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23.1.12

Sacolas plásticas abolidas em SP: presente para os capitalistas


Opinião

$acola$ plá$ticas abolida$ em $P: presente para o$ capitali$ta$!

Já que este blog é para eu expressar a minha opinião sobre as coisas, deixo aqui a minha sobre todo o ufanismo feito a SP por haver proibido a "distribuição gratuita" de sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais.

Os capitalistas agradecem!

Antes, eles embutiam no preço dos produtos que vendem nos supermercados (e no lucro) o custo gasto com a distribuição das sacolas plásticas para os consumidores levarem os produtos embora.

Por outro lado, os consumidores, em sua grande maioria, sempre utilizaram as mesmas sacolas para acondicionar o lixo diário de casa, economizando em ter que comprar trocentas sacolas plásticas para isso.

A nova onda verde é uma tremenda desculpa para os supermercados deixarem de distribuir gratuitamente e passarem a vender sacolas com nomes de "retornáveis" ou "bio" isso ou aquilo. Os cidadãos terão que comprar $acola$ para levarem as compras para casa e terão que comprar $acola$ para acondicionar o lixo diário.

O capitalismo continuará criando engôdos como este, e mais cortinas de fumaça que encobrem os verdadeiros problemas da classe trabalhadora o tempo inteiro.

Enquanto isso...

No entanto, o sistema continua produzindo modelo$ novo$ de celulare$ e bateria$ de celulare$ e tudo quanto é porcaria eletrônica movida a bateria$ e esses bilhõe$ de bateria$ continuarão indo para os lixos (com $acola$ plástica$ comprada$) e tudo bem...

Os preços nos supermercados não diminuirão, assim como não diminuíram quando enganaram os trabalhadores dizendo que a CPMF encarecia os produtos etc etc etc...

Os capitalistas continuarão sonegando e não pagando impostos... os trabalhadores continuarão a pagar impostos e o impostômetro continuará sendo referência para os dois grupos...

Enquanto isso também os governos eleitos pelo e para o sistema capitalista seguirão mantendo a ordem e a lei e manterão a propriedade privada, como é o caso da comunidade Pinheirinho, onde 9 mil pessoas foram violentamente varridas de uma propriedade privada do nada menos "Naji Nahas", especulador que fodeu milhares de pessoas como fraudador. Mas ele é grã-fino, usa talheres chiques e conhece pessoas influentes...

É uma maravilha!

E para terminar, famosos como o nadador Cielo continuarão a enganar a população dizendo para eles economizarem segundos de água em suas casas enquanto a metade da água potável segue ficando pelo caminho nos canos mal cuidados da Sabesp... e indo pro ralo nas mansões e indústrias por aí...

Eita mundo besta!



Alguns dados:

- Pão de Açúcar diz que já comercializou 4 milhões de sacolas retornáveis...

- a lei diz que os supermercados não podem mais fornecer "gratuitamente" sacolas plásticas...

- os preços das sacolas plásticas de lixo nas cidades que aboliram a distribuição gratuita de sacolas plásticas nos mercados, como Jundiaí, passaram a ser 235% maiores que nas outras cidades, segunda a Plastivida (associação da indústria da área)...


Opiniões a favor e contra:

A favor

Direito às sacolinhas - os supermercadistas de todo o país gastam por ano R$ 500 milhões com a compra das sacolinhas descartáveis. Esse custo está embutido no preço dos produtos e, portanto, os consumidores têm direito às sacolinhas.

Prejuízo ao consumidor - sem a distribuição das sacolinhas, os consumidores serão obrigados a pagar de R$ 0,19 a R$ 0,25 por sacolinha biodegradável e terão de comprar saco de lixo, pois não vão mais usar as descartáveis.

Sacola plástica polui? - a sacola plástica representa 0,2% do resíduo sólido urbano coletado no país. Esse percentual não pode ser considerado um agente poluidor.

A sacola reutilizável é uma alternativa? - também não. As sacolas não são produzidas no Brasil e são importadas do Vietnã, China e Taiwan, onde a mão de obra é de baixo custo para as empresas.

Quais as vantagens da substituição das sacolas? - nenhuma. A indústria de plástico flexível vai perder 30 mil postos de trabalho em todo o país, 6 mil só no Estado de São Paulo.

Sacola biodegradável é a solução? - não. Por três motivos: primeiro porque a matéria-prima para produzir a biodegradável é importada e o que chega ao Brasil não é suficiente para atender à demanda de sacolinhas. Segundo porque a sacola biodegradável só se decompõe em usinas de compostagem, que não existem no Brasil. Terceiro porque o material utilizado não pode ser reciclado.

Contra

Direito às sacolinhas - o consumidor tem e sempre terá alternativas, como optar por sacolas biodegradáveis ou reutilizáveis. O que os supermercados estão fazendo é suprimir uma alternativa agressiva ao meio ambiente.

Prejuízo ao consumidor - repassar ao consumidor o custo da sacola é uma forma de desestimular o consumo desnecessário. A Apas estimula que o consumidor vá às compras munido de sua sacola reutilizável, seja de pano, lona, palha, TNT, plástico ou de outro material reciclável.

Sacola plástica polui? - o país produz anualmente 500 mil toneladas de sacolas plásticas descartáveis. Calcula-se que cerca de 90% desse material, com degradação indefinida, acabe servindo de lixeira ou vire lixo. Esse material ocupa espaço valioso nos aterros sanitários.

A sacola reutilizável é uma alternativa? - inicialmente, as sacolas foram importadas, mas empresas e ONGs já começam a produzir as sacolas reutilizáveis.

Quais as vantagens da substituição das sacolas? - a indústria nacional está se adaptando à necessidade do mercado e já começa a produzir sacolas de fontes renováveis, como PET, TNT e tecido.

Sacola biodegradável é a solução? - o objetivo das iniciativas apoiadas pelo setor supermercadista e outros ramos do varejo não é substituir a sacola plástica descartável por outra de material biodegradável, que também gera resíduos. A intenção é que o consumidor se conscientize de que a cultura do descarte de resíduos sólidos prejudica o meio ambiente e passe a utilizar sacolas reutilizáveis de qualquer material.

Fonte:


Janeiro, 2012

Sacolinhas plásticas: entre o bem e o mal

Diário de São Paulo - São Paulo/SP - Notícias - 21/01/2012 - Regiane Soares Von Atzingen e Rafael Lasci

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