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16.12.13

Michelle Bachelet é eleita presidenta do Chile com 63% dos votos


Michelle Bachelet é reeleita. Imagem: Creative Commons.

A socialista Michelle Bachelet foi eleita presidenta do Chile no domingo (15). Ela obteve 63% dos votos no segundo turno, derrotando a adversária Evelyn Matthei, que representa a aliança de centro-direita. Matthei, que foi candidata do atual governo, teve 38% dos votos.

Com a vitória, Bachelet é a primeira mulher eleita e reeleita para a Presidência do Chile. Ela governou o país de 2006 a 2010, deixando o lugar para o atual presidente, Sebastián Piñera. Pela legislação chilena, os presidentes não têm direito a dois mandatos consecutivos.

Piñera telefonou a Bachelet para dizer que vai cooperar com ela durante os últimos três meses de seu mandato. Bachelet assume em março e o maior desafio será fazer as reformas que prometeu - entre elas, a da Constituição, herdada da ditadura militar.

Apesar de ter conseguido maioria no Congresso, ela não tem votos suficientes para fazer todas as mudanças que quer e terá que negociar com a oposição. A atual Constituição (que só pode ser alterada com o apoio de dois terços dos legisladores) limita a atuação dos políticos e a ingerência do Estado na economia, que foi privatizada durante o regime militar de Augusto Pinochet.

Bachelet quer fazer uma reforma tributária para aumentar os impostos às empresas e aos mais ricos, obtendo assim recursos para financiar as reformas sociais, entre elas a do sistema educacional. Estudantes do ensino médio e das universidades paralisaram o Chile com protestos em 2011 e 2012, exigindo educação gratuita e de qualidade para todos. As manifestações foram apoiadas por oito de cada dez chilenos.

No Chile, as universidades são todas pagas (inclusive as públicas) e quem não tem dinheiro para financiar os estudos pode pedir empréstimo, mas termina a carreira endividado. Existem escolas de ensino médio gratuitas, mas são de má qualidade porque o governo prefere subsidiar instituições privadas, para que possam cobrar mensalidades baratas e oferecer uma educação de alto nível à população de baixa renda. Os donos dos colégios nem sempre usam o dinheiro do Estado para esse fim.

Nas eleições legislativas, que coincidiram com o primeiro turno em novembro passado, Bachelet conquistou o apoio de 20 dos 38 senadores e de 57 dos 120 deputados federais. Com isso, ela pode aprovar a reforma tributária. Mas para fazer a reforma da educação, precisa de quatro sétimos dos votos (52) do Congresso (22 senadores e 69 deputados federais).

Fonte: Agência Brasil


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Post Scriptum (24/6/18):

Ao rever postagens no Facebook (em 16 de dezembro de 2013), vi que compartilhei as dores e sofrimentos a respeito da morte prematura de pessoas com uma dirigente sindical dos Estados Unidos, Anne, que conheci quando estive lá por duas vezes, contribuindo para a organização dos trabalhadores americanos.

Ela tem um blog onde escreve de vez em quando suas reflexões.

Escrevi a ela na ocasião em que perdeu amigos em acidente automobilístico: "I'm sorry for such a tragedy, my friend.

This weekend really was not good for me too. My wife and I lost a young friend, the daughter of the owner of the school where my wife works. My wife was the first teacher of the little girl and taught her the first letters.

The girl was 24 and could not stand dealing with the illness of depression, one of the greatest evils of contemporary society.

Life is full of surprises, good and bad. We have to keep fighting for a better world.

In solidarity,

William Mendes (Contraf-CUT)"


e ela respondeu:

"Hi William - Thanks so much for your post. So much tragedy and heartache, but yet in the midst of it we find the courage to fight on for a better world. I could not have said it better than you did. I'm sorry for your loss as well and thankful to count you as a brother in a global struggle. In Solidarity,"

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