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30.9.10

Adesão à greve dos bancários cresce no país



Silvana Mautone - Da Redação Uol economia, em São Paulo

30/09/2010 - 14h12 / Atualizada 30/09/2010 - 18h55


Subiu de 20% para 25% a adesão à greve dos bancários no país nesta quinta-feira, segundo dia da paralisação, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A entidade informou no início da noite que 4.895 agências foram fechadas em todos os 26 Estados e no Distrito Federal. Existem cerca de 19.800 agências no país.

Balanço do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região aponta que cerca de 28 mil bancários estão parados na região, 12 mil a mais do que na quarta-feira. A categoria reúne 130 mil funcionários na região.

A Fenaban indica como alternativas para pagar as contas e fazer operações o atendimento via caixas eletrônicos ou pela internet. Também é possível usar os 140 mil postos de correspondentes bancários pelo país – como casas lotéricas, supermercados e agências dos Correios.

A paralisação por tempo indeterminado foi decidida na noite de terça-feira (28). Os bancários rejeitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 4,29%.

REIVINDICAÇÕES

Entre as reivindicações, os bancários pedem aumento de 11% (7% de aumento real, mais 4,29% de reposição da inflação medida pelo INPC), Participação nos Lucros e Resultados (PRL) de três salários mais R$ 4 mil fixos, aumento dos pisos salariais e dos valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação e do auxílio creche.

A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que está sendo negociada com os bancos inclui todos os 470 mil bancários do país, que têm data-base em 1º de setembro. Desde 2004, a categoria recebe aumentos reais de salário.

BANCOS

A Fenaban afirma que propõe reajuste “partindo da reposição de 4,29%, correspondentes aos índices da inflação, na busca do percentual final”. A entidade afirma que a média salarial da categoria é de R$ 4.111,00, “uma das maiores do país” (o valor leva em conta os salários de todos os funcionários, não só das agências, mas também das áreas administrativas dos bancos).

Além disso, diz que a jornada de trabalho é reduzida em relação às outras categorias, já que é de 30 horas semanais, cinco dias por semana, enquanto para outras categorias a jornada é de 44 horas semanais.

Fonte: Uol

Greve Nacional dos Bancários 2010 - Dia 1



Os bancários fecharam 3.864 agências em todo o país no primeiro dia da greve.

Foram 598 agências em São Paulo, Osasco e região.

Paramos 100 agências no DF, 192 em PE, 321 no estado do RS, 130 em Salvador, 99 em Campinas, e mais dezenas de agências nas demais capitais e grandes bases do pais.

Vamos com mais energia para esta quinta-feira e EXIGIR MAIS RESPEITO POR PARTE DOS BANQUEIROS E GOVERNO!

É engraçado!

Vi há pouco uma senhora da TV Gazeta falando que é um absurdo a categoria bancária entrar em greve na semana da eleição presidencial porque "nós vamos prejudicar a candidata Dilma Roussef"...

Nem ela nem as oposições bancárias aos sindicatos cutistas perceberam que para a CUT o foco da campanha nacional dos bancários é fazer a greve na hora em que ela tem que ser feita e o objetivo da greve é trazer propostas para a categoria deliberar.

Nós não fizemos a greve nem antes nem depois do momento em que ela deveria acontecer. Ela não ocorreu antes, pois havia negociação marcada com os patrões - e os bancários não são intransigentes -, e não ocorreu só depois das eleições porque após proposta patronal final insuficiente e ridícula por parte dos patrões, não restava outra alternativa à categoria que usar uma importante ferramenta de luta como a greve.

- O NOSSO FOCO É A CATEGORIA BANCÁRIA QUE NÓS REPRESENTAMOS!

William Mendes, bancário CUTista do Seeb SP e da Contraf-CUT

29.9.10

Greve dos bancários fecha cerca de 20% das agências do país, diz sindicato




29/09/2010 - 12h22 / Atualizada 29/09/2010 - 19h23


Silvana Mautone - Da Redação Uol, em São Paulo

Cerca de 20% do total de agências bancárias no país ficaram fechadas nesta quarta-feira no primeiro dia de greve. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), pelo menos 3.864 agências não prestaram atendimento ao público. De acordo com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), existem aproximadamente 19.800 agências no Brasil.

Segundo a Contraf-CUT, o primeiro dia de greve teve uma adesão maior do que no ano passado, quando 3.585 agências foram fechadas. Em 2009, a greve durou 15 dias, sendo que, na Caixa Econômica Federal (CEF), chegou a 28 dias.

De acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, 16 mil dos cerca de 130 mil bancários da sua base aderiram à paralisação - cerca de 12%.

Já o Sindicato dos Bancários de Curitiba informou que cerca 14,4 mil trabalhadores aderiram à greve na região, o que significa adesão de 80% da categoria na capital paranaense e em municípios vizinhos.

A Fenaban divulgou nota no final da manhã desta quarta-feira pela qual afirma que respeita o direito de greve, mas que não irá admitir "piquetes contratados que barram o acesso da população às agências e postos bancários".

A Fenaban indica como alternativas para pagar as contas e fazer operações o atendimento via caixas eletrônicos ou pela internet. Também é possível usar os 140 mil postos de correspondentes bancários pelo país – como loterias, supermercados e agências dos Correios.

A paralisação por tempo indeterminado foi decidida na noite de terça-feira (28) em assembleias. Os bancários rejeitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 4,29%.

REIVINDICAÇÕES

Entre as reivindicações, os bancários pedem aumento de 11% (7% de aumento real, mais 4,29% de reposição da inflação medida pelo INPC), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil fixos, aumento dos pisos salariais e dos valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação e do auxílio creche.

"Isso demonstra a indignação dos bancários com a postura dos bancos. Nós advertimos na mesa de negociações que eles estavam empurrando a categoria para a greve ao propor apenas os 4,29% e rejeitar todas as demais reivindicações, mesmo apresentando um crescimento médio no lucro de 32% no primeiro semestre”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, em nota divulgada a imprensa.

Segundo a entidade, somente os cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Caixa) tiveram lucro líquido de R$ 21,3 bilhões nos primeiros seis meses do ano. “Com esses resultados, conseguidos em grande medida pelo esforço e pelo aumento da produtividade dos bancários, é inaceitável a intransigência dos banqueiros”, diz Carlos Cordeiro.

A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que está sendo negociada com os bancos inclui todos os 470 mil bancários do país, que têm data-base em 1º de setembro. Desde 2004, a categoria recebe aumentos reais de salário.

BANCOS

A Fenaban afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que espera uma contraproposta dos bancários e que já propôs reajuste “partindo da reposição de 4,29%, correspondentes aos índices da inflação, na busca do percentual final”.

Na nota, a entidade afirma que a média salarial da categoria é de R$ 4.111,00, “uma das maiores do país”. Além disso, diz que a jornada de trabalho é reduzida em relação às outras categorias, já que é de 30 horas semanais, cinco dias por semana, enquanto para outras categorias a jornada é de 44 horas semanais.


Fonte: Uol - com informações da Agência Brasil

Saiba como se defender do Interdito Proibitório




Instrumento jurídico é deturpado pelos bancos para causar confusão nos bancários durante a greve


São Paulo - Mais uma vez os banqueiros estão deixando os trabalhadores sem outra saída a não ser lançar mão do direito constitucional de ir à greve para conquistar um acordo digno na Campanha Nacional 2010. E junto com o movimento sempre começam a aparecer os interditos proibitórios.

O interdito é uma ação jurídica relacionada a situações nas quais o direito de posse ou de propriedade está sendo ameaçado. Dos anos 1990 para cá, porém, tem sido usado indevidamente para inviabilizar greves e as próprias entidades sindicais, pois prevê a aplicação de multas, além de utilizar a força policial para tentar inibir a mobilização dos trabalhadores.

Os bancários não buscam “tomar a posse” das agências nem dos departamentos. A intenção dos grevistas é apenas conversar com os bancários sobre o andamento da Campanha.

“A chegada de um oficial de Justiça portando um interdito proibitório pode confundir e assustar o bancário, dando a impressão errada de que está ‘proibido’ de fazer greve”, explica o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Daniel Reis. “Além disso, o fórum que decide o início ou não de uma greve é a assembleia. E todos os trabalhadores têm de se submeter a essa decisão soberana e ajudar a construir uma forte mobilização.”

Fonte: Seeb SP - Redação - 28/09/2010


Bancários rejeitam os 4,29% e deflagram greve nacional por tempo indeterminado


Crédito: Seeb SP

Em assembleias dos sindicatos realizadas nesta terça-feira, dia 28, os bancários rejeitaram a proposta de 4,29% de reajuste apresentada pela Fenaban e decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira 29, para exigir que os bancos atendam suas reivindicações: reajuste de 11%, valorização dos pisos, PLR maior, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, proteção ao emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades segurança contra assaltos e sequestros e fim da precarização via correspondentes bancários, entre outros pontos.

"As decisões das assembleias demonstram a indignação dos bancários com a postura intransigente dos bancos", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Com os lucros de R$ 21,3 bilhões obtidos somente por cinco bancos no primeiro semestre deste ano, é possível o atendimento das demandas da categoria e garantir melhor qualidade de vida", destaca.

Conforme informações dos sindicatos e federações transmitidas à Contraf-CUT, veja abaixo as assembleias que aprovaram greve (atualizada às 21h50):

São Paulo; Rio de Janeiro; Brasília; Belo Horizonte; Porto Alegre; Curitiba; Campo Grande; Florianópolis; Salvador; Mato Grosso; Alagoas; Acre; Piauí; Rondônia; Ceará; Espírito Santo; Maranhão; Pará e Amapá; Roraima; Paraíba; Pernambuco; Sergipe; Amazonas; Goiás; Niterói (RJ); Campinas (SP); Bragança Paulista; Angra dos Reis (RJ); Baixada Fluminense (RJ); Três Rios (RJ); Araraquara (SP); Campina Grande (PB); Guarapuava (PR); Juiz de Fora (MG); Limeira (SP); Vitória da Conquista (BA); Dourados (MS); São Borja (RS); Cruz Alta (RS); Vale do Paranhana (RS); Santo Ângelo (RS); ABC (SP); Irecê (BA); Londrina (PR); Mogi das Cruzes (SP); Nova Friburgo (RJ); São José dos Campos (SP); Teresópolis (RJ); Sul Fluminense (RJ); Franca (SP); Cariri (CE); Santos (SP); Piracicaba (SP); Rio Claro (SP); Ribeirão Preto (SP) - 
Caixa; Jundiaí (SP); Santa Cruz do Sul (RS) - Caixa; Campo Mourão (PR); Cornélio Procópio (PR); Paranavaí (PR); Santa Maria (RS); Toledo (PR); Umuarama (PR); Andradina (SP); Araçatuba (SP); Corumbá (SP) - BB e Caixa; Guaratinguetá (SP); Marília (SP); Naviraí (MS); Ponta Porã (MS); São José do Rio Preto (SP); Sorocaba (SP); Tupã (SP); Joaçaba (SC); Rondonópolis (MT); Alegrete (RS); Bento Gonçalves (RS) - Caixa; Carazinho (RS); Caxias do Sul (RS); Ijuí (RS); Litoral Norte (RS); Novo Hamburgo (RS) - Caixa; Passo Fundo (RS); Pelotas (RS) - privados e Caixa; Rosário do Sul (RS); Santiago (RS) - BB; Vale do Caí (RS)

Fonte: Contraf-CUT

28.9.10

Bancários decidem entrar em greve em 24 Estados e no DF a partir desta quarta



Os bancários decidiram entrar em greve em 24 Estados e no Distrito Federal por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (29). A categoria rejeitou a proposta de reajuste salarial dos bancos de reposição da inflação (4,29%). A decisão foi tomada em assembleias pelo país na noite desta terça.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo informou que a categoria exige aumento real dos salários, e não apenas a reposição.

"As decisões das assembleias demonstram a indignação dos bancários com a postura intransigente dos bancos", afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Com os lucros de R$ 21,3 bilhões obtidos somente por cinco bancos no primeiro semestre deste ano, é possível o atendimento das demandas da categoria e garantir melhor qualidade de vida", reclamou.

"Os banqueiros empurraram os bancários à greve. As instituições financeiras não apresentaram aumento salarial acima da inflação, apesar do crescimento econômico do país e do excelente resultado dos bancos, que lucraram em média 29% mais do que o ano passado'" afirmou Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Os bancários informaram que entregaram a pauta de reivindicações no dia 11 de agosto. Os bancários querem aumento de 11%, PLR (Participação nos Lucros e Resultados), vale-refeição, vale-alimentação, auxílio-creche e pisos maiores, além de auxílio-educação para todos e melhores condições de saúde.

São 460 mil bancários no Brasil, sendo 130 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A próxima assembleia será realizada na sexta-feira, 1º de outubro, a partir das 16h.

No ano passado, os bancários iniciaram uma greve no final de setembro que durou 15 dias. Os funcionários da Caixa, no entanto, esticaram a paralisação por 28 dias.

ALTERNATIVAS

Os bancos não se manifestaram ainda sobre a paralisação.

Em geral, no entanto, a Fenaban (Federação Nacional de Bancos) indica alternativas para pagamentos de contas, como pelas centrais telefônicas dos bancos.

Os clientes que tiverem dificuldades em pagar contas nas agências também podem recorrer aos canais de atendimento remoto, como os caixas eletrônicas e os correspondentes não bancários como casas lotéricas, farmácias, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.

Para quem tem acesso, os bancos ainda oferecem o serviço na internet.

Para localizar uma agência ou posto de atendimento bancário em qualquer ponto do país, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) disponibiliza em seu site na internet uma ferramenta de busca e localização de endereços.

Fonte: Folha Uol

OLT - Reuniões de base no BB para preparar a greve 2010




Ontem, estive com o companheiro Ernesto, ambos diretores do Sindicato, no complexo Super Paulista do BB distribuindo o Espelho SP e fazendo reuniões e convocação para a assembleia de hoje à noite.

É importante que façamos a maior greve no BB desta década, dentro da Campanha Nacional dos Bancários, para exigirmos respeito do Banco e para arrancarmos proposta específica que atenda às nossas reivindicações de Plano de Carreira (PCS) e pelo fim do assédio moral e péssimas condições de trabalho.



REBELE-SE CONTRA O PATRÃO,
AJUDE NA MOBILIZAÇÃO!

Funcionalismo do BB retoma negociações sobre superávit da Previ



A Contraf-CUT e outras entidades representativas do funcionalismo do Banco do Brasil, além de dirigentes eleitos da Previ, se reuniram com a direção da empresa nesta segunda-feira 27 de setembro para retomar as negociações sobre a destinação do superávit do Plano 1 da Caixa de Previdência. As negociações estavam suspensas havia dois anos, em razão da crise financeira mundial e de alterações na legislação sobre previdência complementar.

Os representantes dos bancários apresentaram ao BB, na reunião realizada em Brasília, as reivindicações para a utilização da reserva especial do Plano 1 em melhoria de benefícios dos associados, que já foram debatidas amplamente com os associados ao longo dos últimos anos e referendadas em várias reuniões de entidades representativas: aumento linear com piso mínimo, continuidade da suspensão de contribuições, aumento do teto de benefícios para 100%, aumento no percentual das pensões para 80%, redução da Parcela Previ, 360/360 avos dos benefícios, aumento no benefício mínimo, aposentadoria antecipada para as mulheres aos 45 anos, abono anual para aposentados e resgate da contribuição patronal pelos pedevistas.

Participaram da reunião dirigentes da Contraf-CUT, da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Aafbb, Afabb-SP, Faabb, Anabb, os três diretores eleitos e conselheiros deliberativos eleitos da Previ.

Fim do voto de Minerva

Além das questões relativas ao uso do superávit, os representantes dos associados consideram fundamental negociar o fim do voto de minerva no Conselho Deliberativo, o retorno da diretoria de Participações para os associados e a volta dos direitos do Corpo Social - aprovação, pelo voto, de alterações nos estatutos e regulamentos dos planos de benefícios.

Os representantes do funcionalismo deixaram claro seu entendimento de que a maior parte do superávit deve ser destinada aos associados, através de melhoria dos benefícios ou de revisão do plano. Nas negociações anteriores, em 2005 e 2007, cerca de 2/3 dos valores disponíveis foram transformados em benefícios. A lista de reivindicações apresentadas contempla os anseios dos diversos segmentos dos associados ao Plano 1. Entretanto, o BB afirmou que defende o cumprimento da Resolução CGPC 26 e a destinação de metade do superávit para o banco.

Nova reunião dia 18

Depois deste início de negociações, foram definidos os próximos passos para a busca do entendimento. Foi marcada nova reunião para o dia 18 de outubro. Será solicitado à Previ que apresente os cálculos dos valores a serem destinados e do custo de cada uma das propostas. Representantes dos associados e do banco farão reuniões com a Superintendência da Previdência Complementar (Previc) para discutir o enquadramento legal da destinação do superávit diante de um eventual acordo entre as partes.

Fonte: Contraf-CUT, com Seeb Brasília

Os bancários do BB precisam fazer a maior greve da década




Os bancários do BB precisam fazer a maior greve da década para resgatar o respeito por parte do Banco do Brasil


(ABAIXO A MATÉRIA DO BANCO DO BRASIL SOBRE A NÃO-PROPOSTA OU NÃO-ATENDIMENTO DE NOSSAS REIVINDICAÇÕES - É SÓ BLÁ-BLÁ-BLÁ...)



O Banco do Brasil recebeu ontem, 23, os representantes da Contraf/CUT e da Contec para mais uma rodada de negociação das cláusulas específicas. Ambos os encontros foram realizados na sede do BB em São Paulo, durante a tarde e o início da noite de ontem.

CONTRAF/CUT

Na abertura do encontro, o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, lamentou a proposta feita na última quinta-feira pela Fenaban, de reajuste de 4,29%, e cobrou do Banco do Brasil uma postura atuante naquela Mesa. O negociador do BB, José Roberto Mendes do Amaral, ressaltou que o BB tem clareza de sua importância na Mesa Fenaban e está exercendo seu papel. 'O Banco fez e continuará fazendo propostas para se chegar a um entendimento o mais breve possível'.

O Banco apresentou aos dirigentes sindicais propostas para alguns questionamentos feitos em encontros anteriores. A segurança é um exemplo. Os representantes sindicais trouxeram para o encontro a pauta colocada em debate na Fenaban sobre o tema. 'Esse documento foi apresentado na Fenaban, mas o Banco já pratica a maioria dos itens reivindicados nele. Mantemos todo acompanhamento e atenção aos colegas vítimas de sequestro e assalto, prestando assistência por meio do Pavas, e também não permitimos que o transporte de numerário seja efetuado por funcionários. Mas encaminharemos a pauta para análise dos itens restantes, inclusive, junto à Diretoria Gestão de Segurança', afirmou José Roberto.

A nova ambientação de agências foi colocada novamente em discussão. O Banco reiterou sua disposição em conversar sobre o tema e, inclusive, informou que não efetuará nenhuma retirada de porta giratória neste momento. O assunto ainda está em estudo no Banco e serão mantidas conversas com a Contraf-CUT sobre a questão. 'O projeto continua em andamento e traz outras medidas de segurança que o Banco ainda não tinha em suas agências. A intenção é projetar uma nova ambientação nas unidades do Banco, que visará maior conforto e segurança a clientes e funcionários', prosseguiu José Roberto.

NÃO...

Outro tema conversado diz respeito à questão das travas para permanência dos funcionários nas Centrais de Atendimento. O Banco afirmou que não tem a intenção de tratá-la de forma diferenciada em relação às demais dependências do BB. Atualmente o período mínimo de permanência é de 2 anos. No entanto, o Banco se propôs a discutir a possibilidade de considerar, para a trava, a soma do tempo nas comissões de atendente B e atendente A, quando houver a ascensão entre elas dentro da CABB. Além disso, atendendo à outra reivindicação do sindicalismo, o Banco se propôs a reavaliar também as funções dos funcionários que exercem essas duas comissões.

O negociador falou, durante o encontro, sobre questões econômicas. 'Em relação ao PCS, o Banco tem a firme disposição de apresentar propostas no que diz respeito à carreira de mérito e piso salarial. Isso está sendo estudado e debatido internamente, mas é importante reiterar que a proposta só poderá ser apresentada após a definição das cláusulas econômicas pela Fenaban', afirmou.

Os representantes da Contraf-CUT afirmaram que o BB não demonstra interesse em apresentar, para análise dos bancários, respostas para as reivindicações mais importantes e que, além disso, a Empresa não estaria trabalhando na preparação de uma proposta global. O Banco esclareceu e lembrou que as questões econômicas, que são consideradas as mais importantes, só poderão ser apresentadas de fato ao final das negociações gerais da categoria na Mesa da Fenaban. 'O BB está concluindo estudos para finalização da contraproposta a ser apresentada à categoria, mas precisa respeitar a dinâmica da Mesa da Fenaban. O próprio movimento sindical quer o BB naquela Mesa, portanto, temos que obedecer o rito de negociação daquela instância. Quando encerrar o processo por lá, apresentaremos nossa proposta de acordo para avaliação de nossos funcionários', afirmou José Roberto.

CONTEC

Na reunião com a Contec, José Roberto frisou novamente a limitação que o Banco tem de não poder apresentar nenhuma proposta em relação à questão econômica enquanto não houver uma definição por parte da Fenaban. A disposição de apresentar propostas no que diz respeito à carreira de mérito e piso salarial também foi mencionada nesta mesa pelo negociador, assim como questões relacionadas aos bancos incorporados.

No decorrer da reunião, foram discutidas pelas partes as cláusulas da minuta de reivindicações entregue pela Contec.

O Banco do Brasil ficou de agendar, nos próximos dias, as datas das próximas rodadas de negociação com a Contraf/CUT e com a Contec e registrou, ainda, que mantém um processo de negociação intenso, não se negando a dialogar e buscar um Acordo. Por isso mesmo, não vê necessidade de greve para a consolidação das conquistas dentro da Empresa. 'Esperamos que o funcionalismo reflita bastante sobre isso' concluiu José Roberto.

Fonte: portal do BB


Bradesco é condenado por proibir que funcionários usem barba (cabe recurso)


Banco pode recorrer de decisão tomada em primeira instância na BA

Na sentença, juiz cita Jesus e Darwin e ordena pagamento de indenização.

(G1-Atualizado em 23/09/2010, 17h32)


A Justiça do Trabalho condenou o Banco Bradesco S/A por discriminação estética pela proibição do uso de barba pelos empregados. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (23), depois que a 7ª Vara do Trabalho de Salvador negou recurso do banco. A condenação, em primeira instância, foi baseada em ação civil pública ajuizada em 2008 pelo Ministério Público do Trabalho. Agora o Bradesco poderá recorrer ao Tribunal Regional do Trabalho.

De acordo com a sentença, o Bradesco deve pagar R$ 100 mil de indenização por dano moral coletivo. O valor deve ser revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Para o juiz Guilherme Ludwig, o veto à barba fere a Constituição, que garante que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.

Segundo mencionado na sentença, a defesa do banco alegou que uma pesquisa realizada por um site de seleção apontou que competência e aparência estão entre traços mais importantes para o sucesso profissional e que a maioria dos entrevistados declarou que a barba "piora a aparência e/ou charme". O juiz afirmou que o levantamento foi feito apenas no âmbito dos executivos, "público que não se confunde com o do brasileiro médio".

Juiz cita personalidades que usam barba

Ele citou o presidente Lula como um homem que usa barba e foi tido como confiável em pesquisa sobre personalidades brasileiras publicada neste ano por um jornal de circulação nacional. Ludwig mencionou ainda Jesus Cristo, além de John Lennon, Machado de Assis e Charles Darwin, entre outras personalidades que usavam barba. O juiz considerou que o veto ao uso de barba por funcionários é “conduta patronal que viola inequivocamente o direito fundamental à liberdade de dispor de e construir a sua própria imagem em sua vida privada”.

A sentença também determina que o banco divulgue em jornais da Bahia e na TV, em rede nacional, mensagens dizendo que alterou seu “Manual de Pessoal”, para excluir a proibição. Procurado pelo G1, o Bradesco informou, por meio de sua assessoria, que não comenta o processo, que ainda está sub judice.

Fonte: Do G1, em São Paulo.

27.9.10

Jesus Cristo não seria funcionário do Bradesco


Dias atrás, o Bradesco foi condenado por discriminar pessoas que usam barba. Lembrei-me na hora de um artigo que publiquei na Contraf-CUT em 2007 de um grande companheiro nosso do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e funcionário do Bradesco.

Vale a pena a leitura, pois parece que algum juiz teve uma leitura de mundo na mesma linha que nós e contrária ao banco.

William Mendes


Jesus Cristo não seria admitido como funcionário do Bradesco


Marcos Antonio do Amaral*


Apesar da origem do banco ter forte influência religiosa (protestante/calvinista), o modelo estético e o padrão de beleza, para a direção, é semelhante a dos soldados romanos; padrão militar na barba e cabelo curtos e farda - nosso terno e gravata, influência também que a ditadura militar teve sobre o banco.

É claro que essa comparação é figurativa e a questão central não é ter ou não barba e cabelos longos e, sim, a imposição. Rigidez militar que o banco se utiliza tanto para o homem quanto para a mulher. Ao contrário de outras instituições, no Bradesco não se usa barba. No ABN, o próprio presidente Fabio Barbosa usa cavanhaque e, no Unibanco, o presidente Moreira Sales. Muitos funcionários do Itaú, do Banco do Brasil e CEF também usam barba e cabelos longos.

Recentemente, em atividade de Campanha Nacional por Valorização dos Funcionários, fui abordado por um gerente geral que olhou para meu crachá e questionou-me por que usava barba e eu lhe respondi: Jesus Cristo não seria admitido no exame de admissão do Bradesco por não se enquadrar no padrão estético de embelezamento. Em nenhum momento quis me comparar à figura de Cristo - que respeito muito e acredito, mas questionar a rigidez da "aparência".

A competência e o respeito não têm nada a ver com a imagem. Não estou panfletando que o bancário se vista com roupa de praia, mas critico essa falsa ideia que o respeito e a ética estão no colarinho branco, aliás colarinho branco não está em alta, e não é de hoje...

Segundo a professora Liliana Segnini, em sua tese de mestrado sobre o Bradesco, "Liturgia do Poder": a higienização do espaço físico e do trabalhador (normas referentes a corte de cabelo, postura, vestuário) procura estabelecer o elevado grau de dignidade que o trabalhador assume para organização. Objetiva a criação do homem social através da estetização das relações de trabalho, a limpeza física procura promover a limpeza moral das formas de descontentamento no espírito do trabalhador. A dominação política via simbolização estética já havia caracterizado os objetivos do Bureau de beleza do trabalho criado na Alemanha fascista em 1934.

A exemplo de Cristo, os bancos não deveriam fazer discriminação de raça, cor, religião e deveriam dividir o pão, pois para os trabalhadores e a sociedade sobram migalhas, enquanto os banqueiros se locupletam com seus lucros estratosféricos.


* Marcos Antonio do Amaral, o Marquinhos, é diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região

Fonte: Contraf-CUT

Semana de 27/09 a 01/10/10 (Greve e Reuniões de base)



SEGUNDA-FEIRA 27

Dia de trabalho em SP.

Estive na Contraf-CUT pela manhã e na parte da tarde fui fazer base com o companheiro Ernesto no prédio do BB da Super Paulista. Fizemos reunião nos locais e distribuição do jornal Espelho SP, convocando para a assembleia de amanhã.


TERÇA-FEIRA 28

Dia de trabalho em SP.

À noite, assembleia dos bancários. Tivemos uma excelente assembleia com cerca de 2 mil bancários e foi aprovado GREVE POR TEMPO INDETERMINADO.


QUARTA-FEIRA 29

Dia de trabalho em Osasco - SP.

Percorremos agências do BB para dialogar com os colegas que ainda não estavam convencidos da importância de aderirem à greve. A região de Osasco fechou praticamente todas as agências do BB.

Reuniões no BB:

- Ag. Vila Yara - Osasco
- Ag. Osasco Centro
- Ag. Jaguaré


QUINTA-FEIRA 30

Dia de trabalho em SP.

O dia foi muito bom e emocionante. Fizemos reuniões com os colegas do BB que estavam dentro das agências - a maior parte do segmento comissionado - e a grande maioria FECHOU O PONTO E ADERIU À GREVE DA CATEGORIA.

No fim da tarde, participamos de uma passeata pelas ruas do centro velho da capital paulista.

Reuniões no BB:

- Ag. Sta. Ifigênia
- Ag. Bom Retiro


SEXTA-FEIRA 01/10

Dia de trabalho em SP.

Reuniões no BB:

- Ag. Campos Elíseos
- Ag. Vieira de Carvalho


25.9.10

Bancários do BB precisam fazer a maior greve da década para recuperar o respeito da direção do banco e do governo


A direção do Banco do Brasil frustrou as expectativas do funcionalismo na negociação realizada na última quinta-feira (23), em São Paulo. A Contraf-CUT e a Comissão de Empresa dos Funcionários deixaram a mesa de negociação em seguida

BANCO DO BRASIL

Funcionários do Banco do Brasil se preparam para a greve do dia 29

Como se não bastasse a proposta rebaixada apresentada pela Fenaban, a direção do Banco do Brasil, mais uma vez, frustrou as expectativas dos funcionários da empresa e desrespeitaram a categoria na negociação específica realizada na quinta-feira, dia 23, em São Paulo.

O banco iniciou a reunião avisando que não iria negociar o piso salarial, critérios de comissionamentos e os descomissionamentos. A reação da Contraf-CUT e da Comissão de Empresa do funcionalismo foi imediata: os sindicalistas abandonaram a mesa de negociação e convocaram o funcionalismo para a assembleia no dia 28 e a greve nacional da categoria a partir do dia 29.

“Mais uma vez o BB desrespeitou os bancários e toda a categoria e nos força a realizar uma grande mobilização para a assembleia e uma greve nacional forte e vitoriosa”, disse o diretor do Sindicato Carlos Souza, que participou da reunião.

Fonte: Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro

24.9.10

Ato dos movimentos sociais pela democracia defende ficha limpa para a mídia


Vagner Freitas lembrou a história de luta da CUT
pela democracia (foto Parizotti).

Dessa vez os movimentos sociais devem agradecer a eles. Caso as cinco famílias - Civita, Frias, Marinho, Saad e Mesquita - que controlam a quase totalidade dos meios de comunicação no Brasil não tivessem unido forças para atacar o ato (e, consequentemente, fazer uma propaganda positiva) em defesa da democracia, contra a baixaria nas eleições e contra o golpismo midiático, o evento organizado pelo Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé poderia não ter alcançado tamanho sucesso.

Por volta das 19h de quinta-feira (23), era impossível chegar ao auditório Vladimir Herzog, na sede do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo. Com o local e as escadas de acesso completamente tomadas, muitos resolveram se reunir nas calçadas da Rua Rangel Pestana, região central da capital paulista.

Como ninguém ali estava disfarçado, o portal da CUT pode citar as entidades que participaram da mobilização, ao contrário do que acontece com outros grandes jornais.

Estiveram representadas as centrais sindicais CUT, CTB, CGTB, Força Sindical e Nova Central, a UNE (União Nacional de Estudantes), a Altercom (Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação), o Movimento dos Sem Mídia, o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), os partidos PT, PCdoB, PDT e PSB, além de centenas de defensores anônimos da liberdade de expressão.

Ficha limpa, quem tem coragem?

No início da noite, o presidente do Instituto Barão de Itararé, Altamiro Borges, abriu o encontro com a leitura de um manifesto. Ele fez questão de frisar que o ato classificado pelos monopólios de manipulação como "chapa branca" e acusado de ser financiado pelo governo Lula já havia sido proposto e organizado antes de Lula exercer o legítimo direito de criticar a postura leviana da imprensa em comícios nas cidades de Juiz de Fora e Campinas. Informação, aliás, que confirma o que um dos convidados para o evento, o presidente da CUT, Artur Henrique, já havia publicado em seu blog.

Borges propôs solicitar à vice procuradora geral eleitoral, Sandra Cureau, por meio de pedidos individuais e coletivos, a abertura dos contratos e contas de publicidade das organizações Globo, da revista Veja e dos jornais O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo. Os documentos teriam função semelhante ao que a doutora enviou à Carta Capital para verificar quais instituições do governo federal anunciam na revista. "Como são defensores da democracia, tenho certeza que esses veículos não farão objeção", ironizou, acrescentando que é preciso colocar em prática uma operação Ficha Limpa para moralizar a imprensa brasileira.

Para ele, é necessário também defender a proposta do jurista Fábio Comparato, que sugere uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) responsabilizando o Congresso Nacional por não regulamentar, desde 1988, os artigos 220, 221 e 224 da Constituição Brasileira, que tratam da proibição de formação de oligopólio na comunicação, da programação do rádio e da TV e da instalação de uma Comissão de Comunicação Social.

Jornalismo: profissão sucateada

Ao avaliar a postura dos principais veículos de comunicação brasileiros, que optaram por atuar como partidos de oposição, ao invés de realizarem uma cobertura plural e isenta durante as eleições, o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, José "Guto" Camargo, identificou que parte do problema está no enfraquecimento da função de jornalista.

"Os jornalistas perderam a força no processo de elaboração e produção da informação. A triagem sobre o que escrevem ocorre já na edição e quem descumpre as chamadas linhas editoriais é punido. Além disso, não conseguem atingir os cargos de direção, que são ocupados por executivos preocupados em atender interesses puramente comerciais", criticou.

Segundo o dirigente, diante da disputa entre aqueles que enxergam a informação como um bem privado e os demais que entendem a informação como direito social, é preciso que os comunicadores estabeleçam os limites tendo como ponto de partida o interesse público. 


"Não é por acaso que o debate sobre liberdade de imprensa e democratização da mídia está presente na campanha eleitoral deste ano. Não é uma briga entre partidos ou candidatos, é uma questão bastante difundida na sociedade e que exige posicionamento público das autoridades. A Associação Nacional de Jornais (ANJ) está preparando um código de autoregulamentação para a imprensa que vem, exatamente, no sentido de fazer algo para impedir que o Estado ou a sociedade organizada o faça", denunciou.

Quem realmente defende a democracia

Secretário de Administração e Finanças da CUT, Vagner Freitas, lembrou que a CUT nasceu durante o regime militar para lutar pela redemocratização, algo ainda não consolidado em nossa sociedade. "Surgimos para ajudar a restabelecer a democracia e continuamos em defesa dela. Mas, entendemos que a liberdade de expressão não deve ser como acontece hoje, quando poucas famílias tomam conta de todos os meios de comunicação", afirmou.

Presidente do PCdoB, Renato Rabelo questionou: "durante o regime militar, de que lado muitos jornais ficaram?". Vale lembrar que muitos dos veículos de comunicação que pregam o direito à livre expressão foram omissos perante os crimes de tortura e assassinato ou colaboraram com a ditadura. Caso do Grupo Folha, que se envolveu diretamente com os órgãos de repressão, inclusive colocando à disposição dos torturadores carros para o deslocamento de presos políticos.

Candidata à reeleição pelo PSB, a deputada federal Luiza Erundina diagnosticou a atuação nervosa dos barões da mídia às vésperas das eleições e ressaltou quem é que pode falar em democracia. "Essa reação é porque eles não têm mais o controle que tinham antes, a ira ocorre porque deu certo o governo do primeiro operário nesse país. Não venham nos dar lição de democracia porque fomos nós que pagamos caro para reconquistá-la."

Com bom humor, Gilmar Mauro, representante do MST, comentou: "o dia em que a Folha e O Estado começarem a falar bem de nós é porque estamos no caminho errado". Ele acredita, porém, que o próximo governo terá a missão de investir na democratização, tanto da mídia quanto da economia e da terra.
Com o hino nacional brasileiro cantado por todos no auditório, o ato terminou deixando no ar a certeza de que os ataques da grande mídia à mobilização dos movimentos sociais apenas ajudam a aprofundar a unidade de um grupo comprometido com um novo modelo de produção, acesso e vinculação da informação. Construída por todos e para todos os brasileiros.

COMENTÁRIO: ESTIVE PRESENTE E FOI MUITO EMOCIONANTE VER QUE AS COISAS ESTÃO MUDANDO NA ÁREA DA ORGANIZAÇÃO SOCIAL EM LUTA PELA DEMOCRACIA NA INFORMAÇÃO. CONSEGUIMOS REUNIR UMA MULTIDÃO DE PESSOAS QUE NÃO CONCORDAM MAIS COM OS DESMANDOS DO P.I.G.


Fonte: Luiz Carvalho - CUT

23.9.10

Delegados em plenária organizam mobilização (SP)



Trabalhadores repudiaram medidas de contingenciamento adotadas pelo banco durante a Campanha Nacional 2010

São Paulo – Delegados sindicais do Banco do Brasil marcaram presença nas plenárias organizadas pelo Sindicato, que aconteceu nesta quarta-feira dia 22. Foram cinco reuniões, que aconteceram nas regionais Centro, que se juntou com a Norte, na Oeste e Paulista, que também se unificaram, além da Sul, Leste e Osasco. Cerca de 60 trabalhadores participaram.


Durante o encontro, os bancários, que têm a responsabilidade de organizar os locais de trabalho nas mobilizações, discutiram ações para a possível greve, que deverá ser decidida na assembleia do dia 28, terça-feira.

Nesta questão, os delegados sindicais assumiram a responsabilidade de convocar os colegas para a assembleia junto com o Sindicato.

Na reunião foi destacada também a importância da participação dos empregados comissionados nas mobilizações. “Esses trabalhadores precisam se envolver na luta, pois as conquistas serão também para eles” afirma o funcionário do BB e diretor do Sindicato Cláudio Rocha.

Os bancários aproveitaram para manifestar repúdio à atitude dos bancos de adotar medidas de contingenciamento. “Quanto a isso, estamos providenciando denúncias junto aos órgãos competentes por prática de desrespeito à lei de greve pelo Banco do Brasil”, completa o dirigente.


Fonte: Seeb SP - Carlos Fernandes - 22/09/2010

Bancários protestam por segurança na Vila Sônia (SP)



Manifestação fechou agência das 10h às 13h30 e contou com o apoio e participação dos funcionários

São Paulo – O Sindicato realizou na quarta 15, uma manifestação por segurança bancária na agência do Banco do Brasil da Vila Sônia, zona sul. Os dirigentes paralisaram a agência das 10h às 13h30, para que fosse reforçada a segurança no local.


A ação, que contou com o apoio dos funcionários da agência, deu resultado e o BB adotou medidas para ampliar a proteção da agência. “A adesão dos funcionários foi fundamental para que o banco tomasse providências”, afirma o diretor da Fetec-CUT/SP, Getúlio Maciel.

Os dirigentes sindicais que protestaram na agência fizeram um debate com os trabalhadores sobre as questões de segurança e denunciaram os riscos que o novo layout das agências apresenta com a retirada das portas de segurança.

O diretor do Sindicato Paulo Rangel reforçou junto aos trabalhadores que o Sindicato irá acompanhar o processo para que as medidas tomadas pelo BB na agência Vila Sônia melhorem a segurança no local.

Campanha – A segurança bancária é um dos temas de negociação da Campanha Nacional Unificada 2010.

Entre as reivindicações da categoria está a instalação de portas giratórias antes do autoatendimento em todas as agências bancárias. A proposta do BB, portanto, caminha no sentido contrário às necessidades de bancários e da sociedade e é um retrocesso na conquista dos trabalhadores, já que prevê até mesmo a retirada das portas que dão acesso aos caixas.


Fonte: Seeb SP - Redação - 21/09/2010

Sindicato faz protesto para cobrar mais funcionários (SP)




Trabalhadores fecharam agência na Avenida Sapopemba, Jardim Planalto, e denunciaram falta de condição de atendimento

São Paulo – A agência do Banco do Brasil do Jardim Planalto localizada na Avenida Sapopemba, extremo leste de São Paulo, foi alvo de protesto nesta segunda-feira dia 20. O banco ficou fechado até às 12h30.

O objetivo da manifestação foi denunciar a falta de bancários para atender à população. Na unidade, nos últimos dias, trabalhavam apenas cinco funcionários, num total de oito empregados, o que o Sindicato considera insuficiente.

“A agência tem apenas um caixa para atender à população da região. Fomos obrigados a intervir diante do caos. Durante nosso protesto clientes manifestaram apoio. Nossa pressão rendeu resultado, pois o banco enviou um caixa e mais um escriturário”, afirma a funcionária do BB e diretora do Sindicato Tânia Balbino.

O Sindicato recebeu outras denúncias de problemas de atendimento na região leste e promete novos protestos caso o banco não resolva os problemas.


Fonte: Seeb SP - Carlos Fernandes - 20/09/2010

Agências "complementares" - BB e seu projeto para extinguir os bancários e direitos


Banco do Brasil prevê 2,2 mil agências em novo formato em 4 anos

Objetivo da instituição é chegar a todos os municípios do País, por isso criou o modelo +BB, que atua junto a um correspondente

O Banco do Brasil estabeleceu como meta atender a todos os municípios do País.

Para isso, criou um novo modelo de agência, a +BB, com um número reduzido de funcionários, que atua em parceria com um correspondente.

É a agência “complementar”. A primeira já está em funcionamento no município de Anhembi, no interior de São Paulo. Segundo Aldemir Bendine, presidente do BB, até o final de 2011, serão 500 agências no novo modelo. “Em quatro anos, serão 2,2 mil agências”, prevê.

Segundo Bendine, o BB tem a maior rede de atendimento do País. Os dados que acompanham o balanço do segundo trimestre deste ano mostram que eram 18.286 pontos de atendimento no Brasil, com alta de 6,3% sobre os números de um ano antes. Os terminais de auto-atendimento somavam 54,137 mil ao final de junho, 5,1% acima do mesmo mês de 2009. Isso para atender uma clientela de mais de 32,6 milhões de clientes. Parte dessa clientela é adepta da movimentação pela internet. De acordo com os dados do banco, 10,2 milhões de pessoas acessam o BB pela web, 12,9% mais que no final de junho do ano passado.

Para o presidente do BB, é natural que a larga escala das transações eletrônicas continue em aceleração. “Porém, por mais que tenhamos operações automatizadas, precisamos de clientes e para isso temos de ter agências. É por meio delas que captamos clientes”, afirma ele. “O modelo tradicional de agência irá perdurar por muito tempo, porque há necessidade, por parte do cliente, de interação. Às vezes, o cliente quer fazer um financiamento, comprar um bem a crédito e ele faz isso por meio da agência”, explica Bendine.



Bancarizados

“As previsões que tínhamos há 15 anos não se confirmaram. Cada vez mais o cliente quer atendimento presencial, apesar do crescimento das operações eletrônicas”, afirma Bendine. A meta de novas agências, diz ele, é para oferecer atendimento para os cerca de 30 milhões de pessoas das classes C e D que se tornaram “bancarizados” nos últimos anos, com o crescimento da economia do País e dos níveis de emprego e renda.

Para atender essa nova clientela, o BB anunciou a contratação de 10 mil funcionários. “O banco cresceu muito inorganicamente e não estamos preparados em termos de pessoal”, avalia. Os concursos estão suspensos por conta da legislação eleitoral, que proíbe contratações em épocas de eleições. Mesmo assim, dos 10 mil planejados, já foram contratados 6 mil. O restante virá até meados do ano que vem. O pessoal total do banco está em 106 mil funcionários.

O novo modelo de instalações, a +BB, é um misto de agência e correspondente. “O correspondente fica mais com os pagamentos. Nossos funcionários voltam-se para o atendimento, na gestão financeira, orientação ao cliente”, explica Bendine. Esse novo formato é voltado para pequenos municípios, onde não há demanda para uma agência tradicional, acrescenta o presidente do BB.

Fonte: Portal IG Economia

Brasil é referência mundial no combate à fome, replica imprensa estrangeira


Matéria jornalística


As ações de transferência de renda e combate à fome aplicadas no Brasil foram consideradas as maiores do mundo nesta terça-feira (21), pelo jornal britânico The Guardian. O jornal replicou em inglês matéria publicada dias antes, pelo francês Le Monde.

Segundo o texto, "a principal medida responsável pelo resgate de 27,3 milhões de brasileiros da extrema pobreza foi a subvenção de crédito, em forma de cartão, para famílias que vivem com menos de R$ 1,80 por dia".

Vinte e cinco países já buscaram informações para implantar programas de transferência de renda e combate á fome similares aos brasileiros, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). São eles: África do Sul, Alemanha, Angola, Benin, Bolívia, Canadá, China, Colômbia, Cuba, Egito, Itália, Malásia, México, Moçambique, Nicarágua, Nigéria, Noruega, Panamá, Paraguai, Peru, Suécia, Timor Leste, Turquia, Venezuela e Zâmbia.

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COMENTÁRIO: vejam acima alguns países que reconhecem a importância do Programa Bolsa família e pediram informações ao Brasil sobre o funcionamento. Enquanto isso, a elite brasileira, burra e vulgar, segue falando bobagens sobre o programa...

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O reconhecimento do Brasil como referência mundial no combate à fome, na avaliação do líder da bancada petista na Câmara, deputado Fernando Ferro (PT-PE), é a prova de que a distribuição de renda é a saída para o combate às desigualdades sociais. "O Bolsa família dinamizou a economia de pequenas cidades dos municípios brasileiros. Isso impacta na economia e nos índices de desenvolvimento humano, onde o programa existe", disse. Antes do Bolsa Família, lembra o parlamentar, era comum ouvir relatos de saques à feiras e mercados, durante o período de intensa seca no Nordeste Brasileiro. "Há mais de 8 anos não temos registro desses saques", lembrou.

Além de combater a fome, acrescentou o parlamentar, o programa promove a reintegração familiar, uma vez que o benefício é condicionado ao acompanhamento escolar. "Estamos verificando um reagrupamento das famílias. Temos constatado também a redução da mendicância nos grandes centros urbanos, já que as crianças agora frequentam a escola. O que a imprensa internacional verifica, é o que assistimos aqui no cotidiano, com a ascensão e redução dos miseráveis do país", completou.

Reportagem

O modelo brasileiro, disseminado pelo mundo por meio de entidades como as Nações Unidas, está sendo exportado para diversos países com problemas semelhantes ao do Brasil, principalmente os da África.

Além disso, tanto o Programa das Nações Unidas para a Infância e Juventude (Unicef) como o Banco Mundial exaltam o Programa Bolsa Família como um exemplo a ser seguido.

O Brasil também criou instrumentos de cooperação ou entendimento com outros 25 países e organizações internacionais como África do Sul, Angola, Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Cuba, Egito, El Salvador, Espanha, Estados Unidos, Guatemala, Haiti, Ibas (fórum de cooperação Sul-Sul), Índia, Itália, Líbano, México, Moçambique, ONU, Panamá, Paquistão, Peru, Senegal, União Europeia, Venezuela e Vietnã.

A notícia do The Guardian antecedeu a apresentação da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, na Cúpula das Nações Unidas sobre as Metas do Milênio, na terça-feira (21), em Nova York. A reunião dos líderes mundiais antecede a Assembleia Anual Geral da ONU, que vai examinar o caminho percorrido desde 2000, quando o planeta impôs-se a meta de reduzir a pobreza pela metade até 2015.


Fonte: Liderança do PT / Câmara

22.9.10

Ex-Tesoureiro da Caixa ganha ação contra demissão por justa causa por sumiço de malote (MA)


“Perdão tácito” desqualifica justa causa de bancário


Fonte: TST - Tribunal Superior do Trabalho 21/9/10


O não afastamento de tesoureiro da Caixa Econômica Federal de suas funções, após ser responsabilizado pelo desaparecimento de R$ 28 mil, configura “perdão tácito”, o que impede a sua demissão por justa causa. Com esse entendimento, a Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou (não conheceu) recurso da Caixa Econômica Federal e manteve decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (MA) favorável ao bancário.

O trabalhador exercia a função de tesoureiro e foi demitido por justa causa após o desaparecimento de um malote de R$ 28 mil destinado ao abastecimento dos caixas eletrônicos.

De acordo com o processo, no percurso entre a tesouraria e os caixas, ele parou para tomar o café e teria deixado o dinheiro em cima de uma geladeira, de onde teria sumido. Como as câmaras da agência estavam desligadas, não houve registro visual do que realmente aconteceu com o dinheiro.

O bancário ajuizou ação trabalhista questionando a demissão, mas o juiz de primeiro grau julgou correto o procedimento da Caixa, pois o tesoureiro, ao abastecer os caixas eletrônicos fora das normas de segurança adotados pela instituição financeira, teria agido de forma negligente.

Descontente, o trabalhador recorreu ao Tribunal do Maranhão. O TRT reformou a decisão do juiz de primeiro grau por entender, entre outras razões, que houve a hipótese de “perdão tácito” no caso, pois o bancário continuou a exercer normalmente as suas funções de tesoureiro após o desaparecimento do dinheiro.

“Vislumbra-se, aqui, com clareza, a hipótese de perdão tácito por parte da empresa, pois ao desaparecimento do malote deveria seguir-se, incontinentemente, o afastamento do reclamante, o que não ocorreu”, concluiu o TRT. Inconformada, a Caixa recorreu ao TST.

O ministro Augusto César Leite de Carvalho, relator do processo na Sexta Turma do TST concordou com a tese do perdão tácito. “A doutrina pátria fixa algumas limitações para a configuração da justa causa, dentre elas, a inexistência de perdão tácito ou expresso. Exige-se, em rigor, que o ato faltoso se revista de gravidade, determinância e atualidade”, concluiu ele ao não conhecer o recurso da Caixa Econômica Federal.


Fonte: TST - Tribunal Superior do Trabalho


Banco do Brasil e a "fraude trabalhista" de abrir agências terceirizadas sem bancários


Esse é o papel social do BB: bancarizar sem bancários!?

reprodução de matéria da imprensa


Banco do Brasil vai abrir agência na favela da Rocinha e na Cidade de Deus

O Banco do Brasil terá agências nas regiões mais pobres do Rio de Janeiro. A Cidade de Deus, na zona oeste da cidade, e a favela da Rocinha, na zona sul, serão as primeiras beneficiadas pelo projeto de expansão do BB em regiões mais carentes, segundo a Agência Brasil.

Depois de abrir essas duas agências, o BB planeja se instalar em outras comunidades carentes do Rio. Outro projeto é chegar a todos os 92 municípios do Estado no prazo de quatro anos. Para isso, estão previstas 100 novas agências, que se somarão às 262 já existentes.

Em agosto, quando divulgou o balanço do segundo trimestre, o presidente do BB, Aldemir Bendine, disse que a meta do banco era abrir 2 mil agências nos próximos quatro anos. O objetivo é chegar a 100% dos municípios brasileiros.

Outros grandes bancos também resolveram se expandir para locais onde boa parte da população não tem acesso a bancos, de olho no processo de bancarização. Em maio deste ano, o Santander abriu uma agência no Complexo do Alemão, no Rio, onde vivem 140 mil pessoas. O banco exige renda de um salário mínimo para abertura de uma conta corrente.

Em 2009, o Bradesco, que já tinha uma agência na Rocinha, abriu uma unidade em Heliópolis, uma das maiores favelas de São Paulo, onde moram 120 mil pessoas. Em entrevista recente, o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, disse que essa agência tem tido forte volume de atendimento ao público e conta até com nove clientes "prime" (segmento do banco para pessoas de alta renda). A meta do banco é abrir pontos de atendimento no morro do Cantagalo, no Rio, e na favela de Paraisópolis, em São Paulo.

A estratégia dos bancos, além de oferecer produtos típicos como crédito, cheque e conta corrente, é também vender seguros a preços mais baixos. O Bradesco vende nas favelas um seguro de morte acidental que custa R$ 3,50 por mês e cobre até bala perdida.

Fonte: Agência Estado

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COMENTÁRIO: a matéria só não fala que o processo de "bancarização" é a expansão dos correspondentes bancários, sem direitos trabalhistas, sem segurança nenhuma, sem nada - a não ser, é claro, com muito lucro para os banqueiros, que terceirizam tudo, até os custos com funcionários e seguros por balas perdidas.

Dia Nacional de Luta pára por uma hora agência do BB em Caucaia-CE



Os bancários do Ceará iniciaram o Dia Nacional de Luta, nesta terça-feira, dia 21, paralisando as atividades da agência do Banco do Brasil do município de Caucaia (região metropolitana), durante uma hora.

Os funcionários dessa unidade, engajados na Campanha Nacional dos Bancários deste ano, denunciam a prática de assédio moral, o que tem ocasionado adoecimento do corpo funcional, tanto pelo cumprimento das metas abusivas, como pela sobrecarga de trabalho e pela falta de mais funcionários. Caucaia é a segunda maior cidade do Ceará, em desenvolvimento econômico e populacional, e possui apenas uma agência do Banco do Brasil.

O Dia Nacional de Luta promovido pelo Sindicato dos Bancários do Ceará antecede a quinta rodada de negociação com a federação dos bancos (Fenaban), que acontece nesta quarta 22.

A mobilização, realizada em todo o país sob a orientação do Comando Nacional dos Bancários, é uma resposta à posição dos banqueiros, que disseram "não" às principais reivindicações da categoria nas rodadas de negociação já realizadas, quando se discutiu saúde, segurança, emprego e remuneração.

Segundo Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará (Seeb/CE), "Nosso recado é este. Nós bancários estamos mobilizados. Vamos continuar mantendo a mobilização e a unidade até que os bancos apresentem proposta decente. É um claro recado: se a posição dos banqueiros se mantiver a mesma, a categoria vai fazer greve".

Ainda, no município de Caucaia, os bancários percorreram as agências da Caixa Econômica Federal, Bradesco e Itaú mobilizando os trabalhadores à luta em busca de uma resposta decente por parte dos banqueiros na próxima rodada de negociação.

Por uma proposta decente

A mobilização em todo o País tem como objetivo arrancar dos banqueiros uma proposta decente com avanços econômicos e sociais. Ao lado do aumento da remuneração, os bancários priorizam melhores condições de trabalho e emprego, cobrando o fim das metas abusivas, o combate ao assédio moral, mais segurança contra assaltos e sequestros, proteção ao emprego, mais contratações, reversão das terceirizações e fim da precarização dos correspondentes bancários.

Prática de assédio moral

Na agência do Banco do Brasil de Caucaia, a diretora do Sindicato, Lea Patrícia, denunciou o grave problema que envolve a vida dos funcionários, que sofrem assédio moral, a ponto de adoecer vários membros da equipe. Funcionários que não quiseram ser identificados disseram: "há sobrecarga de serviço e as consequências são terríveis, pois estou tomando remédio tarja preta e não tenho equilíbrio emocional. Outra funcionária foi mais além -"estou me sentindo um lixo, não tenho condições, nem motivação para trabalhar. Há total desrespeito do gestor do banco com os trabalhadores".

Segundo ainda denúncias dos funcionários do Banco do Brasil de Caucaia, a situação na agência piorou de abril pra cá, quando, além do excesso de trabalho, as cobranças por metas estão insuportáveis, especialmente após o telemarketing ser usado pelos funcionários.

Fonte: Seeb/CE

Negociação Específica do BB: é pouco provável que banco apresente alguma proposta séria aos bancários sem greve. Este BB não respeita os funcionários



Comentário do blog: relembrando que não obtivemos nada do BB na 2ª rodada de negociação. Só enrolação!

(Matéria de 17/09/2010)

Banco do Brasil adia proposta e Contraf-CUT orienta intensificar mobilização

Frustrando as expectativas dos funcionários do Banco do Brasil, a empresa apenas se limitou, na segunda rodada de negociação específica realizada nesta sexta-feira 17, em São Paulo, a debater todas as reivindicações da categoria e prometeu apresentar propostas na próxima reunião marcada para o dia 23.

Em uma longa reunião, de mais de três horas de duração, representantes da Contraf-CUT, da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (assessora da Confederação) e do banco repassaram cada uma das cláusulas da minuta de reivindicações específicas da categoria.

A reunião começou com uma manifestação de protesto por parte do coordenador da Comissão de Empresa, Eduardo Araújo, em relação às informações de que o banco está alterando sua missão, com a retirada de menções aos funcionários e à sociedade. "O presidente do banco Aldemir Bendine já havia confirmado que o BB estava alterando a missão da empresa, mas nunca imaginávamos que seria para piorar, indo contra o papel que nós, bancários, e a sociedade esperamos de um banco público, que é a promoção do desenvolvimento do país e o bem estar dos funcionários e da sociedade".

Criação de novas agências

A Contraf-CUT solicitou, na sequência, informações sobre a criação de agências complementares, com caixas terceirizados, e a ampliação indiscriminada de correspondentes bancários. Os representantes dos trabalhadores consideram esses planos perniciosos por promoverem a deterioração das relações de trabalho e reclamaram a contratação de mais 5 mil funcionários, além das 10 mil novas vagas acertadas no acordo do passado, em vez de promover a terceirização dos serviços.

A Contaf-CUT reivindicou agilização nas contratações, especialmente para os estados do Norte e Nordeste, áreas em que não foram abertos novos postos de trabalho, embora o banco informe que já tenha feito mais de 7 mil novas convocações.

A estratégia do banco de se expandir no exterior, sem respeito aos trabalhadores nos países em que vem se instalando e atuando, também foi criticada pelos representantes dos funcionários. Diante desse quadro, cobrou-se do banco a assinatura do Acordo Marco Global, apresentado ao banco em 2006 para que os empregados e dirigentes sindicais do exterior tenham direitos respeitados e o banco tenha responsabilidade social.

Representação dos bancários no Conselho de Administração

No entendimento da Contraf-CUT, para que o banco tenha um efetivo papel social, ele precisa também contar com representante dos funcionários no Conselho de Administração, conforme prevê o projeto de lei 3.407/2008, aprovado pela Câmara e que tramita em caráter terminativo no Senado.

A Contraf-CUT cobrou ainda a ampliação do repasse de recursos à Fundação Banco do Brasil, que possui importantes projetos de caráter social à espera de verbas para serem concretizados. Apesar dos lucros crescentes, o banco tem investido muito aquém do necessário na área social.

Os representantes do banco ficaram de entrar em contato com as áreas responsáveis pelos temas abordados e apresentar esclarecimentos no próximo encontro.

Funcionários incorporados

Outro assunto importante tratado na reunião desta sexta-feira foi a problemática situação dos funcionários egressos dos bancos incorporados (Besc, BEP e Nossa Caixa). Essas questões começaram a ser discutidas na mesa temática de incorporação, mas ficaram pendentes, à espera de solução nas negociações específicas deste ano.

Os problemas mais graves são: a indenização da antiga gratificação variável, a parte do salário transformada em Vencimento de Caráter Pessoal Incorporado (VCPI), cobertura de plano de saúde e adesão ao plano de previdência.

Os representantes do banco informaram que foram solucionados os problemas relacionados à habitualidade (horas extras) e que a empresa pretende discutir no acordo coletivo a questão da gratificação variável. Sobre as outras questões, o banco promete apresentar informações na próxima reunião.

PCCS (Plano de Carreira)

No primeiro item da minuta de reivindicações, referente ao Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS), as partes debateram item por item. A Contraf-CUT ressaltou que o aumento do piso da carreira administrativa é considerado fundamental para a valorização dos funcionários. O banco, no entanto, oferece piso abaixo da média de entrada no mercado, o que tem causado grande insatisfação na categoria.

No debate sobre carreira, os representantes do funcionalismo reforçaram a necessidade de criação de novo sistema de seleção interna, que vá além do TAO - que se restringe às inscrições nas oportunidades de encarreiramento -, e de estabelecimento de critérios para um processo isento, sem a possibilidade de indicações de caráter pessoal.

A Contraf-CUT pediu também a instalação de um setor encarregado de criar um programa de promoção de igualdade de condições, de direitos e de oportunidades de encarreiramento, respeitando-se as questões de gênero, raça e orientação sexual e deficiências. Essa área seria responsável pela difusão de conceitos básicos de igualdade de oportunidades e pelo combate à discriminação desses grupos nos processos seletivos.

Jornada de 6 horas e outras reivindicações

Outro item importante debatido foi a jornada de seis horas para os cargos técnicos, com inclusão dos 15 minutos de descanso para alimentação. O banco se mostrou aberto à discussão, mas entende ser o tema de difícil solução durante a campanha.

A Contraf-CUT reivindicou a extensão do crescimento horizontal para todas as funções comissionadas, não se limitando apenas ao que é praticado hoje na área de gerência de módulo. Também foram pedidos: a criação de um processo de incorporação de 10% das comissões por ano nos salários; a revisão do valor das comissões da gerência média; o fim da trava de dois anos, com atenção especial para os comissionados nas Centrais de Atendimento (CABB), onde se verificam alta probabilidade de problemas de saúde, desvios e desvalorização funcionais.

A representação dos trabalhadores exigiu que fosse transferida para a Gepes a alçada de descomissionamento e que essa medida só ocorra após, no mínimo, três ciclos avaliatórios, garantindo ao funcionário oportunidades de capacitação e tempo para desenvolvimento profissional.

Foram cobrados do banco o retorno das substituições e o fim da lateralidade em todos os casos de substituição de gestores, incluindo gerência média em todas as unidades.

Outras reivindicações apresentadas: a criação de um auxílio para reembolsar funcionários com despesas educacionais próprias ou de dependentes; ampliação da licença-paternidade; licença para acompanhamento de filhos deficientes sem limite de idade; aumento do número de delegados sindicais eleitos; revisão dos critérios de concessão de vale-transporte; isenção de todas as tarifas e anuidades de serviços bancários; manutenção do programa PAS; manutenção e revisão do programa de gestão da ética; concessão de licença-prêmio para todos e renovação de diversas cláusulas do acordo de 2009.

Segurança e portas giratórias

Durante o debate sobre a cláusula de indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto, sequestro ou extorsão, foi solicitada ao banco a suspensão imediata da retirada de portas giratórias de algumas agências, medida que faz parte do projeto de ambientação.

Assessorando a Contraf-CUT e a Comissão de Empresa, Daniel Reis, diretor do Sindicato de São Paulo e membro do Comitê Nacional de Segurança Bancária, expôs os riscos de violência a que todos os bancários e clientes ficam expostos com a facilitação da entrada de pessoas armadas na agência bancária. Após a argumentação, os representantes dos funcionários pediram a ampliação do debate e acesso ao projeto em caráter sigiloso, procedimento fundamental em medidas de segurança.

Voltou à discussão a questão da instalação de CCPs (CCVs). A Contraf-CUT reafirmou sua posição contrária à assinatura porque o banco quer impedir uma possível nova reclamação daqueles que participaram de alguma conciliação.

A representação dos trabalhadores pediu ainda a suspensão da reestruturação da Diretoria Comercial anunciada nos últimos dias, durante a campanha, que afeta cerca de 500 funcionários, que serão transferidos ou perderão a função comissionada. Para solucionar essa questão, a Contraf-CUT solicitou uma reunião com o diretor da área, Sandro.

Intensificar a mobilização

Diante do quadro estabelecido nas negociações e da perspectiva de apresentação de propostas efetivas na reunião do dia 23, a Contraf-CUT orienta todos os sindicatos a fortalecerem a mobilização com atividades no dia 21, dia nacional de luta da categoria, para pressionar o banco e a Fenaban a atenderem nossas reivindicações.

A reunião foi presenciada por uma observadora internacional, ligada à federação dos empregados do banco nacional da Índia, Vijay Alakshmi Manilal Nair, que realiza uma pesquisa sobre as negociações coletivas dos bancários no Brasil.

Fonte: Contraf-CUT

20.9.10

Interventor da Previ em 2002 é o novo chefe da Casa Civil do Governo Lula - Uma vergonha!


ANAPAR - Associação Nacional dos Participantes em Fundos de Pensão


Carta aberta ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva



Caro Presidente,

Os participantes de fundos de pensão brasileiros ficaram indignados quando o Sr. Carlos Eduardo Esteves Lima assumiu interinamente a Chefia da Casa Civil de vosso Governo. Este senhor foi protagonista, em 2002, de uma das páginas mais negras da história recente de nossa previdência complementar - interveio na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, a PREVI, para reduzir a participação dos trabalhadores na gestão da entidade.

Os associados dos fundos de pensão tinham a PREVI como um exemplo de modelo democrático de gestão dos recursos dos trabalhadores. A maioria dos membros dos conselhos deliberativo e fiscal e metade dos diretores eram eleitos pelo voto direto dos associados. Este modelo de governança foi conquistado depois de muitos anos de luta e de negociação liderada pelos sindicatos e entidades representativas dos funcionários do Banco do Brasil. O Sr. Carlos Eduardo foi o agente que, por ato de força, derrubou autoritariamente este modelo, reduzindo o número de representantes dos associados, implantando o voto de minerva e extinguindo direitos como a possibilidade de votar em alterações estatutárias e regulamentares.

O cidadão que ontem assumiu a Casa Civil do governo democrático foi agente de um ato de força equivalente aos piores momentos da ditadura. Como a Casa Civil, um espaço de poder onde se deve promover diariamente a negociação e o entendimento, pode ser ocupada por uma pessoa que se prestou a praticar violência tão profunda contra os trabalhadores?

O senhor é admirado no mundo inteiro por ter lutado pelas liberdades democráticas e pelos direitos dos trabalhadores. Como pode aceitar a participação, em tão alto posto de seu governo, de alguém que praticou atos de força dignos da ditadura que reprimiu e prendeu o senhor e seus companheiros de sindicalismo e de partido?

Nos últimos oito anos a sociedade brasileira avançou muito na convivência democrática e na redução das desigualdades e não pode mais aceitar a presença, no comando de um Governo apoiado pelas mais amplas camadas da população, de figuras que se prestam a este tipo de violência.


Brasília, 17 de setembro de 2010.


ANAPAR - Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão