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31.8.12

BB desrespeita mesa de negociação e incita gestores à prática antissindical

Essa é a verdadeira cara da gestão
temerária e assediadora do bb.
A direção do Banco do Brasil está desvirtuando o sentido da cláusula sobre descomissionamento por avaliação contida no acordo assinado com o Comando Nacional dos Bancários em 2011, espalha terrorismo para amedrontar os comissionados e insufla publicamente os gestores a exercerem seu poder para ameaçar e punir funcionários que participem de atividades sindicais.

Para a Contraf-CUT, é esse o conteúdo do Boletim Pessoal divulgado nesta quinta-feira 30 pelo diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas do BB, Carlos Eduardo Leal Neri, que tem abusado nesse tipo de ameaça.

A cláusula 42ª do acordo coletivo, que restringe o descomissionamento aos casos de três avaliações de desempenho negativas consecutivas, foi um avanço importante porque impõe travas a um modelo de gestão por ameaça que impera no banco. O banco agora está fazendo uma interpretação equivocada do acordo. Na rodada de negociação específica da Campanha Nacional de 20 de agosto, o BB propôs reduzir as avaliações de três para uma, o que provocou protesto por parte dos dirigentes sindicais.

"O banco está desrespeitando a própria mesa de negociação da qual participa", acusa William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. "Repudiamos esse tipo de incitação ao assédio e à perseguição por parte dos gestores contra os trabalhadores que participam de atividades sindicais. Essa é uma postura retrógrada e burra."

Segundo William, "esse tipo de terrorismo só fará a mobilização ser a mais forte dos últimos anos, porque as reivindicações são justas e os bancários merecem respeito. E como nos últimos nove anos, os bancários não fugirão à luta".
Fonte: Contraf-CUT

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Veja abaixo a nota em que o diretor Neri incita os gestores a liberarem seus "instintos primitivos" como atos de gestão:

30/08 - Boletim Pessoal 52 - Gestão das Relações de Trabalho

Colega

Percebemos que têm surgido muitas dúvidas e informações equivocadas no que diz respeito a descomissionamento e demissão por ato de gestão no BB.

Inicialmente, é importante destacar que não são necessárias três avaliações negativas e consecutivas para que ocorra qualquer descomissionamento. Não é isso que está no Acordo Coletivo 2011/2012, firmado com as entidades sindicais. Vejamos o que está previsto na Cláusula 42ª do ACT, disponível para consulta no site de negociação coletiva do BB (clique AQUI para acessar):

"Cláusula quadragésima segunda: Descomissionamento decorrente de avaliação de desempenho funcional

O BANCO, na vigência do presente acordo, observará três ciclos avaliatórios consecutivos de GDP com desempenhos insatisfatórios, como requisito para descomissionamento de funcionário na forma das instruções normativas específicas".

Isso significa que o Acordo de Trabalho regulamenta apenas e exclusivamente o descomissionamento relacionado a desempenho, não incluindo demais formas previstas nas normas da Empresa, como descomissionamento decorrente de controle disciplinar ou ato de gestão (IN 369-1.12). Para esses casos, a dispensa de comissão pode ocorrer a qualquer tempo, sem a necessidade de se observarem três ciclos avaliatórios.

Compreendemos, inclusive, que uma situação de desempenho insatisfatório perdurando por três ciclos avaliatórios (três semestres) não é conveniente administrativamente a nenhuma empresa. Entendemos que a oportunidade para o reposicionamento do funcionário e a melhoria de seu desempenho não pode durar tanto tempo por ser contraproducente, sobrecarregando a equipe e prejudicando o resultado da dependência. Além disso, a adoção dessa periodicidade extrapola a vigência do ACT, que é anual. É por isso que estamos debatendo o assunto com a Comissão de Empresa.

Quanto à questão da demissão, as instruções internas também regulamentam as suas possibilidades e, a exemplo do descomissionamento, também pode se dar por ação disciplinar ou por ato de gestão (IN 379-1.1). Porém, ressaltamos que casos passíveis de demissão por ato de gestão devem ser enviados para análise e decisão de um Comitê, formado pelos primeiros gestores da Diref, Dipes e da diretoria ou unidade proponente, medida que evita desligamentos arbitrários.

Achamos importante destacar esses aspectos porque valorizam ainda mais os números e os argumentos que apresentamos nos Boletins anteriores. Mesmo tendo esses instrumentos à disposição, fica claro que o Banco não os utiliza deliberadamente, demonstrando a responsabilidade e o cuidado que a Empresa adota na condução desta matéria.

Novamente convidamos você a checar e avaliar as informações disponíveis, de modo a formar sua própria convicção sobre esses assuntos.

Carlos Eduardo Leal Neri
Diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas


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29.8.12

BB faz truque com comissionamentos


Apresentação

Reproduzo abaixo excelente texto do grande companheiro Eduardo Araújo, que coordenou as negociações antes de mim e que tenho nele e em Marcel Barros boas referências na coordenação da CEBB, que ora tentamos contribuir com a nossa experiência para avançar nas estratégias de lutas para os bancários do Banco do Brasil.



Eduardo Araújo, companheiro do Sindicato de Brasília.

Artigo: Eduardo Araújo


Neste período do ano, época de negociação coletiva, a direção do BB faz pouco das reivindicações dos funcionários e funcionárias por meio do Boletim de Pessoal, assinado pelo diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas, Carlos Eduardo Leal Neri.

Vamos desvendar os truques embutidos na argumentação do diretor Neri e mostrar que, ao contrário do que ele afirma, é verdade que a gestão do banco utiliza a prática de descomissionamentos de modo constante e arbitrário.

Neri reconhece que houve “apenas” 138 descomissionamentos por ato de gestão. Mas a questão central não é a quantidade de descomissionamentos, e sim o uso desse instrumento arbitrário por parte de gestores despreparados para gerenciar pessoas. Como a retirada da comissão por ato de gestão dispensa o administrador de dar explicações reais e justas, usam isso como ameaça aos 68.975 comissionados, que assim ficam totalmente reféns dessa política dos gestores.

Foi para impor travas a esse modelo de gestão por ameaça que o movimento sindical incluiu no acordo coletivo de 2010 a cláusula estabelecendo a regra segundo a qual só pode haver descomissionamento após três avaliações de desempenho negativas. O BB está usando uma série de truques para descumprir essa regra e pressiona para retirar a cláusula do acordo.

O diretor Neri afirma que “apenas” 102 descomissionamentos no ano passado foram motivados por processo disciplinar. Mas na verdade grande parte desses descomissionamentos é de responsabilidade da gestão de pessoal do BB. Decorreram de ação disciplinar, muitas delas por conta do descumprimento de normas para atingir os objetivos absurdos do “Sinergia”. Entre outros, enquadram-se aí os mais de 20 casos recentes envolvendo gerentes de Minas Gerais e do Acre.

Portanto, é verdade que o banco não descomissiona aleatoriamente. O truque está na ameaça diária de descomissionar sua gerência média, além de convidar outros tantos para se aposentar.

Também é verdade que somente no primeiro semestre de 2012 foram realizadas 8.325 ascensões profissionais, mas a maioria delas o movimento sindical vinha reivindicando havia vários anos. O truque do banco foi a adequação desses comissionamentos na implantação das PSO (Plataformas de Suporte Operacional). Antes, mais de 7.000 caixas eram ativados em caráter de substituição, coisa que sempre denunciamos e a direção nada fazia, porém pouco mais de 5.000 foram efetivados com as dotações enxutas da plataforma.

Também cerca de 300 gerentes de serviço foram nomeados nas PSO. Antes, eram responsáveis pelo “Carteirão”, pelas atividades internas de tesouraria, etc. Sempre questionamos essa parametrização que gerava insegurança para os funcionários e um péssimo atendimento à população.

O diretor Neri afirma que o BB não aceita assédio de qualquer natureza, mas o que comprovamos na prática são as denúncias diárias de assédio moral entre gestores e subordinados. O assédio é ainda mais grave entre superintendências e gerentes. Obviamente que estes não denunciam por medo de retaliação.

O Banco do Brasil expõe o resultado de pesquisas internas, nas quais 90% dos funcionários consideram respeitosa a relação entre superiores e subordinados, mas nada fala sobre ética e venda responsável de produtos aos clientes. Pois as metas abusivas realmente não podem ser consideradas assédio moral, mas o modo de cobrança dessas metas sem as adequadas condições de trabalho constituem uma violência organizacional, campo fértil para o que a direção chama de “eventuais desvios individuais de conduta funcional”.

Todos esses dados demonstram que a "Ditadura" do BB não respeita seus funcionários. Parafraseando o diretor, “reflitamos todos sobre esse importante assunto”.


Eduardo Araújo de Souza
Diretor do Sindicato de Brasília

28.8.12

Dia do bancário! Dia da CUT! Dia de luta!

William e companheira Fabi falam do DIA DO BANCÁRIO!

Olá bancári@s e cutistas,

Cheguei há pouco da rua e da negociação com os banqueiros. Vou madrugar amanhã e preciso dormir um pouco, mas vamos registrar aqui a importante data.

A companheira Fabi Proscholdt fez no Facebook um rápido resgate histórico da data:

Dia do bancário

Foi em 28 de agosto de 1951 que começou uma das mais longas e vitoriosas campanhas salariais da categoria. Os bancários reivindicavam um reajuste de 40%, salário mínimo profissional e adicional por tempo de serviço. A contraproposta dos patrões, de 20% de aumento, foi considerada insuficiente e os bancários decidiram entrar em greve. Foram 69 dias de paralisação, até que, em 5 de novembro, a Justiça concedesse um reajuste de 31%, pondo fim à paralisação.

Os grevistas enfrentaram forte repressão, mas os banqueiros, que ameaçavam retirar direitos como salário profissional e adicional por tempo de serviço, ficaram surpresos com a capacidade de organização e mobilização da categoria.

E tivemos outros ganhos:

Dieese – A greve de 1951 trouxe outras repercussões importantes, como a criação do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), quatro anos mais tarde. As sementes do hoje respeitado instituto foram lançadas a partir do questionamento dos índices oficiais de custo de vida do governo, que por pressão dos bancários tiveram de ser refeitos naquele ano e pularam inexplicavelmente de 15,4% para 30,7%. O Dieese surgiu com o objetivo de municiar os trabalhadores com dados estatísticos confiáveis.

CUT – Outro acontecimento histórico lembrado no dia 28 de agosto é o aniversário da CUT (Central Única dos Trabalhadores), fundada durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), em 1983. Numa época em que o Brasil ainda vivia sob o jugo da ditadura militar, o plano aprovado pelos cerca de 5 mil trabalhadores reunidos em São Bernardo do Campo previa lutas pelo fim da lei de segurança nacional e por eleições diretas para presidente.

Mais um pouco de história:

A greve de 1951 foi a primeira contra o Decreto 9.070 da ditadura do Estado Novo, que proibia greves e amordaçava o movimento sindical dos trabalhadores. Foi um movimento pela liberdade sindical, em favor da democracia, contra os "atestados de ideologia" exigidos pelo Ministério do Trabalho dos candidatos a cargos sindicais, pela participação dos sindicatos na fiscalização das condições de trabalho e emprego, pela eleição de representantes dos bancários para a direção dos antigos Institutos de Aposentadorias e Pensões (o atual INSS) e pela participação dos sindicatos na fiscalização e elaboração das leis trabalhistas.

A data começou a ser comemorada já no ano seguinte, em 1952, por decisão do IV Congresso Nacional dos Bancários, realizado em Curitiba. Em 1957, a Assembleia Legislativa oficializou a data no Estado de São Paulo e, em 1959, o Congresso Nacional estendeu a data para todo o Brasil ao aprovar projeto do deputado federal bancário Salvador Romano Lossaco.

Não existem conquistas sem luta!!!!

E não lutamos só por melhores condições de trabalho, valorização, saúde e remuneração. Por consequência, lutamos também por uma sociedade mais justa, digna e humana. E a luta não pára...


Fonte: blog Categoria Bancária e Fabi Proscholdt

27.8.12

Por onde ando... Negociações e na base!


Nesta segunda-feira, estivemos reunidos na Contraf-CUT planejando a organização nacional dos bancários para as próximas fases da campanha.

Amanhã tem rodada de negociação com os banqueiros e a categoria espera que no DIA DOS BANCÁRIOS os banqueiros demonstrem respeito e façam uma proposta que contemple os principais eixos de reivindicação para a campanha 2012.

REUNIÕES COM A BASE

Felizmente, achei um tempinho entre sexta e hoje para fazer duas reuniões em agências do bb e conversar com os colegas bancários sobre todas as negociações e responder dúvidas sobre as principais questões.

Os bancários são de luta e não são intransigentes. Temos visto nos últimos anos a postura desrespeitosa dos banqueiros em não atender às reivindicações da categoria e levar os trabalhadores à greve.

Banqueiros, CHEGA DE TRUQUE!

Somos fortes, somos CUT!
Somos Articulação Sindical!

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Post Scriptum: 

À meia-noite e meia digo o seguinte: eu assumi a postura no movimento de quase não ir às rodas de cerveja e festas onde fazem a política. Mas me dedico estudando para melhorar meu papel de representação e coordenação e acredito que assim também faço a política que acho correta. Tudo é questão de escolha e prioridades... produzi conhecimento para o movimento nas últimas 5 horas. Vamos dormir agora que amanhã acordo às 7h.

23.8.12

Funcionários do Banco do Brasil aguardam boa proposta de PLR

As negociações entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Fenaban estão em andamento. Os bancários aguardam propostas sobre todas as reivindicações apresentadas tanto na mesa geral da Fenaban quanto nas mesas específicas dos bancos públicos, inclusive sobre a regra geral de PLR.

Assim como ocorre desde a conquista desse direito pelos funcionários do Banco do Brasil na greve histórica de 2003, haverá provavelmente alguma proposta adicional à regra geral de PLR da categoria. A negociação visa ampliar o direito.

É importante esclarecer que nenhuma proposta na mesa da Fenaban reduz a PLR. Pelo contrário, ela pode aumentá-la. Foi assim quando a porcentagem do salário aumentou de 80% para 90% do paradigma ao ano.

Pelos resultados apresentados pelos maiores bancos do sistema financeiro, a proposta precisa ser boa porque, mesmo com abusivas provisões para devedores duvidosos (PDD), eles lucraram mais de R$ 25 bilhões no primeiro semestre deste ano.

E olha que o BB lucrou R$ 5,7 bilhões e provisionou R$ 6,93 bilhões para PDD. A provisão sofreu um acréscimo de 26,58% e a variação da inadimplência do banco foi de 0,1% (comparação com primeiro semestre de 2011), segundo cálculo do Dieese.

Os resultados estão aí e foram produzidos pelos bancários que merecem receber a sua parte.

PLR no BB: importante conquista da unidade da categoria

Quando se fala em conquistas oriundas da luta unitária de uma categoria profissional sempre é bom apresentar o histórico da distribuição da Participação nos Lucros e Resultados no Banco do Brasil. O banco só passou a ter PLR a partir da greve de 2003.

Histórico na categoria

A PLR foi conquistada pela categoria bancária no ano de 1995. O acordo foi assinado entre a então Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT) e a Fenaban e valia para dezenas de bancos do país.

A conquista foi fruto da luta dos bancários e o modelo garantia uma distribuição de uma porcentagem do salário do trabalhador mais um valor fixo distribuído para todos sem vínculo com metas individuais.

Uma das principais características da regra geral da PLR da categoria sempre foi garantir que ninguém seja excluído do direito à participação.

Bancos públicos federais sem PLR até 2002

Antes da campanha unificada nos anos 2000, os bancos públicos federais não assinavam a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários e, com isso, os trabalhadores desses bancos não tinham alguns direitos da categoria como a PLR.

A greve de 2003 no BB e na Caixa foi histórica, pois a reivindicação dos bancários era pelo cumprimento da CCT da categoria e pela isonomia de direitos como reajustes salariais, Vale-Alimentação, Vale-Refeição, Auxílio-Creche/Babá (todos com valores menores que a CCT da época) e PLR assinada com os sindicatos, federações e CNB/CUT.

O BB, antes dessa conquista da campanha unificada, tinha um programa de resultados (PR) entre 1998 e 2002, que discriminava milhares de bancários, pois pagava valores irrisórios para as principais funções nas agências e até 54 vezes mais para os executivos do banco. Pelas regras do Dest - departamento que controla as empresas estatais -, o banco não pode distribuir mais que 6,25% do lucro entre os bancários.

Unidade com a categoria traz PLR ao BB

Com a greve de 2003, o governo federal foi obrigado a implantar a PLR no BB assinada com os sindicatos, federações e CNB/CUT na mesa da Fenaban. A conquista fez o banco passar a distribuir mais que 6,25% do resultado para atender às regras da convenção da categoria, que prevê uma porcentagem do salário mais um valor fixo distribuído a todos.

Os bancários perceberam a conquista já no primeiro pagamento da PLR em 2003, uma vez que, ao invés de receber uns R$ 400 e milhares de bancários não ganharem nada, todos receberam valores muito maiores.

O banco gasta, em geral, entre 10% e 12% na distribuição do lucro justamente para cumprir a regra conquistada na luta, com base no modelo da Fenaban. Os bancários não aceitam que o banco apague essa referência.

Avanços a partir de 2005

A partir de 2005, os funcionários do BB conquistaram na campanha unificada daquele ano um aditivo de 4% linear, além da regra geral da categoria, e as entidades sindicais passaram a negociar um acréscimo de módulo bônus atrelado ao resultado coletivo das dependências (ATB).

É importante deixar claro que os funcionários do BB não abrem mão da referência na regra da categoria na mesa da Fenaban, pois foi da luta da campanha unificada que garantiram o direito. E o modelo da Fenaban mais a distribuição linear de 4% não têm nenhuma vinculação com metas.

O módulo bônus, que foi negociado entre 2005 e 2011, sempre teve como referência o resultado coletivo das unidades e é importante salientar que, em geral, 95% das dependências cumpriam os 400 pontos do ATB.

Antigo Sinergia não impedia adicional de módulo bônus

O programa Sinergia foi criado em outubro de 2005, com a participação dos superintendentes, gerentes regionais, gerentes de mercado, administradores e aprovado pelo Conselho Diretor em dezembro de 2005. Uma das "premissas" era estabelecer objetivos de acordo com o ORC/ATB (Acordo de Trabalho), além de estimular o atingimento de resultados de todas as dependências do banco.

Um dos problemas do programa sempre foi a falta de um acordo efetivo de trabalho que verificasse a realidade de mercado de cada dependência, ou seja, tudo sempre foi imposto sem um acordo real e efetivo.

Foram traçados objetivos no programa, porém alguns deles nunca foram mensurados adequadamente, dentre eles, o de assegurar a adoção das melhores práticas bancárias e o de utilizar racionalmente os recursos disponíveis. Os únicos objetivos que foram perseguidos pela direção do BB foram os de alinhamento estratégico da "força de vendas" e o de melhorar os resultados para o banco. Na verdade, a obsessão do BB era ser o primeiro, manter a liderança e incrementar lucro. Sempre a qualquer custo.

Foram criadas quatro etapas: inicial, bronze, prata e ouro. E o Sinergia era igual ao ATB. A pontuação era dividida em Negócios (400 pontos) e Gestão (50 pontos), além dos bônus e dos indutores com pontuação móvel (no tempo do cumprimento e na quantidade de pontos) ao sabor de interesses pouco claros da diretoria do banco.

O que deveria ser "excepcional" para ajustar, incluir ou excluir indicadores, adequando o programa em função da dinâmica do mercado, possíveis alterações do cenário econômico e/ou outras necessidades detectadas, os diretores da DIRED, DIREV, DIMPE, DIREO e DIRCO, em decisão colegiada, passaram a usar como regra diária.

O aditivo da PLR não foi prejudicado em função do Sinergia porque todos os gestores e funcionários tinham uma noção de por onde caminhar mesmo com as metas impostas e abusivas. Os bônus e os indutores serviam para maquiar o resultado final do programa.

Com a manipulação das metas do ATB ao final de cada semestre, em torno de 95% das dependências recebiam a PLR integral e o restante das dependências poderiam fazer recursos ou recebiam uma proporcionalidade.

Novo Sinergia BB destrói regra de parcela adicional

A Contraf-CUT, fundada em 2006, ocupando o lugar da extinga CNB-CUT, as entidades filiadas e os funcionários do BB foram surpreendidos em 2012 com a mudança na gestão de metas do banco, que eliminou o ATB na rede de agências com a criação do Novo Sinergia BB.

Sob o comando do presidente do BB, Aldemir Bendine, e dos superintendentes nomeados pela diretoria, o programa foi piorado e rebatizado, estabelecendo metas individuais por carteira e enterrando de vez a solidariedade nos locais de trabalho.

As novas "premissas" englobam o foco na gestão das carteiras e nos grupos negociais, cuja importância foi ampliada, considerando atribuição de 70% do peso total para a formação da nota das agências. Além disso, o sistema de avaliação semestral tem intenção de fazer premiações periódicas e individualizadas.

Nada disso foi capaz de melhorar o desempenho porque as metas continuaram abusivas. Conforme sondagem das entidades sindicais, no primeiro semestre de avaliação de 2012 verificou-se que 50% das agências nem saiu da etapa inicial e menos de 20% atingiu a etapa ouro, demonstrando a distorção do modelo, e 90% das superintendências ficaram na etapa prata.

O movimento sindical chegou a alertar o banco em negociação nos primeiros meses do ano de que os funcionários estavam revoltados com o Novo Sinergia BB, que tem como foco metas individuais e ainda dificulta a gestão do resultado da agência pelos administradores.

O programa do banco alterou o parâmetro negociado desde 2005 com as entidades sindicais para a parcela adicional de módulo bônus e os representantes dos bancários tinham informado da dificuldade de qualquer negociação de metas individuais na regra de PLR dos funcionários do BB.

Compete agora ao BB fazer uma proposta que contemple as demandas dos bancários e corrija o problema que ele mesmo criou.


Fonte: Contraf-CUT com sindicatos e federações

Por onde ando... Campanha 2012


Pois bem, camaradas e colegas bancários!

Nesta segunda, tivemos negociação na mesa específica do bb, onde finalizamos a apresentação das reivindicações item por item e agora a bola está com o banco em respeitar os trabalhadores e fazer proposta que contemple os eixos de temas debatidos.

Na terça e quarta-feira, finalizamos também as negociações com a Fenaban na apresentação das reivindicações gerais da categoria. Agora é aguardar uma proposta coerente com as demandas dos trabalhadores. A negociação com os banqueiros ficou marcada para terça 28 - DIA DO BANCÁRIO.

Base

Após algumas semanas muito focado nas negociações sem poder fazer o que mais gosto em relação à representação sindical, saí hoje da mesa da Fenaban e consegui fazer uma excelente reunião com bancários sobre as negociações em andamento.

É como sempre digo aos dirigentes: se fosse possível pra mim, estaria todo dia conversando com os colegas na base.

SOMOS FORTES, SOMOS CUT!
SOMOS ARTICULAÇÃO SINDICAL!


20.8.12

Propostas dos bancários estão na mesa, mas BB não apresenta soluções


CEBB/Contraf-CUT - Foto: Maurício Morais.

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, retomou hoje em São Paulo a segunda rodada de negociação da pauta específica do funcionalismo com a direção do BB. O banco não apresentou nenhuma solução para melhorias do Plano de Carreira e Remuneração (PCR) e Planos de Comissões.

"Temos apresentado, desde a primeira rodada de negociações, propostas detalhadas para cada ponto de reivindicação e nossa expectativa era de que o BB trouxesse soluções para melhorias na carreira do trabalhador, incluindo piso maior, jornada de seis horas para todos, soluções para os caixas executivos e CABB, fins dos descomissionamentos e tratamento isonômico para os trabalhadores, independentemente da origem, seja pré ou pós 1998 ou de bancos incorporados. Todos são bancários da mesma empresa e nossa reivindicação é que todos saiam desta campanha nas mesmas condições", defende William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador nacional da Comissão de Empresa do BB.

No entanto, o BB afirmou que irá esperar os resultados da negociação dos bancários com a Fenaban para só depois apresentar uma proposta global aos trabalhadores do banco. "Os resultados desta segunda rodada foram decepcionantes. Não é verdade que o banco não possa fazer propostas para as questões específicas. O BB está com as reivindicações dos bancários desde 1º de agosto e não consegue nenhum avanço. Não é a toa que a Contraf-CUT está chamando os bancários a se mobilizarem em todo o país", afirma William.

"Estamos cobrando que o BB mude a postura que mantém há nove anos de trazer propostas apenas após a greve. Este é o momento de o banco mudar este espírito para que possamos encontrar soluções na mesa de negociação", salienta William.

Pontos fundamentais

O conjunto dos problemas da vida funcional dos bancários do BB passa por soluções apresentadas nos artigos 3 e 18 da minuta de reivindicações que tratam do PCR e Planos de Comissões, e que envolvem 100% dos trabalhadores. "Justamente por tratar de assuntos como piso, jornada, melhoria na carreira de mérito e como adquirir as letras M, estes artigos protegem o trabalhador e sua vida laboral", afirma William.

"Em termos de carreira não é possível seguir sem melhorias que passem pelas discussões feitas nestes três dias. Todos os problemas de assédio moral e fraudes generalizadas na empresa passam por falta de critérios e respeito para se manter e crescer na carreira. Queremos restabelecidos critérios de remoção automática sem discriminação e concorrências sem travas, pois hoje apenas cresce na empresa quem é conhecido de gestores e quem se arrisca além dos normativos para cumprimento de metas e nossos bancários não concordam com isso", detalha o dirigente da Contraf-CUT.

Reivindicações

Entre os pontos apresentados pelo Comando estão as seguintes propostas: seleção interna para comissionamento, fim da perda de funções/descomissionamentos, volta dos caixas executivos para dotações das agências e inclusão na carreira de mérito para os caixas, fim das travas para concorrência e remoção automática, fim da perda de função por licenças e afastamentos, direito à adesão Cassi/Previ para todos, mudança nos comitês de ética para que tenha renovação da cláusula, assinatura da Cláusula de Combate ao Assédio Moral da Fenaban e fim do voto de minerva na Previ.

Em relação à remuneração e carreira

- aumento do piso, interstício de 6% e diminuição do tempo para aquisição das letras de mérito;

- PLR (modelo debatido na Fenaban), sendo que qualquer modelo aditivo à Fenaban não terá vínculo com o programa Sinergia BB;

- pontuação de mérito para caixas e escriturários;

- VR para os caixas executivos e aumento no valor da gratificação de função;

- efetivação dos caixas e que todos pertençam às dotações das agências;

- gratificação de função de 55% para atendentes CABB, unificação dos atendentes A e B e tirar a trava de remoção (pela natureza do trabalho).

Sem redução de direitos

O banco chegou a sugerir a possibilidade de reduzir o número de dirigentes bancários e prazos para descomissionar. "Não vamos aceitar redução de direitos", afirma William.

Bom pra todos

Os bancários reivindicam o fim dos truques que envolvem o Bom pra Todos. "É necessário que o banco tome medidas sérias para impedir que gestores obriguem os bancários a praticar venda casada entre outras fraudes, constrangendo os trabalhadores e aumentando a pressão por metas", afirma William. "As tarifas devem ser reduzidas pois para se ter direito a taxas menores do programa gasta-se mais de R$ 400", completa.

Ameaças

A Contraf-CUT condena a atitude de gestores do banco que estão fazendo reuniões nos locais de trabalho para ameaçar funcionários sobre participação na greve. "Cobramos um posicionamento da direção do BB, uma vez que apostamos na mesa de negociação e esse terrorismo nada contribui para a construção de propostas para um bom acordo", destaca William.

Mobilização

A comissão de empresa que assessora as negociações levará sugestão de Dia Nacional de Luta à reunião de avaliação do Comando Nacional, que deve acontecer na quarta-feira (22) após negociação com Fenaban.
Para William, todos os trabalhadores devem intensificar os processos de mobilização, principalmente o segmento comissionado que hoje é mais da metade da categoria, participando das atividades que estão sendo organizadas pelos sindicatos em todo país.

Fonte: Contraf-CUT

19.8.12

Banco não pode impedir acesso de cliente ao caixa


Vejam resolução abaixo e depois uma matéria a respeito do tema.

RESOLUÇÃO 3.694

Dispõe sobre a prevenção de riscos
na contratação de operações e na
prestação de serviços por parte de
instituições financeiras e demais
instituições autorizadas a
funcionar pelo Banco Central do
Brasil.

O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetário Nacional, em sessão realizada em 26 de março de 2009, com base no art. 4º, inciso VIII, da referida lei,

R E S O L V E U:

Art. 1º As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem contemplar, em seus sistemas de controles internos e de prevenção de riscos previstos na regulamentação vigente, a adoção e a verificação de procedimentos, na contratação de operações e na prestação de serviços, que assegurem:

I - a prestação das informações necessárias à livre escolha e à tomada de decisões por parte de seus clientes e usuários, explicitando, inclusive, as cláusulas contratuais ou práticas que impliquem deveres, responsabilidades e penalidades e fornecendo tempestivamente cópia de contratos, recibos, extratos, comprovantes e outros documentos relativos a operações e a serviços prestados;

II - a utilização em contratos e documentos de redação clara, objetiva e adequada à natureza e à complexidade da operação ou do serviço prestado, de forma a permitir o entendimento do conteúdo e a identificação de prazos, valores, encargos, multas, datas, locais e demais condições.

Art. 2º As instituições referidas no art. 1º devem divulgar, em suas dependências e nas dependências dos estabelecimentos onde seus produtos são ofertados, em local visível e em formato legível, informações relativas a situações que impliquem recusa à realização de pagamentos ou à recepção de cheques, fichas de compensação, documentos, inclusive de cobrança, contas e outros.

Art. 3º É vedado às instituições referidas no art. 1º recusar ou dificultar, aos clientes e usuários de seus produtos e serviços, o acesso aos canais de atendimento convencionais, inclusive guichês de caixa, mesmo na hipótese de oferecer atendimento alternativo ou eletrônico.

§ 1º O disposto no caput não se aplica às dependências exclusivamente eletrônicas nem à prestação de serviços de cobrança e de recebimento decorrentes de contratos ou convênios que prevejam canais de atendimento específicos.

§ 2º A opção pela prestação de serviços por meios alternativos aos convencionais é admitida desde que adotadas as medidas necessárias para preservar a integridade, a confiabilidade, a segurança e o sigilo das transações realizadas, assim como a legitimidade dos serviços prestados, em face dos direitos dos clientes e dos usuários, devendo as instituições informá-los dos riscos existentes.

Art. 4º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5º Ficam revogadas as Resoluções ns. 2.878, de 26 de

julho de 2001, e 2.892, de 27 de setembro de 2001.

Brasília, 26 de março de 2009.

Henrique de Campos Meirelles
Presidente

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Banco não pode impedir acesso de cliente ao caixa

Diário do Grande ABC - Santo André/SP - ECONOMIA - 19/08/2012 - 07:00:00

Todos os meses o aposentado andreense Trajano José das Neves, como muitos outros em condição parecida, vai até uma agência do Bradesco no Centro de Santo André para resgatar seu benefício. Ele sempre aproveita para pagar algumas contas de consumo e serviços. Mas na semana passada teve uma surpresa. Os funcionários da instituição financeira não deixaram que ele liquidasse suas dívidas no guichê e indicaram o caixa eletrônico, do lado de fora das portas giratórias, para que ele efetuasse a operação.

Neves assumiu seu desconhecimento sobre tecnologia. Para ele, o caixa eletrônico nunca foi, ou será, um meio de pagamento confiável. Além da falta de familiaridade com a máquina, ele afirmou se sentir inseguro para realizar suas operações no autoatendimento. "Eles (funcionários) falaram que contas abaixo de R$ 1.000 só poderiam ser pagas nos caixas eletrônicos. Fiz um escândalo no banco", contou o aposentado.

O Bradesco, localizado na Rua Bernardino de Campos, poderia afirmar que a conta de Neves estava incluída em um contrato ou convênio da instituição com outra empresa para prestar serviço de cobrança ou recebimento, situação em que pode haver exclusividade de canal de atendimento. Mas alegar que a conta do aposentado não tinha valor suficiente para ser liquidada no guichê vai contra as regras do BC (Banco Central). A própria Febraban (Federação Brasileira de Bancos), entidade que representa essas empresas, diz que o cliente não pode ser barrado em um canal de atendimento por causa do valor da conta.

Segundo a Resolução 3.694 do BC, a regra geral é que os bancos não podem recusar ou dificultar aos clientes o acesso a canais de atendimento convencionais, principalmente o guichê. E em caso de convênios, a instituição precisa garantir a segurança e integridade do cliente, sensações que Neves não sentiu no local.

Ele ficou sem pagar a conta no banco. Mas foi ao Procon de Santo André e registrou reclamação. O órgão contatou o banco, que ligou ao aposentado pedindo desculpas pelo ocorrido. "Não estou satisfeito. Muitos como eu querem pagar as contas no caixa, se sentem inseguros e isso não pode acontecer. Uma desculpa não muda nada", criticou Neves.

A equipe do Diário foi até a agência e recebeu informações de funcionários de que quando o local está cheio há direcionamento para que os clientes realizem suas operações nos caixas eletrônicos, tudo acompanhado por atendentes treinados.

Essa foi a mesma resposta que a agência deu para o questionamento do Procon. Segundo o relatório de atendimento do órgão copiado para Neves, o gerente da agência afirmou que "realmente os clientes estão sendo orientados a utilizar os caixas eletrônicos, ou correspondente bancário, devido ao grande volume de clientes nesta agência, porém não há proibição caso o consumidor deseje enfrentar a fila do idoso, ou outra fila, ficando a critério do cliente".

Em nota, o Bradesco destacou que "esta não é uma prática do banco. Os canais de autoatendimento são mais uma opção aos clientes, que podem realizar diferentes operações bancárias". E afirmou que vai "avaliar o ocorrido para adotar as medidas necessárias, a fim de corrigir eventuais falhas e melhorar cada vez mais a qualidade do atendimento".

BATALHA - O Sindicato dos Bancários do Grande ABC afirmou lutar contra posições dos bancos como a tomada pelo Bradesco no caso do aposentado. "O intuito do banco é tirar cada vez mais funcionários de dentro das agências", disse um dos diretores da entidade, Elson Siraque, destacando que as instituições estão reduzindo muito seus quadros de funcionários. "O lucro dele (banco) é pouco sobre os pagamentos de contas. Eles querem atender os negócios deles, como empréstimos."

17.8.12

Por onde ando...Negociações e me preparando para elas



Pois é, nesta semana estivemos na primeira rodada de negociações com o bb na segunda e terça-feira em Brasília DF.

Na quarta, estivemos na rodada com a Fenaban quando interrompemos as negociações pelo falecimento do companheiro Manolo, esposo de nossa assessora da Contraf-CUT, Dra. Débora.

Na quinta-feira, estive estudando as nossas minutas e lendo um pouco dos emails mais urgentes (que não tenho conseguido ler).

Estou montando um relatório das negociações um pouco mais detalhado para a Contraf-CUT, além das matérias que fazemos para nossas entidades sindicais - sindicatos e federações - para que estejamos o mais bem informados possível sobre as negociações.

É nosso papel de representação atual.

SOMOS FORTES, SOMOS CUT!


Comando Nacional negocia remuneração e carreira com BB nesta segunda


O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, se reúne nesta segunda-feira, dia 20, às 9h, com a direção do BB para segunda rodada de negociação da pauta específica do funcionalismo da Campanha 2012, em São Paulo. A primeira rodada ocorreu sem avanços nos dias 13 e 14, em Brasília.

Estarão em pauta as reivindicações de remuneração e carreira, além de outros temas.

Remuneração e carreira

- aumento do piso, interstício de 6% e diminuição do tempo para aquisição das letras de mérito;

- PLR (modelo debatido na Fenaban), sendo que qualquer modelo aditivo à Fenaban não terá vínculo com o programa Sinergia BB;

- pontuação de mérito para caixas e escriturários;

- VR para os caixas executivos e aumento no valor da gratificação de função;

- efetivação dos caixas e que todos pertençam às dotações das agências;

- gratificação de função de 55% para atendentes CABB, unificação dos atendentes A e B e tirar a trava de remoção (pela natureza do trabalho).

Outros temas

O Comando Nacional também quer definir a data da eleição do representante dos funcionários no Conselho de Administração do BB, buscando garantir que ninguém será excluído do direito de ser elegível.

Os funcionários reivindicam ainda o fim do truque aos clientes e usuários em relação ao "Bom pra Todos".

Mobilização

Para William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, os trabalhadores devem intensificar o processo de mobilização, participando das atividades que estão sendo organizadas pelos sindicatos em todo país.

Além disso, os funcionários devem ficar espertos diante das notícias divulgadas por outros meios que não sejam os do movimento sindical. "O funcionalismo deve acessar os sites da Contraf-CUT e dos sindicatos e federações para se informar, pois o BB mais uma vez nos disse que vai utilizar muita comunicação direta através de suas ferramentas internas", alerta.

A Contraf-CUT condena a atitude de gestores do banco que estão fazendo reuniões nos locais de trabalho para ameaçar funcionários sobre participação na greve. "Vamos cobrar um posicionamento da direção do BB, uma vez que apostamos na mesa de negociação e esse terrorismo nada contribui para a construção de propostas para um bom acordo", destaca William.

O dirigente da Contraf-CUT salienta que o BB obteve lucro de R$ 5,69 bilhões no primeiro semestre, cujos principais responsáveis foram os seus funcionários. "Esse resultado foi muito bom e o BB tem todas as condições de atender às reivindicações do funcionalismo na campanha deste ano", conclui.

Fonte: Contraf-CUT


15.8.12

Vídeo mostra vigilantes almoçando dentro do banheiro em agência do BB




A TV Goiânia exibiu vídeo mostrando vigilantes almoçando no banheiro, alguns sentados no chão, ao lado do vaso sanitário, em agência do Banco do Brasil, na capital de Goiás. São cenas humilhantes que desrespeitam a dignidade dos trabalhadores.

O vídeo revela a denúncia de um vigilante de que em todas as agências do BB de Goiânia eles só podem usar a cozinha em horários inadequados sob pena de receberem advertências. Assim, para não passarem fome, a opção é fazer as refeições escondidos no banheiro.

Segundo a reportagem, alguns vigilantes já denunciaram o caso para a Polícia Federal e o Ministério do Trabalho e Emprego. O vídeo foi mostrado no dia 19 de janeiro e já teve mais de 480 exibições no Youtube.


Clique aqui para ver o vídeo.

Conforme o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura Santos, não se trata de caso isolado. "Não faltam denúncias em várias agências bancárias do País, o que mostra preconceito e discriminação com os vigilantes", afirma. Ele cobra medidas do BB e demais bancos para que haja igualdade de tratamento para os vigilantes e demais trabalhadores na utilização das cozinhas e espaços para alimentação nas agências.

Para o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, "são imagens que revoltam, pois é inaceitável que haja segregação de trabalhadores no BB ou em qualquer banco ou empresa. Todos merecem tratamento digno".

"A direção do BB tem que apurar essas denúncias e, caso sejam confirmadas, os gestores das agências devem ser orientados para acabar imediatamente com essa situação vergonhosa", aponta o dirigente sindical.

As denúncias também devem ser encaminhadas para os sindicatos e federações de bancários e à Contraf-CUT. "Somos todos trabalhadores e pessoas humanas e essas discriminações contra vigilantes precisam ser erradicadas", ressalta Ademir.

Fonte: Contraf-CUT com CNTV e TVGoiânia


14.8.12

BB sinaliza para Comando Nacional que avanços só vêm com greve

Primeira rodada de negociação da pauta específica
com BB não trouxe avanços. Crédito: Seeb Brasília.

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, concluiu nesta terça-feira 15 a primeira rodada de negociação da pauta específica do funcionalismo com a direção do BB, em Brasília. Houve discussões sobre as reivindicações de saúde e condições de trabalho, previdência e isonomia.

Não houve avanços e o BB, num ato falho, sinalizou que as negociações só avançam se houver greve dos funcionários, pois disse não para várias reivindicações alegando que agora não pretende atender às demandas porque entre 2003 e 2011 já aceitou várias delas. Não por acaso, entre 2003 e 2011, o funcionalismo do BB conquistou vários direitos com mobilização e greve.

"Finalizamos o primeiro bloco de negociação, que durou dois dias, reafirmando ponto por ponto a nossa pauta específica e mostrando ao banco como é importante para os funcionários ele apresentar propostas que atendam às nossas prioridades em relação à preservação da saúde, às condições de trabalho e à isonomia entre todos os trabalhadores do banco, sejam eles pré-98, pós-98 ou oriundos de bancos incorporados", afirma William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador nacional da Comissão de Empresa.

"Há um conjunto de reivindicações que o BB tem plenas condições de atender, e que são os principais problemas dos bancários hoje, como o cumprimento da jornada de 6 horas para todos, a irredutibilidade do salário no retorno de licença-saúde, a seleção interna para a ascensão na carreira, o fim dos descomissionamentos e o fim das travas para concorrência e remoção automática", insiste William. "Isso os bancários querem ver resolvidos nesta campanha."

Só a mobilização garante direitos

Durante a discussão sobre isonomia para os bancários oriundos dos bancos incorporados, o BB enumerou os avanços dos últimos nove anos, sinalizando que só vai apresentar proposta se houver greve. "Mas nós dissemos que é hora de darmos um salto de qualidade e de o banco valorizar o processo de negociação coletiva, apresentando propostas para as prioridades dos bancários", acrescentou o coordenador da Comissão de Empresa.

Para a Contraf-CUT, só a mobilização do funcionalismo do BB garantirá os direitos dos trabalhadores e forçará o banco a avançar nas negociações.

O Comando Nacional discutiu ainda com o BB outras reivindicações importantes do funcionalismo, como o fim das Plataformas de Suporte Operacional (PSO). "Mostramos o caos que esse programa trouxe para os bancários em geral, os gestores e clientes e pedimos o seu fim e o retorno dos caixas e gerentes de serviço às dotações das agências", disse William.

Também houve longas discussões sobre os comitês de ética, que os bancários querem revisar e levar o BB a aderir à cláusula de combate ao assédio moral da convenção coletiva da Fenaban, e sobre Cassi e Previ, principalmente em relação à urgência da inclusão dos funcionários dos bancos incorporados nas duas caixas e do fim do voto de minerva na Previ.

Segunda rodada com BB na próxima semana

A segunda rodada das negociações das questões específicas do BB será realizada na próxima semana, em data que será definida pelo Comando Nacional após a segunda rodada de negociações com a Fenaban que ocorre nesta quarta e quinta-feira, em São Paulo.

Entre os temas da próxima rodada está incluído todo o bloco de remuneração e plano de carreira.


Fonte: Contraf-CUT

13.8.12

Negociação com BB sinaliza necessidade de forte mobilização dos bancários


Primeira rodada continua nesta terça,
em Brasília. Crédito: Seeb Brasília

Logo nos primeiros minutos da primeira negociação específica da Campanha Nacional 2012 nesta segunda-feira (13) com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), em Brasília, o diretor de relações com funcionários e entidades patrocinadas do Banco do Brasil, Carlos Eduardo Leal Neri, apressou-se em lembrar que a instituição, por ser globalizada, está inserida na crise financeira internacional.

A afirmação foi prontamente rebatida pelo coordenador da CEBB e secretário de Formação da Contraf-CUT, William Mendes. "Desde 2009, os bancos brasileiros estão apresentando lucros recordes. Além disso, a inadimplência está caindo e o índice é muito pequeno no BB. Há um truque mágico aí. O que está ocorrendo é que as instituições estão aumentando seus provisionamentos muito acima da realidade, pois a inadimplência é estável e os bancos aumentaram de 30% a 50% suas provisões, diminuindo o resultado", afirmou o dirigente sindical, ao elencar uma a uma as reivindicações do funcionalismo.

Jornada de 6 horas para todos

A primeira reivindicação apresentada para o tema emprego e condições de trabalho foi o cumprimento da jornada legal de 6 horas sem redução de salário, considerada prioridade para os bancários do BB. Ela foi negada novamente pelos representantes do banco. O BB reafirmou que não vai negociar a implantação da jornada de 6 horas para todos os comissionados sem redução de salários.

A instituição já havia dito em julho que a jornada de 6 horas é tema de Plano de Comissões e que isto é estratégico e não discute em mesa de negociação. Naquela negociação, o BB havia ressaltado que não debate questões ligadas ao plano de metas, arquitetura organizacional e de remuneração da empresa.

"Mais uma vez, o BB mostra uma postura intransigente diante de um assunto considerado essencial para seus trabalhadores. O eixo das reivindicações passa por melhoria no Plano de Carreira, cujo pilar é a jornada de 6 horas para os comissionados, bem como seleção interna para crescimento na carreira e fim dos descomissionamentos. Se o banco fica dizendo que não negocia o essencial na mesa de negociação, ele quer dizer o quê? Que os bancários busquem outras formas de resolver os seus problemas sem ser por negociação coletiva?", indaga William.

Respeito e seriedade nas negociações

Em nome de todos os funcionários do BB, William fez um apelo para que os negociadores do banco analisem com respeito e seriedade a pauta específica de reivindicações entregue à instituição em 1º de agosto. "Com 50 itens, a minuta é o resultado de um amplo e democrático processo de consulta aos bancários e bancarias de todo o país. O texto final foi deliberado no 23º Congresso Nacional dos Funcionários do BB", acrescentou o dirigente.

Os temas debatidos nesta rodada versaram sobre combate ao assédio moral, fim da terceirização e aumento nas dotações das dependências, igualdade de direitos para os funcionários oriundos de bancos incorporados (Cassi e Previ para todos), melhorias nas ausências autorizadas, melhoria no plano odontológico, fim da perda de função e irredutibilidade de salário na volta das licenças-médicas, segurança bancária, volta do pagamento das substituições e ampliação dos direitos dos delegados sindicais.

A negociadora do BB, Áurea Faria Martins, ficou de analisar as reivindicações do funcionalismo e trazer as respostas nas próximas rodadas de negociações.

Atenção para as mensagens do banco

Como se não bastasse o fato de não ter apresentado nenhuma resposta concreta às reivindicações do funcionalismo, o BB ainda sinalizou que pretende reduzir o número de dirigentes sindicais. "Além de termos uma questão a resolver sobre liberações dos bancários eleitos para mandatos sindicais, porque havia uma regra em 2009 e o banco alterou por conta própria, o banco diz que quer diminuir a organização dos trabalhadores. O banco sabe que deveria liberar mais dirigentes e vem propor redução! Isso me parece provocação", rebate William.

Outra questão que trouxe preocupação para as entidades sindicais é o banco ter questionado a reivindicação de fim da discriminação e isonomia para os bancários oriundos de bancos incorporados em relação à Cassi e à Previ, dizendo que vai apresentar para os bancários dados perguntando se a isonomia é boa para todos mesmo. "É impressão minha ou o banco está dizendo que vai chamar os bancários que já eram do BB a discriminarem os colegas oriundos dos bancos incorporados? Muito estranha esta argumentação por parte do banco", alerta o dirigente.

Rodada segue nesta terça

A rodada de negociação prossegue nesta terça-feira (14) no edifício Sede I, em Brasília. "Esperamos que o BB apresente algo de concreto e avance nas questões debatidas, pois está com a pauta há duas semanas" frisou William Mendes.

A CEBB está trabalhando com a metodologia de apresentar todas as reivindicações deliberadas pelo funcionalismo. A estratégia é importante porque as propostas são justas e a expectativa é que a empresa apresente propostas em todos os temas.

Na avaliação do Comando Nacional, a crise financeira internacional não atingiu o sistema financeiro brasileiro que continua sendo considerado um dos mais lucrativos e sólidos do mundo. "Onde está a crise enfrentada pelos bancos brasileiros?", foi o contraponto dos dirigentes.

Diante desse frágil argumento utilizado logo na primeira negociação específica com o BB, a Contraf-CUT orienta que os trabalhadores intensifiquem a mobilização e fiquem atentos com as notícias divulgadas por outros meios que não sejam os dos trabalhadores, inclusive em relação ao banco. "O funcionalismo deve acessar os sites da Contraf-CUT e dos sindicatos e federações para se informar, pois o BB mais uma vez nos disse que vai utilizar muita comunicação direta através de suas ferramentas internas", aponta William.

Veja as principais reivindicações específicas do funcionários do BB

- Melhorias no Plano de Carreira e Remuneração.
- Negociação do Plano de Comissões.
- PLR sem vinculação com o programa de metas Sinergia.
- Jornada de 6 horas para todos, sem redução do salário.
- Fim das PSO e volta dos caixas e gerentes de serviços para as agências.
- Cassi e Previ para todos, sem redução de direitos.
 Remoção automática para o preenchimento de todas as vagas de escriturário.
- Acabar com o truque da direção do BB de enganar os clientes e a sociedade com o "Bom pra Todos".
- Delegados sindicais para todas as dependências do banco.
- Fim do voto de Minerva na Previ.
- Assinatura do Protocolo de Prevenção de Conflitos e revisão dos Comitês de Ética.
- Fim dos descomissionamentos e seleção interna para promoção em todos os cargos.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília

9.8.12

Campanha 2012 - Banqueiros se negam a discutir metas abusivas que adoecem bancários


Bancários do Comando Nacional no 2º dia 
de negociação. Foto: Jailton Garcia.

"Não existem metas abusivas nos bancos. Elas são apenas desafiadoras. O assédio moral, quando existe, é resultado do desvio de caráter de alguns gestores. As reclamações que existem nos locais de trabalho são normais, parecidas com as dos filhos que se queixam das cobranças dos pais, dos alunos que protestam contra exigências dos professores e dos atletas que reclamam do rigor dos técnicos."

Foi isso o que os bancos alegaram nesta quarta-feira 8 ao Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, durante o segundo dia da primeira rodada de negociação da Campanha 2012, bloqueando as discussões sobre saúde e condições de trabalho e as reivindicações dos trabalhadores pelo fim das metas abusivas e do assédio moral, que estão provocando uma verdadeira epidemia de adoecimentos nas unidades.

"Os bancos querem naturalizar e individualizar a violência organizacional, como se ela fosse um desvio de caráter e a culpa, em última instância, fosse dos próprios bancários. Nós discordamos disso. Consideramos que o assédio moral é uma questão coletiva, resultado de um modelo de gestão equivocado, gerador de doenças", afirma Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

Os dirigentes sindicais expuseram essa visão aos representantes dos bancos e reafirmaram a reivindicação de que é preciso que os bancários participem da discussão das metas. "O problema hoje é de violência organizacional. Por que não fazemos uma pesquisa para ouvir os bancários, de modo a efetuarmos uma radiografia conjunta do problema?", propôs Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Os bancos recusaram tanto a realização da pesquisa como a inclusão dos bancários na discussão sobre o estabelecimento de metas. Eles alegam que isso significaria submeter a gestão dos bancos ao escrutínio dos bancários.

Combate ao assédio moral

O Comando Nacional cobrou dos bancos uma reavaliação do instrumento de combate ao assédio moral previsto na Convenção Coletiva com adesão espontânea para bancos e sindicatos. "Esse instrumento precisa ser avaliado. Ele é insuficiente e precisa de ajustes. Tem havido reincidências e, como é voluntário, não envolve todos os bancos", destaca Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Ela citou o caso de sua base sindical, onde há 640 casos de assédio moral registrados, muitos dos quais discutidos em cada local de trabalho, sem utilização do instrumento previsto na Convenção Coletiva. Há casos de respostas-padrão dos bancos que aderiram. "Esse instrumento precisa ser aprimorado", defendeu.

Programa de Reabilitação profissional

O Comando Nacional questionou os bancos sobre a razão pela qual nenhum deles aderiu ainda ao Programa de Reabilitação Profissional, que está desde 2009 na Convenção Coletiva. Pelo acordo, cuja implementação é opcional, os bancos devem instituir programas de reabilitação visando assegurar condições para a manutenção ou a reinserção ao trabalho do bancário com diagnóstico de adoecimento, de origem ocupacional ou não.

"O que observamos é que a grande maioria dos trabalhadores, ao retornarem ao trabalho depois de um determinado período de afastamento, é recolocada no mesmo posto de trabalho que o adoeceu, sem nenhuma mudança nas condições e no ritmo de trabalho", salienta Walcir.

A Fenaban tentou fugir do questionamento, sugerindo remeter a questão à mesa temática de saúde e condições de trabalho, mas os dirigentes sindicais cobraram uma solução na mesa de negociação. Por fim, a Fenaban se comprometeu a fazer reuniões com os bancos e procurar resolver o assunto ainda na atual Campanha Nacional.

Nova rodada de negociação

Os debates sobre saúde e condições de trabalho continuarão na segunda rodada de negociação, que ocorre na próxima quarta 15 e quinta-feira 16, em São Paulo. Também serão discutidas as reivindicações sobre segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração.

O Comando Nacional se reúne na terça-feira 14, às 10h, na sede da Contraf-CUT, para preparar os debates com os bancos.

Fonte: Contraf-CUT


8.8.12

BB descumpre compromisso e atrasa em 5 meses acerto de interstício no VCPI

Agência Banco do Brasil.
A Campanha Nacional 2012 começou mal em relação ao respeito aos direitos dos bancários por parte do Banco do Brasil. Após a incorporação da Nossa Caixa, os bancários oriundos do ex-banco paulista fizeram adesão ao plano de carreira administrativa do BB desde 1º de dezembro de 2009.

Com a adesão, os bancários passaram a ter seus salários e remuneração regrados pelo plano de carreira da empresa: o PCR com uma tabela de antiguidade de 12 níveis e uma tabela de mérito com 25 níveis.

Assim como qualquer bancário que tomou posse no BB muda de nível na tabela de antiguidades e passa ao nível seguinte (dois anos no primeiro nível e três anos nos seguintes), aumentando em 3% seu salário base, a remuneração básica trazida por cada bancário da ex-Nossa Caixa tem direito ao mesmo interstício nas mudanças de nível.

Todos os bancários aderentes ao PCR do banco desde dezembro de 2009 mudaram de nível a partir de 2 de março deste ano e passaram a ter direito a 3% sobre seus salários anteriores reunidos na Verba de Caráter Pessoal Incorporados (VCPI).

Banco já deve cinco meses de acerto

Todos os bancários que tiverem acertos maiores que seus pisos de função, ou que não detenham função comissionada, têm direito a receber a diferença desde o dia que completaram a mudança de nível no Plano de Carreira administrativa do banco.

O BB ficou de pagar os acertos desde abril e pediu paciência aos trabalhadores e às entidades sindicais para mudar o sistema de folha de pagamento. A última promessa de pagamento dos valores devidos seria para 20 de agosto, com assinatura do aditivo nesta semana que se encerra na sexta-feira 10. "Novamente o BB descumpriu seus deveres com os direitos dos bancários", critica William Mendes, diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

BB é reincidente em desrespeitar compromissos

"A empresa está há três anos desrespeitando os bancários dos bancos incorporados e as entidades sindicais, pois não cumpre com aquilo que fala, pactua e contrata", acrescenta William.

Para o dirigente sindical, o principal problema de discriminação a todos os bancários oriundos de bancos incorporados é o bloqueio ao direito legítimo de adesão à Cassi e à Previ a todos eles, preservando os direitos que cada um tenha.

Mobilização

"Só a mobilização forte e unitária fará o banco respeitar a mesa de negociação, os direitos contratados e os bancários da empresa, independente de origem e tempo de banco", conclui William.

Fonte: Contraf-CUT


Campanha 2012 - Banqueiros dizem que bancários não estão preocupados com emprego


Bancários do Comando Nacional na primeira rodada de
negociação com banqueiros. Foto: Jaílton Garcia.

Na primeira rodada de negociação da Campanha 2012, realizada nesta terça-feira 7 em São Paulo, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, discutiu com a Fenaban as reivindicações da categoria sobre emprego, como a contratação de mais funcionários, respeito à jornada de 6 horas, fim da rotatividade e da terceirização, e inclusão bancária sem correspondentes bancários. Os representantes dos bancos rejeitaram todas as reivindicações. Admitiram que setores do sistema "estão fazendo ajustes", mas disseram que os bancários não estão preocupados com o emprego e que a redução da média salarial via rotatividade é uma coisa normal.

A rodada de negociação continua nesta quarta-feira 8, às 9h, com a discussão das reivindicações sobre saúde e condições de trabalho.

O presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro, abriu as negociações apresentando os dados da 14ª Pesquisa do Emprego Bancário divulgada na segunda-feira 6 pela Confederação e pelo Dieese, segundo a qual os bancos geraram apenas 2.350 novos empregos no primeiro semestre de 2012, o que representa um recuo de 80,40% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram criadas 11.978 vagas. Sem a Caixa Federal, que abriu 3.492 postos de trabalho, o saldo seria negativo em 1.209 empregos. A pesquisa reafirma também que os bancos usam a rotatividade para reduzir a massa salarial e que discriminam as mulheres, que entram e saem das empresas ganhando menos que os homens.

"A rotatividade é como a jabuticaba, é um fenômeno que só existe no Brasil. E é mais grave no sistema financeiro. Enquanto na economia como um todo a diferença da média salarial de quem entra e quem sai é de 7%, nos bancos a diferença é de 35,40%. Isso explica por que o salário médio dos bancários cresceu apenas 3,4% entre 2004 e 2011, quando o aumento real foi de 13,92% e o piso subiu 31,67%", afirmou Carlos Cordeiro. "Por isso, queremos garantia de emprego e a ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe demissões imotivadas."

Os representantes da Fenaban admitiram que alguns bancos "estão fazendo ajustes", mas negaram que haja rotatividade e fechamento de postos de trabalho. E disseram que o tema do emprego não faz parte do universo de preocupação dos bancários.

Eles chegaram a refutar o dado do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, elaborado a partir de informações passadas pelas próprias empresas, de que os empregos gerados pelo sistema financeiro no primeiro semestre representam apenas 0,22% dos 1.047.914 de empregos gerados em todos os setores da economia. Segundo os negociadores da Fenaban, a maioria dessas novas vagas é apenas a formalização de empregos sem carteira.

Terceirização e correspondentes bancários

"Queremos que os bancários tenham um emprego de qualidade e sem adoecimento. Houve redução de postos, mas o volume de serviços não diminuiu, sobrecarregando o trabalho. O bancário adoece e a sociedade sofre as consequências", disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e região, Juvandia Moreira, para quem os bancos que mais desligaram foram exatamente os que aumentaram os correspondentes bancários.

"Os bancos estão trocando bancários por correspondentes. Há bancos que se recusam a prestar atendimento, empurrando clientes para os correspondentes. Outros colocam o correspondente dentro das agências", acusou a dirigente sindical.

"Há dois mil municípios sem agência. Defendemos a transformação do corresponde bancário em agência ou posto de atendimento, que é um modelo que já foi seguido pelo Bradesco quando perdeu o contrato do Banco Postal, no ano passado", acrescentou o presidente da Contraf-CUT.

A Fenaban defendeu a terceirização e disse que os correspondentes bancários estão atuando dentro do que permite a legislação.

O Comando Nacional também propôs na mesa de negociação a isenção de tarifas e juros menores para os bancários, que arcam muitas vezes com as taxas maiores de crédito consignado que os clientes. Muitos funcionários estão pagando até 13% ao mês no cartão de crédito. A Fenaban respondeu que isso faz parte da política interna de cada banco, que não há um padrão e, portanto, não deve fazer parte da negociação coletiva.

Os dirigentes sindicais reivindicaram ainda o abono-assiduidade, que é o direito a cinco folgas abonadas por ano como forma de compensar os dias trabalhados sem remuneração (o ano tem 365 dias, mas os trabalhadores só recebem por 360 dias). Embora vários bancos já concedam esse abono, a Fenaban se recusou a discutir a questão.

Cumprimento da jornada de 6 horas

O Comando Nacional defendeu a reivindicação dos bancários aprovada na 14ª Conferência Nacional de que os bancos devem respeitar a jornada de seis horas, instituída na década de 1930, quando havia muito adoecimento de bancários.

"A produtividade do setor cresceu muito, assim como a intensidade do trabalho. Antes havia um fôlego entre uma atividade e outra. Hoje não tem nenhum respiro. O bancário trabalha intensamente, seja na agência, seja no departamento", enfatizou o secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, William Mendes.

"Outra coisa que deve ser discutida é a extrapolação da jornada, que é muito corriqueira. Em alguns segmentos, é muito forte. Quanto mais tempo no trabalho, menos tempo para a família. Isso gera desdobramentos. Hoje, a maioria não tem jornada de seis horas. Passou para uma função de chefia, passou para oito horas, mesmo que seja chefe de si mesmo", criticou Juvandia.

A Fenaban se recusou a discutir o cumprimento da jornada de seis horas para todos os bancários.

Melhoria do atendimento

O Comando Nacional defendeu ainda o controle do tempo de espera nas filas e a ampliação do horário de atendimento, das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho, o que é importante para atender melhor os clientes e gerar empregos.

A Fenaban se recusou a incluir o horário de atendimento na convenção coletiva, assim como o controle das filas, por considerar que esse não é assunto trabalhista. Os representantes dos bancos disseram que o tempo de espera de 15 minutos pode aumentar a pressão sobre o bancário e que, portanto, o tempo de 30 minutos seria melhor. Pode?

"Os trabalhadores prezam por um bom atendimento aos clientes. Não podemos trabalhar com horário prolongado ", retrucou Carlos Cordeiro. "A pressão que tem levado funcionários a tomar remédios de uso controlado, assim como o tempo de espera de 15 minutos, devem ser resolvidos com mais contratações para melhorar as condições de trabalho."

Fonte: Contraf-CUT



Post Scriptum:

Na época, havia umas intrigas internas na corrente política. Em várias fotos da mesa de negociação, saíram todas as pessoas do lado dos trabalhadores, menos eu, que sou cortado na foto. É o caso das fotos dessa mesa.

Campanha 2012 - Bancários cobram retomada das contratações


Bancários na primeira rodada de negociação
com a banqueirada. Foto: Paulo Pepe.
Na primeira rodada de negociação da Campanha bancos dizem que bancários não estão preocupados com emprego, apesar da eliminação de postos de trabalho no setor. Nesta quarta, saúde em pauta

São Paulo - Na primeira rodada de negociação da Campanha Nacional 2012, os representantes dos bancos foram confrontados com os dados apresentados pelo Comando dos Bancários que indicam a drástica redução no nível de contratação do setor. Os debates foram realizados na terça 7. Na quarta 8 será a vez de saúde e condições de trabalho.

Se no ano passado os bancos geraram 11.978 postos de trabalho no primeiro semestre, em 2012 não passaram dos 2.350. Quando contratam, pagam salário 35,4% menor do que ganhavam os demitidos, já que os bancos fazem uso da rotatividade para aumentar seus lucros.

“Questionamos à Fenaban (federação dos bancos) se essa redução nas contratações é uma tendência no setor. A afirmação foi de que alguns bancos passam por ‘ajuste, uma prática normal de mercado’, ou seja, com diminuição do número de postos. E ainda dizem que os bancários não estão preocupados com emprego, mas nossa pesquisa que ouviu mais de 12 mil trabalhadores prova o contrário”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Essa estratégia dos bancos, de reduzir o número de bancários, precisa ser combatida pela categoria e por toda a sociedade em nome da universalização do atendimento, com serviços de qualidade para todos.”

Para isso, os representantes dos trabalhadores apresentaram reivindicações como a ampliação das contratações, o fim da rotatividade e das terceirizações, além da aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada) e do abono assiduidade de cinco dias para todos.

“Queremos melhores condições de trabalho para a categoria que está entre as que mais adoecem. Além disso, a diminuição da geração de emprego em 80,4% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2011, está diretamente ligada ao aumento de 106% de correspondentes bancários no último ano”, destaca Juvandia. “No Itaú foram eliminados 9 mil postos de trabalho e ampliação de 256% de correspondentes em um ano. Os bancos expandem suas atividades e aumentam seus lucros fazendo uso de atendimento precarizado feito por trabalhadores que não têm os direitos garantidos pela Convenção Coletiva da categoria bancária, num ambiente sem as exigências de segurança previstas para as agências. É possível transformar esses correspondentes em postos de atendimento bancário, com a devida proteção para trabalhadores e clientes.”

Dívida social – Os três maiores bancos privados do país (Itaú, Bradesco e Santander) lucraram mais de R$ 16 bilhões no primeiro semestre de 2012, mas devolveram ao Brasil a eliminação de 4.086 postos. Só o Itaú acabou com 3.777 vagas para trabalhadores nesses seis meses.

Apesar de estarem entre os que mais ganham na economia brasileira, as instituições financeiras também estão entre as que menos criam vagas: somente 0,22% de 1,04 milhão de empregos gerados pelos outros setores da economia nos primeiros seis meses de 2012. “E ainda assim, graças à nossa conquista na Caixa Federal, que prevê mais contratações para este ano. Sem os números da Caixa, a evolução dos empregos nos bancos seria negativa.

Jornada – A jornada de seis horas, uma importante conquista da categoria bancária, vem sendo insistentemente desrespeitada pelos bancos. Se em 1995, 67% dos trabalhadores faziam seis horas, em 2010 (dado mais recente) eram 47%. “Os bancos usam de subterfúgios para alterar a jornada dos trabalhadores, mas isso está errado. A jornada dos bancários é de seis horas porque o desgaste e a sobrecarga são grandes. Em vez de contratar mais, os bancos preferem aumentar a jornada, adoecendo seus trabalhadores”, salienta a presidenta do Sindicato.

Taxas – Também foi cobrado da Fenaban taxas de juros menores para os bancários. “Tem de reduzir juros para todos, inclusive para os bancários. Mas hoje tem funcionário de banco pagando mais que cliente. Alguns representantes de bancos afirmaram que todos devem ser tratados como clientes e isso é normal. Rebatemos dizendo que assim o bancário é explorado duas vezes: fazendo o lucro do banco e pagando taxas mais altas. O debate não avançou, mas vamos continuar cobrando que seja uma orientação prevista na CCT da categoria”, relata Juvandia.

Atendimento – Sobre a contratação de mais bancários para melhorar o atendimento a Fenaban ironizou, dizendo que a solução é deixar os clientes na fila por 30 minutos (mencionando a lei das filas de 15 minutos em horários de pico). “Também cobramos respeito aos trabalhadores, lembrando os caixas sobrecarregados e os gerentes obrigados a fazer várias funções para atender os usuários. Mas os bancos insistem em dizer que o bancário não se preocupa com a questão do emprego”, critica a presidenta do Sindicato.

Saúde – Um setor que ganha tanto com a sociedade brasileira, tem obrigação de contratar mais para prestar atendimento melhor, com condições dignas de trabalho para os bancários”, completa Juvandia, lembrando que nesta quarta-feira, as demandas de saúde da categoria estarão na mesa de negociação com a Fenaban. Dentre elas, fim do assédio moral e das metas abusivas, fim da discriminação de funcionários em reabilitação e o cumprimento da NR 17, para que todos tenham direito a intervalos de 10 minutos a cada jornada de 50 minutos em trabalhos.

Seeb SP - Cláudia Motta - 7/8/2012



Post Scriptum:

Na época, havia umas intrigas internas na corrente política. Em várias fotos da mesa de negociação, saíram todas as pessoas do lado dos trabalhadores, menos eu, que sou cortado na foto. É o caso das fotos dessa mesa.

7.8.12

Por onde ando... agenda de luta (negociações)



SEGUNDA-FEIRA

Nesta segunda, o dia foi longo. Fizemos seminário com o Comando Nacional dos Bancários para preparar os bancários para a negociação com a Fenaban.

Após o fim do seminário, organizamos uma reunião de minha corrente política Articulação Sindical para prepararmos boas negociações no BB e buscarmos uma campanha vitoriosa. Saí da Contraf-CUT quase 23h.

TERÇA-FEIRA

Dia de negociação com a Fenaban em SP.

QUARTA-FEIRA

Dia de negociação com a Fenaban em SP.

QUINTA e SEXTA

Abono por questões particulares.


Na sexta 10 pego a estrada em MG para fazer a minha caminhada anual de reflexão. São cerca de 80 km.