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7.11.11

Berzoini critica Projeto de Lei que desregulamenta relação de trabalho

PL de Mabel pode tornar terceirização ainda mais impactante no mercado de trabalho

Em pronunciamento na Câmara, deputado diz que projeto de Sandro Mabel amplia terceirização





O deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP) pronunciou-se em sessão ordinária da Câmara contra a precarização do trabalho e o Projeto de Lei (PL) 4.330/2004, de autoria do deputado e empresário Sandro Mabel (PR-GO). Segundo o parlamentar petista, esse PL estabelece um marco legal que amplia a terceirização, desorganizando e desregulamentando a relação capital e trabalho.



A proposta de Mabel, que permite inclusive a terceirização pelas empresas de suas atividades-fim, aguarda parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara, da qual Berzoini é integrante.


“Sabemos que por definição a relação capital e trabalho é uma relação desigual, e como tal deve ser tratada, com a perspectiva de que o Estado deve proteger os direitos e a livre organização dos trabalhadores. E o projeto do deputado Sandro Mabel peca no sentido de desregulamentar essa relação e criar uma figura (terceirização) que já existe, mas que pode se tornar muito mais impactante no mercado de trabalho”, afirmou Berzoini.


O parlamentar, que já foi presidente do Sindicato, ressaltou que por trás de um discurso neoliberal de flexibilização e modernização das relações de trabalho está a ganância pelo lucro cada vez maior, com a diminuição dos custos com mão de obra, e a intenção de enfraquecer sindicatos e a capacidade de organização dos trabalhadores.


Berzoini lembrou que no Brasil, onde o neoliberalismo começou a despontar nas décadas de 80 e 90, o discurso de modernização das gestões era na verdade “uma busca insaciável de reduzir custos de trabalho e, de uma maneira mais disfarçada do que explícita, estabelecer a desorganização da estrutura sindical.”


E continuou: “Para o bem da economia nacional, para o bem de uma estrutura sindical democrática e representativa, é fundamental que em qualquer regulamentação da terceirização se tenha princípios de proteção ao trabalhador e de proteção à organização sindical”. E para isso, afirmou, “temos que buscar um equilíbrio, estabelecendo a distinção entre atividade fim e meio, diferenciando o que é especialização e o que, na verdade, é locação de mão de obra.”


O deputado finalizou parabenizando a iniciativa da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) que, em declaração conjunta, estabeleceram princípios para limitar o processo de terceirização e a precarização do emprego no país. “A iniciativa da CUT e da CTB chama a atenção para a necessidade de uma regulamentação que tenha uma visão moderna no sentido de proteger os trabalhadores e seus direitos e proteger a legítima organização sindical dos trabalhadores”, disse.

Leia matéria completa.
 
Fonte: FB Seeb SP

2 comentários:

Anônimo disse...

A terceirização prossegue apenas pq o governo do PT permite. Há uma falsa idéia que "destruição de direitos" é igual a "aumento nos postos de trabalho",e a realidade mostra falsa a premissa. Há tempos o PT fala em acabar a "herança Vargas", um dos temas preferidos do Sr. Luis Inácio. Uma visão errada, vesga, pois a revisão é apenas destruição, retirada de direitos, precarização e terceirização desmedida. É o governo do PT, e nele VOTAVA desde a primeira eleição, contra COLLOR, até D.Dilma (aqui contra minha consciencia...). Mas estou de saco cheio de tanta mentira, destruição de direitos, desvalorização de meu emprego (conseguido por concurso NACIONAL, sem nada dever aos "politicos"). O que pretendem é pauperizar o trabalhador, esmoleu de empregos e sem direitos,como fizeram EEUUAA e Europa, e se deram mal. Um exemplo é que baixam impostos pros empresários, mas para o assalariado a tabela de IR continua defasada em quase 100%. Destroem direitos e continuam a pagar os MAIORES juros do mundo, dinheiro da educação, segurança, seguridade social, etc.Está na hora da CUT/CONTRAF dizer NÃO ao PT, desligando-se do partido e buscando independencia. Digo INDEPENDENCIA. O PT hoje é dos ricos, conservador. Mas terão coragem?

William Mendes disse...

Colega, concordo com parte do que você diz e discordo de outras.

O governo Dilma está fazendo opções infelizes como, por exemplo, privatizar setores como aeroportos.

Sua opinião sobre a CUT e a Contraf é equivocada. Nós fomos criados e sempre agimos na base da LIBERDADE E AUTONOMIA SINDICAL.

Aliás, mesmo que a maioria da militância da CUT seja petista ou independente, a CUT é a única central que não é braço orgânico de partido, como ocorre com todas as demais CTB/PCdoB, FARSA e UGT branço do PDT e PSDB/DEM/PPS, INTERSINDICAL/PSOL, CONLUTAS/PSTU.

Aliás, ainda, a CUT é a ÚNICA CENTRAL BRIGANDO PELO FIM DO IMPOSTO SINDICAL.

Nestas centrais que cito, o partido decide a política e a central encaminha para os sindicatos.

Na CUT são os sindicatos e suas bases que decidem as coisas.

Abraços,