curso de formação sindical em Formosa


Próximos módulos serão em dezembro próximo e
fevereiro de 2015. Crédito: Seeb Brasília.

Começou nesta segunda-feira 24, em Formosa (GO), a 9ª turma do curso de formação Sindicato, Sociedade e Sistema Financeiro, um Programa de Capacitação de Dirigentes e Assessores (PCDA), organizado pela Contraf-CUT em parceria com o Dieese. 

O curso teve início em 2009 quando a Contraf-CUT percorreu todas as regiões do país, levando-o às bases sindicais - foram 5 turmas nas regiões Sudeste, Nordeste, Centro Norte e Sul. 

A partir de 2012, o curso passou a fazer parte da grade formativa da Confederação, além dos novos cursos de especialização em temas que fazem parte dos desafios e lutas na organização dos trabalhadores do ramo financeiro.

"A grade de formação da Contraf-CUT cumpre o papel definido pela Política Nacional de Formação da Central Única dos Trabalhadores. A CUT tem uma ampla grade formativa para preparar os trabalhadores de todos os ramos de atividade a se organizarem e conquistarem avanços dentro dos objetivos de classe estabelecidos nos congressos e plenárias. Compete aos ramos complementar a grade formativa com aquilo que é específico a cada ramo e categoria e é esta grade formativa que empreendemos desde 2009 quando assumimos a Secretaria de Formação", afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT.

Este curso está sendo aplicado na região Centro Oeste e conta com o apoio do Sindicato dos Bancários de Brasília e da Fetec Centro Norte.
A 9ª turma conta com 35 participantes de todas as regiões do país. 

Estão representadas 19 entidades filiadas - sindicatos e federações - de 13 estados e Distrito Federal, sendo 20 homens e 15 mulheres.

"Estamos felizes por mais uma turma de formação instalada e com tamanha representatividade de nossos sindicatos e federações. Nesses seis anos de gestão, foram cerca de 450 participantes em cursos da Contraf-CUT, cumprindo nosso papel dentro da estrutura nacional de formação classista da CUT. Agradecemos muito o apoio e a parceria que sempre tivemos de nossas entidades e da equipe de formação do Dieese que nos acompanhou nesta jornada formativa", avalia o dirigente sindical.

Conteúdo dos módulos

O primeiro módulo abordará a história do movimento sindical, passando pelos desafios colocados na atualidade após as eleições e com a disputa de hegemonia que estará presente na sociedade brasileira.

O segundo módulo acontece em dezembro, abordará o Sistema Financeiro Nacional e Internacional, as políticas macroeconômicas, a moeda e a regulamentação do SFN, as inovações tecnológicas e o impacto no emprego da categoria e a questão do balanço dos bancos.

O terceiro módulo será realizado em fevereiro de 2015 e abordará os desafios contemporâneos dos trabalhadores do ramo financeiro como o emprego, a remuneração, a terceirização, segurança bancária, estrutura organizativa da Contraf-CUT, as questões de saúde e condições de trabalho, igualdade de oportunidades e as negociações coletivas.


Fonte: Contraf-CUT e Seeb Brasília


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Post Scriptum (29/11/14, registro no Facebook):

POLÍTICA: NOVO GOVERNO DILMA E A GUINADA À DIREITA NA ECONOMIA

Fiz um texto em meu perfil do Facebook comentando o texto de André Singer sobre o PT voltar a beijar a cruz dos rentistas e da elite:


"FORMAÇÃO POLÍTICA - OPÇÕES DE DILMA PARA O 2º MANDATO

A minha leitura para a pergunta de Singer não é positiva. E eu espero estar errado.

Mas as opções de Dilma Rousseff em repetir a estratégia de Lula em 2003 estão erradas e pode nos derrotar - o eu majestático é porque pertenço aos segmentos de organização social que apoiaram a candidata contra o retrocesso e o fascismo.

O cenário é completamente diferente de 2003. Acho que as classes beneficiadas pelas políticas do Lulismo e petismo podem não ter paciência em esperar nova guinada conservadora de Dilma/PT por uma questão básica:

- Não houve formação política libertadora e progressista para os 30 ou 40 milhões de brasileiros que ascenderam socialmente devido à Ética DA Política (o resultado da política do PT) nos últimos 12 anos. A mesma classe trabalhadora dos grandes centros urbanos como São Paulo, Belo Horizonte, Rio de janeiro, Brasília onde está a maior parte dos servidores públicos do país, Curitiba e Porto Alegre, entraram na onda anti-petista.

- Não houve enfrentamento à MÍDIA GOLPISTA e hoje ela se fortalece novamente como formadora de opinião, porque há forte aliança com parte da Justiça brasileira e de setores de órgãos públicos como a Polícia Federal. 51 milhões de pessoas votaram CONTRA O RETROCESSO e não necessariamente em Dilma ou PT e 49 milhões votaram CONTRA O PT E DILMA.

- RESUMINDO, OS PROGRESSISTAS QUE APOIARAM A DILMA CONTRA O RETROCESSO NÃO TERÃO FACILIDADE EM ACEITAR A TEORIA DE UM PASSO ATRÁS PARA ANDAR DOIS ADIANTE...

- AHH, PARA NÃO DEIXAR DE FAZER AUTOCRÍTICA COM EU MAJESTÁTICO DE NOVO: ENTENDO QUE O MOVIMENTO ORGANIZADO COMO NÓS SINDICATOS NÃO ESTAMOS BEM COM AS BASES QUE REPRESENTAMOS. FALTA MUITO TRABALHO DE BASE E FORMAÇÃO POLÍTICA AOS TRABALHADORES...

É isso! Vamos correr para sobreviver... ou ao menos fazer a minha parte para este corpo tão maltratado física e psicologicamente..."

Texto do Singer:

"Singer diz que PT voltou a beijar a cruz

O jornalista André Singer, ex-porta-voz de Lula, critica a escolha de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda; "Teremos novo ciclo de juros altos, corte de gastos e contração, com possível desemprego e diminuição da renda dos trabalhadores", diz ele; "O gesto suscita, de imediato, duas perguntas. Será que desta vez a estranha conjuntura mundial voltará a soprar a favor e, em caso positivo, quando? Será que as classes beneficiadas pela evolução do lulismo terão paciência para o trabalho de Sísifo que ele parece propor à sociedade brasileira?"


247 - No artigo Beijando a cruz, parte 2, o cientista político André Singer, que foi porta-voz de Lula, critica duramente a escolha da nova equipe econômica.


"Teremos novo ciclo de juros altos, corte de gastos e contração, com possível desemprego e diminuição da renda dos trabalhadores", diz ele. "O gesto suscita, de imediato, duas perguntas. Será que desta vez a estranha conjuntura mundial voltará a soprar a favor e, em caso positivo, quando? Será que as classes beneficiadas pela evolução do lulismo terão paciência para o trabalho de Sísifo que ele parece propor à sociedade brasileira?"

Singer afirma que as condições atuais não são comparáveis às do início do governo Lula, quando, segundo ele, o PT beijou a cruz pela primeira vez, na gestão de Antônio Palocci e Henrique Meirelles. "Em 2004, a economia mundial cresceu 5%, a maior taxa em décadas, iniciando um ciclo expansionista até 2008. As commodities, de que o Brasil é grande exportador, se valorizaram em 100%, o que não acontecia há vinte anos. Foi então que o lulismo deu o inesperado pulo do gato: utilizou a bonança para melhorar, por vários caminhos, a vida dos pobres, ativando o mercado interno por baixo."

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