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6.3.13

Bancários levam aos deputados denúncias de desmandos da gestão do BB


Crédito: Guina - Contraf-CUT
Guina - Contraf-CUTDeputado Berzoini (PT-SP) recebeu comitiva de dirigentes sindicais


A denúncia dos bancários contra o descaso da atual gestão do Banco do Brasil foi reforçada nesta terça-feira (5) na Câmara dos Deputados. Uma comitiva de dirigentes da Contraf-CUT, federações e sindicatos visitou gabinetes e dialogou com parlamentares sobre os problemas causados pela direção do BB, como o plano de funções comissionadas baixado sem qualquer negociação com as entidades sindicais. A atividade ocorreu na véspera da Marcha das Centrais Sindicais e Movimentos Sociais, que acontece nesta quarta-feira (6), na capital federal.

Houve entrega de um panfleto aos deputados, sob o título "Banco do Brasil lucra, mas gestão põe em risco o futuro", com denúncias de desmandos da atual direção do BB.

Clique aqui para ler o material entregue aos parlamentares.

A panfletagem abriu a campanha definida na última reunião do Comando Nacional dos Bancários, realizada no dia 22 de fevereiro, em São Paulo, para intensificar a mobilização das entidades sindicais e alertar o governo e a sociedade acerca dos riscos de gestão temerária e do futuro passivo trabalhista decorrente dos desmandos da administração do BB. 

A caravana foi recebida no gabinete de vários deputados federais, como Ricardo Berzoini (SP), Ângelo Vanhoni (PR), Artur Bruno (CE), João Paulo (PE) e José Genoíno (SP). Todos foram bastante receptivos e se mostraram preocupados com o tratamento do banco para os funcionários.

Berzoini, que é funcionário licenciado do BB, sugeriu à comitiva trabalhar no sentido de reunir os parlamentares bancários, tanto da Câmara como do Senado, para estabelecer um debate técnico sobre as mudanças que vêm sendo implantadas pelo BB, além da criação de uma frente parlamentar que atue contra a política de desmandos da administração do banco. "O enfrentamento parlamentar é uma estratégia importante e necessária neste momento", avalia Carlos de Sousa, vice-presidente da Contraf-CUT.

"As atividades da comitiva neste primeiro dia foram importantes para estabelecer diálogo com os deputados, mas foi apenas um primeiro passo. Precisamos intensificar este contato nos estados e consolidar de fato uma frente de parlamentares. Além disso, temos que fortalecer o calendário de mobilizações dos bancários em todo o país", defende.

Para Ivone Silva, secretária-geral da Contraf-CUT, "o nosso objetivo é conscientizar os parlamentares sobre a insegurança vivida pelos funcionários do BB. A recepção à nossa pauta foi muito boa. Os deputados ficaram sensibilizados. Vamos continuar travando esse diálogo". 

Também participaram da comitiva a presidenta da Fetraf Minas Gerais, Magali Fagundes, o presidente da Fetec Centro Norte, José Avelino, e diretores de vários sindicatos, como Wagner Nascimento (Belo Horizonte), Fabiano Félix (Pernambuco), Ana Smolka (Curitiba), Gustavo Tabatinga Júnior (Ceará), Jaci Zimmer, Milani Cavalcante e Edna Werner (Florianópolis), Olivan Faustino (Bahia), Dirceia Locatelli e Valter Meller (Criciúma).

Novas agendas
Também em Brasília, o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, passou o dia fazendo contatos com autoridades e representantes do governo, buscando agendar reuniões e audiências para discutir os abusos da gestão do BB.

Já está confirmada uma audiência nesta quarta-feira (6) com diretor do Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest), Murilo Barella, e com a Secretaria-Geral da Presidência da República. Também está sendo aguardada a confirmação de uma reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"Queremos abrir um processo de negociações, a fim de apontar os problemas existentes no plano de funções e buscar reverter os entraves, uma vez que não houve diálogo com as entidades sindicais e, se não ocorrerem mudanças, o BB corre o risco de ver dobrar o seu passivo trabalhista nos próximos anos", alerta Cordeiro.

Calendário de mobilização definido pelo Comando
5 de março - panfletagem a parlamentares e ministros em Brasília.

6 de março - em conjunto com a Marcha das Centrais por Desenvolvimento, Cidadania e Valorização do Trabalho, haverá um ato no Ministério da Fazenda e a busca de interlocução com o ministro Guido Mantega para tratar das questões do BB.

Primeira quinzena de março - elaboração da revista O Espelho - Especial Plano de Funções.

20 de março - novo dia nacional de luta.

Março e abril - campanha nacional em todas as bases sindicais para denunciar os problemas causados pela gestão do BB tanto ao corpo funcional quanto ao governo e sociedade, com plenárias e eventos de divulgação.

Maio - Congressos dos funcionários de bancos públicos de 17 a 19, em São Paulo.


Fonte: Contraf-CUT

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