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12.10.11

A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO BANCÁRIO EXPOSTA EM TEMPOS DE RENOVAÇÃO DE DIREITOS COLETIVOS DA CATEGORIA

Desenho de Débora Vaz, estudante do Ceará
OS LOTÉRICOS estão se matando de trabalhar para realizar o trabalho bancário transferido indevidamente para eles pelos banqueiros com autorização do Governo Federal via resoluções ilegais do Banco Central. Com a greve dos bancários brasileiros, em luta por aumento real de salários e renovação de direitos coletivos, fica evidente o desvio causado pela terceirização fraudulenta dos banqueiros.

Lotérica é lugar de fazer jogos e apostas; farmácia é lugar de comercializar remédios; mercado é lugar de comercializar produtos para a subsistência e para o lar.

Agência bancária é lutar para fazer operações financeiras, intermediações financeiras, abertura de contas e recebimentos de depósitos e empréstimos etc. Os bancários são os trabalhadores treinados e preparados para esse tipo de atendimento e ajuda aos cidadãos que têm o direito de ter contas, acesso ao crédito adequado a cada caso. É obrigação dos bancos atender a toda a população sem discriminação, com segurança adequada e com a rapidez que o povo merece.

Veja abaixo, matéria falando sobre o excesso de trabalho bancário transferido para os lotéricos que não recebem nenhum dos direitos da categoria bancária como piso nacional de R$ 1250, vale-refeição e alimentação que, na maioria dos casos, é maior que o próprio salário dos lotéricos, jornada de 6 horas, Participação nos Lucros e Resultados, dentre outros direitos que foram fruto de mais de um século de lutas e mobilizações e que, muitas vezes, conquistaram direitos que depois foram repassados para todos os trabalhadores brasileiros.

Os 6 maiores bancos lucraram 27 bilhões no primeiro semestre. Não aumentar o salário e os direitos dos bancários é um escárnio com os trabalhadores e é uma ofensa ao País e à cidadania. Queremos distribuição de renda no Brasil, pois é assim que o País será um lugar justo pra se viver nos próximos anos.

William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT.


Matéria da Agência Brasil

12/10/2011 - 10h23


Greve dos bancários aumenta procura por casas lotéricas

Stênio Ribeiro
Da Agência Brasil

Brasília – O horário flexível das 10.773 casas lotéricas do país, que atendem até as 18h nas lojas de rua e até as 19h nos shoppings, tem atraído um número crescente de cidadãos para pagamento de contas e saques de pequenos valores para correntistas da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil (BB).


Não existe estimativa nacional quanto ao aumento da movimentação, mas o Sindicato dos Lotéricos de São Paulo, que congrega 2.597 casas de apostas (773 na capital), calcula que houve acréscimo de aproximadamente 30% na procura da população durante a greve dos bancários.


Lotérica tem vantagens além da flexibilidade do horário

O aumento da procura decorre de vários motivos, além da flexibilidade do horário.

Primeiro, por causa das longas filas que se formam nos terminais de autoatendimento dos bancos, fora das agências, e depois porque as lotéricas e correspondentes bancários operam os serviços básicos de saques e pagamentos, inclusive aos sábados.

As casas lotéricas recebem boletos de até R$ 2.000, quando as contas são da própria Caixa, e de até R$ 700 quando são de outros bancos.

Para contas de consumo (água, energia, telefone e outras) o limite é R$ 1.000. As lotéricas também aceitam saques de até R$ 1.000 por dia para clientes da Caixa (R$ 500 aos sábados) e de até R$ 500 por dia para correntistas do BB.

Recebem também pagamentos de tributos, prestação da casa própria, obrigações com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), recolhimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e de contribuição sindical, além das transações realizadas normalmente, via Cartão do Cidadão, como os benefícios sociais do Bolsa Família, do seguro-desemprego e do Programa de Integração Social (PIS).

A rede lotérica tornou-se, portanto, uma alternativa a mais para a população quitar seus compromissos enquanto durar a paralisação dos bancários. O problema maior reside na falta de recebimento de correspondências com as devidas cobranças, uma vez que os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos também estão de braços cruzados.

Fonte: Uol economia

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